Programa Verão - Ser Cientista 2024

Vem Investigar connosco !

Esta atividade é dirigida a todos os alunos que frequentem, no presente ano letivo, o 10º, 11º ou 12º ano de escolaridade.
Tem por objetivo proporcionar aos alunos do ensino secundário uma aproximação à realidade da investigação científica pela integração no dia-a-dia dos cientistas de diferentes áreas científicas de CIÊNCIAS.

Ao longo de uma semana os participantes vão poder realizar, por si próprios, um projeto científico acompanhados pelos docentes e investigadores da nossa Faculdade.

O Ser Cientista conta já com oito edições, tendo recebido cerca de 360 participantes desde a primeira edição.

 

Funcionamento e Datas

A 9ª edição do "Ser Cientista" realiza-se entre 22 e 26 de julho de 2024.
A participação na atividade tem um custo de 55 euros (almoços incluídos), a pagar apenas, caso o candidato seja selecionado.

 

Formulário de Candidatura

Cada participante que no ano letivo 2023/2024 frequente o 10º, 11º ou 12º ano pode candidatar-se aos projetos disponíveis através do formulário de candidatura, passando posteriormente por um processo de seleção. 

As candidaturas encontram-se encerradas. Obrigada aos quase 80 candidatos/as!

No formulário, cada participante pode candidatar-se a mais do que um projeto, independentemente da área científica do mesmo. Para além de selecionar o(s) projeto(s) a que se candidata, é necessário organizá-los por ordem de preferência. No formulário é também pedido que submeta o comprovativo de nota do ano que frequenta, referente ao 1º semestre no caso das escolas com avaliação semestral, ou do 2º período, no caso das escolas com avaliação trimestral. Caso não os consiga submeter no formulário, pedimos-lhe que posteriormente nos envie por e-mail, para dci@ciencias.ulisboa.pt 
A seleção dos alunos para cada projeto terá em conta a média das duas melhores notas obtidas no 1º semestre ou no 2º período (selecionadas entre as seguintes disciplinas: Biologia / Biologia e Geologia,  Física e Química, Matemática A, Geometria Descritiva A ou Economia).
 

Regulamento Ser Cientista

Todas as informações relativas ao funcionamento do "Ser Cientista" podem ser encontradas no Regulamento.

Modelo Autorização Encarregado de Educação

O participante deverá na receção do primeiro dia, apresentar o modelo de autorização assinado pelo seu encarregado de educação, ou pelo próprio no caso de ter mais de 18 anos.
 

Projetos

Projeto 1: A estrutura interna das células humanas Ciências da Vida e da Saúde

Projeto 2: Que teor de nitrato tem a refeição que vou comer no ‘Ser Cientista’? Ciências da Vida e da Saúde

Projeto 3: Sobreviver a uma crise epilética Ciências da Vida e da Saúde

Projeto 4: Testes Viscoelásticos na prevenção de hemorragia pós-parto Ciências da Vida e da Saúde / Ciências Matemáticas

Projeto 5: Fornos solares para aquecer a marmita Ciências da Terra e do Ambiente

Projeto 6: Partículas invisíveis que andam pelo ar Ciências da Terra e do Ambiente

Projeto 7: Fungos marinhos: diversidade e identificação Ciências da Terra e do Ambiente

Projeto 8: Que espécies de peixes podemos encontrar nos rios portugueses? Ciências da Terra e do Ambiente

Projeto 9: Uso do microscópio confocal de fluorescência aliado à biologia molecular de plantas Ciências da Terra e do Ambiente

Projeto 10: AI4Sci: Inteligência Artificial nas Ciências Ciências da Computação e Informação

Projeto 11: À descoberta das cores das galáxias Ciências Físicas

Projeto 12: Explorar o corpo humano através de imagens médicasCiências Físicas

Projeto 13: May the force be with you Ciências Físicas

Projeto 14: Desvendando os Quasares: Uma Jornada Envolvendo Dados Astrofísicos e Inteligência Artificial Ciências Físicas

 

Descrição dos Projetos

Projeto 1: A estrutura interna das células humanas Ciências da Vida e da Saúde

Os mecanismos básicos da vida e das patologias humanas podem ser estudados em células em cultura, minimizando o número de animais mortos no laboratório durante a nossa investigação, e facilitando assim uma maior sustentabilidade dos nossos estudos e um maior respeito pelos organismos vivos. O nosso laboratório está especializado em desenvolver modelos celulares de doenças neurodegenerativas tais como o Alzheimer, o Parkinson ou diversas ataxias. Observamos a estrutura e o comportamento dinâmico de diversas proteínas relacionadas com patologias humanas por técnicas de microscopia. Os estudantes irão fazer uma técnica de deteção de proteínas em células em cultura para elas ser visualizadas pelo microscópio de fluorescência.
Responsáveis: Federico Herrera, Fernanda Murtinheira, Constança Pimenta, Ana Sofia Boasinha, Pedro Peralta (Departamento de Química e Bioquímica). 

