Novo estudo revela a história evolutiva de três espécies de arbusto da costa portuguesa

Detalhe de uma flor de Stauracanthus genistoides

Sergio Chozas

A distribuição geográfica atual dos tojos do género Stauracanthus - arbustos espinhosos que ocorrem nas dunas interiores das praias portuguesas - deve-se a acontecimentos geológicos de grande escala ocorridos no Mar Mediterrâneo há cerca de cinco milhões de anos.

O artigo “Environmental niche divergence among three dune shrub sister species with parapatric distributions”, publicado no “Annals of Botany”, da autoria de Sergio Chozas, Rosa M. Chefaoui, Otília Correia, Raúl Bonal e Joaquín Hortal revela a história evolutiva destas espécies, até agora pouco conhecida.

De acordo com o comunicado de imprensa emitido pelo cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais, os investigadores utilizaram modelos computacionais e realizaram análises genéticas de populações das três espécies para compreender como elas surgiram e evoluíram.

Para além de fixarem o azoto atmosférico no solo e a areia nas dunas, estes tojos permitem também o desenvolvimento de comunidades mais complexas ao promoverem o aumento de matéria orgânica no solo. Têm assim um papel fundamental nos seus habitats, que pode ser ameaçado com os efeitos das alterações climáticas. É o caso em particular da espécie S. spectabilis, adaptada a verões mais suaves e com uma menor área geográfica de distribuição.

“Se as previsões relativas às alterações climáticas para Portugal se confirmarem – aumento das temperaturas e diminuição drástica das precipitações de primavera e verão – é previsível que no futuro a área de ocorrência de S. genistoides aumente significativamente, enquanto a de S. spectabilis fique limitada as áreas mais atlântica do sudoeste alentejano."
Sergio Chozas, primeiro autor do artigo e investigador do cE3c

Marta Daniela Santos, cE3c com ACI Ciências
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

O filme “O Primeiro Encontro” (“Arrival”) de Dennis Villeneuve (2016) aborda a hipótese de Sapir-Whorf, de 1939, que diz que “a linguagem pode influenciar os nossos pensamentos”. Hoje em dia, a validade desta ideia está assegurada, graças às neurociências, e é possível afirmar que aprender uma língua permite estabelecer imensas ligações no cérebro, alterando a sua estrutura, e influenciando o modo de olhar para o mundo, e ainda moldando a personalidade.

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O financiamento atribuído ao professor do Departamento de Informática e investigador do Laboratório de Sistemas Informáticos de Grande Escala (LaSIGE) de Ciências, relaciona-se com a sua participação no projeto Hyperledger da Linux Foundation, em que a IBM, a Intel e dezenas de outras empresas colaboram para construir tecnologias de blockchain para negócios.

Partilhar o fascínio da investigação em Astronomia com crianças dos 7 aos 12 anos é um dos objetivos da iniciativa IAstro Júnior, quatro sessões gratuitas, em Lisboa e no Porto, organizadas pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e pela revista Visão Júnior.

António Branco, professor do Departamento de Informática de Ciências, volta a coordenar uma nova investigação em tradução automática profunda, desta vez entre Chinês e Português, no domínio das transações de compra e venda online.

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Um novo estudo genético demonstra que as populações de duas espécies de golfinhos (Tursiops aduncus e Sousa spp.) que habitam as águas da Baía de Bengala, no Bangladesh, são diferentes do ponto de vista genético quando comparados com populações de golfinhos das mesmas espécies que vivem em áreas vizinhas.

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Cerca de 2783 árvores, arbustos e herbáceas vão ser plantados no Estádio Universitário, até ao próximo mês de março.

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Inseridos no Programa de Atividades Conjuntas, do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização , o IBEB e o BioISI de Ciências – em conjunto com outros grupos nacionais -, vão explorar o conhecimento acerca do cérebro.

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