Opinião

FCULresta: a “floresta mãe” de uma rede de miniflorestas

Pessoa a trabalhar na FCULresta

A FCULresta foi inaugurada em março de 2021. Um dos seus objetivos é inspirar e apoiar a plantação de mais florestas urbanas biodiversas

FCULresta
David Avelar
David Avelar
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Em março de 2021 plantámos a FCULresta, depois de meses de preparação, sobretudo de envolvimento de entidades e empoderamento de pessoas. Passado um ano, já existem mais três miniflorestas plantadas na área metropolitana de Lisboa e muitas outras a germinar.

mapa
Já existem mais três miniflorestas plantadas na área metropolitana de Lisboa e muitas outras a germinar
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A FCULresta cumpre assim um outro objetivo, o de inspirar e apoiar a plantação de mais florestas urbanas biodiversas. Se a população mundial tende a mover-se para as zonas urbanas, é também para aqui que temos de trazer a restante biodiversidade e estas “ilhas biodiversas” desempenham “pedras de degraus” relevantes para a escalada até uma verdadeira estrutura ecológica verde das cidades.

António Alexandre
A minifloresta que se seguiu à FCULresta teve como um dos elementos polinizadores António Alexandre e foi plantada no parque da Bela Vista em Lisboa, promovida pela associação URBEM e apoiada pela Câmara Municipal de Lisboa, LifeLungs, Conexus, PLMJ, Afforest e 2adapt.
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Com a plantação da FCULresta, não plantámos apenas uma minifloresta, trabalhámos também na comunicação da mesma, na monitorização científica e aprendemos fazendo. Ou seja, germinámos a ideia, inoculámos outros espaços onde, em rede, partilhamos aprendizagens.

Reflexão acerca da plantação de duas miniflorestas em contexto escolar urbano

Por Diogo Mendes, guardião da HortaFCUL

"Bom dia família!

Diogo Mendes
Duas outras sementes foram transportadas pelo Diogo Mendes e germinadas no Instituto dos Pupilos do Exército, 2ª Secção, em Benfica, e na Escola Secundária Alfredo dos Reis Silveira, no Seixal, integradas no projeto 1Planet4All, promovidas pela ONGD VIDA.
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Queria celebrar convosco estas minhas duas semanas passadas. Fiquei na dúvida se o faria ou não, se seria uma questão de massajar o ego ou de partilha verdadeira. Partilho porque conheço pouca gente que vibre tanto quanto nós neste aspeto e por me fazer feliz fazê-lo. Espero que vos chegue aí também. :)

Foram os dias das plantações das duas miniflorestas que tenho facilitado. Ao todo, perto de 690 plantas, em 200 m2, 60 a 70 espécies. Uma com rega por aspersores e outra com gota a gota instalados. A escola dos Pupilos do Exército e a do Seixal, contextos socioeconómicos bem diferentes.

Muitas mãos nestes dias, perto de 100-120 alun@s dos 13 aos 19 anos, num trabalho de equipa com muita brincadeira à mistura, numa atmosfera saudável como resultado da relação que vamos alimentando desde novembro do ano passado (ao chegar à escola os braços lá ao fundo da rua levantam-se ‘Diogo!’ e sabe bem senti-lo). Começámos os trabalhos físicos no início de março. Retirada da relva, 16 toneladas de composto transportadas a braço e balde e carrinho de mão. A maior parte d@s alun@s nunca tinha plantado/cavado na vida, saem com calos nas mãos e a sentir bem o esforço físico de cada sessão. Saem realizad@s: ‘Quando chegar a casa vou logo contar ao meu avô!’; ‘Quando é que voltamos?’;‘Escolhe lá a aula de Matemática para virmos para aqui... Ou inglês!’, contam.

A nossa camada jovem tem muita força (d)e vontade. Infelizmente, vejo-nos no meio de formas de transmissão de conhecimento paradas no tempo e sei que são projetos como este que contrariam essa tendência. A riqueza social deste processo é bem bonita de acompanhar.

