Missão científica pós-tsunami na Indonésia

Wani na Indonésia

Destroços do tsunami de 28 de setembro de 2018, na aldeia de Wani, na Indonésia

MW
Benteng, na costa oeste da bacia de Palu
Martin Wronna a medir a altura das escarpas, resultantes do deslizamento de terra aquando do tsunami em Benteng, na costa oeste da bacia de Palu
Fonte RO

No dia 6 de novembro de 2018, pouco mais de um mês depois do sismo e tsunami que atingiram a Baía de Palu na Indonésia, Martin Wronna e Rachid Omira, investigadores do Instituto Dom Luiz de Ciências ULisboa e IPMA, fizeram as malas e partiram para o local do desastre, que tirou a vida a mais de 2000 pessoas e causou a deslocação a outras 80 000. Foram em missão científica, integrados numa equipa internacional de peritos, constituída logo após o tsunami. Durante cinco dias e antes que o tempo apagasse as marcas da água e a memória dos testemunhos, a equipa percorreu as zonas mais afetadas, fez medições e falou com as populações locais.

O objetivo da missão era claro: melhorar a caracterização do tsunami de dia 28 de setembro de 2018, de modo a desenvolver técnicas e programas de mitigação destes fenómenos naturais. Mas como se organiza uma expedição científica que reúne investigadores de vários pontos do mundo num local ainda tão fragilizado? Depois de muitas reuniões, visualizações de vídeos de testemunhos e modelações computacionais, definem-se os locais a estudar, os parâmetros a medir e as tecnologias a utilizar no terreno. As autoridades e cientistas locais desempenham um papel fundamental na operacionalização dos trabalhos. Foram eles que, de 6 a 11 de novembro de 2018, acompanharam Martin Wronna, Rachid Omira e o resto da equipa nos locais mais afetados pelo tsunami na Baía de Palu. Martin Wronna descreve-nos um dia típico nesta missão: “Começávamos por tomar o pequeno-almoço e reunir toda a equipa, traçando os objetivos do dia. Partíamos depois, de carro com os cientistas locais, para o terreno, procurávamos testemunhos e fazíamos medições das marcas de passagem do tsunami na costa, por exemplo, inundações em casas, deslocações de terra, detritos. De seguida, partíamos para um outro local e repetíamos o mesmo processo.” No total, a equipa de peritos fez medições em 80 locais diferentes, medindo em média cinco a dez pontos por dia, consoante a dificuldade nos acessos às localidades.

Kabonga Besar
Rachid Omira a medir as marcas de água, numa casa atingida pelo tsunami em Kabonga Besar, na costa oeste da baía de Palu
Fonte MW

Martin Wronna e Rachid Omira regressaram a casa no dia 11 de novembro de 2018 e os dados recolhidos na baía de Palu começaram a ser introduzidos nos modelos computacionais em que trabalham. Estes modelos serão cruciais para ajudar a compreender o que se passou no dia 28 de setembro e responder a questões que ainda não foram clarificadas pela comunidade científica, como por exemplo quais os mecanismos geradores deste tsunami. Rachid Omira conta-nos quais são os passos que se seguem nesta missão: “Iremos publicar os dados recolhidos na Indonésia para que todos possam usufruir dos mesmos e de seguida reproduzir a inundação do tsunami com modelos computacionais. Esperamos que estes sirvam no futuro para melhorar, por exemplo, os sistemas de alarme de tsunami na costa.”

Marta Aido, IDL com ACI Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Centro de Testes

“Em cada turno processamos uma quantidade significativa de amostras e é sempre importante conseguirmos fazê-lo eficientemente, para que os resultados sejam conseguidos num curto espaço de tempo”, diz Catarina Lagoas, voluntária no Centro de Testes Ciências ULisboa.

Teclado para invisuais

“A tecnologia deve poder ser usada por todas as pessoas!”, diz Carlos Duarte, professor do Departamento de Informática, investigador do LASIGE Ciências ULisboa, e recentemente membro do World Wide Web Consortium (W3C) e da Ação COST LEAD-ME -Leading Platform for European Citizens, Industries, Academia and Policymakers in Media Accessibility.

 olho de choco

Um grupo de investigadores da Ciências ULisboa a trabalhar no Laboratório Marítimo da Guia do MARE conseguiu mostrar que chocos acabados de eclodir (até cinco dias) são capazes de ter uma aprendizagem social. O estudo publicado na  Animal Cognition tem como primeiro autor Eduardo Sampaio, estudante de doutoramento em Biologia (ramo Etologia).

ETAR de Gaia Litoral

A análise de mais de 200 amostras de águas residuais das cinco ETAR monitorizadas no âmbito do projeto COVIDETECT comprova a presença de material genético nos afluentes que chegam às ETAR e evidencia a ausência de deteção do material genético do vírus SARS-CoV-2 nos efluentes tratados.

National Cancer Institute

Investigadores do LASIGE Ciências ULisboa, INESC TEC e Universidade do Minho apresentam uma nova técnica de deduplicação de dados baseado em semelhanças e padrões encontrados nos ficheiros de sequenciação de genomas humanos e uma codificação das alterações para a recuperação desses dados.

logotipo

Sétima rubrica Radar Tec Labs, dedicada às atividades do Centro de Inovação da Faculdade. A empresa em destaque é a Keep on Care.

Computador

“O período de confinamento pode ser encarado como um primeiro grande teste à integração de renováveis no sistema elétrico, prelúdio do que se prepara com a transição energética global em curso”, escreve o cientista Miguel Centeno Brito.

