Solidariedade

Alunos de Voluntariado Curricular dão a conhecer 23 experiências em instituições sociais

Voluntários, professores e parceiros apresentaram as atividades de Voluntariado Curricular

Alunos, professores e entidades parceiras deram a conhecer uma nova leva de atividades de Voluntariado Curricular

FCUL-CIÊNCIAS

Sem vontade, não há voluntários. E sem a vontade de 23 estudantes da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS), seguramente, que a apresentação pública das atividades de Voluntariado Curricular, nesta segunda-feira, teria sido diferente. “Este voluntariado pode não ter sido importante para o meu curso académico, mas vai ser importante para a minha vida”, garante Sara Albino, aluna do curso de Bioquímica.

Desde 2016 que CIÊNCIAS tomou a linha da frente no ensino superior nacional com o lançamento de uma unidade de Voluntariado Curricular que, atualmente, vale três créditos académicos (ECTS). Como o nome indica, o voluntariado curricular é opcional, mas apenas está disponível para alunos do segundo e terceiro anos das diferentes licenciaturas de CIÊNCIAS. Nesta unidade curricular que pode ser escolhida em alternativa a disciplinais mais convencionais, quase tudo se passa fora do Campus do Campo Grande – e remete para a denominada vida real, com estudantes que tiram parte do tempo livre para dar uma ajuda em lares de idosos, casas de apoio a crianças em situação vulnerável, distribuição de comida por famílias carenciadas, ou ajuda a pessoas com síndrome de asperger, entre muitos outros cenários encontrados em entidades parceiras.

“Já houve quem fizesse as 35 horas (previstas para Voluntariado Curricular) numa única semana, trabalhando a tempo inteiro, mas geralmente, os alunos costumam fazer este voluntariado ao longo de um semestre”, explica Cristina Catita, professora de CIÊNCIAS, e coordenadora da unidade de Voluntariado Curricular.

Cristina Catita e Ana Atouguia no evento de voluntariado curricular
Cristina Catita, professora de CIÊNCIAS, e Ana Atouguia, do Gabinete de Empregabilidade de CIÊNCIAS durante o evento de Voluntariado Curricular

Se nas disciplinas mais convencionais tudo costuma terminar com exames, provas orais, ou experiências laboratoriais, no Voluntariado Curricular a conclusão de trabalhos contempla um relatório e uma apresentação pública de experiências, como a de segunda-feira. “O Voluntariado Curricular ajuda a formar melhores seres humanos e contribui para uma tomada de consciência de realidades bem diferentes daquelas em que os estudantes vivem”, sublinha Cristina Catita.

Durante o semestre de Voluntariado, cada voluntário é acompanhado por um professor com funções de tutoria, mas antes da ida para o terreno há sessões de apoio com profissionais do Gabinete de Apoio Psicológico de CIÊNCIAS (GAPSI) que têm por objetivo preparar os estudantes para realidades mais complexas que podem vir a encontrar.

Na edição de 2025, o Voluntariado Curricular haveria de contar com mais um atrativo acrescido: ciente das necessidades encontradas pelos voluntários, o Departamento de Informática de CIÊNCIAS aproveitou o momento para doar dois computadores à Fundação CEBI, enquanto entidade parceira que recebe estudantes-voluntários para ajudar nas tarefas do dia-a-dia.

Por mais de uma vez, os alunos confirmaram em público que o voluntariado obriga a sair da zona de conforto – mas também houve quem confessasse atração por algo diferente das tradicionais aulas. “Não me arrependo de ter feito o voluntariado, ainda que nada tenha a ver com o meu curso”, responde Rodrigo Santos, aluno de Engenharia Informática de CIÊNCIAS. “Como disse na minha apresentação, gosto mais de estar a fazer coisas do que estar na sala de aula a ouvir”, acrescenta o estudante, sobre o que o levou a enveredar pelo apoio a um lar de idosos da Fundação CEBI.

O voluntariado vale três créditos (ECTS) no final da licenciatura, mas quem assume a missão garante que os benefícios vão além dos méritos académicos. “É gratificante ver que as ações de voluntariado têm impacto na vida de outras pessoas”, refere Sofia Rodrigues, aluna de Engenharia Informática de CIÊNCIAS.

O Voluntariado Curricular é levado a cabo em parceria com 10 entidades da área metropolitana de Lisboa. Da lista constam, a Associação Tempos Brilhantes (ATB), a Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA), a Associação Santa Teresa de Jesus - Dignidade e Desenvolvimento, o Centro Social e Paroquial do Campo Grande (CSPCG), o Centro Social e Paroquial São Tomás de Aquino (CSPSTA), a Fundação CEBI - Casa de Acolhimento Residencial, a Refood Barreiro, a Refood Carnide, a Refood Lumiar, e a Serve the City. Todas as ações previstas para estas instituições, são definidas previamente com o objetivo de garantir a compatibilidade entre horários académicos e horários de voluntariado.


