4F-PBP

Nova substância psicoativa

Modelo molecular da 4F-PBP

Modelo molecular da 4F-PBP

Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Descobrir a estrutura de uma molécula é como fazer um puzzle. Quem o diz é Helena Gaspar, investigadora do Departamento de Química e Bioquímica, membro do Centro de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e líder da equipa de investigadores que identificou uma nova substância psicoativa – a 4F-PBP -, em pós brancos apreendidos em Portugal.

Sala onde decorreu o evento
O workshop ocorreu um ano após a assinatura do protocolo
Fonte LPC-PJ

Durante 14 anos Helena Gaspar trabalhou no INETI - Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação. Em 2011 transitou como investigadora para a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, instituição que já conhecia dos tempos de estudante: em 1992 concluiu  a licenciatura em Química, quatro anos depois obteve o doutoramento, também em Química.

A atividade de investigação de Helena Gaspar tem sido essencialmente focada na descoberta de novos produtos naturais de plantas e organismos marinhos. Recentemente, iniciou-se na área de química forense, nomeadamente na identificação de novas substâncias psicoativas (NSP), presentes em produtos vendidos nas smartshops. Este trabalho tornou possível a assinatura, em maio de 2014, do protocolo de colaboração entre o Laboratório de Polícia Cientifica (LPC) da Policia Judiciária (PJ) e as faculdades de Ciências da Universidade de Lisboa e de Farmácia da Universidade do Porto, após a proibição de venda de NPS em Portugal.

equipa, Helena Gaspar, modelo molecular e tubos
Equipa de investigadores envolvida na identificação de novas substâncias. Helena Gaspar no aparelho de ressonância magnética nuclear, equipamento chave na identificação de novas substâncias. Modelo molecular da 4F-PBP e tubos contendo substâncias para identificação por ressonância magnética nuclear
Fonte Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

No dia 3 de junho de 2015 Helena Gaspar foi uma das oradoras do Workshop sobre Novas Substâncias Psicoativas, organizado pela PJ, através do LPC. A cientista falou sobre o papel da investigação científica no controlo destas novas substâncias. Este encontro visou apresentar os resultados do trabalho que tem sido realizado no âmbito da análise de novas substâncias psicoativas. Para as entidades signatárias o balanço do protocolo é muito positivo – pela primeira vez Portugal identificou uma nova droga proibida -, como foi anunciado recentemente em comunicado de imprensa.

várias pessoas sentadas
O workshop apresentou os resultados do trabalho que tem sido realizado ao abrigo do protocolo entre o LPC-PJ e as faculdades de Ciências da Universidade de Lisboa e de Farmácia da Universidade do Porto
Fonte LPC-PJ

A 4F-PBP é uma droga sintética, pertencente à família das catinonas e encontrava-se misturada com o hidrato de carbono mio-inositol, um excipiente utilizado no fabrico de medicamentos e já anteriormente encontrado em misturas com cocaína. “4F-PBP (4′-fluoro-α-pyrrolidinobutyrophenone), a new substance of abuse: Structural characterization and purity NMR profiling” é o título do artigo que descreve esta substância psicoativa, disponível online pela Forensic Science International e que será publicado na edição impressa (volume 252, páginas 168–176) da referida revista, em julho de 2015.

Para Helena Gaspar é fundamental que a investigação científica continue a apoiar a resolução de problemas da sociedade, como o combate ao comércio de novas substâncias psicoativas, sendo igualmente imperativo que o assunto continue a ser amplamente divulgado na sociedade, especialmente junto dos mais jovens.

Formação e aperfeiçoamento profissional

Cláudio Rafael Queirós é um dos autores do artigo que dá a conhecer a 4F-PBP. O estudante de mestrado em Química da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa voltou para Portugal, após concluir a graduação em Ciências Forenses, em Inglaterra. Em setembro de 2015 deve terminar o estágio de 12 meses, que na sua opinião tem sido muito bom, pois tem proporcionado muitas aprendizagens e uma dinâmica de trabalho que o faz sentir um par entre os profissionais de ambos os laboratórios. O jovem de 23 anos tem sido orientado por Ana Matias, do LPC-PJ e pela cientista da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Helena Gaspar.

