Casa das Ciências

Pormenor do logotipo Casa das Ciências

Em 2017 a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa acolhe o IV Encontro Internacional da Casa das Ciências, que ocorre entre 10 e 12 de julho.

O evento inclui conferências, debates e workshops e tem como temática principal a educação científica e o desenvolvimento económico. O economista e político português, Daniel Bessa é o orador da conferência de abertura. Pedro Gil Ferreira, professor da Universidade de Oxford é o orador da conferência de encerramento. Henrique Leitão, investigador do Departamento de História e filosofia das Ciências, é o orador da sessão plenária, moderada por José Artur Martinho Simões, professor do Departamento de Química e Bioquímica e diretor de Ciências.

A Casa das Ciências é um portal que recolhe, valida e divulga materiais digitais - mais de 2000 - nas categorias de Biologia, Física, Geologia, Matemática e Química para servir os professores de ciências dos ensinos básico e secundário, atribuindo desde 2010 o Prémio Casa das Ciências.

“Sundials, Mathematics & Astronomy”, da autoria de Suzana Nápoles e Margarida Oliveira, foi exibido em Paris durante a abertura de “Mathematics of Planet Earth 2013”.

Como podemos aproveitar a variação na direção das sombras para medir o tempo? Qual é a relação entre as horas indicadas por um relógio de Sol e por um relógio mecânico à mesma hora e no mesmo local?

O filme, com a duração de cinco minutos, respondia a estas perguntas e no âmbito deste trabalho foram construídas várias aplicações interativas ilustrando, nomeadamente, os arcos diurnos do Sol nas diferentes estações do ano e o trajeto aparente deste astro ao longo do ano.

Para as autoras de “Sundials, Mathematics & Astronomy”, apesar do filme constituir um recurso poderoso, não permite a interação com o espetador, nomeadamente no que respeita a esclarecimentos complementares, foi assim que surgiu a ideia de completar este trabalho disponibilizando um recurso interativo que proporcionasse uma utilização personalizada.

“O Prémio Casa das Ciências tem por objetivo distinguir anualmente em três categorias - Excelência, Distinção e Mérito -, os recursos educativos submetidos e publicados no Portal Casa das Ciências, ampliando a visibilidade dessa submissão, tornando‐a num processo qualificante quer em termos da prática letiva quer em termos do reconhecimento individual dos autores”, diz Alexandra Coelho, do Gabinete Coordenador da Casa das Ciências, acrescentando ainda que “todos os materiais publicados na Casa das Ciências passam por um processo peer review, onde são avaliados previamente por dois referees de cariz científico e outros dois de cariz educacional”. A edição de 2016 do galardão contou com 12 candidaturas. Em 2017 foram aceites 13 candidaturas.

Em 2016 o Relógio de Sol foi o recurso educativo galardoado com o Prémio de Excelência da Casa das Ciências. Relógio de Sol é uma aplicação interativa centrada no funcionamento dos relógios de Sol, reúne informação sobre os fenómenos astronómicos ligados à medição do tempo.

A aplicação é da autoria de Suzana Nápoles, professora do Departamento de Matemática de Ciências e Margarida Oliveira, professora no Agrupamento de Escolas D. Filipa de Lencastre e reúne trabalho desenvolvido sobre este tema ao longo de vários anos. A programação em MATLAB foi feita por Sérgio Oliveira e André Silvestre.

“Este recurso pode ser utilizado, com caráter lúdico/informativo, pelo público em geral. Como recurso educativo pode ser usado em contextos variados. Permite trabalhar desde temas elementares de geometria do ensino básico, como a medição de ângulos, à trigonometria plana que é essencialmente desenvolvida no ensino secundário”, explica Suzana Nápoles.

Suzana Nápoles e Margarida Oliveira colaboram com a Casa das Ciências há já alguns anos. O ano passado dinamizaram o workshop “Geometria Intuitiva e Interativa” no III Encontro Internacional.

 

 

Ana Subtil Simões, Área de Comunicação e Imagem de Ciências
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Num desporto o treino é comum e faz parte de um plano para conseguir os melhores resultados, estimulando as capacidades físicas a superarem os desempenhos. Mas, também se podem treinar as mentes para fazer ciência.

O dia-a-dia de Luis Filipe Lages Martins divide-se entre a atividade de investigação em Metrologia com aplicação na Engenharia Civil e a gestão laboratorial da Unidade de Metrologia Aplicada do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil. O primeiro estudante a obter o grau de doutor em Engenharia Física pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa nasceu em Lisboa e aos 34 anos acaba de ser distinguido com o Prémio Inovação em Metrologia.

Luís Filipe Lages Martins, bolseiro de pós-doutoramento do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, é o vencedor da 1.ª edição do Prémio Inovação em Metrologia da Sociedade Portuguesa de Metrologia (SPMet).

Em parceria com a Universidade de Lisboa e outras instituições que lecionam o curso de Química, a Sociedade Portuguesa de Química atribui prémios de mérito aos alunos com melhores resultados alcançados nesta área científica.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O 11.º Dictum et factum é com Aurora Sardinha, assistente técnica do Tec Labs – Centro de Inovação de Ciências.

Já só faltam dois eventos para a digressão Ignite IAstro terminar. Amanhã acontece um deles, na Covilhã, o último irá ocorrer na Guarda, a 3 de dezembro.