 

Projeto 2: Que teor de nitrato tem a refeição que vou comer no ‘Ser Cientista’? Ciências da Vida e da Saúde

Os teores de nitrato e nitrito em alguns alimentos têm um valor limite permitido, uma vez que os compostos destes iões podem dar origem a compostos cancerígenos e portanto quando ingeridos em grandes quantidades a probabilidade daqueles se formarem aumenta.
Em geral analisa-se o teor destes iões em alimentos separados, por exemplo o existente em alfaces ou espinafres, e depois somam-se esses teores para se chegar ao valor total ingerido.
Neste projeto o que vamos fazer é analisar o teor de ião nitrato, por cromatografia iónica, numa refeição completa, obtida numa cantina universitária, e verificar se esse valor excede ou não o que está permitido ou é recomendado como valor máximo.
O trabalho laboratorial envolve várias técnicas.
Responsável: Cristina Oliveira (Departamento de Química e Bioquímica).

 

Projeto 3: Sobreviver a uma crise epilética Ciências da Vida e da Saúde

As crises epiléticas podem surgir por acidente num indivíduo que não sofre de epilepsia causadas por diversas condições ambientais. Esta primeira crise pode iniciar um pesso que dá origem ao surgimento de epilepsia mais tarde na vida (epileptogénese). Como é que isto se evita? Estará a resposta nestes momentos iniciais?
Neste projeto vamos observar como os neurónios respondem e sobrevivem à atividade epilética e como a sua capacidade de comunicação se altera após uma crise epilética.
Para isso vamos utilizar neurónios em cultura e terminais nervosos isolados (uma preparação só com sinapses) para ver como reagem a uma crise epilética. Depois vamos observar a capacidade de sobrevivência dos neurónios à crise e ver como estão alterados os níveis das proteínas envolvidas na comunicação neuronal.
Responsável: Diana Cunha Reis (Departamento de Biologia Vegetal).

 

Projeto 4: Testes Viscoelásticos na prevenção de hemorragia pós-parto Ciências da Vida e da Saúde / Ciências Matemáticas

Sabias que segundo a Organização Mundial de Saúde, a hemorragia pós-parto é a principal causa de mortalidade materna em todo o mundo? Gostarias de perceber o que poderá estar por trás destas hemorragias e como podemos, no futuro, ajudar a diminuir estes valores?
Para conseguirmos responder a esta pergunta foi realizado um estudo em 151 mulheres grávidas, às quais foram recolhidos uma série de dados antes e após o parto. Estes dados consistem nos seguintes tipos de informações: 

  • Características físicas da mulher, como por exemplo o peso, a altura e a idade;
  • Fatores de risco que poderão estar relacionados com este tipo de hemorragia, nomeadamente certos tipos de doenças, medicação, intervenções médicas anteriores (como cesarianas), excesso de peso ou até mesmo a sua etnia.
  • Parâmetros clínicos onde se incluem informações relativas ao tipo de parto e a análises clínicas.
  • Valores de dois tipos de testes medidores do estado de coagulação da mulher, o ROTEM e o QUANTRA. 

Neste projeto terás a oportunidade de aprender a interpretar e a explorar este conjunto de dados com recurso a representações gráficas de forma a conseguirmos dar resposta às seguintes questões:

  • Quais destas características físicas, fatores de risco e parâmetros clínicos da mulher poderão estar relacionados com uma possível hemorragia?
  • Como é que os valores dos testes ROTEM e QUANTRA se relacionam com a quantidade de hemorragia no pós-parto?
  • E por fim, quais destas variáveis e testes, no futuro, nos poderão ajudar a perceber de que forma uma grávida poderá vir a ter uma hemorragia no pós-parto e consequentemente tomar as precauções necessárias.

Responsável: Tiago Dias Domingues (Departamento de Estatística e Investigação Operacional).

