Aprender a extrair o DNA de uma lata de atum

Alunos do Clube Ciência Viva da Escola Secundária Padre António Vieira visitam Ciências ULisboa

dois alunos no laboratório

Os alunos visitaram o laboratório de Genética e aprenderam a extrair DNA de atum

GJ Ciências ULisboa

Doze alunos do Clube Ciência Viva da Escola Secundária Padre António Vieira (ESPAV) visitaram um dos laboratórios da Faculdade. A visita foi organizada por Octávio Paulo, professor do Departamento de Biologia Animal e investigador do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c), e orientada por dois alunos da Faculdade.

bancada de laboratório com lata de atum e instrumentos de laboratório
A extração de DNA passa pela realização de técnicas PCR para amplificação e posterior sequenciação do DNA, permitindo a identificação das espécies de atum presentes na lata
Fonte GJ Ciências ULisboa

A tarde do primeiro dia do mês de junho foi passada pelos alunos de 10.º e 12.º anos no laboratório de Genética da Ciências ULisboa, a aprender como extrair o DNA de uma lata de atum. Durante a atividade os alunos aprenderam como realizar todos os processos envolvidos na extração de DNA, da abertura da lata à sequenciação de DNA do atum, passando pela separação dos fragmentos de DNA por eletroforese em gel de agarose e pelas técnicas de amplificação por PCR, assim como por outras metodologias associadas ao estudo da informação genética. Os procedimentos utilizados nesta recolha podem ser aplicados a outros organismos, como insetos ou plantas.

A visita foi orientada por dois alunos da Faculdade e investigadores do cE3c, André Henriques, mestre em Biologia Evolutiva e do Desenvolvimento, e Mariana Viegas, aluna do doutoramento em Biologia e Ecologia das Alterações Globais, que tem vindo a colaborar com um projeto nesta área.

 

Aprender fora da sala de aula

“TUNAPRINT: the tuna behind the can” é um projeto do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) que conta com o apoio financeiro do Oceanário de Lisboa.

O projeto tem como principal objetivo apurar quais as espécies utilizadas na fabricação das latas de atum vendidas em Portugal, de que forma são capturadas, e qual a sua origem. Será que estamos a comer espécies de atum com estatuto de conservação? É a pergunta a que a equipa deste projeto se propõe dar resposta. O projeto foi divido em três tarefas: analisar e caracterizar a pescaria do atum em Portugal; caracterizar a indústria conserveira portuguesa e a cadeia de abastecimento; identificar que espécies de atum são usadas na indústria conserveira em Portugal.

A responsável pelo projeto é Vera Sequeira, investigadora do Departamento de Biologia Animal (DBA) e do MARE. Da equipa do projeto fazem ainda parte: Ana Rita Vieira, investigadora do DBA e do MARE; Leonel Serrano Gordo, professor do DBA e investigador do MARE; Ana Neves, investigadora do MARE; Octávio Paulo e Mariana Viegas. A aluna de doutoramento realizou os trabalhos no âmbito da terceira tarefa do projeto, que implicaram a extração e sequenciação de DNA de atum enlatado. O objetivo foi recuperar o DNA de atum e perceber que espécies se encontram nas latas de variadas marcas de atum enlatado portuguesas, uma tarefa dificultada pela elevada degradação do DNA, dadas as altas temperaturas e pressões a que as latas são sujeitas.

O trabalho poderá também ajudar a avaliar o cumprimento da legislação europeia relativamente a esta matéria. Umas das próximas fases do projeto é a avaliação da sazonalidade do peixe nas latas de atum.

Octávio Paulo, coordenador do grupo de investigação Computational Biology and Population Genomics do cE3c, diz que juntar os alunos da Faculdade aos alunos do secundário é uma experiência positiva para ambos – se para uns constitui um treino pedagógico, para outros a motivação torna-se maior, dada a proximidade nas idades.

A acompanhar os alunos estiveram o professor Octávio Paulo e as professoras Maria João Mineiro e Manuela Gomes, promotoras do Clube Ciência Viva da escola de Alvalade. O convite para esta visita surgiu na sequência do protoloco de colaboração estabelecido entre a Faculdade e a escola, do qual já tinha resultado uma apresentação sobre polinizadores.

