Ciência Viva no Verão 2012

Pequenos e Graúdos partem à descoberta

Adultos e criança em atividade da Ciência Viva no Verão
Daniel Espírito-Santo

Como se instalou a serra de Sintra? Para que servem os nocturlábios? Quanto come, por noite, um morcego? Estas são apenas algumas das questões, que aguçam a curiosidade de jovens e graúdos, a que os especialistas da Ciência Viva no Verão vão responder.
 

Da Astronomia à Geologia e Biologia passando pelos Castelos, Faróis e Engenharias são 1755 as atividades gratuitas desenvolvidas pela Ciência Viva, Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, em parceria com 124 instituições de todo o país. Entre as atividades, registam-se visitas a praias, florestas, barragens, pontes, adegas, faróis e castelos, sempre com o acompanhamento de especialistas que conhecem e estudam cada área (astrónomos, geólogos, biólogos, engenheiros, arqueólogos ou historiadores).


Fonte: Daniel Espírito-Santo
Legenda: Todas as atividades têm o acompanhamento de especialistas que conhecem e estudam cada área

Catarina Figueira, coordenadora da equipa de Comunicação e Relações Públicas do Centro, reforça a importância da iniciativa já que “numa era em que o produto mais visível da ciência, a tecnologia, é omnipresente entre os cidadãos, é particularmente importante divulgar o conhecimento científico e os próprios fenómenos que são objeto deste conhecimento”.
 

A FCUL é uma das entidades que contribui para esta descoberta das Ciências sendo que são oito as instituições diretamente relacionadas com a Faculdade que oferecem atividades aos participantes, nomeadamente o Centro Ciência Viva do Lousal Mina de Ciência, o Museu Nacional de História Natural e da Ciência, o Observatório Astronómico de Lisboa, o Centro de Biologia Ambiental, o Grupo Lopo, o Instituto de Oceanografia, o Jardim Botânico e o Centro de Geologia.
 

Entre as diversas ações e desafios propostos, os participantes vão poder: descobrir os segredos da Astronomia com a atividade “Há Estrelas no Céu do Lousal” no Centro Ciência Viva do Lousal (17 ações), fazer percursos pedestres na serra do Montejunto para observar as borboletas através do acompanhamento do Museu Nacional de História Natural e da Ciência (vinte ações), conhecer o último grande predador do país, o lobo ibérico, partindo à aventura com o Grupo Lobo (16 ações), conhecer a “Astronomia Portuguesa e Mundial no séc. XIX” no Observatório Astronómico de Lisboa (27 ações) ou aceitar o convite feito pelo Centro de Biologia Ambiental (quinze ações) e conhecer o meio marinho.
 

Sob a organização e orientação do Centro de Geologia da Universidade de Lisboa (CeGUL) estão ainda 36 atividades, entre elas, “Fósseis no Fórum Montijo”, “Lagoa de Albufeira: uma Jovem com 5000 anos”, “Paleomemorial do Convento”, “Geologia Augusta”, “A Geologia na Caça ao Tesouro”.

Para Mário Cachão, professor do Departamento de Geologia da FCUL e um dos membros da organização destas atividades no CeGUL, esta iniciativa “é uma das melhores formas que a Universidade, em geral, e que o grupo de investigadores do CeGUL, em particular, têm de mostrar a importância dos estudos geológicos para o melhor conhecimento da realidade física que nos rodeia, realidade esta que está omnipresente no dia-a-dia, nos envolve e nos caracteriza enquanto porção singular da superfície do planeta, mas que em grande parte ainda passa despercebida. Estas atividades de geologia no verão são, em resumo, a melhor forma de mostrar aos nossos concidadãos o que fazemos, porque e para que o fazemos, ou seja, mostrar a razão do País investir na investigação e ensino da Geologia a nível universitário”.


Fonte: Daniel Espírito-Santo
Legenda: Objetivo da Iniciativa é “aproximar os cidadãos da ciência sob a forma de uma experiência direta e vivida”

Este ano, o programa arrancou com um passeio científico pelo estuário do rio Tejo dinamizado pela FCUL, em particular, pelos centros de Geologia e de Oceanografia da Faculdade e Agência Portuguesa do Ambiente, contando com a participação do ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato. Nesta viagem a bordo de uma embarcação tradicional do Tejo, os especialistas ensinaram aos participantes a história geológica, a qualidade da água e a biodiversidade do estuário.
 