 

Projeto 5: Fornos solares para aquecer a marmita Ciências da Terra e do Ambiente

Será que podemos usar a energia solar para aquecer a marmita do almoço? 
No âmbito de um projeto premiado pelo Concurso de Ideias para a Sustentabilidade em Ciências, estamos a desenvolver fornos solares para aquecimento de marmitas de almoço dos estudantes na faculdade.
Este projeto Ser Cientista tem por objetivo avaliar experimentalmente o desempenho dos fornos em condições reais e propor eventuais alterações para a sua melhoria e adaptação à aplicação. 
Inclui uma componente de introdução à instrumentação (para a caracterização das condições experimentais e desempenho), a realização da experiências e análise de dados. 
Vai ser preciso trazer chapéu e protetor solar porque vamos estar ao sol!
Responsável: Miguel Centeno Brito (Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia).
 

Projeto 6: Partículas invisíveis que andam pelo ar Ciências da Terra e do Ambiente

Um dos poluentes atmosféricos que levanta maiores preocupações, pelos seus efeitos nefastos a nível do clima e da saúde dos seres vivos é o chamado Material Particulado, ou aerossóis atmosféricos (PM – particulate matter, em inglês). 
As partículas têm diferentes origens, tamanhos e constituição química e dependendo das suas características assim os efeitos que provocam.
Neste trabalho propõe-se que o participante proceda a uma recolha ativa de aerossóis, seguida da sua análise gravimétrica, no sentido de se verificar se os valores obtidos estão ou não acima dos valores legislados.
Responsável: Cristina Oliveira (Departamento de Química e Bioquímica).

 

Projeto 7: Fungos marinhos: diversidade e identificação Ciências da Terra e do Ambiente

O que são fungos marinhos? Como e onde os encontrar? Que características têm? Como se distinguem? Qual a sua importância ecológica e económica.
Neste projeto serão analisadas amostras colhidas em ambiente marinho, tendo em vista detetar e identificar fungos marinhos.  Culturas de alguns isolados de fungos marinhos colhidos na costa portuguesa serão observadas e caracterizadas morfologicamente, e sub-cultivadas. Será feita a extração de DNA e utilizada a técnica de PCR para amplificar genes que permitem a identificação molecular destes fungos. 
Espera-se que alguns dos exemplares e dos isolados apresentados sejam caraterizados e identificados morfologicamente, e ainda extrair DNA destas amostras e amplificar com êxito o DNA extraído.
Responsáveis: Egídia Azevedo e Maria Filomena Caeiro (Departamento de Biologia Vegetal)

 

Projeto 8: Que espécies de peixes podemos encontrar nos rios portugueses? Ciências da Terra e do Ambiente

As ferramentas genéticas são essenciais para monitorizar e estudar as espécies presentes nos ecossistemas de água doce em Portugal. Muitas vezes são utilizadas para avaliar a diversidade genética das populações e a sua relação com outras espécies e populações próximas.Neste projeto, os participantes irão utilizar um marcador genético para estudar várias espécies de peixes de água doce, com o objetivo de determinar a que espécie pertencem e como se relacionam entre si. No decorrer do projeto, os participantes poderão aprender e aplicar técnicas de biologia molecular, nomeadamente: a) obter ADN a partir de amostras de tecidos, b) amplificar fragmentos de ADN através de reação de polimerase em cadeia (PCR). Os participantes irão também familiarizar-se com a análise de sequências de ADN no computador e aprender a construir uma árvore filogenética que relaciona os indivíduos.
Responsáveis: Vítor Sousa, Catarina Bernardo, Mariana Moço (Departamento de Biologia Animal).

 

Projeto 9: Uso do microscópio confocal de fluorescência aliado à biologia molecular de plantas Ciências da Terra e do Ambiente

Neste projeto vai ser dada a oportunidade de os alunos entrarem em contacto com o uso de microscópios de fluorescência/confocal para visualização de genes repórter. Esta é uma técnica amplamente usada tanto em ciência animal como vegetal embora neste projeto, irão ser usadas plantas.
Quando é necessário estudar a função de um gene, uma das primeiras abordagens é observar em que parte da célula esse mesmo gene está ativo. A clonagem de um gene associada a um gene repórter que emite fluorescência, permite desvendar este segredo.
O visitante pode isolar o plasmídeo que vai ser infiltrado na planta e vai preparar as amostras usadas no microscópio. Vai poder tirar fotos das imagens obtidas.
Os resultados a obter estarão relacionados com a histologia da folha e visualização da fluorescência na célula.
Responsáveis: Rita Teixeira, Marina Novita (Departamento de Biologia Vegetal).

