Prémio Test-of-Time

Informáticos distinguidos internacionalmente na área da confiabilidade

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Aplicar diversidade de softwares é uma das formas de combater os ataques informáticos

Unsplash - Markus Spiske

OS Diversity for Intrusion Tolerance: Myth or Reality?” foi a pergunta à qual cinco cientistas da área da Informática procuraram dar resposta em 2011, durante a 41st International Conference on Dependable Systems & Networks (DSN), uma iniciativa promovida pelas organizações IEEE e pela IFIP. Decorridos dez anos desde a publicação do artigo, este feito valeu-lhes o prémio Test-of-Time, atribuído em junho deste ano, durante a 51ª edição DSN da referida conferência internacional.

Alysson Bessani e Nuno Neves, professores do Departamento de Informática (DI) e investigadores do LASIGE Ciências ULisboa, são coautores do artigo premiado, juntamente com Miguel Garcia, à data aluno de mestrado em Informática na Ciências ULisboa; Ilir Gashi, investigador do Center for Software Reliability da City, University of London, no Reino Unido onde preside o Departamento de Ciência da Computação; e Rafael Obelheiro, investigador do Departamento de Ciência da Computação da Universidade do Estado de Santa Catarina, no Brasil.

 O artigo “High-performance broadcast for primary-backup systems”, da autoria de Flavio P. Junqueira, Benjamin C. Reed e Marco Serafini, foi igualmente merecedor deste prémio internacional.

Miguel Garcia entrou na Ciências ULisboa em 2006 onde se licenciou em Tecnologias de Informação, fez o mestrado em Informática e terminou, em 2019, o doutoramento na mesma área, Informática. Atualmente é engenheiro de software na Sensei, onde também aplica os conhecimentos em confiabilidade.

Alysson Bessani é professor do DI Ciências ULisboa, doutorado pela Universidade Federal de Santa Catarina (2006). Foi professor visitante na Universidade de Carnegie Mellon em 2010 e investigador visitante no laboratório da Microsoft Research Lab - Cambridge em 2014. É um dos cofundadores da Vawlt, uma das empresas incubadas no Tec Labs.

Nuno Neves é professor e presidente do DI Ciências ULisboa, doutorado em 1998 pela Universidade de Illinois Urbana-Champaign, nos EUA. É membro da Conselho Coordenador do LASIGE Ciências ULisboa, lidera um dos grupos desta unidade de investigação - Navigators - e preside ao Technical Committee on Dependable Computing and Fault Tolerance do IEEE.

“O prémio foi o reconhecimento de um trabalho em que investimos muito esforço na altura. É muito gratificante ver esse trabalho ser reconhecido pela comunidade de confiabilidade em sistemas e redes.” Alysson Bessani

“OS Diversity for Intrusion Tolerance: Myth or Reality?” procura demonstrar de que forma é possível reduzir as vulnerabilidades dos sistemas a ataques informáticos através da utilização de diferentes sistemas operativos (SO).

Para os menos entendidos na matéria, é melhor “trocar isto por miúdos”. Os sistemas replicados/réplicas, isto é, servidores com informações redundantes, atuam como um só servidor. No entanto, se todas as réplicas forem iguais no seu software, também as vulnerabilidades e bugs são iguais em todas as suas réplicas, e o sistema fica mais exposto a ataques maliciosos. Desta forma, a replicação como solução para as falhas e intrusões deixa de ser eficaz.

Antes do surgimento deste estudo, vários trabalhos na área da confiabilidade assumiam que existiria algum tipo de mecanismo de diversidade capaz de eliminar essas falhas, mas praticamente nenhum dos trabalhos oferecia evidências para suportar esta hipótese. Neste artigo os autores tentam dar resposta a esse problema, demonstrando, com base em dados reais de vulnerabilidades, que a diversidade de sistemas operativos (exemplos: Windows, Linux, BSD) é eficaz na redução de vulnerabilidades comuns em sistemas replicados. Na prática, aplicar diversidade de software “dificulta a vida” a um atacante.

Na pesquisa, os investigadores analisaram dados do National Vulnerability Database (NVD), a base de dados do National Institute of Standards and Technology (NIST), tendo analisado dados de 11 SO distintos, num período de 15 anos.