O interesse da população pelas atividades tem sido crescente tal como demonstra Catarina Figueira: “este ano recebemos 2500 inscrições só nos primeiros cinco minutos, o que atesta o crescente interesse que este programa tem suscitado, ano após ano, junto do público”. Principiada em 1996, esta iniciativa cujo objetivo é “aproximar os cidadãos da ciência sob a forma de uma experiência direta e vivida”, já organizou mais de 20 mil ações destinadas a uma média anual de 50 mil participantes.
 

Até ao último dia de atividades, 15 de setembro, as inscrições estão abertas sendo limitadas ao número de vagas existentes. Para não perder a oportunidade de embarcar nesta aventura e ter um Verão enriquecido pelo fantástico mundo científico, o melhor é consultar o programa de atividades e garantir o seu lugar. Boas descobertas!

Raquel Póvoas, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura da FCUL
info.ciencias@fc.ul.pt
Siluro marcado na albufeira da Barragem de Belver por investigadores do projeto FRISK

FRISK visa descobrir as rotas predominantes de chegada dos novos peixes não indígenas através da utilização integrada de ferramentas moleculares, modelação espacial, seguimento dos movimentos dos peixes e ciência cidadã. Leia a crónica de Filipe Ribeiro, investigador principal do projeto e do polo de Ciências ULisboa do MARE.

Campus Ciências ULisboa

Ciências ULisboa continua a ser uma referência no ensino superior, preenchendo a totalidade das vagas na 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao ensino superior. Leia o artigo de Pedro Almeida, subdiretor da Faculdade.

Samsung Galaxy

A maior conferência Android do mundo, com 11 anos de existência e presente em mais de 25 cidades por todo o mundo, - Droidcon Lisboa 2019 - realiza-se pela primeira vez em Portugal nos dias 9 e 10 de setembro, no campus de Ciências ULisboa.

LxUs

A equipa LxUs integra alunos das faculdades de Ciências e de Farmácia da ULisboa e é a primeira a representar Portugal no SenSus. Os estudantes desenvolveram biossensores para medição dum fármaco biológico, utilizado para tratar doenças como a artrite reumatoide. Grande parte da equipa é da área da Engenharia Biomédica e Biofísica.

Marissa Verhoeven na HortaFCUL

“O meu estágio foi muito desafiante”, conta Marissa Verhoeven, estudante de Biologia Aplicada na Holanda, após a experiência no projeto de permacultura experimental da HortaFCUL. Na crónica sobre esta experiência partilha os resultados da sua investigação sobre a produção e o uso do vermicomposto, bem como um livro infantil sobre a importância das abelhas.

Paula Simões

Paula Simões ora leciona e orienta alunos, o que geralmente ocupa grande parte das suas manhãs ou tardes, ora ocupa o restante tempo com outras atividades como é exemplo o projeto “Cigarras de Portugal – Insetos Cantores”, no âmbito do qual os cidadãos são desafiados a estarem atentos aos sons das cigarras!

Tiago Guerreiro

O professor de Ciências ULisboa Tiago Guerreiro é um dos novos editores chefes da Association for Computing Machinery (ACM) Transactions on Accessible Computing (TACCESS).

Planta

Grupo de investigadores e responsáveis de instituições de investigação escreveram uma carta aberta de protesto sobre decisão do Tribunal de Justiça Europeu sobre genoma.

Prémio Doutoramento em Ecologia

Francisco Pina Martins, Adrià López-Baucells e Inês Gomes Teixeira são os vencedores do Prémio de Doutoramento em Ecologia 2019. Os trabalhos galardoados serão apresentados durante o 18.º Encontro Nacional de Ecologia, que se realiza em simultâneo com o 15.º Congresso Europeu de Ecologia, entre 29 de julho e 2 de agosto em Ciências ULisboa.

Complexidade da diversidade

"É um erro pensarmos que uma boa equipa de I&DE só deve ser construída com os mais espertos: de facto, é o coletivo, constituído com pessoas que trazem uma gama variável de perspetivas (pontos de vista) para um problema, que obtém os melhores resultados", in no Campus com Helder Coelho.

Chegada à Lua

O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e o Museu da Presidência da República celebram os 50 anos da chegada à Lua.

Campus Ciências ULisboa

Professores de todo o país vão estar reunidos no maior evento de formação acreditada na área do ensino das ciências realizado em Portugal. O VI Encontro Internacional da Casa das Ciências acontece entre os dias 10 e 12 de julho, no campus de Ciências ULisboa.

