Jorge Buescu faz parte da comissão executiva da EMS desde junho de 2018
Jorge Buescu, professor do Departamento de Matemática da Ciências ULisboa, é vice-presidente da European Mathematical Society (EMS). É a primeira vez que um português é eleito vice-presidente da EMS.
O mandato de Jorge Buescu começa em janeiro deste ano e termina no final de 2024. A eleição ocorreu durante Assembleia Geral, em julho do ano passado e que deveria ter tido lugar em Bled, na Eslovénia, mas devido à pandemia acabou por decorrer no ciberespaço, por zoom.
Para Jorge Buescu esta função coloca-o no centro nevrálgico dos processos de discussão e decisão das questões estratégicas relevantes para o desenvolvimento da Matemática a nível europeu. “Creio que é importante também para o país, não apenas pelo prestígio da posição como por mostrar claramente que Portugal é hoje considerado internacionalmente como um parceiro sério e relevante”, refere Jorge Buescu, que faz parte da comissão executiva da EMS desde junho de 2018, integrando a Comissão de Matemática Aplicada, e que colabora com esta organização desde 2008, tendo sido editor da sua newsletter.
A EMS é uma organização chapéu-de-chuva, que para além dos sócios individuais agrega as sociedades científicas nacionais dos países europeus, promovendo e dinamizando a cooperação científica dentro da Europa. Todos os matemáticos podem ser sócios individuais, pagando uma quota simbólica. Institucionalmente, Portugal está representado na EMS pela Sociedade Portuguesa de Matemática e pelo Centro Internacional de Matemática.
“A EMS desempenha um papel único, dando voz a todos os matemáticos da Europa. Para dar três exemplos concretos, organiza o maior congresso europeu de Matemática (ECM, que a pandemia impediu que tivesse lugar em julho de 2020) e tem uma publishing house que edita um grande número de importantes revistas científicas, entre as quais a Portugaliae Mathematica. E age junto das instâncias comunitárias como voz da Matemática: de facto, a EMS é um parceiro sempre ouvido pelo Comissário Europeu da Ciência”, conclui Jorge Buescu.