FCUL e CCMN-UFRJ

Oportunidades além-fronteiras

Oportunidades além-fronteiras
Fotografia de Eliseu Furtado

Com o objetivo de promover a cooperação académica e científica entre as universidades portuguesas e aquela instituição brasileira (UFRJ), João Graciano Mendonça Filho, coordenador do CCMN-URRJ, realizou em setembro passado um conjunto de visitas institucionais em Portugal, entre elas à FCUL.

Sob coordenação do Departamento de Geologia e do Centro de Geologia e com o apoio do Gabinete de Cooperação e Relações Externas da FCUL, o encontro nesta Faculdade centrou-se na apresentação do CCMN - UFRJ e nas mais-valias da troca de conhecimentos, experiências e recursos entre as duas instituições.

À disposição dos alunos e docentes da FCUL para continuação de estudos, intercâmbio e/ou apoio à investigação, foram colocados os centros de Física, Geociências, Matemática, Química, Astronomia, Computação e Eletrónica.

“O centro que represento é muito compatível com a FCUL. O nosso objetivo é intensificar as relações internacionais, queremos uma maior interação dos nossos cursos com os de outras universidades portuguesas. Esta ligação permitirá que alunos portugueses possam frequentar e/ou terminar a sua graduação no nosso país, sem qualquer problema de equivalências, cedendo-lhes dupla titulação. O mesmo aconteceria com alunos do nosso centro que viessem para Portugal. Em concreto, um aluno que faça Geologia aqui terá os mesmos direitos no Brasil”, esclarece João Graciano Mendonça Filho.

Durante o encontro, houve oportunidade para assistir a um seminário apresentado pelo professor João G. M. Filho e trocar conhecimentos sobre “Técnicas geoquímicas aplicadas a exploração de petróleo e a problemas ambientais”,. No decorrer deste seminário, em jeito de “convite” o professor alertou: “O Brasil precisa de geólogos. Há falta de especialistas desta área no nosso país!”.

Ana Cristina Azerêdo, docente do Departamento de Geologia da FCUL e Coordenadora do Centro de Geologia, é uma das professoras/investigadoras a cooperar com o CCMN-UFRJ desde 2011. Neste centro tem participado em projetos de investigação, lecionou um curso intensivo (sobre sedimentação e diagénese em sistemas carbonatados, incluindo microbialitos) e recebeu apoio laboratorial. Paralelamente, na FCUL, no Departamento do qual faz parte, em fevereiro de 2013, supervisionou o estágio de uma mestranda daquela instituição brasileira.

Quando questionada sobre as mais-valias desta ligação para os alunos, Ana Cristina Azerêdo é perentória: “Considero [esta oportunidade] de extrema importância, pela reconhecida qualidade da UFRJ (uma das mais reputadas universidades brasileiras), pelas amplas possibilidades de intercâmbio de alunos e docentes e meios financeiros (…) incluindo diversos tipos de bolsas, capacidades laboratoriais e analíticas de que dispõe a UFRJ”.

Existente há 93 anos, a UFRJ, tem, nesta altura, um total de 63 mil alunos a estudar nas suas escolas e centros. A sua oferta pedagógica é de 155 cursos de licenciatura e 101 programas de pós-graduação. A acrescentar valor à sua oferta, a universidade tem 43 bibliotecas, um museu nacional, um observatório de Astronomia, uma casa da ciência, nove hospitais e centenas de laboratórios.

Nesta altura, a Universidade ocupa o 8.º lugar no ranking das universidades com melhor reputação da América Latina e o 333.º lugar no ranking mundial.
 

FCUL e o Brasil

Neste contexto, importa informar que a Universidade de Lisboa e a FCUL já têm ligação com algumas instituições deste país no que concerne à mobilidade de estudantes e à cooperação académica, já que possuem protocolos e convénios com mais de 80 instituições de ensino superior brasileiras. No que diz respeito à FCUL, segue-se a lista de protocolos firmados com instituições de ensino superior brasileiras:

- Instituto Nacional de Pesquisa Agrária (1995);
- Universidade Estadual de Ponta Grossa (2008);
- Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnologias do Estado de Amapa (2009);
- Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (2009);
- Instituto de Agronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de S. Paulo (2011);
- Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de S. Paulo (2011).

Raquel Salgueira Póvoas, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura da FCUL
info.ciencias@fc.ul.pt

Os cientistas João C. Duarte, Filipe M. Rosas e Wouter P. Schellart apresentam o novo supercontinente chamado Aurica.

As florestas de Madagáscar estão em risco, mas um estudo publicado online na revista “Biological Conservation” demonstra que as áreas protegidas da ilha estão a ser eficazes no combate à desflorestação.

Pela primeira vez uma cientista portuguesa é a presidente eleita da European Society for the History of Science.