Conceção artística do telescópio espacial Athena (Advanced Telescope for High-Energy Astrophysics)

“Ciências ULisboa tem vindo a aumentar a sua capacidade e a sua intervenção no desenvolvimento científico e tecnológico de alguns dos projetos mais importantes para o avanço da Astrofísica, não só nos próximos anos, mas nas próximas décadas”, diz o cientista José Afonso.

post it

Cristina Luís, investigadora do Departamento de História e Filosofia das Ciências e do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia (CIUHCT), é a responsável em Portugal pelo projeto “Citizen Science as the new paradigm for Science Communication (NEWSERA)”, coordenado por Rosa Arias, fundadora da Science for Change e que visa estudar como a ciência cidadã pode mudar o paradigma da comunicação da ciência.

janela

Entrevista com o cientista Carlos Cordeiro, que lidera o SAFE Coating, um projeto que tem a Biomimetx e o Hospital Curry Cabral como parceiros e que em seis meses procurará implementar uma tecnologia capaz de inativar o SARS-CoV-2 em superfícies, impedindo a sua viabilidade fora do hospedeiro humano e consequentemente, eliminando uma importante via de transmissão viral.

Lusovenator, a nova espécie pertence ao grupo dos carcharodontossáurios - dinossáurios carnívoros, alguns dos maiores predadores do planeta Terra. A sua descoberta mostra que estes dinossáurios estavam presentes no hemisfério norte 20 milhões de anos antes do que indicava o registo conhecido. O estudo foi liderado por Elisabete Malafaia, investigadora do IDL, polo da Ciências ULisboa.

O Roteiro Nacional de Infraestruturas de Investigação de Interesse Estratégico (RNIE) 2020 inclui 56 infraestruturas. Ciências ULisboa coordena a CoastNet, a PORTULAN CLARIN e a RNEM, integrando ainda outras sete infraestruturas.

A fase de implementação da Rede Portuguesa de Monitorização Costeira (CoastNet) terminou recentemente, segundo comunicado de imprensa emitido pela Faculdade recentemente. A apresentação pública da CoastNet coordenada por José Lino Costa, professor do Departamento de Biologia Animal da Ciências ULisboa, acontece a 7 de julho, num evento a decorrer por videoconferência.

O projeto MarCODE visa desenvolver uma ferramenta multidisciplinar para potenciar o rastreio e a rotulagem ecológica de espécies marinhas de interesse comercial, segundo comunicado de imprensa emitido pela Faculdade. O estudo iniciado este mês de julho deverá terminar daqui a três anos.

Sexta rubrica Radar Tec Labs, dedicada às atividades do Centro de Inovação da Faculdade. A empresa em destaque é a Nevaro.

Cláudio Pina Fernandes, coordenador do GAPsi Ciências ULisboa, escreve sobre o Princípio da Incerteza e chama a atenção para alguns aspetos.

O mundo de hoje é completamente dominado pela necessidade imperiosa de saber recolher e analisar dados, escrevem os cientistas Tiago A. Marques e Soraia Pereira. Leia o artigo dedicado ao roteiro serológico nacional, uma iniciativa promovida pelo Instituto Gulbenkian de Ciência e que conta com a colaboração do Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa, da autoria destes investigadores.

Ciências ULisboa volta a participar com equipas de estudantes no Global Management Challenge (GMC). No passado dia 16 de junho começou a 1ª fase do GMC 2020, que conta com quatro equipas desta faculdade compostas por alunos dos mestrados integrados em Engenharia Biomédica e Biofísica, em Engenharia da Energia e do Ambiente e em Engenharia Física, assim como alunos das licenciaturas em Matemática Aplicada e Tecnologias de Informação.

teste

Cerca de 194 milhões de aves e 29 milhões de mamíferos podem ser atropelados por ano nas estradas europeias, de acordo com a estimativa de uma equipa internacional de investigadores liderada por Clara Grilo, investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), polo da Ciências ULisboa, com sede na Universidade de Aveiro. Os resultados estão publicados na revista científica Frontiers in Ecology and Environment.

“A História do Pi em hipervídeo” está na Internet e pode ser consultada por todos e em toda a parte. O hipervídeo integra de forma estruturada e interativa vídeo e outros tipos de informação, nomeadamente, textos, imagens, áudio e animações. Saiba mais sobre este projeto lendo a entrevista com as professoras Suzana Nápoles e Teresa Chambel.

A dinâmica das epidemias é descrita por sistemas de equações diferenciais. Jorge Buescu, professor do Departamento de Matemática da Ciências ULisboa, apresenta neste artigo o modelo epidemiológico desenvolvido em 1927 por Kermack e McKendrick.

No próximo ano letivo, Ciências ULisboa irá utilizar novos modelos de ensino/aprendizagem, todos com horas de contacto entre docentes e alunos, mas que se diferenciam pela existência e forma da componente presencial, anunciou a Faculdade em comunicado de imprensa.

Um grupo de cientistas da Ciências ULisboa e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, membros do CENTRA - Centro de Astrofísica e Gravitação participa no desenvolvimento do METIS (Mid-infrared ELT Imager and Spectrograph), um poderoso instrumento que vai equipar o maior telescópio do mundo - o Extremely Large Telescope.

A equipa do projeto Lista Vermelha de Invertebrados Terrestres e Dulçaquícolas de Portugal Continental preparou a campanha de ciência cidadã - “Invertebrados da Lista Vermelha procuram-se” -, cujo lançamento ocorre esta sexta-feira, dia 5 de junho.

Duas pessoa dão as mãos

"A nossa necessidade de conexão e de afeto é singular, no sentido em que precisamos e procuramos o contacto com outros seres humanos", escreve Inês Ventura, psicóloga do GAPsi Ciências ULisboa.

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