Projeto da FCiências.ID termina em 2021

Novo livro vermelho

Mamíferos em Portugal continental

cabra-montês

Uma das espécies mais ameaçadas em território português é a cabra-montês

unsplash - Sebastian Gómez
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Maria da Luz Mathias é a coordenadora geral do projeto, iniciado em 2019

Dezenas de cientistas, técnicos e vigilantes da natureza do ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, bem como cidadãos uniram-se em prol do novo Livro Vermelho dos Mamíferos de Portugal continental. O objetivo é melhorar até 2021 o conhecimento destas espécies e dessa forma contribuir para o estabelecimento de medidas e ações de conservação.

Este projeto pretende avaliar o risco de extinção de 74 mamíferos analisados em 2005, aquando da publicação do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, e de novas espécies recorrendo aos critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN); e simultaneamente, avaliar o estado de conservação das espécies abrangidas pela Diretiva Habitats, realizada a cada seis anos.

O novo Livro Vermelho dos Mamíferos de Portugal continental pressupõe a criação de uma base de dados com os aspetos da ecologia, distribuição e abundância destas espécies. “O cumprimento deste objetivo irá permitir melhorar o conhecimento sobre o estado de conservação e estatutos de ameaça das espécies de mamíferos terrestres e marinhos presentes em território continental”, diz Maria da Luz Mathias, coordenadora geral do projeto, professora do Departamento de Biologia Animal e investigadora no Centro de Estudos do Ambiente e Mar (CESAM), polo da Ciências ULisboa.

Este projeto é cofinanciado pelo POSEUR, Portugal 2020, União Europeia – Fundo de Coesão e pelo Fundo Ambiental e tem como beneficiário a FCiências.ID - Associação para a Investigação e Desenvolvimento de Ciências e como parceiro o ICNF. A coordenação científica é do CESAM e do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c), polos da Ciências ULisboa, e conta como parceiros de execução com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, a Universidade de Aveiro, a Universidade de Évora, o ICETA - Instituto de Ciências, Tecnologias Agrárias e Agroambiente da Universidade do Porto (CIBIO-InBIO) e a empresa Mesocosmo - Consultoria, Tecnologia e Serviços Científicos, Unipessoal Lda. Todas as entidades integram uma Comissão Técnico-Científica que acompanha e orienta o desenvolvimento dos trabalhos e questões de natureza metodológica do projeto.

A criação desta base de dados pretende colmatar as lacunas de conhecimento decorrentes da falta de monitorizações sistemáticas a nível nacional. A área de intervenção abrange todo o território continental, em especial a Rede Nacional de Áreas Protegidas e as Zonas Especiais de Conservação da Rede Natura 2000.

Algumas das espécies mais ameaçadas em território português são a cabra-montês (Capra pyrenaica), o lince-ibérico (Lynx pardinus), o morcego-de-ferradura-mediterrânico (Rhinolophus euryale), classificados como criticamente em perigo de extinção. Como espécies em perigo foram identificados o lobo-ibérico (Canis lupus), o morcego de Bechstein (Myotis bechsteinii) e a baleia-comum (Balaenoptera physalus).

Também a avaliação de 2019, realizada pelo ICNF, com contributos de peritos, para as espécies protegidas no âmbito da Diretiva Habitats, identificou nove espécies com estado de conservação desfavorável, e 33 espécies com estado desconhecido, e voltou a confirmar situações desfavoráveis para espécies como o toirão, gato-bravo, rato de Cabrera e toupeira-de-água.

Saiba como pode colaborar nesta iniciativa que tem Clara Grilo, como coordenadora executiva. A investigadora do CESAM Ciências ULisboa explica o que fazer se encontrar um mamífero atropelado. Vale a pena recordar: "Estradas ameaçam milhões de aves e mamíferos na Europa".

Pode acompanhar o desenvolvimento do projeto através do site www.livrovermelhodosmamiferos.pt e redes sociais Facebook, Twitter e Instagram

Os promotores deste projeto, iniciado o ano passado, pensam que o risco de extinção de algumas espécies de mamíferos pode ter-se acentuado nos últimos 15 anos.

