Biologia, Engenharia Biológica, Bioquímica e Biotecnologia

Entrevista com José P. Granadeiro

Menção honrosa científica pela ULisboa/Caixa Geral de Depósitos

Luís Carriço e memebros da ULisboa e CGD

Luís Carriço, diretor da Ciências ULisboa, recebeu a menção honrosa em nome de José P. Granadeiro, no Salão Nobre da Reitoria da ULisboa

Creative Minds - Ricardo Ruella
José P. Granadeiro em trabalho de campo
José P. Granadeiro não participou na cerimónia pois encontrava-se em New Island, nas Ilhas Falkland, em trabalho de campo
Imagem cedida por JPG

José P. Granadeiro é professor no Departamento de Biologia Animal e investigador no grupo de investigação Biologia da Adaptação e Processos Ecológicos do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM). Este ano foi distinguido pela ULisboa e pela Caixa Geral da Depósitos (CGD) com uma menção honrosa, na área de Biologia, Engenharia Biológica, Bioquímica e Biotecnologia. A entrega da menção honrosa decorreu no Salão Nobre da Reitoria da ULisboa, no dia 23 de novembro passado.

“A nossa equipa integra alguns investigadores sénior, mas também muitos jovens investigadores e estudantes, que contribuem com a sua criatividade e entusiasmo para os projetos, e que por isso são uma força fundamental no avanço científico.”
José P. Granadeiro

O que representa para si esta distinção?

José P. Granadeiro (JPG) - A ciência é um empreendimento coletivo e por isso esta menção honrosa representa o reconhecimento do trabalho de investigação realizado por uma equipa, e é a esse coletivo que esta menção distingue. A nossa equipa integra alguns investigadores sénior, mas também muitos jovens investigadores e estudantes, que contribuem com a sua criatividade e entusiasmo para os projetos, e que por isso são uma força fundamental no avanço científico. Como todas as distinções, esta menção honra quem a recebe e oferece uma motivação para continuar o trabalho, com a mesma disciplina e tenacidade e o mesmo nível de exigência.

Luís Carriço, diretor da Ciências ULisboa, recebeu a menção honrosa em nome de José P. Granadeiro, que não participou na cerimónia pois encontrava-se com a sua colega Edna Correia em New Island, nas Ilhas Falkland, no âmbito de um projeto de longo termo sobre demografia e conservação de Albatrozes-de-sobrancelha Thalassarche melanophris e de Skuas-das-Falkland Stercorarius antarcticus. “Este trabalho envolve várias componentes e uma tarefa importante, que envolve a monitorização de aves com anilhas colocadas em anos anteriores, para avaliação da sobrevivência das duas espécies. Este trabalho desenvolve-se a par da colocação de mini GPS nas duas espécies, permitindo fazer o seguimento dos seus movimentos no mar e através disso identificar áreas marinhas importantes para a respetiva conservação”, conta o cientista. Os investigadores recolheram ainda várias amostras biológicas das duas espécies, no âmbito de uma colaboração com um projeto sobre doenças infeciosas em aves. “Este projeto é particularmente relevante neste momento, uma vez que a gripe aviária (causada por uma variante altamente patogénica do vírus H5N1) tem tido um efeito catastrófico em populações de aves selvagens um pouco por todo o mundo, com mortalidades massivas de algumas espécies em locais onde existe a doença e se torna epidémica”, diz acrescentando que estão a realizar uma larga amostragem de indivíduos com diferentes idades (e que podem visitar várias colónias), com o objetivo de avaliar se este fator pode afetar a probabilidade de transportarem ou terem sido expostos a agentes patogénicos.

aves
A monitorização de aves com anilhas colocadas em anos anteriores é uma importante tarefa realizada por José P. Granadeiro e seus colegas
Imagem cedida por JPG

Em que consiste a sua investigação?

JPG - O meu trabalho foca-se em diversos aspetos da Ecologia de aves marinhas e aves costeiras. Estes dois grupos incluem muitas espécies que estão ameaçadas de extinção. Assim, uma parte importante da minha investigação envolve uma monitorização a longo termo de algumas espécies nos seus locais de reprodução, o que nos permite compreender os fatores (antropogénicos ou outros) que influenciam a sua demografia. Por outro lado, temos feito estudos de seguimento de várias espécies, com o auxílio de mini GPS. Conhecer os movimentos das aves tem-nos ajudado a compreender as suas estratégias de migração, a interpretar o modo como os indivíduos exploram e interagem com o seu ambiente, e finalmente identificar as áreas onde muito indivíduos ou várias espécies se concentram e que, por isso, são zonas importantes para a conservação da Biodiversidade.