Sofia Rodrigues, aluna de CIÊNCIAS; Josiane Avelar em representação da Fundação CEBI; a aluna de Ciências Sara Albino; e o professor do Departamento de Informática Carlos Teixeira durante a entrega de dois computadores à Fundação CEBI 

Como seria de esperar, os ensinamentos obtidos vão muito além daquilo que equações, algoritmos, ou leis da física conseguem explicar. “Aprendi a fazer a ponte com pessoas que estão perto (em termos de distância geográfica), mas mantêm-se longe em termos psicológicos”, referiu João Quarenta, aluno de CIÊNCIAS, durante a apresentação pública do relatório do Voluntariado Curricular que levou a cabo na Academia da Mudança/Serve The City, com o objetivo de mitigar situações de exclusão social.

“O Voluntariado Curricular ajuda a formar melhores seres humanos e contribui para uma tomada de consciência de realidades bem diferentes daquelas em que os estudantes vivem”

 

“Vamos manter os contactos com potenciais parceiros. A ideia é poder abrir o leque”, informa Ana Atouguia, técnica superior do Gabinete de Empregabilidade de CIÊNCIAS. “O trabalho desenvolvido pelos alunos promove a marca de CIÊNCIAS enquanto entidade que pretende ser uma referência na área da responsabilidade social”, acrescenta a responsável que trabalha no Gabinete de Empregabilidade.

Ana Atouguia e Cristina Catita lembram que parte dos alunos, depois de se estrearem com o Voluntariado Curricular, acabam por continuar a participar em ações similares de apoio à comunidade – mesmo quando já têm emprego e terminaram os estudos em CIÊNCIAS.

Nalguns casos, são ex-alunos que continuaram com o voluntariado já fora do currículo académico que recebem os novos alunos nas entidades parceiras. E não são só os parceiros e as pessoas apoiadas que ficam a ganhar, como lembrou Rodrigo Afonso, aluno de Engenharia Informática, na apresentação de relatório: “Entrei no Voluntariado com o objetivo de ter um enriquecimento curricular e acabei por sair de lá mais feliz”. Nem tudo se mede com cifrões.

Hugo Séneca - DCI CIÊNCIAS
hugoseneca@ciencias.ulisboa.pt

A descoberta da localização precisa de uma espécie de GPS (Global Positioning System) no nosso cérebro (Moser e Moser, 2014), capaz de nos ajudar a responder a duas perguntas básicas “Onde estamos?” e “Como vamos até acolá?”, indispensáveis para a nossa vida normal, estimulou a discussão do tema computação espacial (ler a revista norte americana Communications Of the ACM, janeiro de 2016, páginas 72-81).

Joaquim Alves Gaspar, de 67 anos, investigador pós-doutoral do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, acaba de ser distinguido com uma Starting Grant do Conselho Europeu de Investigação, a primeira a ser atribuída a um membro da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Em entrevista a Ciências apresenta o projeto “The Medieval and Early Modern Nautical Chart: Birth, Evolution and Use” alvo desta distinção, no valor de 1,2 milhões de euros, bem como o homem que pretende causar um impacto significativo na História da Cartografia, demonstrando a eficácia das suas ferramentas e ajudando a criar uma nova geração de cientistas nesta área.

O Conselho Europeu de Investigação atribuiu uma Starting Grant, no valor de 1,2 milhões de euros, a Joaquim Alves Gaspar, membro integrado do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia (CIUHCT) e investigador principal do projeto “The Medieval and Early Modern Nautical Chart: Birth, Evolution and Use”.

"No momento atual o alerta de potencial erupção ainda não terminou uma vez que a atividade sísmica se mantém acima dos valores normais", escreve José Madeira em mais uma crónica de viagem.

"Comunicar significa tornar comum. E o que queremos tornar comum? Ciência. Esse é o objetivo", escreve em artigo de opinião Manuel Leite Valença.

César Garcia, curador convidado do Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa, investigador do cE3c e antigo aluno de Ciências, é o autor de uma das fotografias premiadas, escolha do editor, no âmbito da 4.ª edição do BMC Ecology Image Competition, uma iniciativa da BioMed Central.

A equipa da UNDAC (United Nations Disaster Assessment and Coordination)/ERCC (European Response Coordination Centre) da Comissão Europeia (CE) tem feito avaliação dos planos de emergência existentes e suas lacunas ou melhoramentos necessários, bem como reuniões com os principais agentes intervenientes a nível local em caso de catástrofe ou emergência.

Cerca de 60 alunos da EB1 S. João de Brito,  Agrupamento de Escolas de Alvalade, visitaram em julho passado o Departamento de Biologia Animal de Ciências.

Desde a chegada da equipa UNDAC/ERCC a sismicidade tem-se mantido em níveis estáveis após dois dias iniciais em que se tinha tornado progressivamente mais superficial (1 km abaixo do nível do mar).

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Cerca de 14 alunos do ensino secundário decidiram passar uma semana das suas férias a frequentar a Escola de Verão de Energia, organizada pelos professores e alunos do mestrado integrado de Engenharia da Energia e do Ambiente, e que já vai na sua segunda edição.

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“A Química e os segredos de um chocolate perfeito”, “Olhando os átomos”, “A diversidade escondida dos oceanos: do microscópio ao DNA” e “As bactérias e a resistência a antibióticos” são só alguns exemplos dos projetos disponíveis no âmbito do

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