Os casalinhos; os grupos mais sociais/estilosos que não querem sujar os ténis brancos; a interajuda e cooperação que se vai desenvolvendo naturalmente. Apesar da defesa da personalidade/imagem/reputação típica da adolescência, sente-se que se abraçam uns aos outros, que a bondade lhes é intrínseca.

Os/as professores/as estão cansad@s, temos a sorte de ainda ter uma minoria motivada para este tipo de projetos. O processo está em desenvolvimento, ainda falta muita coisa! Hoje foi o dia em que parei para pensar um pouco nisso, celebrar.

Recorde o vídeo “Welcome to HortaFCUL” divulgado no YouTube.

O resultado é que estou ligado a cada planta plantada, que numa hora de rega dá para sentir a natureza em cada uma delas e, no silêncio de uma sexta-feira em que já não está quase ninguém na escola, sente-se a poesia disso tudo. Tudo o que estou a aplicar aprendi na HortaFCUL. E isso é algo que me tem estado muito presente e que partilho com as pessoas. Obrigado Horta. E obrigado a quem da Horta me tem acompanhado. :)"

 

 

David Avelar, António Alexandre, membros da Comissão Coordenadora da FCULresta, e Diogo Mendes, guardião da HortaFCUL
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
FCULresta, um ano depois

O aumento da temperatura da água leva anfíbios omnívoros a adotar uma dieta mais herbívora. De acordo com o comunicado de imprensa emitido pelo cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Climáticas, “esta é a primeira vez que é estudada em vertebrados a assimilação de dietas mais ou menos ricas em proteínas em função da temperatura”.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O último Dictum et factum de 2016 é com Paulo Silva, técnico superior do Departamento de Física de Ciências.

O QTLeap—Quality Translation by Deep Language Engineering Approaches chega ao fim, mas a investigação em tradução automática continua. Leia a curta entrevista com António Branco, professor do Departamento de Informática de Ciências e coordenador deste projeto, iniciado em novembro de 2013.

“A Onda da Nazaré: um estímulo para a aprendizagem” é financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants) e explica de forma simples e recorrendo a curtas animações os processos associados à existência da maior onda surfada em todo o mundo. 

O curso de Química Tecnológica celebra em 2017 os 35 anos da saída dos seus primeiros licenciados pelo que as próximas “Jornadas QT” realçarão esta efeméride.

Nos últimos anos da troika (2011-2015), a importância da Filosofia foi bastante apreciada, em particular a nível internacional. Este período não foi bom para Portugal, sobretudo porque os jovens licenciados foram colocados de lado e sem trabalho, os sem emprego (ou bolsa), os precários (com vencimento à hora de ocupação, os temporários, sem férias, direitos de saúde...), e os que estavam a mais (e, forçados a emigrar) juntaram a sua indignação e protestaram. Nem sempre com resultados bem visíveis e de pressão real sobre o poder.

A União Europeia das Geociências atribui anualmente um prémio que reconhece atividade científica de exceção a nível mundial, realizada por cientistas desta área na fase inicial da carreira. Este galardão foi atribuído pela primeira vez a um investigador a trabalhar em Portugal. João Duarte é investigador do Instituto Dom Luiz e do Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e recebeu este prémio pelo seu trabalho na área da Geologia Marinha e Tectónica, bem como pela sua atividade na área da divulgação científica. 

Nos próximos cinco anos, Sara Magalhães vai explorar um sistema biológico composto por duas espécies de ácaro-aranha, Tetranychus urticae Tetranychus ludeni, que competem por um alimento - a planta do tomate, no âmbito do projeto “COMPCON - Competição sob construção do nicho”, com início previsto para maio de 2017 e desenvolvido em colaboração com investigadores da Universidade de Montpellier, em França.

Aplicações médicas e industriais a partir de organismos que produzem bioadesivos... Sim, é possível. No âmbito de uma Ação COST, a Rede Europeia de Especialistas em Bioadesão, trabalha para criar novos produtos.