Aluno a trabalhar
Cláudio Rafael Queirós. Magneto de 9,4 Tesla do aparelho de ressonância magnética nuclear, uma das peças essenciais do equipamento
Fonte Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa 

 

de 9,4 Tesla do aparelho de ressonância

magnética nuclear, uma das
peças essenciais do equipamentoMagneto de 9,4 Tesla do aparelho de ressonância magnética nuclear, uma das peças essenciais do equipamento 
Magneto de 9,4 Tesla do aparelho de ressonância
magnética nuclear, uma das
peças essenciais do equipamento
Magneto de 9,4 Tesla do aparelho de ressonância
magnética nuclear, uma das
peças essenciais do equipamento
Ana Subtil Simões, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura de Ciências da ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

A procrastinação é uma das grandes causas do insucesso académico e fonte de muito sofrimento e conflito interno. Para conquistar a procrastinação podemos começar por nos questionarmos: porque é que ando, constantemente a adiar.

Um estudo publicado na revista científica Science, do qual Vítor Sousa, investigador do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c), é coautor, demonstra que há mais de 34 000 anos os grupos de seres humanos caçadores-recoletores desenvolveram redes sociais complexas para escolher parceiros e evitar riscos da endogamia.

No âmbito dos projetos “MoTHER – Mobilidade e Transição em Habitações Especiais e Reativas” e “HIPE – Habitações Interativas para Pessoas Excecionais”, Manuel J. Fonseca, Luís Carriço e Tiago Guerreiro, professores do Departamento de Informática e investigadores do Laboratório de Sistemas Informáticos de Grande Escala, irão desenvolver soluções tecnológicas para melhorar a qualidade de vida, nomeadamente a autonomização de pessoas com lesões vertebro medulares, alojadas em residências da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

A Associação Ciências Solidária foi constituída por escritura pública em 6 de abril de 2016, por iniciativa da Direção da Faculdade de Ciências, com o apoio de vários membros da comunidade. É um projeto de proximidade, baseado na responsabilidade social, com o fim de contribuir para a construção de uma comunidade mais justa e solidária.

A Semana da Ciência e Tecnologia celebra-se no país entre 20 e 26 de novembro. O ponto alto acontece a 24 com o Dia Nacional da Cultura Cientifica. Ciências junta-se à efeméride com dezenas de iniciativas.

A experiência destes anos mostra que as avaliações feitas pelos estudantes são um bom indicador da qualidade do ensino e que são úteis para a sua melhoria.

“Esta oportunidade deu-me uma valiosa experiência profissional e cada dia foi uma nova lição aprendida. Contudo, considero que o que se destacou foram as pessoas incríveis que aqui conheci”, declara Jake Smith, estudante de Francês, Espanhol e Português na Universidade de Nottingham, no Reino Unido e estagiário durante cerca de dois meses na Área de Mobilidade e Apoio ao Aluno da Faculdade de Ciências.

Na próxima sessão do 60 Minutos de Ciência convidamos o astrónomo Rui Agostinho para nos ajudar a responder à pergunta: Afinal… o que é a Estrela de Natal? A resposta será desvendada em mais uma sessão 60 Minutos de Ciência no MUHNAC-ULisboa, no dia 16 de novembro.

João Luís Andrade e Silva, professor catedrático aposentado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, faleceu esta sexta-feira, dia 10 de novembro, aos 89 anos. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de novembro é com Emília Real, assistente técnica do Departamento Física de Ciências.

Nos últimos anos, a UNESCO financiou o projeto internacional - "Complex Systems Digital Campus (UniTwin)" - recorrendo a uma plataforma de e-Meeting, e esse exercício mostrou o caminho certo (alternativo aos massive open online courses ou MOOC) para esta nova experiência pedagógica da informática na educação. Quer isto dizer que a tecnologia, quando bem explorada, pode ser mesmo benéfica.