“O meu trabalho foca-se em diversos aspetos da Ecologia de aves marinhas e aves costeiras. Estes dois grupos incluem muitas espécies que estão ameaçadas de extinção. Assim, uma parte importante da minha investigação envolve uma monitorização a longo termo de algumas espécies nos seus locais de reprodução, o que nos permite compreender os fatores (antropogénicos ou outros) que influenciam a sua demografia.”
José P. Granadeiro

Ana Subtil Simões, Gabinete de Jornalismo da DCI Ciências ULisboa

A pergunta “Pode uma máquina pensar?” abre a busca por agentes inteligentes capazes de interatuarem com os seres humanos através de linguagens (a proposta do jogo de imitação como teste de inteligência), e sobretudo de serem autónomos em ambientes sofisticados.

Realiza-se este mês a 7th International Conference on Risk Analysis, em Chicago. Nela, a professora de Ciências Maria Ivette Gomes é homenageada pelo seu trabalho na área da Análise de Risco.

Faltam poucos dias para o Dia Aberto. A Faculdade volta a abrir portas aos alunos do ensino secundário no próximo dia 3 de maio.

Nos dias 27 e 28 de abril de 2017 realiza-se a 8.ª edição da feira anual de emprego da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

sistema ótico

A componente tecnológica do espectrógrafo ESPRESSO que irá conduzir a luz dos telescópios do VLT para o instrumento, o coudé train, a ser instalado no ESO, é feita por uma equipa portuguesa da qual fazem parte professores e investigadores de Ciências. Neste artigo, fique a conhecer o trabalho realizado pelo grupo.

No mesmo espaço, associações de voluntariado, voluntários e estudantes de Ciências com interesse na disciplina de Voluntariado Curricular reuniram-se. O objetivo foi dar a conhecer o trabalho feito na disciplina de Voluntariado Curricular, através da partilha de histórias e experiências.

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A distribuição geográfica atual dos tojos do género Stauracanthus - arbustos espinhosos que ocorrem nas dunas interiores das praias portuguesas - deve-se a acontecimentos geológicos de grande escala ocorridos no Mar Mediterrâneo há cerca de cinco milhões de anos.

O planeta Terra está em constante mudança. Pegue em qualquer livro de Geologia e uma das primeiras frases que vai encontrar será esta ou uma muito parecida. Se continuar a ler, ficará a saber que a Terra tem mais de 4500 milhões de anos e que nem sempre foi como a conhecemos. Antes, existiam supercontinentes rodeados por vastos oceanos que, ao longo de milhões de anos, se fragmentaram e relocalizaram dando forma aos seis continentes e cinco oceanos que compõem atualmente o planeta azul.

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O programa CSA (community supported agriculture) refere-se a uma comunidade de produtores e consumidores que partilham os benefícios e os riscos da produção numa inspiradora experiência de responsabilidade conjunta em torno do alimento. 

Raquel Conceição, chair da Ação MiMed-TD1301 e Pedro Almeida, um dos representantes nacionais da Ação COST FAST, participaram no “Portugal in the Spotlight”. Os professores de Ciências deram a conhecer o sucesso das ações COST em que estão envolvidos, participando ainda no debate “Making the added value of networking tangible. The Portuguese perspective".

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A história ensinou-nos que quem faz a língua é quem a fala e escreve e estou em crer que todos estes e muitos outros termos, goste-se ou não, vieram para ficar.

Bruno Carreira, doutorado em Biologia por Ciências e atualmente investigador de pós-doutoramento no cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais, é o vencedor da edição de 2016 do Prémio Fluviário de Mora - Jovem Cientista do Ano.

Quando Leibniz e Newton se enfrentaram no século XVII, sobre a origem do Cálculo, criaram um espaço para exercerem o contraditório, argumentando e criticando, em defesa dos seus argumentos. Esse exercício chama-se controvérsia (debate ou polémica), considerada por muitos como a máquina do progresso intelectual e prático. Cada um dos lados apresenta a sua explicação (causa) das suas razões, como factos (pro ou contra), e os quais sustentam e justificam a sua posição.

Ciências participou no Google Hashcode 2017. Das 12 equipas concorrentes, cinco resolveram corretamente os desafios de programação, numa maratona marcada, segundo os participantes, pela aquisição de competências e boa disposição.

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“Estou a adorar a minha experiência académica. Ao estar no ramo da Matemática, consegui desenvolver algumas softskills, tais como a organização, a atenção ao detalhe, a capacidade para questionar e o rigor”, declara Diogo Ramalho, campeão nacional universitário de Taekwondo e aluno de Matemática de Ciências.

“Chocolate – do laboratório à fábrica” é uma das 159 palestras apresentadas por professores, cientistas a pedido das escolas secundárias.

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Uma circulação de vento entre o equador e os polos foi detetada em ambos os hemisférios de Vénus pela primeira vez, e poderá contribuir para explicar a superrotação da atmosfera deste planeta, segundo estudo liderado por Pedro Machado, investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaçoe professor do Departamento de Física de Ciências.

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