Onde estou? Para onde vou? As células do lugar ajudam-nos a cartografar (guiar) as nossas viagens no mundo, e constituem uma espécie de andaime espaço/temporal/cerebral que suporta a memória autobiográfica. Como o cérebro computa? Não é com Java, mas com um outro tipo de linguagem ainda a descobrir. O caminho para a compreensão dos códigos neuronais da cognição está aberto, e o desafio está lançado simultaneamente à Biologia, à Ciência da Computação e à Filosofia.

capa do livro

A banda desenhada "Reportagem Especial - Adaptação às Alterações Climáticas em Portugal" é lançada em Ciências esta segunda-feira, 7 de novembro de 2016, pelas 17h00, no auditório da Fundação da Faculdade, sito edifício C1, piso 3.

A ciência contemporânea enfrenta um conjunto de novos desafios que podem limitar a sua legitimidade, o seu valor e alcance. Estas notas abordam alguns destes riscos tentando apontar possíveis caminhos para os ultrapassar.

O ESPRESSO vai permitir descobrir planetas semelhantes à Terra, estudar a variabilidade das constantes fundamentais da Física e será essencial para complementar os dados da missão espacial PLATO.

Faleceu recentemente, com 95 anos, Ricardo Augusto Quadrado. Foi um professor de Cristalografia e Mineralogia da FCUL, e da Universidade da Madeira, extremamente marcante para quantos tiveram o privilégio de com ele privar. 

“Ainda há muito para fazer”, responde Nuno Araújo, quando questionado quanto ao futuro desta investigação, que dá um passo significativo num dos maiores desafios da Física da Matéria Condensada e que diz respeito ao desenvolvimento de técnicas experimentais, económicas e eficazes, capazes de sintetizar as estruturas desejadas de forma espontânea.

“O mergulho científico não se reduz à Biologia (…). Se estás interessado em fazer mergulho científico, esta é uma ótima oportunidade para dares os primeiros passos”, esta é a mensagem em jeito de convite do Núcleo de Mergulho Científico de Ciências ULisboa para alunos, professores, investigadores e outros funcionários de Ciências.

Os cientistas João C. Duarte, Filipe M. Rosas e Wouter P. Schellart apresentam o novo supercontinente chamado Aurica.

As florestas de Madagáscar estão em risco, mas um estudo publicado online na revista “Biological Conservation” demonstra que as áreas protegidas da ilha estão a ser eficazes no combate à desflorestação.

Pela primeira vez uma cientista portuguesa é a presidente eleita da European Society for the History of Science.

Na Science de 7 de outubro, no vol. 354, issue 6308, Pamela J. Hines explica como o cérebro se constrói, a mobilidade dos neurónios, das zonas onde proliferam para as localizações finais, e revela que qualquer problema que ocorra durante a migração pode afetar o desenvolvimento de uma criança, nos aspetos físicos e comportamentais.

A resistência aos antimicrobianos é um fenómeno inevitável, pelo que a vigilância, prevenção e controlo são fulcrais, mesmo que futuramente se desenvolvam novos antibióticos, pois será apenas uma questão de tempo até que a resistência a estes seja desenvolvida.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O décimo Dictum et factum é com Fernando Lopes, coordenador do Gabinete de Apoio à Investigação da Direção de I&D de Ciências.

Com o objetivo de sensibilizar e preparar para o risco sísmico e melhorar a qualidade de ensino da Sismologia e das Ciências da Terra em Portugal, Susana Custódio, Graça Silveira, Luís Matias e Catarina Matos desenvolveram um estudo sobre a educação para os sismos, adaptado à realidade de Portugal e a diferentes grupos etários e que foi capa de uma das edições deste ano da revista “Seismological Research Letters”.

O projeto RESISTIR coordenado por Ciências e pela Maxdata Software e cofinanciado pelo Portugal 2020 visa criar até abril de 2019 um sistema de informação - inovador, modular, inteligente e adaptável - para apoiar a tomada de decisão clínica no domínio da vigilância epidemiológica, resistência aos antimicrobianos, controlo de infeção e gestão hospitalar.

O “coração da cidade” foi invadido por uma “onda de ciência e tecnologia” em mais uma edição da Noite Europeia dos Investigadores. O tema deste ano foi a “Ciência no dia-a-dia”.

“Geography and major host evolutionary transitions shape the resource use of plant parasites” da autoria de Joaquín Calatayud, José Luis Hórreo, Jaime Madrigal-González, Alain Migeon, Miguel Á. Rodríguez, Sara Magalhães e Joaquín Horta salienta a necessidade de estudos mais globais em Ecologia.

Aos alunos deixo uma sugestão: aproveitarem as unidades curriculares para experimentarem as suas ideias e terem projetos de novas apostas tecnológicas (em Salvador, Brasil, no campus de Ondina da UFBA existe um enorme espaço, com equipamentos informáticos e professores, para que os alunos possam ser ajudados a experimentar ideias). E, com um portefólio de exemplos vem um passo seguinte: usarem pós-graduações (por exemplo, mestrados) para construírem protótipos que se vejam em feiras e exposições. As empresas vêm em seguida.

A estudante de doutoramento em Paleontologia do Departamento de Geologia de Ciências e a equipa multidisciplinar que assina “A juvenile allosauroid theropod (Dinosauria, Saurischia) from the Upper Jurassic of Portugal” preparam-se para apresentar os resultados deste artigo no próximo congresso anual da Society of Vertebrate Paleontology e que ocorrerá em outubro na cidade de Salt Lake City, nos Estados Unidos da América.

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