Ciências ULisboa galardoada com troféu da Ordem dos Engenheiros

Um século da Engenharia Geográfica ao serviço da sociedade

Lançamento de ebook "100 Anos Engenharia Geográfica|Geoespacial"

Troféu

A Faculdade foi galardoada com o Troféu OE pelo centenário da criação da licenciatura Engenharia Geográfica/Geoespacial

ACI Ciências ULisboa

Ciências ULisboa foi a primeira instituição de Portugal, por decreto-lei de 15 de fevereiro de 1921, a lecionar o curso de Engenheiro Geógrafo, precursor da licenciatura em Engenharia Geográfica, formação que desde o ano letivo de 2015/2016 se passou a denominar Engenharia Geoespacial.

Em 2021 a Ordem dos Engenheiros (OE) celebrou 85 anos e 152 anos enquanto associação representativa destes profissionais portugueses. Durante as comemorações, esta sociedade pública profissional distinguiu Ciências ULisboa com o Troféu OE pelo centenário da criação da licenciatura Engenharia Geográfica/Geoespacial, um dos 12 que foram atribuídos durante a Gala 85 Anos OE.

“A atribuição deste prémio à Faculdade é uma distinção que muito nos honra e que traduz o reconhecimento como instituição de referência na investigação e ensino em Engenharia Geográfica há mais de 100 anos”, diz João Catalão, professor do Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia e um dos organizadores da efeméride na Faculdade, acrescentando ainda que “este prémio constitui um reconhecimento público da relevância da Engenharia Geográfica no suporte às demais áreas da engenharia, na produção de cartografia para o planeamento e gestão do território e no desenvolvimento de soluções geoespaciais, tais como os serviços de posicionamento e os serviços de mapas, essenciais, hoje em dia, à sociedade em geral”.

Luis Carriço na Gala 85 Anos OE
Luis Carriço recebeu o troféu durante a Gala 85 Anos OE
Fonte OE

Carlos Mineiro Aires, bastonário da OE, também saúda o Colégio Nacional de Engenharia Geográfica (CNEG) da OE pela escolha do vencedor. “No ano em que a OE celebra 85 anos de história ao serviço do país e da engenharia nacional, comemoramos o centenário da criação do curso de Engenharia Geográfica, na ULisboa, efemérides que têm o prestígio e a excelência como denominadores comuns”, declara.

A Gala 85 Anos OE decorreu no Pátio da Galé, no passado dia 27 de novembro.

"100 Anos Engenharia Geográfica|Geoespacial"

Por ocasião do centenário do curso de Engenharia Geográfica em Portugal, o CNEG da OE editou a obra "100 Anos Engenharia Geográfica|Geoespacial", com o intuito de preservar as memórias e as experiências da profissão de engenheiro geógrafo/geoespacial, assim como as vivências e expectativas científicas, tecnológicas e técnicas destes profissionais. Segundo notícia publicada no site da OE, o objetivo deste livro impresso e disponível também no formato digital é “ajudar a divulgar e promover uma profissão pouco conhecida, essencial e determinante na sua intervenção na comunidade, mas muitas vezes esquecida e subestimada e menos bem tratada pelos poderes governativo e decisório”.

São vários os contributos presentes no livro (índice), destaque para as palavras de Luís Carriço, diretor da Faculdade e de António Serra, reitor da Universidade ( página 51); e de outros membros da comunidade da Faculdade como é o caso de João Catalão (páginas 52, 76 e 84), Carlos Antunes (página 76), Cristina Catita (página 120), Carolina Rocha (página 228).

Capa do livro
Por ocasião do centenário do curso de Engenharia Geográfica em Portugal, o CNEG da OE editou a obra que está dsiponível em formato digital