Paralelamente, desde 2005, foram registadas 12 espécies novas no território continental português: o rato-das-neves (Chionomys nivalis), o morcego-hortelão-claro (Eptesicus isabellinus), o morcego-de-bigodes de Alcathoe (Myotis alcathoe), o morcego-de-franja-críptico (Myotis crypticus), a baleia de Bryde (Balaenoptera edeni), o golfinho de Fraser (Lagenodelphis hosei), o golfinho-de-laterais-brancas do Atlântico (Lagenorhynchus acutus), o golfinho-de-bico-branco (Lagenorhynchus albirostris), o golfinho-malhado do Atlântico (Stenella frontalis), o cachalote-anão (Kogia sima), a baleia-de-bico de Sowerby (Mesoplodon bidens) e a baleia-de-bico de True (Mesoplodon mirus).

ACI Ciências ULisboa com Lurdes Dias, Comunicação Livro Vermelho dos Mamíferos de Portugal Continental
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Laboratórío em Ciências ULisboa

Leonor Côrte-Real, investigadora do polo de Ciências ULisboa CQE, irá representar Portugal no 6th Young Medicinal Chemist Symposium. A jovem doutorada em Química, especialidade em Química Inorgânica por Ciências ULisboa, foi escolhida pela SPQ para representar Portugal neste simpósio e irá apresentar o trabalho desenvolvido durante a sua tese.

Alunos durante um exercício do FCUL Rally Pro

O evento de Ciências ULisboa que convida os estudantes do ensino secundário a programar já vai na 7.ª edição.

Um estudo publicado na revista "Nature" revela novas evidências sobre a ocupação humana da Sibéria desde há 31 mil anos. Vítor Sousa, do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais – cE3c em Ciências ULisboa, é um dos 54 cientistas envolvidos na investigação.

Maria João Verdasca

Maria João Verdasca iniciou em fevereiro de 2017 o programa doutoral em Biodiversidade, Genética e Evolução. A sua investigação foca-se na modelação espacial de espécies invasoras e no estudo dos seus impactos ecológicos e socioeconómicos. Recentemente foi nomeada ao GBIF Young Researchers Award 2019.

Síndrome do impostor

Uma das formas mais eficazes de lidar com o síndrome do impostor é mesmo falar sobre ele, partilhando entre colegas ou amigos com quem sinta um espaço seguro, os desafios que vai sentindo profissionalmente e perceber que não está sozinho naquilo que sente. Estima-se que 70% das pessoas sofrem deste fenómeno psicológico.

Sala de aula

"Todo e qualquer avanço do saber produz uma nova e profunda ignorância, mais mistérios, o que não é surpreendente, pois o progresso, com os avanços sistemáticos, tende para o desconhecido", in no Campus com Helder Coelho.

Vanézia Rocha

Vanézia Rocha iniciou em setembro de 2018 o mestrado em Biologia dos Recursos Vegetais. Recentemente a jovem cabo-verdiana foi nomeada ao GBIF Young Researchers Award 2019, pelo Conselho Científico das Ciências Naturais e do Ambiente da FCT. Os vencedores serão anunciados antes da 26ª Assembleia Geral do GBIF, que decorrerá na Holanda em outubro de 2019.

Exposição E3

A exposição E3 acompanha os astrónomos britânicos A.S. Eddington, C.R. Davidson e A.C.C. Cromelin e o especialista em relojoaria E.T. Cottingham na sua longa viagem e observações. A 29 de maio de 2019 celebra-se o centenário do eclipse solar total de 1919, observado na ilha do Príncipe e na cidade do Sobral,no Brasil.

João Sousa, investigador no Laboratório de Sistemas Informáticos de Grande Escala, foi distinguido com o prémio DSN 2019 William C. Carter, no âmbito do trabalho desenvolvido na tese de doutoramento "Byzantine state machine replication for the masses", realizada enquanto aluno do Departamento de Informática de Ciências ULisboa.

Pedro Mocho

Pedro Mocho lidera o estudo que identificou uma nova espécie de dinossáurio - Oceanotitan dantasi. Geologia sempre foi a sua paixão. Nos próximos seis anos continuará a estudar a história evolutiva dos dinossáurios saurópodes do Mesozóico Ibérico.

Esqueleto de <i>Oceanotitan dantasi</i> à escala

Uma equipa de paleontólogos identificou uma nova espécie de dinossáurio - Oceanotitan dantasi -, descoberto na Praia de Valmitão, na Lourinhã, em 1996. A identificação da nova espécie confirma a presença de uma grande diversidade de saurópodes no Jurássico Superior de Portugal rivalizando a diversidade já reconhecida nas faunas do Jurássico Superior da América do Norte e de África.

Estudantes a trabalhar

Nuno Silva termina a bolsa Erasmus+ em julho. O programa de mobilidade tem sido na sua opinião uma ótima experiência. Recentemente o aluno de Engenharia Biomédica e Biofísica foi um dos vencedores do Innovation Award da Explore Competition.