Em junho deste ano Alice Nunes terminou o programa doutoral em Biologia e Ecologia das Alterações Globais. Esta quinta-feira, durante o 16.º Encontro Nacional de Ecologia, a decorrer até amanhã no Salão Nobre da Reitoria da ULisboa, apresenta esse trabalho – “Plant functional trait response to climate in Mediterranean drylands: contribution to restoration and combat of desertification”, classificado em segundo lugar nesta primeira edição do Prémio da SPECO.

O prémio Nobel da Química foi atribuído em 2017, em partes iguais, a três investigadores, Jacques Dubochet (Universidade de Lausana, Suiça), Joachim Frank (Universidade de Columbia, Nova Iorque, EUA) e Richard Henderson (Laboratório MRC de Biologia Molecular, Cambridge, UK) pelo desenvolvimento da microscopia crioelectrónica que permite a resolução da estrutura de biomoléculas em solução com alta resolução.

Em 2017 a “Medalha Dr. Janusz Pawliszyn” foi atribuída a José Manuel Florêncio Nogueira, professor do Departamento de Química e Bioquímica, coordenador do grupo de Ciência e Tecnologia de Separação do Centro de Química e Bioquímica de Ciências e representante português na European Society for Separation Science.

Em 2017 o Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia celebra dez anos. Para comemorar a efeméride, a unidade de I&D realiza no próximo dia 8 de novembro, a partir das 18h00, no anfiteatro da FCiências.ID, sito no edifício C1, piso 3, a primeira distinguished lecture com Jürgen Renn, prestigiado historiador das ciências e diretor do Max Planck Institute for the History of Science.

A representação do campus da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em 3D utilizando tecnologias inovadoras fornece dados de apoio à gestão e utilização de recursos.

“Nos meus projetos lido diariamente com a Biologia, a que aprendi na faculdade e ao longo da minha vida, e com o desenho que me acompanha como forma de olhar, entender e comunicar”, declara o ilustrador científico Pedro Salgado, antigo aluno de Ciências.

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Cerca de 39 alunos do BioSys participaram no segundo encontro de estudantes deste programa doutoral. O evento ocorreu em Beja este mês. Também em outubro terminam as candidaturas a 11 bolsas de doutoramento da próxima edição do BioSys.

Uma vez mais Ciências participou na Maratona Interuniversitária de Programação (MIUP), este ano organizada pela Universidade do Minho. A equipa de Ciências - Caracóis Hipocondríacos -, composta pelos alunos Nuno Burnay, Robin Vassantlal e Guilherme Espada, ficou em 3.º lugar, ao resolver quatro dos nove problemas da competição.

Imagina que tens um jarro vazio e um conjunto de pedras grandes, seixos, gravilha e areia. Agora, imagina que para encher o jarro, vais colocando primeiro a areia e a gravilha e só no fim, as pedras maiores... O que achas que acontece? Será que vai caber tudo e de que forma?... E se colocássemos as pedras grandes primeiro?

As alterações climáticas podem mudar a natureza do impacto do lagostim-vermelho-da-Louisiana (Procambarus clarkii) nos ecossistemas.

Recentemente, dois estudos sobre como pensamos, um do Instituto Max Planck (para a História da Ciência, Alemanha) e outro da Escola de Medicina de Harvard (EUA), de maio de 2017 (revista NeuroImage, de Elinor Amit e Evelina Fedorenko), clarificaram as diferenças que nós temos quando refletimos sobre alguma matéria, fazemos coisas, ou emulamos a realidade.

Ciências participa na KIC EIT Health que visa promover o empreendedorismo para o desenvolvimento de uma vida saudável e de um envelhecimento ativo. Os alunos podem inscrever-se na unidade curricular que lhes permite participar no projeto, sendo que uma parte é feita na Dinamarca.

A experiência ATLAS acontece há 25 anos e a data será celebrada com palestras, bem como com uma homenagem à responsável pela participação portuguesa na experiência, a cientista Amélia Maio.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de outubro é com Francisco Oliveira, assistente técnico do Núcleo de Manutenção do Gabinete de Obras, Manutenção e Espaços da Área de Serviços Técnicos de Ciências.

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