 

Projeto 10: AI4Sci: Inteligência Artificial nas Ciências Ciências da Computação e Informação 

A inteligência artificial é já uma ferramenta indispensável à investigação científica. Os recentes desenvolvimentos da IA abriram as portas à aprendizagem de padrões e resolução de tarefas complexas baseadas em enormes quantidades de dados científicos.
O projeto AI4Sci tem como objetivo investigar e avaliar técnicas de IA aplicadas a problemas de outras áreas científicas, nomeadamente nas ciências naturais e da saúde. 
Os participantes irão colaborar na programação (em Python) e avaliação de algoritmos de IA para previsão de interação de proteínas, tanto em termos do seu desempenho como da sua explicabilidade. Os participantes terão a oportunidade de utilizar modelos de IA de última geração e colaborar na avaliação do seu desempenho como ferramenta científica em biologia molecular.
Responsável: Cátia Pesquita (Departamento de Informática).

 

Projeto 11: À descoberta das cores das galáxias Ciências Físicas

As galáxias são os blocos de construção do Universo e, por isso, são muito estudadas, utilizando vários métodos e instrumentos. Ao longo dos tempos estes objetos têm sido observados a diferentes comprimentos de onda utilizando instrumentos localizados na Terra e também no espaço.
A atividade consiste em estudar quais os componentes das galáxias responsáveis pela emissão observada a partir da comparação de imagens de uma amostra de galáxias no Universo Local a três diferentes comprimentos de onda.
Utilizando ferramentas de análise, os estudantes irão sobrepor imagens de uma galáxia num mesmo sistema de referência observando desta maneira as regiões onde a emissão a cada comprimento de onda tem maior luminosidade.
A comparação das imagens das galáxias estudadas, irá permitir aos estudantes perceber, por exemplo, onde as galáxias estão a formar estrelas, onde há uma forte extinção devido à poeira interestelar e a distribuição das estrelas mais velhas.
Responsáveis: Ciro Pappalardo, Henrique Miranda (Departamento de Física).

 

Projeto 12: Explorar o corpo humano através de imagens médicas Ciências Físicas

Com este projeto pretende-se introduzir os candidatos às particularidades da imagiologia médica, desde os princípios da aquisição que distinguem as várias modalidades, aos métodos de análise e processamento das imagens. 
Os alunos começarão por compreender os fundamentos de diferentes modalidades de imagem (TC, MRI, Mamografia e PET). Explorarão programas de processamento e análise de imagem, retirarão dados quantitativos dessas imagens e por fim aplicarão métodos de processamento avançados como renderização 3D e fusão de imagens. 
Responsável: Nuno Matela (Departamento de Física).

 

Projeto 13: May the force be with you Ciências Físicas

Neste projeto científico tentaremos construir um aparelho capaz de medir forças intermoleculares! Esta atividade vai exigir que uses a tua criatividade e habilidade para construíres um aparelho que permita medir a interação entre dois átomos.
Aprender sobre como medir forças intermoleculares; imaginar um aparelho experimental que permita medir forças de 1 nN; desenhar peças em 3D (opcional); construir um circuito elétrico (opcional); definir o protocolo experimental; realizar as medidas. O objetivo é medir a força de interação entre átomos.
Responsável: Mário Rodrigues (Departamento de Física).

 

Projeto 14: Desvendando os Quasares: Uma Jornada Envolvendo Dados Astrofísicos e Inteligência Artificial Ciências Físicas

Nesta jornada de uma semana, vamos explorar os segredos dos quasares. São dos objetos mais energéticos do Universo(!), e que estão relacionados ao crescimento de buracos negros supermassivos. Neste módulo, teremos contato com bancos de dados contendo informações sobre quasares, coletados em diferentes frequências de luz (como rádio, infravermelho e óptico). Vamos conhecer o software "TopCat" que ajuda a visualizar dados de forma simples e rápida, sendo amplamente utilizado em Astrofísica.
Em seguida, vamos desbravar a linguagem de programação chamada Python, uma ferramenta versátil e utilizada por cientistas de todas as áreas do conhecimento. Você terá uma experiência básica com Python para analisar dados, criar gráficos, e o mais interessante, construir um modelo de inteligência artificial -simples- mas capaz de prever características dos quasares, como sua distância da Terra.
Será uma experiência prática e interativa, com intuito de abrir as portas para o mundo da astrofísica e da ciência de dados.
Responsável: Bruno Arsioli (Departamento de Física).

 

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