Martin O'Halloran, Eoghan Dunne, Nuno Silva e Laura Farina

Nuno Silva, aluno do mestrado integrado em Engenharia Biomédica e Biofísica de Ciências ULisboa a estudar no Translational Medical Device Lab, da National University of Ireland,em Galway, no âmbito de uma bolsa Erasmus+, venceu juntamente com o colega Eoghan Dunne, o Innovation Award da Explore Competition.

João Duarte

Investigadores de Ciências ULisboa propõem um novo mecanismo que permite explicar a existência de uma anomalia tectónica a SW do Cabo de São Vicente.

O neurocientista português Fernando Lopes da Silva nascido em Lisboa a 24 de Janeiro de 1935, faleceu no passado dia 7 de maio, na Holanda, onde vivia há mais de 50 anos. Ciências ULisboa lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos familiares, amigos e colegas de Fernando Lopes da Silva.

Permacultura

A rede europeia ECOLISE publicou este mês um novo relatório sobre a eficácia das ações de sustentabilidade e mudança climática realizadas pelas comunidades locais. O investigador de Ciências ULisboa, Gil Penha-Lopes, líder deste projeto, espera que daqui a dois anos haja um novo relatório e que a plataforma online - wiki.ecolise.eu - suporte uma comunidade ainda mais dinâmica e saudável.

"A presença de um 'devias' é muitas vezes uma barreira à congruência entre o eu real e o eu ideal", escreve a psicóloga do Gapsi, Andreia Santos, na rubrica habitual.

Uma equipa internacional constituída por 121 cientistas reconstruiu a complexa história dos cavalos domésticos. O estudo divulgado este mês na revista Cell inclui a participação de Maria do Mar Oom, investigadora do polo de Ciências do cE3c e de Cristina Luís, investigadora do polo de Ciências do CIUHCT, MUHNAC e CIES-ISCTE-IUL, que coordenou o desenvolvimento do trabalho da equipa portuguesa.

O naturalista entomólogo do Museu Bocage desde 1957 até 1975 faleceu no dia 29 de abril de 2019. José Alberto Quartau presta homenagem "a quem lhe abriu as portas" da Entomologia.

ETAPS 2019

Vasco T. Vasconcelos, professor do Departamento de Informática de Ciências ULisboa, Kohei Honda, professor da Queen Mary University of London, no Reino Unido, entretanto falecido e Makoto Kubo, professor da Chiba University of Commerce, no Japão, autores do artigo “Language primitives and type discipline for structured communication-based programming”, apresentado durante o European Symposium on Programming, em 1998, foram galardoados com o ETAPS 2019 Test of Time Award.

Mar

Carlos Antunes, Cristina Catita e Carolina Rocha são os vencedores do Prémio "Engenheiro Empreendedor 2018 - Ano OE das Alterações Climáticas”. Os investigadores de Ciências ULisboa criaram uma aplicação web, suportada por um serviço de mapas na web para a visualização dos cenários de subida do nível do mar em Portugal continental e respetiva cartografia de inundação e de vulnerabilidade física costeira para 2025, 2050 e 2100.

Campus Ciências ULisboa

"Se quisermos conhecer agora o que se passa na Ciência da Computação, do ponto de vista científico e tecnológico, devemos consultar, mensalmente, a revista CACM - Communications of the Association of Computing Machinery, dos EUA", in no Campus com Helder Coelho.

auditório ISCTE-IUL

“Mostramos que estamos no bom caminho e que já temos muitas ações desenvolvidas e que temos potencial para ir muito mais longe”, comenta Margarida Santos-Reis, uma das oradoras do seminário “Integrating the Sustainable Development Goals into Higher Education”.

Fadhil Musa, Rita Maçorano, Ana Faísca, Filipa Tomé e Francisca Canais

A Faculdade participou nos “Encontros com a Inovação em Saúde – 8.ª Edição” e na 4.ª Edição do “Mercado de Inovação em Saúde”.

Esquema

“Gostaria de continuar envolvida em projetos ligados às tecnologias médicas, que sejam inovadores e que procuram ter impacto e melhorar o bem-estar das pessoas”, conta Daniela Marques Godinho, a aluna de doutoramento em Engenharia Biomédica e Biofísica de Ciências ULisboa, distinguida com o 3.ª lugar do Best Student Paper, edição de 2018, durante o 12.º Congresso do Comité Português da URSI.

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