Opinião

E quando a terra tremer, sabes o que fazer?

Hoje celebra-se o Dia Internacional para a Redução de Catástrofes. Em Portugal, às 10h13m, individualmente ou em grupo, e onde quer que estejam, vários cidadãos vão fazer um simulacro de sismo.

Este simulacro, no qual todos podem participar, é inspirado no exercício ShakeOut. Este ano, cerca de 25 milhões de pessoas espalhadas por todo o mundo vão participar no ShakeOut executando em conjunto as três ações de autoproteção durante um sismo: baixar, proteger, aguardar.

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Três ações de autoproteção durante um sismo

E em Portugal, temos de nos preocupar com os tremores de terra? A resposta dos Portugueses a esta pergunta tende a ser polarizada: quem já vivenciou um sismo forte (por exemplo, o sismo de Fevereiro de 1969 — um sismo grande, de magnitude 7.9, com epicentro ao largo do cabo de S. Vicente) tem uma perceção elevada do risco sísmico. Estas pessoas sabem que Portugal é por vezes abalado por sismos fortes. As pessoas que nunca sentiram um sismo forte (muitas nunca sentiram um sismo de todo) tendem a pensar que os tremores de terra são eventos que acontecem noutros lugares, a outras pessoas.

Na verdade, Portugal é um país com uma longa história de sismos destrutivos. Portugal continental situa-se ao lado da fronteira entre duas placas litosféricas (também chamadas placas tectónicas): Euroasiática e Africana. A colisão entre estas duas placas deforma a camada mais superficial da Terra, a litosfera, que acaba por quebrar, gerando sismos. O movimento entre as duas placas é lento, por isso a deformação litosférica em Portugal é lenta, e todo o ciclo sísmico de acumulação e libertação de tensão também é lento. Consequentemente, os intervalos entre sismos são em geral longos. O que por um lado é bom: não temos sismos frequentes que causem danos. Mas por outro lado é mau: como não temos sismos que causem danos frequentemente, perdemos a memória coletiva do risco sísmico, e a população eventualmente reverte para um sentimento de falsa segurança. Os sismos fortes em Portugal são eventos extremos: ocorrem raramente, mas têm o potencial de causar uma enorme destruição.

Tira cinco minutos durante o dia de hoje para rever os sete passos para estares mais preparado e bem protegido durante um sismo. E às 10h13, dia 13/10, não te esqueça de baixar, proteger, aguardar. Um dia que sintas um tremor de terra, o teu corpo vai lembrar-se mais fácil e rapidamente do que deve fazer.
 

Mapa
Mapa de Portugal continental. Portugal continental está localizado a norte do limite entre as placas da Núbia (África) e Ibéria (Eurásia). Nesta região, a fronteira entre placas acomoda uma convergência oblíqua orientada noroeste-sudeste, que ocorre a uma taxa lenta da ordem de 4 mm/ano. A figura mostra a topografia no fundo oceânico adjacente, falhas potencialmente ativas (linhas verdes) identificadas na base de dados europeia de falhas sismogénicas (EDSF), a falha da Glória (linha azul) que localiza o limite entre as placas de acordo com o modelo NNR-MARVEL56 [Argus et al., 2011], sismos históricos com magnitude superior a 5,5 (círculos coloridos) identificados na base de dados do SHARE European Earthquake Catalogue (SHEEC), e a sismicidade registada instrumentalmente desde 1961 (pontos roxos)
Fonte Cedida por SC

Em agenda
Integrado no Dia Internacional para a Redução das Catástrofes, realiza-se uma homenagem póstuma ao Professor Mendes Victor, professor da Faculdade de Ciências da ULisboa que dedicou a sua vida ao estudo da geofísica e da sismologia.

Susana Custódio, investigadora do Instituto Dom Luiz
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
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"Até agora, os cientistas cidadãos das comunidades GROW implementaram/instalaram 2.000 sensores com o intuito de avaliar a humidade, temperatura e radiação solar do solo nos diferentes GROW Places. No próximo ano deverão ser implementados cerca de 10.000 sensores. Este é considerado o maior levantamento de dados de diversas propriedades do solo na Europa, realizado por cidadãos", escreve em artigo de opinião Gil Penha-Lopes, investigador do DBV Ciências ULisboa e cE3c.

Livros

O projeto “NitroPortugal -Strengthening Portuguese research and innovation capacities in the field of excess reactive nitroge” promove livro infantil “A história do azoto, bom em pequenino e mau em grande”.

Adrià López Baucells

A British Ecological Society anunciou esta sexta-feira, dia 30 de novembro, os vencedores do concurso anual de fotografia Capturing Ecology. Entre as várias fotografias premiadas encontram-se as de Adrià López Baucells, estudante do programa doutoral Biodiversidade, Genética e Evolução e investigador do polo de Ciências ULisboa do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

Ilustração de um buraco negro ativo no centro de uma galáxia

Cientistas portugueses estiveram envolvidos na primeira medição espacial do redemoinho de massa que orbita um buraco negro de centenas de milhões de massas solares.

C6

Soraia Pereira, investigadora do Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa e antiga aluna de Ciências ULisboa, vence Prémio Sociedade Portuguesa de Estatística 2018.