Alysson Bessani afirma que, aquando da sua publicação, o artigo “dava uma resposta fundamentada para um problema identificado há alguns anos, substanciando com dados intuições que os investigadores da área já tinham”. Como explica o cientista, foi por isso um trabalho inovador, com impacto sentido ao longo dos anos, tanto pela sua publicação no âmbito da conferência, como mais tarde, com a edição da sua versão extensa na revista Software: Practice and Experience, publicada online na Wiley Online Library em 2014.

O artigo acabou por se tornar uma referência na área da Informática para motivar a implementação de diversidade nos SO dos sistemas replicados, tendo sido alvo de diversas referências em citações noutros trabalhos posteriormente publicados sobre o tema.

 O Test-of-Time é um prémio concedido a dois artigos de maior impacto na área dos sistemas confiáveis e pesquisa de computação de redes, que tenham sido publicados na conferência internacional da DSN há dez anos. O prémio é atribuído anualmente desde 2019 e terá a sua próxima edição em 2022, em Baltimore, nos EUA, durante a 52ª edição da IEEE/IFIP DSN.

prémio test-of-time
Prémio Test-of-Time 2021
Fonte AB

Marta Tavares, Área de Comunicação e Imagem Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Um estudo publicado na revista científica Science, do qual Vítor Sousa, investigador do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c), é coautor, demonstra que há mais de 34 000 anos os grupos de seres humanos caçadores-recoletores desenvolveram redes sociais complexas para escolher parceiros e evitar riscos da endogamia.

No âmbito dos projetos “MoTHER – Mobilidade e Transição em Habitações Especiais e Reativas” e “HIPE – Habitações Interativas para Pessoas Excecionais”, Manuel J. Fonseca, Luís Carriço e Tiago Guerreiro, professores do Departamento de Informática e investigadores do Laboratório de Sistemas Informáticos de Grande Escala, irão desenvolver soluções tecnológicas para melhorar a qualidade de vida, nomeadamente a autonomização de pessoas com lesões vertebro medulares, alojadas em residências da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

A Associação Ciências Solidária foi constituída por escritura pública em 6 de abril de 2016, por iniciativa da Direção da Faculdade de Ciências, com o apoio de vários membros da comunidade. É um projeto de proximidade, baseado na responsabilidade social, com o fim de contribuir para a construção de uma comunidade mais justa e solidária.

A Semana da Ciência e Tecnologia celebra-se no país entre 20 e 26 de novembro. O ponto alto acontece a 24 com o Dia Nacional da Cultura Cientifica. Ciências junta-se à efeméride com dezenas de iniciativas.

A experiência destes anos mostra que as avaliações feitas pelos estudantes são um bom indicador da qualidade do ensino e que são úteis para a sua melhoria.

“Esta oportunidade deu-me uma valiosa experiência profissional e cada dia foi uma nova lição aprendida. Contudo, considero que o que se destacou foram as pessoas incríveis que aqui conheci”, declara Jake Smith, estudante de Francês, Espanhol e Português na Universidade de Nottingham, no Reino Unido e estagiário durante cerca de dois meses na Área de Mobilidade e Apoio ao Aluno da Faculdade de Ciências.

Na próxima sessão do 60 Minutos de Ciência convidamos o astrónomo Rui Agostinho para nos ajudar a responder à pergunta: Afinal… o que é a Estrela de Natal? A resposta será desvendada em mais uma sessão 60 Minutos de Ciência no MUHNAC-ULisboa, no dia 16 de novembro.

João Luís Andrade e Silva, professor catedrático aposentado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, faleceu esta sexta-feira, dia 10 de novembro, aos 89 anos. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

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Nos últimos anos, a UNESCO financiou o projeto internacional - "Complex Systems Digital Campus (UniTwin)" - recorrendo a uma plataforma de e-Meeting, e esse exercício mostrou o caminho certo (alternativo aos massive open online courses ou MOOC) para esta nova experiência pedagógica da informática na educação. Quer isto dizer que a tecnologia, quando bem explorada, pode ser mesmo benéfica.

