História das Ciências

Ana Simões eleita presidente da Divisão para a História da Ciência e da Tecnologia

Ana Simões, professora da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Ana Simões, professora de CIÊNCIAS, pretende aproveitar o mandato na DHST para promover a inclusão e novos temas de investigação

DCI-CIÊNCIAS

Ana Simões, professora da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS), foi eleita para a presidência da Divisão para a História da Ciência e Tecnologia (Division for the History of Science and Technology ou DHST, em inglês). Com esta eleição, a professora do Departamento de História e Filosofia das Ciências vai cumprir um primeiro mandato entre 2025 e 2029. Depois deste primeiro mandato como presidente eleita, a professora de CIÊNCIAS haverá de iniciar um segundo mandato no cargo de presidente da DHST. Este segundo mandato, que vai decorrer entre 2029 e 2033, resulta do facto de os estatutos da DHST preverem que os presidentes eleitos transitem depois para um segundo mandato no principal cargo de presidência da organização.

"O mandato como presidente eleita funciona como algo comparável a uma preparação para o cargo de presidente. Neste mandato, pretendo apoiar a presidente atual e dar sugestões que considero importantes para dar maior visibilidade à DHST", responde Ana Simões.

Ana Simões é a segunda mulher a assumir a presidência eleita da DHST. A eleição para a presidência deste organismo, que tem como membros mais de 50 países, decorreu em Dunedin, Nova Zelândia, a 5 de julho (4 de julho em Portugal) durante a Assembleia Geral do 27º Congresso Internacional da História da Ciência e da Tecnologia. 

A eleição resulta de propostas de candidatos que são apresentadas pelos membros e pelas comissões que integram a DHST. Ana Simões foi uma das duas candidatas propostas e acabou por ser escolhida, por votação “significativa”, face a Ana Barahona, investigadora mexicana, que também foi proposta como candidata ao cargo de presidente eleita. Atualmente, o organismo tem como presidente Janet Browne, investigadora com carreira feita na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. A DHST integra atualmente a União Internacional para a História e a Filosofia das Ciência e da Tecnologia (International Union for the History and Philosophy of Science and Technology ou IUHPST, em inglês).  

A DHST costuma reunir em congressos quadrienais que funcionam como os principais momentos de divulgação do trabalho feito nos anos anteriores. Ana Simões assume que pretende aproveitar este primeiro mandato de quatro anos para potenciar as iniciativas de divulgação que contribuam para que a visibilidade da DHST “não se resuma à realização de congressos de quatro em quatro anos”.

A professora de CIÊNCIAS recorda que, cada vez mais, os historiadores tendem a procurar dados junto de pessoas e comunidades anónimas que permitem ir além das descrições e narrativas dos cientistas mais famosos. Em paralelo, Ana Simões assume ainda a intenção de dar maior visibilidade a outras regiões geográficas, e não só à historiografia que vem da América do Norte e Europa. Durante a Assembleia Geral em que foi eleita, a historiadora apontou como objetivo o reforço da comunicação científica enquanto “meio de consolidação de uma cidadania crítica, que está ancorada em conhecimentos científicos e tecnológicos”.

“Queremos propor atividades que ajudem a DHST a ser mais dinâmica e inclusiva, e que permitam abranger maior diversidade de metodologias de trabalho e temas de investigação, além do protagonismo para diferentes áreas geográficas”, refere Ana Simões.

A constituição da DHST começou a ganhar forma no 1º Congresso Internacional de História das Ciências, em 1929, e está ligada à União Internacional da História da Ciência (International Union of History of Science, em inglês) em 1947. No historial desta instituição associada à UNESCO figuram nomes como G. Sarton, I.B. Cohen, René Taton, Joseph Needham, Erwin Hiebert, Robert Fox ou Ekmeleddin Ihsanoglu. Além do contributo para preservação do património cultural e da associação à UNESCO, a DHST assume a inclusão e o humanismo como pilares de atuação.

Hugo Séneca - DCI CIÊNCIAS
hugoseneca@ciencias.ulisboa.pt

O mercado do processamento da língua natural (PLN), segmentado em codificação automatizada, análise de textos, reconhecimento de carateres óticos, resposta interativa em voz, reconhecimento de padrões e imagens, e analítica da voz, tenderá a aumentar muito nos próximos dez anos.

O “XV Encontro de Jovens Investigadores em Paleontologia (EJIP)” realiza-se de 19 a 22 de abril de 2017, na cidade de Pombal, um concelho cuja riqueza paleontológica é salientada pela comissão organizadora desta 15.ª edição. Carlos Marques da Silva e Mário Cachão, professores do Departamento de Geologia e investigadores do Instituto Dom Luiz, são oradores convidados do encontro, cujas inscrições decorrem até ao final de março.

“Este programa dá-nos acesso a artigos, livros e outros materiais propostos pelos nossos tutores que nos dão uma grande ajuda a compreender melhor o gigante mundo que é a Matemática”, diz Rodrigo Duarte, estudante de Ciências, galardoado com uma bolsa Novos Talentos em Matemática 2016/2017.

