Estudo do Journal of Cleaner Production avalia alternativas renováveis às centrais de carvão em Portugal

Entrevista com Raquel Figueiredo

Grupo de Transição Energética do IDL Ciências ULisboa

Grupo de Transição Energética do IDL Ciências ULisboa. Raquel Figueiredo trabalha num ecossistema de investigação único onde se combina os desafios da transição energética num clima em mudança

IDL Ciências ULisboa

Raquel Figueiredo é a primeira autora do artigo “Replacing coal-fired power plants by photovoltaics in the Portuguese electricity system”, disponível online na Science Direct e que será publicado na edição de 10 de junho de 2019 do Journal of Cleaner Production. Este trabalho que avalia alternativas renováveis às centrais de carvão em Portugal desenvolve-se no âmbito do seu doutoramento em Sistemas Sustentáveis de Energia e que tem como orientador Miguel Centeno Brito, professor do Departamento de Engenharia Geográfica Geofísica e Energia (DEGGE) Ciências ULisboa e coorientador Pedro Nunes, professor do DEGGE Ciências ULisboa.

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Curva de duração das necessidades de importação
Fonte adaptado de R. Figueiredo, P. Nunes, M. Meireles, M. Madaleno e M. C. Brito

De acordo com o comunicado de imprensa emitido recentemente, neste trabalho os cientistas encontraram uma solução que permitirá aumentar a contribuição de renováveis no sistema elétrico de 50 para 77% e reduzir as emissões em 56%,  sem impactos negativos na operação do sistema, sem implicações no balanço importações/exportações e que deverá proporcionar energia mais barata.

Os próximos passos da equipa passam por explorar o sistema elétrico português no futuro. Estudar como este poderá evoluir baseando-se essencialmente em energias renováveis e explorar o efeito das alterações climáticas neste novo paradigma do sistema.

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Necessidades de importação e exportação durante o ano para o cenário solar com armazenamento hídrico
Fonte adaptado de R. Figueiredo, P. Nunes, M. Meireles, M. Madaleno e M. C. Brito

Raquel Figueiredo trabalha num ecossistema de investigação único onde se combina os desafios da transição energética num clima em mudança. Na entrevista que se segue, conta como surgiu o interesse pela área, como é estudar em Ciências ULisboa e quais são os planos para curto prazo.


Raquel Figueiredo
Imagem cedida por RF

Como tem sido estudar na Faculdade?

Raquel Figueiredo (RF) - Estudar na Faculdade de Ciências tem sido muito interessante, tanto no mestrado integrado como agora no doutoramento. Para mim, a vivência em Ciências ULisboa foi e continua a ser muito positiva. Senti sempre um grande sentido de entreajuda e colaboração entre os meus colegas, sem esquecer um pouco de competição saudável que nos motiva para continuar a evoluir. Quanto aos professores, encontrei sempre a disponibilidade e vontade de nos ajudar nas nossas dificuldades e também de nos desafiarem.

Como surgiu o interesse pela área?

RF - As energias renováveis sempre me suscitaram interesse pela possibilidade de produzirmos energia sem poluir, utilizando diferentes recursos naturais. Mas só no 12º ano é que decidi que era esta área que queria explorar mais, acabando por me inscrever no mestrado integrado em Engenharia da Energia e do Ambiente, aqui na Faculdade.  

Quais são os planos para curto/médio prazo?

RF - Atualmente, estou no último ano de doutoramento por isso o maior plano a curto prazo é mesmo finalizar esta etapa. Depois, ainda não tenho grande certeza daquilo que virá a seguir, mas tenho curiosidade em sair da área académica e explorar o mundo empresarial.

Ana Subtil Simões, Área de Comunicação e Imagem Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

A palestra "Por que não anda o tempo para trás?” acontece dia 29 de julho, pelas 21h30, no Planetário Calouste Gulbenkian, Centro Ciência Viva de Belém.

Durante duas semanas, estudantes do ensino básico e secundário conheceram o ambiente da Faculdade e os métodos de trabalho dos cursos aqui lecionados.

“Tina dos Tsunamis” ocorreu no passado dia 29 de junho, durante o campo de férias Exploradores, com um grupo de 25 crianças, entre os 7 e os 14 anos do bairro do 2.º Torrão, em Almada.

Para compreendermos as capacidades de cada um de nós é preciso entender como as células nervosas se comportam e como interatuam entre si, isto é, pode sempre existir uma outra hipótese que consiga explicar um pouco mais. E, existem sempre os factos e as interpretações.

A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa organiza de 24 a 28 de julho de 2017 a 4.ª edição do “Ser Cientista”.