Representação esquemática da bicamada fosfolipídica da membrana e da sua alteração, após ação do antibiótico (à esquerda) e visualização da membrana danificada por ação de uma dose inferior à concentração mínima letal (à direita)

Uma equipa liderada por Ciências ULisboa descobriu antibióticos derivados de açúcares, que matam células de espécies de Bacillus spp, incluindo Bacillus anthracis, um micróbio causador da doença antrax, que ataca animais e seres humanos e é um agente de bioterrorismo.

Mar

No Dia Nacional do Mar trazemos à memória os 20 anos da EXPO’98 e da Ponte Vasco da Gama e a reabilitação daquela área, na qual participaram vários professores de Ciências ULisboa e investigadores do extinto Instituto de Oceanografia, atual MARE.

Talhões SUSBEAUTY

Estudo coordenado por Ana Duarte Rodrigues, investigadora do DHFC e do CIUHCT, demonstra que plantas autóctones do Algarve são mais sustentáveis do que as espécies exóticas introduzidas na paisagem e que esgotam os recursos hídricos da região.

Cristina Máguas

“A Federação Europeia de Ecologia (FEE) tem objetivos muito claros – um deles é o de alargar o conhecimento ecológico à Europa”, diz Cristina Máguas, primeira portuguesa a ser eleita presidente da rede europeia de ecólogos. A tomada de posse ocorre em janeiro de 2019.

Ana Subtil Simões

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências ULisboa? O Dictum et factum de novembro é com Ana Subtil Simões, técnica superior da Área de Comunicação e Imagem de Ciências ULisboa.

Campus Ciências ULisboa

Ciências ULisboa organiza no seu campus a competição internacional destinada a treinar equipas multidisciplinares de estudantes universitários para a inovação e o empreendedorismo na área da saúde. A equipa vencedora irá participar no EIT Health Winners Event, em Londres, nos próximos dias 11 e 12 de dezembro.

Diego Rubiera-Garcia

Aos 14 anos o investigador do polo de Ciências ULisboa do IA deslumbrou-se com um livro “A criação do Universo” e a teoria do big-bang. O que mais gosta de fazer é simples: pequenos cálculos sobre ideias que lhe vêm à mente!

líquenes

O 1.º Prémio de Doutoramento em Ecologia Fundação Amadeu Dias foi atribuído a Paula Matos. A investigadora do cE3c do polo de Ciências ULisboa irá apresentar a tese em Biologia e Ecologia das Alterações Globais no 17.º Encontro Nacional de Ecologia.

João Alexandre Medina Corte-Real, professor jubilado da Universidade de Évora, docente em Ciências ULisboa durante mais de 30 anos, faleceu a 31 de outubro. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos familiares, amigos e colegas.

Burnout

Saiba mais sobre a síndrome de burnout, na rubrica habitual da psicóloga do GAPsi, Andreia Santos.

Pormenor de simulação de matéria a orbitar perto de um buraco negro

Há um buraco negro supermassivo, escondido, no centro da Via Láctea anunciou o ESO. O GRAVITY, que tornou possível esta observação, foi desenvolvido por um consórcio internacional, do qual fazem parte investigadores de Ciências ULisboa e da FEUP, integrados no CENTRA.

CCDesert

Ciências ULisboa, através do cE3c e do IDL, é um dos 37 membros fundadores do Centro de Competências na Luta contra a Desertificação criado pelo Governo este verão.

HortaFCUL

Contributo da HortaFCUL para a sustentabilidade do campus em 2017/2018.

Grande auditório de Ciências ULisboa

Novo ano escolar… Vida nova para muitos caloiros… Recorde a sessão de boas-vindas aos novos alunos de 2018/2019 e conheça as histórias de alguns deles.

Ciências da Sustentabilidade

O novo doutoramento da ULisboa foi concebido no âmbito do Colégio Food, Farming and Forestry e junta 42 professores de 17 faculdades e institutos da ULisboa. A primeira edição conta com 14 alunos.

navio James Clark Ross

Vanda Brotas, professora do DBV Ciências ULisboa e investigadora do MARE ULisboa, é a coordenadora do projeto Portwims, no âmbito do qual investigadores do MARE ULisboa participam em cruzeiros oceanográficos.

Anfiteatro da fCiências.ID

A ação COST CA 16118 ou Neuro-MIG visa o estabelecimento de uma rede de médicos e cientistas para o estudo das malformações do desenvolvimento cortical humano. Em setembro passado a comissão de gestão e os grupos de trabalho desta rede estiveram reunidos em Ciências ULisboa.

<i>Deep Learning</i>

A rubrica No Campus com Helder Coelho está de volta: “O que o homem tem necessidade, quando enfrenta o complexo, é de ‘agentes’ com um pouco de mais inteligência (estendida, aumentada) e de ajuda (cooperação, colaboração)”.

Paulo Motrena

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de outubro é com Paulo Motrena, técnico superior do Gabinete de Organização Pedagógica da Direção Académica de Ciências ULisboa.

Sala de aulas com crianças

Cerca de 90 alunos do Colégio S. João de Brito visitaram o DQB e DG Ciências ULisboa. O projeto educativo desta escola contempla a dinamização de atividades relacionadas com as ciências experimentais, destinadas a enriquecer as aulas de Estudo do Meio.

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