Em junho deste ano Alice Nunes terminou o programa doutoral em Biologia e Ecologia das Alterações Globais. Esta quinta-feira, durante o 16.º Encontro Nacional de Ecologia, a decorrer até amanhã no Salão Nobre da Reitoria da ULisboa, apresenta esse trabalho – “Plant functional trait response to climate in Mediterranean drylands: contribution to restoration and combat of desertification”, classificado em segundo lugar nesta primeira edição do Prémio da SPECO.

O prémio Nobel da Química foi atribuído em 2017, em partes iguais, a três investigadores, Jacques Dubochet (Universidade de Lausana, Suiça), Joachim Frank (Universidade de Columbia, Nova Iorque, EUA) e Richard Henderson (Laboratório MRC de Biologia Molecular, Cambridge, UK) pelo desenvolvimento da microscopia crioelectrónica que permite a resolução da estrutura de biomoléculas em solução com alta resolução.

Em 2017 a “Medalha Dr. Janusz Pawliszyn” foi atribuída a José Manuel Florêncio Nogueira, professor do Departamento de Química e Bioquímica, coordenador do grupo de Ciência e Tecnologia de Separação do Centro de Química e Bioquímica de Ciências e representante português na European Society for Separation Science.

Em 2017 o Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia celebra dez anos. Para comemorar a efeméride, a unidade de I&D realiza no próximo dia 8 de novembro, a partir das 18h00, no anfiteatro da FCiências.ID, sito no edifício C1, piso 3, a primeira distinguished lecture com Jürgen Renn, prestigiado historiador das ciências e diretor do Max Planck Institute for the History of Science.

A representação do campus da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em 3D utilizando tecnologias inovadoras fornece dados de apoio à gestão e utilização de recursos.

“Nos meus projetos lido diariamente com a Biologia, a que aprendi na faculdade e ao longo da minha vida, e com o desenho que me acompanha como forma de olhar, entender e comunicar”, declara o ilustrador científico Pedro Salgado, antigo aluno de Ciências.

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Cerca de 39 alunos do BioSys participaram no segundo encontro de estudantes deste programa doutoral. O evento ocorreu em Beja este mês. Também em outubro terminam as candidaturas a 11 bolsas de doutoramento da próxima edição do BioSys.

Uma vez mais Ciências participou na Maratona Interuniversitária de Programação (MIUP), este ano organizada pela Universidade do Minho. A equipa de Ciências - Caracóis Hipocondríacos -, composta pelos alunos Nuno Burnay, Robin Vassantlal e Guilherme Espada, ficou em 3.º lugar, ao resolver quatro dos nove problemas da competição.

Imagina que tens um jarro vazio e um conjunto de pedras grandes, seixos, gravilha e areia. Agora, imagina que para encher o jarro, vais colocando primeiro a areia e a gravilha e só no fim, as pedras maiores... O que achas que acontece? Será que vai caber tudo e de que forma?... E se colocássemos as pedras grandes primeiro?

As alterações climáticas podem mudar a natureza do impacto do lagostim-vermelho-da-Louisiana (Procambarus clarkii) nos ecossistemas.

Recentemente, dois estudos sobre como pensamos, um do Instituto Max Planck (para a História da Ciência, Alemanha) e outro da Escola de Medicina de Harvard (EUA), de maio de 2017 (revista NeuroImage, de Elinor Amit e Evelina Fedorenko), clarificaram as diferenças que nós temos quando refletimos sobre alguma matéria, fazemos coisas, ou emulamos a realidade.

Ciências participa na KIC EIT Health que visa promover o empreendedorismo para o desenvolvimento de uma vida saudável e de um envelhecimento ativo. Os alunos podem inscrever-se na unidade curricular que lhes permite participar no projeto, sendo que uma parte é feita na Dinamarca.

A experiência ATLAS acontece há 25 anos e a data será celebrada com palestras, bem como com uma homenagem à responsável pela participação portuguesa na experiência, a cientista Amélia Maio.

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O Prémio Nobel da Física de 2017 foi atribuído a Rainer Weiss, Barry Barish e Kip Thorne. Francisco Lobo, investigador do Departamento de Física de Ciências e do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, comenta o tema.

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