Maria João Mineiro diz que o balanço desta visita é muito positivo e o entusiasmo dos alunos foi visível. De facto, a motivação dos alunos para esta atividade extracurricular era tanta que nem a realização de uma prova de avaliação, no dia seguinte, os demoveu! “Está a correr lindamente, eles estão entusiasmadíssimos. Isto é um aprender fora da sala de aula – neste clube eles desenvolvem muitas capacidades que dentro da sala de aula, por vezes, não há forma de desenvolver”, diz a professora. “Ao desenvolver este tipo de atividades, as aptidões de comunicação que ganham são muito visíveis, nomeadamente em feiras de ciências quando têm que explicar a outros colegas os projetos em que estão envolvidos”, acrescenta.

“Está a correr lindamente, eles estão entusiasmadíssimos. Isto é um aprender fora da sala de aula – neste clube eles desenvolvem muitas capacidades que dentro da sala de aula, por vezes, não há forma de desenvolver.” Maria João Mineiro

Com esta atividade pretende-se “suscitar o interesse dos alunos para a área da Biologia, na tentativa de que alguns possam vir a ser alunos da Faculdade”, expõe Octávio Paulo. As professoras dizem que esta foi uma oportunidade para os alunos ficarem a conhecer os cursos da Faculdade, as áreas de investigação possíveis e as parcerias que se estabelecem com o exterior.

Os Clubes Ciência Viva funcionam em várias escolas do país como espaços abertos de contacto com a ciência e a tecnologia, promovendo o ensino experimental das ciências, a interdisciplinaridade e a abertura das escolas à comunidade. O Clube Ciência Viva da ESPAV foi formado há cerca de quatro anos, tendo os alunos já criado um espaço para preservação de polinizadores, uma horta, um lago e hotéis para insetos, e participado em diversas atividades. Ciências ULisboa é uma das entidades parceiras dos Clubes Ciência Viva.

As fotografias da atividade podem ser vistas na página de Facebook da Faculdade.

Marta Tavares, Gabinete de Jornalismo Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

A primeira abordagem a uma reconstituição tridimensional da circulação atmosférica de Vénus pode ser lida no artigo “Venus's winds and temperatures during the MESSENGER's flyby: An approximation to a three-dimensional instantaneous state of the atmosphere”, publicado na Geophysical Research Letters.

O ano passado “The Sphere of the Earth” integrou a exposição “Formas & Fórmulas”, patente no Museu Nacional de História Natural e da Ciência. De lá para cá e por sugestão de José Francisco Rodrigues, um dos comissários desta mostra, Daniel Ramos começou a atualizar o referido programa tornando-o ainda mais rico em termos de funcionalidades e design, com uma multitude de visualizações cartográficas e da geometria da esfera e pela primeira vez em Português. Assim surgiu Mappae Mundi.

As plantas estão por todo o lado, são-nos indispensáveis de diversas formas, mas a nossa consciência, individual e coletiva, da sua importância, é ainda muito limitada.

“Não só quero continuar a adquirir competências, como quero passar a mensagem de que a Comunicação de Ciência é essencial para que a ciência seja compreendida e bem sucedida. É nosso dever informarmos a sociedade dos progressos científicos que vão sendo alcançados”, declara Rúben Oliveira, aluno do mestrado em Biologia da Conservação, finalista do concurso FameLab Portugal.

“O que realmente me aqueceu o coração foi o facto de que, depois da apresentação, algumas pessoas dedicaram tempo a dirigirem-se a mim para discutir o tema em mais profundidade, explicar-me os seus pontos de vista e opiniões”, declara Helena Calhau, aluna do 2.º ano da licenciatura em Física.

Ao serviço de quem está a ciência e a tecnologia? Devemos ter medo das suas utilizações? Há mesmo o perigo de uma superinteligência fazer-nos mal? Em 2014 e 2015, um conjunto de personalidades pôs em causa o controlo (ou a sua falta) da disciplina da Inteligência Artificial (IA) e abriu o debate com os temas da superinteligência e do domínio dos humanos por máquinas mais inteligentes. Graças a Elan Musk, Bill Gates, Stephen Hawking, Nick Bostrom e Noam Chomsky podemos estar mais descansados com o alerta (na singularidade defende-se que a Inteligência Artificial ultrapassará a humana para criar uma IA geral ou forte), mas mesmo assim cuidado.

“Sempre achei as áreas da educação e comunicação bastante interessantes, sonho desde jovem em incorporar um pouco destas duas áreas na minha carreira científica”, declara Hugo Bettencourt, aluno do mestrado integrado em Engenharia Biomédica e Biofísica.

