"Logo que terminei o doutoramento quis ir para o estrangeiro, para colaborar com novas equipas de investigação e conhecer outros métodos de trabalho", diz Clara Grilo
O melhor da Faculdade é…
"A Faculdade tem muito prestígio e uma boa qualidade de professores."
Clara Grilo
Clara Grilo é bióloga e tem desenvolvido estudos sobre o impacto das estradas na fauna silvestre, nomeadamente na abundância relativa, comportamento, mortalidade por atropelamento e risco de extinção em aves e mamíferos. É investigadora no Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), no polo desta faculdade, mas também é uma alumna Ciências ULisboa. Este mês publicou com outros investigadores um artigo na Global Ecology and Biogeography, em 2020 apresentou resultados do seu trabalho na revista científica Frontiers in Ecology and Environment. Tal como diz o slogan - Da ULisboa para o mundo -, assim aconteceu à Clara Grilo... Fique a par de como foi estudar nesta faculdade e o que a levou a ir para o estrangeiro.
Quem é a Clara Grilo?
Clara Grilo (CG) - Eu sou bióloga, doutorada em Biologia da Conservação pela Ciências ULisboa e atualmente investigadora pós-doutorada no CESAM Ciências ULisboa. Tenho desenvolvido estudos sobre o impacto das estradas na fauna silvestre, nomeadamente na abundância relativa, comportamento, mortalidade por atropelamento e risco de extinção em aves e mamíferos. Também sou a coordenadora executiva do projeto "Revisão do Livro Vermelho dos Mamíferos de Portugal e avaliação dos seu estado de conservação".
Foi nossa aluna de que curso?
CG - Fui aluna no curso de Biologia ramo da Biologia Aplicada aos Recursos Animais.
Quando é que concluiu o curso?
CG - Terminei em 1998 e fiz a tese de doutoramento entre 2003 e 2009.
Como foi estudar na Faculdade?
CG - Gostei bastante do ramo Biologia Aplicada aos Recursos Animais porque tinha uma boa variedade de disciplinas de conservação e também de análise de dados.
Esteve no estrangeiro. Conte-nos como foi a sua vida até regressar ao CESAM polo da Ciências ULisboa?
CG - Logo que terminei o doutoramento quis ir para o estrangeiro, para colaborar com novas equipas de investigação e conhecer outros métodos de trabalho. Fui para a Estación Biológica de Doñana do Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC), que é um dos mais prestigiados centros de Espanha e tive a oportunidade de trabalhar com investigadores de excelência. Depois fui trabalhar num projeto no Brasil, financiado pelo programa Atração de Jovens Talentos, onde tinha uma equipa formada por cinco alunos de doutoramento e mestrado e colegas de várias partes do mundo. Antes de voltar para Portugal estive na República Checa, no Instituto de Transportes, onde tive oportunidade de trabalhar com uma equipa multidisciplinar de estatísticos, matemáticos, programadores de sistemas de informação geográfica e gestores de base de dados.
Conselhos e sugestões…
"Apostar na interação entre os investigadores dos diferentes centros de investigação da Faculdade e os alunos."
Clara Grilo