Logotipo

Tal como sucedeu em edições anteriores, vários professores e investigadores de Ciências ULisboa participam no Ciência 2019 - Encontro com a Ciência e Tecnologia em Portugal, que decorre em Lisboa até 10 de julho.

Mara Gomes, aluna do 2.º ano do mestrado em Ciências do Mar participou no cruzeiro oceanográfico RV Polarstern em junho passado, sob o lema “Changing Oceans – Changing Future”. “Mara Gomes teve a dupla experiência de participar como cientista e de ensinar os alunos do programa POGO”, conta Vanda Brotas, professora do Departamento de Biologia Vegetal e investigadora do polo de Ciências ULisboa do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE).

Ciências ULisboa

As classificações excelente e muito bom destacaram-se na avaliação feita aos centros de investigação afetos a Ciências ULisboa. Para os próximos quatro anos, Ciências ULisboa pretende continuar a sua aposta na investigação de excelência, agora com um pouco mais de fundos (um acréscimo de mais de quatro milhões de euros).

Falecimento

Ermesenda Fernandes, assistente técnica do Gabinete de Orçamento e Prestação de Contas da Área Financeira da Direção Financeira e Patrimonial de Ciências ULisboa, faleceu esta quarta-feira, dia 19 de junho de 2019. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

Laboratórío em Ciências ULisboa

Leonor Côrte-Real, investigadora do polo de Ciências ULisboa CQE, irá representar Portugal no 6th Young Medicinal Chemist Symposium. A jovem doutorada em Química, especialidade em Química Inorgânica por Ciências ULisboa, foi escolhida pela SPQ para representar Portugal neste simpósio e irá apresentar o trabalho desenvolvido durante a sua tese.

Alunos durante um exercício do FCUL Rally Pro

O evento de Ciências ULisboa que convida os estudantes do ensino secundário a programar já vai na 7.ª edição.

Um estudo publicado na revista "Nature" revela novas evidências sobre a ocupação humana da Sibéria desde há 31 mil anos. Vítor Sousa, do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais – cE3c em Ciências ULisboa, é um dos 54 cientistas envolvidos na investigação.

Maria João Verdasca

Maria João Verdasca iniciou em fevereiro de 2017 o programa doutoral em Biodiversidade, Genética e Evolução. A sua investigação foca-se na modelação espacial de espécies invasoras e no estudo dos seus impactos ecológicos e socioeconómicos. Recentemente foi nomeada ao GBIF Young Researchers Award 2019.

Síndrome do impostor

Uma das formas mais eficazes de lidar com o síndrome do impostor é mesmo falar sobre ele, partilhando entre colegas ou amigos com quem sinta um espaço seguro, os desafios que vai sentindo profissionalmente e perceber que não está sozinho naquilo que sente. Estima-se que 70% das pessoas sofrem deste fenómeno psicológico.

Sala de aula

"Todo e qualquer avanço do saber produz uma nova e profunda ignorância, mais mistérios, o que não é surpreendente, pois o progresso, com os avanços sistemáticos, tende para o desconhecido", in no Campus com Helder Coelho.

Vanézia Rocha

Vanézia Rocha iniciou em setembro de 2018 o mestrado em Biologia dos Recursos Vegetais. Recentemente a jovem cabo-verdiana foi nomeada ao GBIF Young Researchers Award 2019, pelo Conselho Científico das Ciências Naturais e do Ambiente da FCT. Os vencedores serão anunciados antes da 26ª Assembleia Geral do GBIF, que decorrerá na Holanda em outubro de 2019.

Exposição E3

A exposição E3 acompanha os astrónomos britânicos A.S. Eddington, C.R. Davidson e A.C.C. Cromelin e o especialista em relojoaria E.T. Cottingham na sua longa viagem e observações. A 29 de maio de 2019 celebra-se o centenário do eclipse solar total de 1919, observado na ilha do Príncipe e na cidade do Sobral,no Brasil.

João Sousa, investigador no Laboratório de Sistemas Informáticos de Grande Escala, foi distinguido com o prémio DSN 2019 William C. Carter, no âmbito do trabalho desenvolvido na tese de doutoramento "Byzantine state machine replication for the masses", realizada enquanto aluno do Departamento de Informática de Ciências ULisboa.

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