“O Malcolm Love é uma pessoa incrível e ensinou-nos muitas coisas, desde como agir numa entrevista, como contar uma história de forma fascinante, como controlar o nervosismo e principalmente como cativar o público quando falamos”, conta Andreia Maia, aluna do mestrado em Biologia Molecular e Genética, finalista do concurso FameLab Portugal.

A que cheira a sardinha? Cheira bem, cheira a Portugal. Na próxima quinta-feira, 18 de maio, junte-se a Miguel Santos e a Susana Garrido, dois investigadores do IPMA envolvidos no processo de avaliação do estado dos recursos da pesca em águas nacionais e internacionais para mais uma sessão de 60 Minutos de Ciência, desta vez no Edifício Caleidoscópio.

Cristina Branquinho e Paula Matos propõem utilização dos líquenes como um novo indicador ecológico global.

Mais de mil alunos do ensino secundário visitaram o campus de Ciências no dia 3 de maio.

Assunção Bispo

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de maio é com Assunção Bispo, assistente técnica do Departamento de História e Filosofia das Ciências.

Andreia Maia, Helena Calhau, Hugo Bettencourt e Rúben Oliveira são os alunos de Ciências que apresentam assuntos científicos de forma simples e descomplicada em três minutos, na edição 2017 do FameLab Portugal.

Pela 13ª vez, realizou-se em Ciências a fase de semifinal das Olimpíadas de Química Júnior. 67 alunos dos 8.º e 9.º anos conheceram a Faculdade, o Departamento de Química e Bioquímica e testaram conhecimentos de Química, em provas escritas e experimentais.

A 8.ª edição da feira anual de emprego de Ciências aconteceu em abril. Esclarecimento de dúvidas através do contacto pessoal com empresas, workshops, treino de entrevistas de emprego e análises de currículos foram algumas das atividades que marcaram os dois dias.

“Alargar horizontes, mudar atitudes” é o lema do “Girls in ICT @CienciasULisboa” que acontece este sábado, dia 6 de maio de 2017, em Ciências.

A pergunta “Pode uma máquina pensar?” abre a busca por agentes inteligentes capazes de interatuarem com os seres humanos através de linguagens (a proposta do jogo de imitação como teste de inteligência), e sobretudo de serem autónomos em ambientes sofisticados.

Realiza-se este mês a 7th International Conference on Risk Analysis, em Chicago. Nela, a professora de Ciências Maria Ivette Gomes é homenageada pelo seu trabalho na área da Análise de Risco.

Faltam poucos dias para o Dia Aberto. A Faculdade volta a abrir portas aos alunos do ensino secundário no próximo dia 3 de maio.

Nos dias 27 e 28 de abril de 2017 realiza-se a 8.ª edição da feira anual de emprego da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

sistema ótico

A componente tecnológica do espectrógrafo ESPRESSO que irá conduzir a luz dos telescópios do VLT para o instrumento, o coudé train, a ser instalado no ESO, é feita por uma equipa portuguesa da qual fazem parte professores e investigadores de Ciências. Neste artigo, fique a conhecer o trabalho realizado pelo grupo.

No mesmo espaço, associações de voluntariado, voluntários e estudantes de Ciências com interesse na disciplina de Voluntariado Curricular reuniram-se. O objetivo foi dar a conhecer o trabalho feito na disciplina de Voluntariado Curricular, através da partilha de histórias e experiências.

O Núcleo de Física e Engenharia Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa foi fundado no dia 19 de maio de 2016, curiosamente no dia do Físico, com o intuito de representar os estudantes de Física e Engenharia Física.Uma das atividades organizadas com o intuito de alargar a perspetiva profissional destes alunos foi a Conferência Física Fora da Academia.

A distribuição geográfica atual dos tojos do género Stauracanthus - arbustos espinhosos que ocorrem nas dunas interiores das praias portuguesas - deve-se a acontecimentos geológicos de grande escala ocorridos no Mar Mediterrâneo há cerca de cinco milhões de anos.

O planeta Terra está em constante mudança. Pegue em qualquer livro de Geologia e uma das primeiras frases que vai encontrar será esta ou uma muito parecida. Se continuar a ler, ficará a saber que a Terra tem mais de 4500 milhões de anos e que nem sempre foi como a conhecemos. Antes, existiam supercontinentes rodeados por vastos oceanos que, ao longo de milhões de anos, se fragmentaram e relocalizaram dando forma aos seis continentes e cinco oceanos que compõem atualmente o planeta azul.

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