“Nestes 100 anos, a ULisboa formou a maioria dos engenheiros geógrafos responsáveis pela elaboração da rede geodésica e da cartografia de base do País e das antigas colónias, designadas então províncias ultramarinas, uma das prioridades que levaram à instituição do Curso. Os campos de ação alargaram-se ao fornecimento da base cartográfica para grandes projetos de construção de infraestruturas (autoestradas, linhas férreas, pontes, túneis, etc.) e sua monitorização em fase de exploração (dragagens de portos, redes de energia elétrica, barragens hidroelétricas). O surgimento dos satélites de posicionamento global e de observação da Terra nas últimas décadas do século XX, deram um grande impulso às atividades da Engenharia Geográfica levando a sua ação ao desenvolvimento dos sistemas de posicionamento automóvel (vulgo GPS) e dos globos virtuais (por ex. Google Earth©) que democratizaram a cartografia, colocando-a literalmente na mão do cidadão comum, por meio de um telemóvel. Os métodos desenvolvidos pela Engenharia Geográfica têm atualmente aplicação em campos tão diversos como a agricultura de precisão ou a robótica.”
Luís Carriço e António Serra in "100 Anos Engenharia Geográfica|Geoespacial"

Ana Subtil Simões, Área Comunicação e Imagem Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Cem anos a desenhar a Terra

O ESPRESSO vai permitir descobrir planetas semelhantes à Terra, estudar a variabilidade das constantes fundamentais da Física e será essencial para complementar os dados da missão espacial PLATO.

Faleceu recentemente, com 95 anos, Ricardo Augusto Quadrado. Foi um professor de Cristalografia e Mineralogia da FCUL, e da Universidade da Madeira, extremamente marcante para quantos tiveram o privilégio de com ele privar. 

“Ainda há muito para fazer”, responde Nuno Araújo, quando questionado quanto ao futuro desta investigação, que dá um passo significativo num dos maiores desafios da Física da Matéria Condensada e que diz respeito ao desenvolvimento de técnicas experimentais, económicas e eficazes, capazes de sintetizar as estruturas desejadas de forma espontânea.

“O mergulho científico não se reduz à Biologia (…). Se estás interessado em fazer mergulho científico, esta é uma ótima oportunidade para dares os primeiros passos”, esta é a mensagem em jeito de convite do Núcleo de Mergulho Científico de Ciências ULisboa para alunos, professores, investigadores e outros funcionários de Ciências.

Os cientistas João C. Duarte, Filipe M. Rosas e Wouter P. Schellart apresentam o novo supercontinente chamado Aurica.

As florestas de Madagáscar estão em risco, mas um estudo publicado online na revista “Biological Conservation” demonstra que as áreas protegidas da ilha estão a ser eficazes no combate à desflorestação.

Pela primeira vez uma cientista portuguesa é a presidente eleita da European Society for the History of Science.

Na Science de 7 de outubro, no vol. 354, issue 6308, Pamela J. Hines explica como o cérebro se constrói, a mobilidade dos neurónios, das zonas onde proliferam para as localizações finais, e revela que qualquer problema que ocorra durante a migração pode afetar o desenvolvimento de uma criança, nos aspetos físicos e comportamentais.

A resistência aos antimicrobianos é um fenómeno inevitável, pelo que a vigilância, prevenção e controlo são fulcrais, mesmo que futuramente se desenvolvam novos antibióticos, pois será apenas uma questão de tempo até que a resistência a estes seja desenvolvida.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O décimo Dictum et factum é com Fernando Lopes, coordenador do Gabinete de Apoio à Investigação da Direção de I&D de Ciências.

Com o objetivo de sensibilizar e preparar para o risco sísmico e melhorar a qualidade de ensino da Sismologia e das Ciências da Terra em Portugal, Susana Custódio, Graça Silveira, Luís Matias e Catarina Matos desenvolveram um estudo sobre a educação para os sismos, adaptado à realidade de Portugal e a diferentes grupos etários e que foi capa de uma das edições deste ano da revista “Seismological Research Letters”.

O projeto RESISTIR coordenado por Ciências e pela Maxdata Software e cofinanciado pelo Portugal 2020 visa criar até abril de 2019 um sistema de informação - inovador, modular, inteligente e adaptável - para apoiar a tomada de decisão clínica no domínio da vigilância epidemiológica, resistência aos antimicrobianos, controlo de infeção e gestão hospitalar.

O “coração da cidade” foi invadido por uma “onda de ciência e tecnologia” em mais uma edição da Noite Europeia dos Investigadores. O tema deste ano foi a “Ciência no dia-a-dia”.