Anny Caroline Muniz, aluna do mestrado em Bioestatística de Ciências, participou no estudo “Perfil Tabágico dos Estudantes dos 2.º e 3.º ciclos das Escolas do ACES Arco Ribeirinho”, dos concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita e Montijo, desenvolvendo igualmente um modelo matemático para a previsão do adolescente/tipo com maior probabilidade de começar a fumar precocemente.

Qual o principal fator que provocou o crescimento das regiões exteriores das galáxias elípticas na época mais recente do Universo? Esta pergunta motivou a investigação liderada por Fernando Buitrago, investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e professor convidado do Departamento de Física de Ciências, dando origem ao mais detalhado estudo publicado online em janeiro na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Jardim

O inquérito desenvolvido pelo cE3c - no âmbito do projeto europeu “Green Surge - Green Infrastructure and Urban Biodiversity for Sustainable Urban Development and the Green Economy” -, pode ser respondido até 15 de abril de 2017.

O Lisbon Green Hackathon 2017 acontece nos dias 11 e 12 de março. As inscrições terminam a 1 de março. No âmbito do evento estão previstas outras atividades, nomeadamente um ciclo de workshops, sessões de networking, debates e apresentações de startups.

O Tec Labs abriu portas ao ecossistema de inovação e empreendedorismo de Lisboa. O dia foi marcado pela apresentação de novidades para 2017, pelo networking entre os convidados e pela partilha de eventuais projetos e parcerias futuras.

O “Dr. Celestino” era não só um petrólogo excecional e um geólogo de campo incansável, como, e acima de tudo, uma pessoa encantadora pela sua delicadeza de trato. Os colegas do Departamento de Geologia e os ex-colegas do IICT sentirão certamente a falta da sua presença assídua e das interessantes e interessadas conversas sobre a Geologia de Cabo Verde.

Em fevereiro o Tec Labs – Centro de Inovação de Ciências abre as portas aos parceiros do ecossistema empreendedor nacional.

Seguramente já terá ouvido falar em dados geográficos. Pelo nome, deduz-se que estejam relacionados com mapas e lugares. No entanto, estes dados vão muito para além das coordenadas geográficas, representando, entre outros, redes de transporte, águas subterrâneas, populações, temperatura e recursos energéticos.

O filme “O Primeiro Encontro” (“Arrival”) de Dennis Villeneuve (2016) aborda a hipótese de Sapir-Whorf, de 1939, que diz que “a linguagem pode influenciar os nossos pensamentos”. Hoje em dia, a validade desta ideia está assegurada, graças às neurociências, e é possível afirmar que aprender uma língua permite estabelecer imensas ligações no cérebro, alterando a sua estrutura, e influenciando o modo de olhar para o mundo, e ainda moldando a personalidade.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de fevereiro é com Ricardo Pereira, assistente técnico do Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia de Ciências.

O cE3c acaba de lançar o programa "Vamos Jogar aos Insetos em Ordem nas Escolas?", no âmbito do qual vai oferecer 200 exemplares do jogo "Insetos em Ordem" às primeiras 50 escolas públicas, que aderirem à iniciativa.

No total, desde há 57 anos, a Fundação Calouste Gulbenkian atribuiu 83 mil bolsas de estudo em diferentes áreas. Os estudantes de Ciências fazem parte destas contas.

O financiamento atribuído ao professor do Departamento de Informática e investigador do Laboratório de Sistemas Informáticos de Grande Escala (LaSIGE) de Ciências, relaciona-se com a sua participação no projeto Hyperledger da Linux Foundation, em que a IBM, a Intel e dezenas de outras empresas colaboram para construir tecnologias de blockchain para negócios.

Partilhar o fascínio da investigação em Astronomia com crianças dos 7 aos 12 anos é um dos objetivos da iniciativa IAstro Júnior, quatro sessões gratuitas, em Lisboa e no Porto, organizadas pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e pela revista Visão Júnior.

António Branco, professor do Departamento de Informática de Ciências, volta a coordenar uma nova investigação em tradução automática profunda, desta vez entre Chinês e Português, no domínio das transações de compra e venda online.

Quando falamos de um mecanismo o que queremos dizer de facto?

O Nutriageing é um projeto a pensar nos cidadãos que se interessam por temas como nutrição, partindo de argumentos científicos simples. O seu site é composto por vídeos, receitas, explicações e dicas nutricionais.

Um novo estudo genético demonstra que as populações de duas espécies de golfinhos (Tursiops aduncus e Sousa spp.) que habitam as águas da Baía de Bengala, no Bangladesh, são diferentes do ponto de vista genético quando comparados com populações de golfinhos das mesmas espécies que vivem em áreas vizinhas.

Teresa Graça Costa Antunes Pereira da Costa, professora aposentada do Departamento de Biologia Vegetal (DBV) e ex-membro do antigo Centro de Biologia Ambiental de Ciências, faleceu aos 69 anos, no dia 23 de janeiro de 2017. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

Novo estudo demonstra pela primeira vez que é possível integrar à escala global os resultados obtidos através dos dois métodos mais utilizados no mundo para avaliar a “saúde” dos ecossistemas a partir dos líquenes que neles se encontram.

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O ESNF2017 é o primeiro simpósio europeu dedicado apenas ao tema nanofluidos. Os organizadores pretendem que este momento fomente a colaboração entre cientistas, engenheiros e empresas.

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