Investigadores da Ciências ULisboa e da UBI participam na experiência CLOUD no CERN

Novo mecanismo pode acelerar perda de gelo marinho no Ártico

Science apresenta resultados de importância fundamental para a compreensão do clima atual e sua evolução futura

CLOUD

A CLOUD investiga como as partículas de aerossol, sob condições atmosféricas cuidadosamente controladas em laboratório, se formam e crescem a partir de gases reativos

CERN
esquema da formação de nuvens a partir de precursores de iodo nos ambientes Ártico e marinho
Esquema da formação de nuvens a partir de precursores de iodo nos ambientes Ártico e marinho. As espécies de iodo, emitidas do gelo marinho e da superfície do mar, são rapidamente fotolisadas para formar oxoácidos de iodo que formam novas partículas e podem crescer para se tornarem novos núcleos de condensação
Fonte Helen Cawley

As partículas de aerossol atmosférico podem modificar as nuvens e o clima ou contribuir para a poluição urbana. O estudo “Role of iodine oxoacids in atmospheric aerosol nucleation” publicado esta sexta-feira na Science apresenta os resultados da experiência CLOUD (Cosmics Leaving Outdoor Droplets), anuncia o CERN. Este artigo é assinado por mais de cem investigadores, entre os quais se contam João Almeida, António Amorim, António Dias e António Tomé.

A CLOUD investiga como as partículas de aerossol, sob condições atmosféricas cuidadosamente controladas em laboratório, se formam e crescem a partir de gases reativos.

Esta experiência simulou os efeitos dos raios cósmicos usando um feixe de partículas do CERN (Proton Síncrotron) para dessa forma investigar como os raios cósmicos influenciam a criação e a estrutura das nuvens e consequentemente o clima da Terra.

A atmosfera no interior da câmara CLOUD é caracterizada por um nível de contaminantes muito mais baixos do que outras câmaras anteriores permitindo medir a nucleação de partículas e seu crescimento numa mistura rigorosamente controlada de vapores.

O estudo agora publicado debruçou-se na formação de novas partículas a partir de vapores sob as condições da camada limite marinha.

“A formação de partículas de ácido iódico é provavelmente especialmente importante nas regiões marinhas onde o ácido sulfúrico e a amónia existem em concentrações extremamente baixas. Na verdade, a formação regular de novas partículas sobre a camada de gelo do Ártico foi relatada recentemente, impulsionada pelo ácido iódico com pouca contribuição do ácido sulfúrico. As implicações para a evolução do clima são notáveis. As emissões globais de iodo triplicaram nos últimos 70 anos e podem continuar a aumentar no futuro, à medida que o gelo marinho se torna mais fino. O aumento resultante de ácido iódico e respetivos núcleos de condensação precursores das nuvens podem aumentar o forçamento radiativo na região dos infravermelhos devido à cobertura das nuvens e proporcionar um mecanismo de realimentação positiva que acelerará a perda de gelo marinho no Ártico”, contam os investigadores.

A participação portuguesa neste trabalho foi financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia no âmbito de um projeto que tem António Tomé, professor da Universidade da Beira Interior (UBI) e investigador do Instituto Dom Luiz (IDL) como investigador responsável e cuja equipa conta ainda com a presença de Sandra Mogo, investigadora do IDL e professora da UBI; José Páscoa e Paulo Pimentel de Oliveira, professores da UBI e de António Amorim, professor do Departamento de Física da Ciências ULisboa e investigador do CENTRA.

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A cooperação (e colaboração) científica apoia-se sempre em ensinar e aprender (dar e receber), num registo de amizade e humildade, de motivação e de empolgamento. A paridade é fundamental, tal como o “foco e simplicidade”, a relevância e a utilidade (Steve Jobs).

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