Física Nuclear

Aluna da Ciências ULisboa distinguida com Bolsa Marie Sklodowska-Curie

Estágio de seis meses ocorre na Alemanha

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Fotografia de Beatriz Amorim

Beatriz Amorim optou por Engenharia Física devido à sua natureza mais prática e à possibilidade de, posteriormente, se dedicar à construção de detetores

GICD DCI Ciências ULisboa

Beatriz Amorim foi premiada com uma bolsa  Marie Sklodowska-Curie, uma iniciativa da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA). A estudante do último ano de mestrado em Engenharia Física, na Ciências ULisboa, participa a partir de 15 de janeiro e durante seis meses, num projeto inovador na Alemanha, no âmbito do Programa GET INvolved do FAIR.

“Foi uma notícia inesperada, não estava à espera. Só me candidatei por insistência do professor Daniel Galaviz Redondo, que dizia que tinha potencial, diz Beatriz Amorim.

As bolsas Marie Sklodowska-Curie, umas das mais competitivas, visam inspirar e encorajar mulheres jovens a seguir uma carreira na área nuclear, oferecendo a estudantes talentosas, bolsas de estudos para programas de mestrado, bem como a oportunidade de realizar um estágio financiado pela AIEA.

“É muito gratificante haver bolsas para mulheres desta área, porque ainda é maioritariamente de homens. Sinto que isso está a mudar e é muito bom que haja esse reconhecimento", comenta.

Esta conquista é uma valorização e um reconhecimento do seu trabalho, que tem como próximo passo a montagem e colocação em funcionamento do feixe de alta taxa TOF/SCI do detetor SAFARI. Este projeto a realizar no âmbito da colaboração NUclear STructure, Astrophysics and Reactions (NUSTAR) do centro de investigação GSI/FAIR vai permitir identificar e estudar isótopos que provêm de núcleos pesados, como o urânio-235.

O objetivo principal é encontrar novos isótopos e estudar as equações de estado nuclear e possivelmente descobrir a espessura de neutrões deste tipo de núcleos pesados.

O SAFARI é um detetor de tempo de voo baseado em cintiladores e uma parte vital de um esforço de investigação experimental sancionado pelo G-PAC do GSI, o comité de peritos do laboratório.

“Existe uma ilha de isótopos da tabela periódica que ainda desconhecemos. O nosso trabalho pode vir a ser importante nesta área”, diz.

A investigação envolve mediações precisas da interação nuclear e das secções eficazes com mudança de carga, através de tecnologia como FRS (sistema magnético para iões pesados relativistas) com detetores de perda de energia de alta resolução e de tempo de voo. Segundo Beatriz Amorim, este estudo é importante para perceber como funcionam as reações nucleares no geral. “Estamos a investigar fenómenos novos que podem ser importantes para descobrirmos mais informações acerca da equação de estado nuclear, que é muito relevante para os físicos desta área”, acrescenta.

Uma experiência que vai obrigar a uma preparação prévia. “Toda esta parte da Física Nuclear envolve muita teoria que ainda tenho de estudar. Também envolve engenharia, com a montagem de um detetor. Terei de fazer toda a eletrónica desse detetor em específico, porque vai ser ligado a um separador de fragmentos que existe no GSI e é a partir daí que vamos conseguir fazer um estudo mais aprofundado dos núcleos”, conclui.

Dividida entre Física e Química, Beatriz Amorim rapidamente percebeu que era a Física que mais a cativava. Ao ponderar a entrada na faculdade, optou por Engenharia Física devido à sua natureza mais prática e à possibilidade de, posteriormente, se dedicar à construção de detetores. Um dos seus sonhos é um dia vir a fazer investigação na Áustria. Beatriz Amorim é membro do Grupo de Reações Nucleares, Instrumentação e Astrofísica (NUC-RIA) no LIP - Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas.

Tânia Monteiro com Gabinete de Jornalismo da DCI Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Pessoa

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As partículas de aerossol atmosférico podem modificar as nuvens e o clima ou contribuir para a poluição urbana. O estudo “Role of iodine oxoacids in atmospheric aerosol nucleation” publicado na Science apresenta os resultados da experiência CLOUD (Cosmics Leaving Outdoor Droplets), anuncia o CERN. Este artigo é assinado por mais de cem investigadores, entre os quais se contam João Almeida, António Amorim, António Dias e António Tomé.

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A CGD/MATHFCUL participa na final nacional do Global Management Challenge 2020. A 41.ª final nacional do GMC decorre a 15 de março, os resultados serão anunciados a 16 de março de 2021. A equipa vencedora nacional da edição 2020 vai representar Portugal na final internacional.

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A descoberta de duas novas galáxias gigantes na emissão no rádio sugere que muitas mais destas estruturas impressionantes estarão prestes a revelar-se, segundo um estudo internacional que contou com a colaboração do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.

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A redução de oxigénio nos oceanos é o fator com mais impacto negativo nos organismos marinhos. Esta é a principal conclusão de um estudo publicado na revista Nature Ecology and Evolution, liderado por membros do Laboratório Marítimo da Guia do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, polo da Ciências ULisboa, segundo comunicado de imprensa emitido esta segunda-feira.

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O Instituto de Biossistemas e Ciências integrativas (BioISI), unidade de investigação sediada na Faculdade, promoveu no passado dia 26 de novembro um encontro científico para apresentar e partilhar os seus últimos projetos, resultados científicos e colaborações.

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Uma mudança cultural e a criação de uma nova mentalidade na conceção de ferramentas para atividades profissionais e privadas para todos os cidadãos europeus, na posse das suas totais capacidades ou com alguma limitação, é o objetivo da ação LEAD-ME COST, que tem Carlos Duarte, professor do Departamento de Informática, investigador do LASIGE Ciências ULisboa, como membro do comité de gestão desta ação.

Crianças invisuais, a interagir com adaptações e novos ambientes de programação

Professores, investigadores e alunos da Ciências ULisboa estão a estudar e desenvolver novos ambientes de programação inclusiva para crianças no LASIGE.

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O Conselho Europeu de Investigação atribuiu recentemente uma bolsa Synergy no valor de 10,4 milhões de euros ao projeto 4-OCEANS, liderado por Cristina Brito, professora do Departamento de História e investigadora do Centro de Humanidades da Faculdade de Ciências Sociais Humanas da Universidade Nova de Lisboa, antiga aluna da Ciências ULisboa.

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2020 é um ano que ficará para a história por muitas razões relacionadas com a pandemia, mas também pelos avanços registados na ciência que estuda os fotões, particularmente na fotónica linear e não linear e cujos estudos foram publicados na Nature, Nature Photonics e Science e contaram com a colaboração teórica de Vladimir Konotop, professor do Departamento de Física e investigador do Centro de Física Teórica e Computacional da Ciências ULisboa.

Pormenor da capa do livro

O livro “Alterações Climáticas Desafios para Portugal depois do Acordo de Paris” pretende mostrar a diversidade temática associada ao problema das alterações climáticas, e fornecer ao leitor interessado uma fonte acessível e em português, que lhe permita ficar a par dos desenvolvimentos mais recentes nas diferentes áreas abordadas.

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