Opinião

Quando o excelente não chega...

Perfeccionismo

Torre de pedras

As pessoas perfeccionistas tendem a interpretar os erros como equivalentes a falhas nelas próprias e não somente naquilo que fizeram

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Andreia Santos
Fonte ACI Ciências

Associada à ideia de perfeccionismo surge a luta por objetivos elevados e irrealistas. Quando perguntamos a pessoas ditas perfeccionistas: ”O que é que achou do seu trabalho?” é frequente ouvir-se respostas como: ”Podia estar melhor”. Mas se a seguir perguntarmos: “O que é que acha que seria preciso para ficar melhor?”, geralmente a resposta é um: “não sei, mas tenho esta sensação!”. Esta ideia de que há um qualquer patamar não quantificável a alcançar faz com que as pessoas fiquem presas à ideia de que há uma meta a atingir (a perfeição). Como é algo não quantificável e irrealista faz com que a pessoa se sinta constantemente insatisfeita. Como consequência, a pessoa vai focar-se na procura do erro ou da falha, e dada a excessiva exigência é possível que os encontre. Ao encontrar estes erros, mesmos que invisíveis aos olhos dos outros, a pessoa tende a sentir-se ansiosa, com sentimentos de inadequação, sentindo-se com vergonha e muitas vezes deprimida.

O maior problema relativo a “estes erros” é que as pessoas perfeccionistas tendem a interpretar os erros como equivalentes a falhas nelas próprias e não somente naquilo que fizeram. Acreditam que se os outros descobrirem estes erros vão vê-las como pessoas menos merecedoras do seu respeito e afeto.

Regra geral, estas pessoas aprenderam durante a sua vida que só serão merecedoras de afeto e aprovação por parte dos outros se tiverem um desempenho “perfeito”. Se algum dia houve por parte de outros crítica excessiva e expectativas exageradas, agora é a própria pessoa que se autocritica, o que contribui de forma negativa para a sua autoestima.

A luta pela perfeição através do controlo é muito comum. Por exemplo, é frequente vermos pessoas, de forma compulsiva, a repetirem uma técnica ou a verificarem os trabalhos vezes sem conta. Contudo estas situações levam a que estas pessoas se sintam cansadas e ansiosas. O peso é dado ao resultado e não ao processo, o que retira o prazer naquilo que estão a aprender ou a fazer.

Esta situação conduz por sua vez, à redução da capacidade de desfrutar do processo, da diversão, da criatividade, da inovação e sobretudo de nos deixarmos ir, de surpreendermo-nos. Se pensarmos em momentos “perfeitos”, ou seja com os quais nos sentimos bem, não será difícil surgir-nos memórias de momentos ou situações em que nem tudo estava pensado ou planeado, que de certa forma nos deixámos ir, sem esforço associado.

Se conhece alguém assim, mostre-lhe que tem o seu reconhecimento e afeto independentemente dos resultados do seu desempenho. Se você próprio se identifica com este ciclo, pode começar por tornar a sua vida mais leve, mimando-se, valorizando-se e aprendendo a dizer “basta” à voz que exige sem limites.

Andreia Santos, Gabinete de Apoio Psicopedagógico da Área de Mobilidade e Apoio ao Aluno de Ciências
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O Tec Labs abriu portas ao ecossistema de inovação e empreendedorismo de Lisboa. O dia foi marcado pela apresentação de novidades para 2017, pelo networking entre os convidados e pela partilha de eventuais projetos e parcerias futuras.

O “Dr. Celestino” era não só um petrólogo excecional e um geólogo de campo incansável, como, e acima de tudo, uma pessoa encantadora pela sua delicadeza de trato. Os colegas do Departamento de Geologia e os ex-colegas do IICT sentirão certamente a falta da sua presença assídua e das interessantes e interessadas conversas sobre a Geologia de Cabo Verde.

Em fevereiro o Tec Labs – Centro de Inovação de Ciências abre as portas aos parceiros do ecossistema empreendedor nacional.

Seguramente já terá ouvido falar em dados geográficos. Pelo nome, deduz-se que estejam relacionados com mapas e lugares. No entanto, estes dados vão muito para além das coordenadas geográficas, representando, entre outros, redes de transporte, águas subterrâneas, populações, temperatura e recursos energéticos.

