Crónicas em Ciências

No encalço de Charles Darwin, 200 anos depois

Barco

A revista Science publica este mês uma carta da autoria de Eduardo Sampaio sobre uma das aventuras vividas durante parte desta viagem

Captain Darwin
Eduardo Sampaio
Eduardo Sampaio
Fonte Captain Darwin

Era um dia como todos os outros, quando de repente recebi um email de remetente desconhecido. Um projeto propunha-se refazer a rota descrita pelo HMS Beagle na famosa viagem que levou Charles Darwin à volta do mundo, e pelo caminho ajudar cientistas a estudar espécies que foram abordadas nas suas publicações há cerca de 200 anos.

Aceitei imediatamente. A minha investigação foca-se no comportamento e cognição dos cefalópodes, e esta era uma oportunidade imperdível para aprender mais sobre a história natural dos polvos em habitats prístinos como as ilhas desertas de Cabo Verde durante 15 dias.

Barco
A exploração em Cabo Verde teve como resultados: os relatórios de acasalamento de polvos perto do inverno, um potencial avistamento de uma nova espécie invasora (por confirmar), a validação preliminar para o teste de autorreconhecimento e uma experiência pessoal inigualável
Fonte Captain Darwin

Quando zarpámos no Captain Darwin, levei o livro “A Origem das Espécies” comigo. Diariamente, acordávamos por volta das sete da manhã, comíamos e bebíamos café quente enquanto observávamos o nascer do sol – com as ilhas desertas ao fundo. Durante este tempo, planeávamos o resto do dia: locais e número de mergulhos durante o dia, hora do almoço, e tempo para rever o material de vídeo.

Quando o nosso programa de mergulho começou fomos surpreendidos. Encontrámos polvos, mas eles não estavam a caçar. Era época de acasalamento, uns meses mais tarde do que em Portugal. Como adaptação, registámos casais que encontrávamos nas suas tocas, e instalámos várias câmaras que poderiam filmá-los na nossa ausência. Usámos também um espelho para realizar um teste clássico baseado no reflexo. Este teste é usado ​​para medir interações sociais ou ​​como um primeiro estágio para testes de autorreconhecimento, isto é, avaliar se um indivíduo é capaz de se reconhecer a si mesmo.

Captain Darwin
Victor Rault
Fonte Captain Darwin

Se quiser pode ser um patrono do projeto Captain Darwin. Informe-se sobre as diferentes modalidades.

A nossa exploração em Cabo Verde teve como resultados: os relatórios de acasalamento de polvos perto do inverno, um potencial avistamento de uma nova espécie invasora (por confirmar), a validação preliminar para o teste de autorreconhecimento, e, por último, mas não menos importante, uma experiência pessoal inigualável pela qual estou grato ao Nico, Martin e Victor. E claro, a Charles Darwin.

Nota da redação

A revista Science publica este mês uma carta da autoria de Eduardo Sampaio sobre uma das aventuras vividas durante parte desta viagem.

Eduardo Sampaio, estudante de doutoramento da Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Galopim de Carvalho, um dos geólogos mais famosos de Portugal, natural de Évora, com quase 85 anos, regressa à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa no próximo dia 27 de junho.

2016 está a ser um ano em cheio para alguns estudantes empreendedores e é essa a essência de que é feita a Júnior Empresa Ciências, que está agora a dar os primeiros passos.

Crónica de Fernando Barriga e Sofia Martins, investigadores do IDL Ciências, em missão oceanográfica no Atlântico - TAG hydrothermal field.

Em Londres, junto a St. Pancras´s International, está próximo de nascer um polo que agrupa a Google (e a DeepMind), o Francis Crick Institute, o Alan Turing Institute e a British Library (…) O arquiteto visa promover interações com serendipidade entre investigadores de terrenos divergentes.

Crónica de Fernando Barriga e Sofia Martins, investigadores do IDL Ciências, em missão oceanográfica no Atlântico - TAG hydrothermal field.

Inês Andrade

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O sexto Dictum et factum é com Inês Andrade, assistente técnico do Departamento de Biologia Animal de Ciências.

Um estudo publicado na revista internacional de conservação Oryx indica que a legislação e a proteção nas praias são insuficientes para travar a captura e o consumo ilegal de tartarugas marinhas em Cabo Verde.