O tempo tem demonstrado ser possível avançar na criação de mais e melhores condições de equidade para os alunos com Necessidades Educativas Especiais. Mas este é um desafio permanente para as instituições de ensino, como também o é para cada um de nós e a cada momento, num permanente processo de implicação pessoal em prol de algo que tanto prezamos: a igualdade de oportunidades.

Num desporto o treino é comum e faz parte de um plano para conseguir os melhores resultados, estimulando as capacidades físicas a superarem os desempenhos. Mas, também se podem treinar as mentes para fazer ciência.

O dia-a-dia de Luis Filipe Lages Martins divide-se entre a atividade de investigação em Metrologia com aplicação na Engenharia Civil e a gestão laboratorial da Unidade de Metrologia Aplicada do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil. O primeiro estudante a obter o grau de doutor em Engenharia Física pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa nasceu em Lisboa e aos 34 anos acaba de ser distinguido com o Prémio Inovação em Metrologia.

Luís Filipe Lages Martins, bolseiro de pós-doutoramento do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, é o vencedor da 1.ª edição do Prémio Inovação em Metrologia da Sociedade Portuguesa de Metrologia (SPMet).

Em parceria com a Universidade de Lisboa e outras instituições que lecionam o curso de Química, a Sociedade Portuguesa de Química atribui prémios de mérito aos alunos com melhores resultados alcançados nesta área científica.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O 11.º Dictum et factum é com Aurora Sardinha, assistente técnica do Tec Labs – Centro de Inovação de Ciências.

Já só faltam dois eventos para a digressão Ignite IAstro terminar. Amanhã acontece um deles, na Covilhã, o último irá ocorrer na Guarda, a 3 de dezembro.

Onde estou? Para onde vou? As células do lugar ajudam-nos a cartografar (guiar) as nossas viagens no mundo, e constituem uma espécie de andaime espaço/temporal/cerebral que suporta a memória autobiográfica. Como o cérebro computa? Não é com Java, mas com um outro tipo de linguagem ainda a descobrir. O caminho para a compreensão dos códigos neuronais da cognição está aberto, e o desafio está lançado simultaneamente à Biologia, à Ciência da Computação e à Filosofia.

capa do livro

A banda desenhada "Reportagem Especial - Adaptação às Alterações Climáticas em Portugal" é lançada em Ciências esta segunda-feira, 7 de novembro de 2016, pelas 17h00, no auditório da Fundação da Faculdade, sito edifício C1, piso 3.

A ciência contemporânea enfrenta um conjunto de novos desafios que podem limitar a sua legitimidade, o seu valor e alcance. Estas notas abordam alguns destes riscos tentando apontar possíveis caminhos para os ultrapassar.

O ESPRESSO vai permitir descobrir planetas semelhantes à Terra, estudar a variabilidade das constantes fundamentais da Física e será essencial para complementar os dados da missão espacial PLATO.

Faleceu recentemente, com 95 anos, Ricardo Augusto Quadrado. Foi um professor de Cristalografia e Mineralogia da FCUL, e da Universidade da Madeira, extremamente marcante para quantos tiveram o privilégio de com ele privar. 

“Ainda há muito para fazer”, responde Nuno Araújo, quando questionado quanto ao futuro desta investigação, que dá um passo significativo num dos maiores desafios da Física da Matéria Condensada e que diz respeito ao desenvolvimento de técnicas experimentais, económicas e eficazes, capazes de sintetizar as estruturas desejadas de forma espontânea.

“O mergulho científico não se reduz à Biologia (…). Se estás interessado em fazer mergulho científico, esta é uma ótima oportunidade para dares os primeiros passos”, esta é a mensagem em jeito de convite do Núcleo de Mergulho Científico de Ciências ULisboa para alunos, professores, investigadores e outros funcionários de Ciências.

Os cientistas João C. Duarte, Filipe M. Rosas e Wouter P. Schellart apresentam o novo supercontinente chamado Aurica.

As florestas de Madagáscar estão em risco, mas um estudo publicado online na revista “Biological Conservation” demonstra que as áreas protegidas da ilha estão a ser eficazes no combate à desflorestação.

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