Trabalho do BioISI Ciências ULisboa e do HSM premiado por SPP

Novos horizontes para a doença crónica obstrutiva pulmonar

Fibrose quística pode ajudar nas estratégias terapêuticas de doença comum

Carlos Lopes e Margarida Amaral

Carlos Lopes e Margarida Amaral. O Prémio Thomé Villar/Boehringer Ingelheim visa premiar trabalhos originais de investigação científica no âmbito da Pneumologia

Imagem cedida por MA

O manuscrito submetido ao prémio da SPP é da autoria de Margarida Amaral que assumiu a coordenação científica deste projeto, após a saída de Portugal da investigadora Ana S. Ramalho, que esteve envolvida na génese e conceção deste projeto. O grupo pretende enviar os resultados desta investigação para respetiva publicação.

Carlos Lopes coordenou a componente clínica do projeto, nomeadamente as medições da função pulmonar em todos os indivíduos envolvidos no estudo. Verónica Felício fez a parte principal da componente laboratorial, ou seja, a análise DNA para identificar mutações no gene CFTR. Verónica Felício concluiu o doutoramento na Faculdade em Bioquímica, especialidade Genética Molecular. Margarida Amaral foi a sua orientadora.

Outros membros desta equipa estão ou estiveram ligados ao BioISI: Luka Clarke fez a análise do RNA do caso principal estudado no trabalho; Iris Silva a análise das biópsias e organoides do caso principal estudado no trabalho; Arsénia Masinga, aluna da Universidade de Lourenço Marques e que fez um mestrado no grupo de Margarida Amaral, ajudou nas análises de DNA; Susana Igreja contribuiu na orientação dos trabalhos laboratoriais.

Um estudo coordenado por Margarida Amaral, professora do Departamento de Química e Bioquímica da Ciências ULisboa e coordenadora do Instituto de Biosistemas e Ciências Integrativas (BioISI), abre novos horizontes para a doença crónica obstrutiva pulmonar (DPOC), uma doença respiratória muito frequente, relacionada com o tabaco (e poluição) e que é a 5.ª principal causa de morte, afetando cerca de 6% da população (~800 mil pessoas em Portugal e ~65 milhões de indivíduos em todo o mundo, de acordo com o relatório da OMS) e para a qual não existem terapias curativas, só sintomáticas.

O trabalho realizado em parceria com Carlos Lopes, pneumologista do Hospital de Santa Maria, mostrou também como é que uma doença rara como a fibrose quística (FQ) pode ajudar não só a compreender a fisiopatologia duma doença comum como a DPOC, mas também a encontrar estratégias terapêuticas para a mesma.

De acordo com os resultados desta investigação, os pacientes com patologias respiratórias têm uma frequência aumentada de mutações no gene CFTR (que quando mutado é responsável pela doença monogénica FQ), sendo este aumento significativo para pacientes com DPOC. O estudo revelou ainda uma paciente que estava a ser tratada como tendo DPOC, tinha na realidade FQ, embora numa forma atípica, ou seja, de diagnóstico tardio.

Prémio Thomé Villar/Boehringer Ingelheim 2019

No passado dia 7 de novembro de 2019, durante a sessão de abertura do congresso anual da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), este trabalho intitulado “Increased Frequency of CFTR Mutations in COPD Patients: CFTR as a Drug Target for COPD?" recebeu ex-aequo o 1.º Prémio Thomé Villar/Boehringer Ingelheim, um galardão atribuído anualmente com a finalidade de premiar trabalhos originais de investigação científica no âmbito da Pneumologia. O prémio no valor de 10 mil euros visa estimular a investigação dos grupos envolvidos.

Para Margarida Amaral este reconhecimento é muito importante, pois chama a atenção dos pneumologistas para o facto de que alguns pacientes tratados como tendo DPOC podem ter na realidade FQ.  “Espera-se que com este trabalho, os pneumologistas que vêem pacientes com DPOC possam ter em mente um possível diagnóstico de FQ, já que este nas formas atípicas pode ocorrer tardiamente, e não apenas nos primeiros anos de vida como acontece com as formas clássicas da FQ”, refere Margarida Amaral.

O estudo premiado em novembro de 2019 com 10 mil euros resulta dum projeto iniciado em 2013, financiado pelo programa Gilead Genèse Portugal, no valor de 20 mil euros e por verbas próprias do BioISI, a unidade de investigação principal onde o trabalho foi desenvolvido.

A parceria entre o BioISI e o HSM é para manter. No âmbito do projeto europeu HIT-CF, indivíduos com FQ irão ser testados no que diz respeito à resposta a novos fármacos para a FQ (em organoides intestinais) e os que tiverem resposta positiva irão participar em ensaios clínicos.

Ana Subtil Simões, Área de Comunicação e Imagem Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
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Fluviário de Mora

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A fenotipagem (medição sistemática de caracteres fenotípicos, i.e., do corpo das plantas) foi eleita, depois dos grandes avanços verificados na fenotipagem nas últimas décadas, como um grande desígnio atual da comunidade da ciência das plantas. Leia a crónica da autoria de Jorge Marques da Silva, professor do DBV Ciências ULisboa e presidente da SPBP.

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Os pepinos do mar - espécies de equinodermes ainda muito desconhecidas - cumprem uma importante função ecológica: reciclam a matéria orgânica dos sedimentos e redistribuem nutrientes. O grupo de Pedro Félix, investigador do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) e da Ciências ULisboa, é o único atualmente a trabalhar na ecologia e aquacultura de pepinos do mar em Portugal.

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Após 18 meses de desenvolvimento de projeto e montagem, Variações Naturais – uma viagem pelas paisagens de Portugal abriu portas ao público em novembro passado e vai estar em exibição até 25 de novembro de 2022.

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