No próximo ano letivo Ciências apresenta três novos cursos: Biologia dos Recursos Vegetais, Cultura Científica e Divulgação das Ciências e Data Science.

Preparado para mineração nos fundos marinhos profundos? E para viver sem telemóvel? Venha visitar a exposição Mar Mineral e compreender a relação.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de julho é com Andreia Santos, técnica superior do Gabinete de Apoio Psicopedagógico (GAPsi) da Área de Mobilidade e Apoio ao Aluno de Ciências.

O primeiro mestrado em Gestão e Governança Ambiental da Universidade Agostinho Neto foi frequentado por 24 alunos. Os primeiros dez estudantes apresentaram as teses em maio, numa cerimónia que contou com a presença de Maria de Fátima Jardim, ministra de Ambiente de Angola. As próximas defesas deverão ocorrer em outubro.

Em 2017, o Prémio Bronstein foi atribuído a Mercedes Martín-Benito, investigadora do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em reconhecimento pelo seu importante contributo para a Cosmologia Quântica em Loop.

Em 2017 a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa acolhe o IV Encontro Internacional da Casa das Ciências, que ocorre entre 10 e 12 de julho.

“Foi um tempo para ficar apaixonada pelo estudo, investigação, conhecimento e sua aplicação na nossa vida diária”, conta a antiga aluna de Ciências, professora de Biologia e Geologia na Escola na Escola Secundária de Raul Proença, em Caldas da Rainha, Maria de Matos.

Ciências fez parte do roteiro da viagem de finalistas de uma turma de 9.º da Escola Básica Integrada Francisco Ferreira Drummond.

A unidade curricular Projeto Empresarial contou, em 2017, com a participação de nove alunos de mestrado de Ciências e 38 alunos da licenciatura de Finanças do ISCTE-IUL. Na sessão final de apresentação dos trabalhos desenvolvidos, o projeto Ecovital distinguiu-se.

Se olharmos bem para os seres humanos, capazes de sentir, pensar e sonhar, de criar, interpretar e compreender ideias, teorias e conceitos, perguntamos como a matéria de que são feitos foi então capaz de dar origem a estados mentais, incluindo mesmo a faculdade de consciência? A resposta a esta questão está cada vez mais ao alcance da consiliência (síntese), entre as neurociências, a psicologia, a robótica, e a inteligência artificial (aprendizagem).

Novo estudo com recurso a análises genéticas revela que o sapo-asiático que está a invadir a ilha de Madagáscar terá origem numa população do Camboja e Vietname.

“Ao transformarmos o problema dos resíduos orgânicos, numa oportunidade para  melhorarmos o solo do campus de Ciências, ou seja, a matriz que suporta a vida, estamos a melhorar as plantas que aqui crescem com externalidades positivas para o ambiente”, declara David Avelar, guardião da HortaFCUL.

Exposição de design inclui projetos de comunicação de ciência, fruto de uma parceria entre o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.

Miguel Morgado-Santos, doutorando de Ciências, descobriu um peixe apenas com genes de pai, da espécie bordalo (Squalius alburnoides). Este é o primeiro caso de androgénese natural em vertebrados, sem qualquer manipulação durante o processo de reprodução.

Mafalda Carapuço continua a falar sobre a onda da Nazaré. Em maio passado esteve na Biblioteca São Francisco Xavier, com uma turma do 2.º ano da Escola Moinhos do Restelo. Este mês participou no colóquio "Nazaré e o Mar", ocorrido na Biblioteca Municipal da Nazaré.

Será a ética determinante na sustentabilidade de uma sociedade de consumo? Este é o tema aborado por Sofia Guedes Vaz, no dia 22 de junho, pelas 17h30, no MUHNAC-ULisboa.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de junho é com Nuno Rato, coordenador do Gabinete de Orçamento e Prestação de Conta da Direção Financeira e Patrimonial de Ciências.

Ao longo do ano são muitos os alunos dos ensinos básico e secundário que visitam a Faculdade. Este ano letivo cerca de 63 estudantes, entre os 9 e 10 anos, da Escola Básica Maria Lamas, em Odivelas, conheceram os Departamentos de Biologia Animal, Biologia Vegetal e Química e Bioquímica.

A empresa Surftotal associou-se ao Instituto Dom Luiz e à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, num projeto que visa testar a utilização de surfcams instaladas na costa portuguesa para melhor monitorização costeira.

“É um jogo que trabalha consistentemente o raciocínio e a capacidade de prever os acontecimentos, muito como no xadrez. Para além disso, ajuda nas relações interpessoais, visto que é um jogo de parceiros e é necessário muita confiança mútua para ter sucesso”, reforça Afonso Ribeiro, aluno do 1.º ano de Matemática Aplicada, membro do curso de Bridge da FCUL.

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