Crónica de Fernando Barriga e Sofia Martins, investigadores do IDL- Ciências, em missão oceanográfica no Atlântico - TAG hydrothermal field.

A missão oceanográfica M127 iniciada a 25 de maio, em Bridgetown, Barbados, acontece a bordo do navio oceanográfico alemão RV METEOR e deverá terminar a 28 de junho de 2016, em Ponta Delgada.

José Guerreiro, professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e coordenador da MARE STARTUP e Sónia Ribeiro, professora da Universidade Católica Portuguesa, apresentam o programa de apoio ao empreendedorismo na área do mar durante a Oceans Business Week.

InovCarbon, Janus e o BreatheBio são os vencedores da segunda edição da Call for Projects do ScienceIN2Business.

Nos últimos anos a saída de quadros superiores seniores e de cientistas de Portugal acompanhou uma grande vaga de emigração, sobretudo para a Europa.

O tema deste ano é “A ciência não é só dos cientistas”.

Se a última Noite de Ciências foi dedicada ao Trânsito de Mercúrio e ao sistema solar, em maio é a vez do bosão de Higgs ganhar destaque.

Alunos da Faculdade agitam no ar fitas de fim de curso

A Alameda da Universidade de Lisboa voltou a encher-se de finalistas de Ciências e de tantas outras faculdades e universidades. Este ano a cerimónia ocorreu no dia 21 de maio de 2016. Para alguns este é um acontecimento especial - é que "há momentos que marcam a vida", por isso mesmo merecem ser recordados.

“A poor international standard for trap selectivity threatens carnivore conservation” - um estudo publicado online a 2 de maio de 2016 na revista “Biodiversity and Conservation” - revela falhas graves nas normas que regulam a legalidade de armadilhas para captura de carnívoros.

A 2.º edição da Escola de Verão de Energia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa acontece entre 27 de junho e 1 de julho de 2016. As candidaturas já abriram e terminam a 31 de maio.

Recentemente, a Google anunciou o SmartReply para diminuirmos a carga que muitos de nós têm com o serviço de correio (emails), as dezenas de mensagens que se vão acumulando enquanto as horas passam. Quem está interessado nesta facilidade? É segura, não invasiva, e quem ganha no fim?

Estão prestes a ser divulgados pela Reitoria da Universidade de Lisboa os resultados do inquérito à empregabilidade dos estudantes da Universidade. Estes indicadores passarão a ter cada vez mais importância, seja ao nível da Universidade como das políticas públicas. O tema da empregabilidade passa pois a ser crítico, e a Jobshop anual um instrumento prioritário para a acção de Ciências.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O quinto Dictum et factum é com Andreia Rezende, técnica superior do Gabinete Jurídico de Ciências.

Trinta e três pessoas submeteram até ao final do passado mês de março mais de 200 fotografias no âmbito do Concurso de Fotografia de Ciências 2016. Durante o Dia de Ciências – a 19 de abril de 2016 – foram atribuídos os prémios e as menções honrosas às melhores imagens do concurso.

Um grupo de investigadores do Centro de Química e Bioquímica de Ciências, da Osaka Prefecture University (OPU), no Japão, do Rutherford Appleton Laboratory, no Reino Unido e de duas instituições francesas - o Institut de Chimie de Clermont-Ferrande e o CNRS - sintetizou um novo nanomaterial considerado como catalisador verde de nova geração. 

O Dia de Ciências 2016 foi celebrado no dia do aniversário da Faculdade – 19 de abril – e juntou, como em anos anteriores, alunos, professores, investigadores, outros funcionários desta faculdade, seus familiares e amigos.

António Branco, professor do Departamento de Informática de Ciências, participa na cerimónia “CPLP 20 anos - A Diversidade Cultural que Nos Une”, cujo objetivo é comemorar o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP, celebrado a 5 de maio de 2016, no Palácio Conde de Penafiel, em Lisboa.

Diz-se que nem sempre pensamos por linhas direitas, quase sempre seguimos por curvas, em ziguezagues, corrigindo o que estava confuso, unindo e simplificando, recorrendo a imagens e metáforas, para ajudar os outros a capturarem a essência das coisas.

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