“Geography and major host evolutionary transitions shape the resource use of plant parasites” da autoria de Joaquín Calatayud, José Luis Hórreo, Jaime Madrigal-González, Alain Migeon, Miguel Á. Rodríguez, Sara Magalhães e Joaquín Horta salienta a necessidade de estudos mais globais em Ecologia.

Aos alunos deixo uma sugestão: aproveitarem as unidades curriculares para experimentarem as suas ideias e terem projetos de novas apostas tecnológicas (em Salvador, Brasil, no campus de Ondina da UFBA existe um enorme espaço, com equipamentos informáticos e professores, para que os alunos possam ser ajudados a experimentar ideias). E, com um portefólio de exemplos vem um passo seguinte: usarem pós-graduações (por exemplo, mestrados) para construírem protótipos que se vejam em feiras e exposições. As empresas vêm em seguida.

A estudante de doutoramento em Paleontologia do Departamento de Geologia de Ciências e a equipa multidisciplinar que assina “A juvenile allosauroid theropod (Dinosauria, Saurischia) from the Upper Jurassic of Portugal” preparam-se para apresentar os resultados deste artigo no próximo congresso anual da Society of Vertebrate Paleontology e que ocorrerá em outubro na cidade de Salt Lake City, nos Estados Unidos da América.

“A juvenile allosauroid theropod (Dinosauria, Saurischia) from the Upper Jurassic of Portugal” da autoria de Elisabete Malafaia, Pedro Mocho, Fernando Escaso e Francisco Ortega descreve um exemplar ainda juvenil de um dos grandes dinossáurios carnívoros do Jurássico, com cerca de 150-145 milhões de anos, e foi publicado este mês na revista “Historical Biology”.

"É curioso, constatar que todas as teorias da ciência não são sobre a forma, mas sim sobre a função. Isto é, são sobre como as coisas se desenvolvem e mudam. São acerca de processos."

A primeira entrega dos dados (data release) da missão Gaia da Agência Espacial Europeia (ESA) ocorreu esta quarta-feira, 14 de setembro, quase três anos depois do seu lançamento e foi transmitida online pela ESA. De acordo com o comunicado de imprensa emitido por Ciências, o consórcio internacional inclui investigadores e engenheiros de quatro universidades portuguesas.

O Tec Labs – Centro de Inovação de Ciências foi distinguido com o 2.º Prémio Nacional na Categoria de Promoção do Espírito de Empreendedorismo dos Prémios Europeus de Promoção Empresarial, uma iniciativa da Comissão Europeia gerida em Portugal por IAPMEI — Agência para a Competitividade e Inovação, e cuja cerimónia de entrega dos prémios ocorreu no Museu do Oriente, em Lisboa, a 8 de setembro.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O nono Dictum et factum é com Carla Romero, técnica superior do Gabinete de Estudos Pós-graduados da Unidade Académica de Ciências.

A descoberta da localização precisa de uma espécie de GPS (Global Positioning System) no nosso cérebro (Moser e Moser, 2014), capaz de nos ajudar a responder a duas perguntas básicas “Onde estamos?” e “Como vamos até acolá?”, indispensáveis para a nossa vida normal, estimulou a discussão do tema computação espacial (ler a revista norte americana Communications Of the ACM, janeiro de 2016, páginas 72-81).

Joaquim Alves Gaspar, de 67 anos, investigador pós-doutoral do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, acaba de ser distinguido com uma Starting Grant do Conselho Europeu de Investigação, a primeira a ser atribuída a um membro da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Em entrevista a Ciências apresenta o projeto “The Medieval and Early Modern Nautical Chart: Birth, Evolution and Use” alvo desta distinção, no valor de 1,2 milhões de euros, bem como o homem que pretende causar um impacto significativo na História da Cartografia, demonstrando a eficácia das suas ferramentas e ajudando a criar uma nova geração de cientistas nesta área.

O Conselho Europeu de Investigação atribuiu uma Starting Grant, no valor de 1,2 milhões de euros, a Joaquim Alves Gaspar, membro integrado do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia (CIUHCT) e investigador principal do projeto “The Medieval and Early Modern Nautical Chart: Birth, Evolution and Use”.

"No momento atual o alerta de potencial erupção ainda não terminou uma vez que a atividade sísmica se mantém acima dos valores normais", escreve José Madeira em mais uma crónica de viagem.

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