O filme “O Primeiro Encontro” (“Arrival”) de Dennis Villeneuve (2016) aborda a hipótese de Sapir-Whorf, de 1939, que diz que “a linguagem pode influenciar os nossos pensamentos”. Hoje em dia, a validade desta ideia está assegurada, graças às neurociências, e é possível afirmar que aprender uma língua permite estabelecer imensas ligações no cérebro, alterando a sua estrutura, e influenciando o modo de olhar para o mundo, e ainda moldando a personalidade.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de fevereiro é com Ricardo Pereira, assistente técnico do Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia de Ciências.

O cE3c acaba de lançar o programa "Vamos Jogar aos Insetos em Ordem nas Escolas?", no âmbito do qual vai oferecer 200 exemplares do jogo "Insetos em Ordem" às primeiras 50 escolas públicas, que aderirem à iniciativa.

No total, desde há 57 anos, a Fundação Calouste Gulbenkian atribuiu 83 mil bolsas de estudo em diferentes áreas. Os estudantes de Ciências fazem parte destas contas.

O financiamento atribuído ao professor do Departamento de Informática e investigador do Laboratório de Sistemas Informáticos de Grande Escala (LaSIGE) de Ciências, relaciona-se com a sua participação no projeto Hyperledger da Linux Foundation, em que a IBM, a Intel e dezenas de outras empresas colaboram para construir tecnologias de blockchain para negócios.

Partilhar o fascínio da investigação em Astronomia com crianças dos 7 aos 12 anos é um dos objetivos da iniciativa IAstro Júnior, quatro sessões gratuitas, em Lisboa e no Porto, organizadas pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e pela revista Visão Júnior.

António Branco, professor do Departamento de Informática de Ciências, volta a coordenar uma nova investigação em tradução automática profunda, desta vez entre Chinês e Português, no domínio das transações de compra e venda online.

Quando falamos de um mecanismo o que queremos dizer de facto?

O Nutriageing é um projeto a pensar nos cidadãos que se interessam por temas como nutrição, partindo de argumentos científicos simples. O seu site é composto por vídeos, receitas, explicações e dicas nutricionais.

Um novo estudo genético demonstra que as populações de duas espécies de golfinhos (Tursiops aduncus e Sousa spp.) que habitam as águas da Baía de Bengala, no Bangladesh, são diferentes do ponto de vista genético quando comparados com populações de golfinhos das mesmas espécies que vivem em áreas vizinhas.

Teresa Graça Costa Antunes Pereira da Costa, professora aposentada do Departamento de Biologia Vegetal (DBV) e ex-membro do antigo Centro de Biologia Ambiental de Ciências, faleceu aos 69 anos, no dia 23 de janeiro de 2017. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

Novo estudo demonstra pela primeira vez que é possível integrar à escala global os resultados obtidos através dos dois métodos mais utilizados no mundo para avaliar a “saúde” dos ecossistemas a partir dos líquenes que neles se encontram.

A 7.ª cadeira funcionou pela primeira vez no ano letivo de 1840/1841, caracterizando-se pela abordagem histórico-natural das matérias lecionadas que pouco se modificaram ao longo dos anos.

O ESNF2017 é o primeiro simpósio europeu dedicado apenas ao tema nanofluidos. Os organizadores pretendem que este momento fomente a colaboração entre cientistas, engenheiros e empresas.

Está a nascer um laboratório vivo de permacultura (PermaLab) na FCUL, uma zona que convida a implementação de projetos propostos pela permacultura e sua monitorização com metodologias científicas.

Maria Isabel Cordeiro Sevinate Pinto Rebelo Lopes, professora aposentada do Departamento de Biologia Vegetal e ex-membro do antigo Centro de Biologia Ambiental de Ciências, faleceu aos 67 anos, no dia 12 de janeiro de 2017. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O primeiro Dictum et factum de 2017 é com Ânia Finuras, bolseira de gestão da Área de Comunicação e Imagem de Ciências.

Adaptar para a mudança. Este foi o lema do AdaptForChange, um projeto que teve início em abril de 2015 e que ao longo de quase dois anos contribuiu para um conhecimento profundo do estado das florestas do Alentejo e que culminou com o desenvolvimento do Plano de Adaptação de Mértola às Alterações Climáticas, a implementar nos próximos anos.

Cerca de 2783 árvores, arbustos e herbáceas vão ser plantados no Estádio Universitário, até ao próximo mês de março.

O recente falecimento abre mais uma lacuna na geração dos cientistas e professores que muito contribuíram para o desenvolvimento da Química em Portugal.

Maria Inês Correia Gonçalves Macias Marques, professora aposentada da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, faleceu aos 79 anos, no dia 1 de janeiro de 2017. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

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