Na Science de 7 de outubro, no vol. 354, issue 6308, Pamela J. Hines explica como o cérebro se constrói, a mobilidade dos neurónios, das zonas onde proliferam para as localizações finais, e revela que qualquer problema que ocorra durante a migração pode afetar o desenvolvimento de uma criança, nos aspetos físicos e comportamentais.

A resistência aos antimicrobianos é um fenómeno inevitável, pelo que a vigilância, prevenção e controlo são fulcrais, mesmo que futuramente se desenvolvam novos antibióticos, pois será apenas uma questão de tempo até que a resistência a estes seja desenvolvida.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O décimo Dictum et factum é com Fernando Lopes, coordenador do Gabinete de Apoio à Investigação da Direção de I&D de Ciências.

Com o objetivo de sensibilizar e preparar para o risco sísmico e melhorar a qualidade de ensino da Sismologia e das Ciências da Terra em Portugal, Susana Custódio, Graça Silveira, Luís Matias e Catarina Matos desenvolveram um estudo sobre a educação para os sismos, adaptado à realidade de Portugal e a diferentes grupos etários e que foi capa de uma das edições deste ano da revista “Seismological Research Letters”.

O projeto RESISTIR coordenado por Ciências e pela Maxdata Software e cofinanciado pelo Portugal 2020 visa criar até abril de 2019 um sistema de informação - inovador, modular, inteligente e adaptável - para apoiar a tomada de decisão clínica no domínio da vigilância epidemiológica, resistência aos antimicrobianos, controlo de infeção e gestão hospitalar.

O “coração da cidade” foi invadido por uma “onda de ciência e tecnologia” em mais uma edição da Noite Europeia dos Investigadores. O tema deste ano foi a “Ciência no dia-a-dia”.

“Geography and major host evolutionary transitions shape the resource use of plant parasites” da autoria de Joaquín Calatayud, José Luis Hórreo, Jaime Madrigal-González, Alain Migeon, Miguel Á. Rodríguez, Sara Magalhães e Joaquín Horta salienta a necessidade de estudos mais globais em Ecologia.

Aos alunos deixo uma sugestão: aproveitarem as unidades curriculares para experimentarem as suas ideias e terem projetos de novas apostas tecnológicas (em Salvador, Brasil, no campus de Ondina da UFBA existe um enorme espaço, com equipamentos informáticos e professores, para que os alunos possam ser ajudados a experimentar ideias). E, com um portefólio de exemplos vem um passo seguinte: usarem pós-graduações (por exemplo, mestrados) para construírem protótipos que se vejam em feiras e exposições. As empresas vêm em seguida.

A estudante de doutoramento em Paleontologia do Departamento de Geologia de Ciências e a equipa multidisciplinar que assina “A juvenile allosauroid theropod (Dinosauria, Saurischia) from the Upper Jurassic of Portugal” preparam-se para apresentar os resultados deste artigo no próximo congresso anual da Society of Vertebrate Paleontology e que ocorrerá em outubro na cidade de Salt Lake City, nos Estados Unidos da América.

“A juvenile allosauroid theropod (Dinosauria, Saurischia) from the Upper Jurassic of Portugal” da autoria de Elisabete Malafaia, Pedro Mocho, Fernando Escaso e Francisco Ortega descreve um exemplar ainda juvenil de um dos grandes dinossáurios carnívoros do Jurássico, com cerca de 150-145 milhões de anos, e foi publicado este mês na revista “Historical Biology”.

"É curioso, constatar que todas as teorias da ciência não são sobre a forma, mas sim sobre a função. Isto é, são sobre como as coisas se desenvolvem e mudam. São acerca de processos."

A primeira entrega dos dados (data release) da missão Gaia da Agência Espacial Europeia (ESA) ocorreu esta quarta-feira, 14 de setembro, quase três anos depois do seu lançamento e foi transmitida online pela ESA. De acordo com o comunicado de imprensa emitido por Ciências, o consórcio internacional inclui investigadores e engenheiros de quatro universidades portuguesas.

O Tec Labs – Centro de Inovação de Ciências foi distinguido com o 2.º Prémio Nacional na Categoria de Promoção do Espírito de Empreendedorismo dos Prémios Europeus de Promoção Empresarial, uma iniciativa da Comissão Europeia gerida em Portugal por IAPMEI — Agência para a Competitividade e Inovação, e cuja cerimónia de entrega dos prémios ocorreu no Museu do Oriente, em Lisboa, a 8 de setembro.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O nono Dictum et factum é com Carla Romero, técnica superior do Gabinete de Estudos Pós-graduados da Unidade Académica de Ciências.

A descoberta da localização precisa de uma espécie de GPS (Global Positioning System) no nosso cérebro (Moser e Moser, 2014), capaz de nos ajudar a responder a duas perguntas básicas “Onde estamos?” e “Como vamos até acolá?”, indispensáveis para a nossa vida normal, estimulou a discussão do tema computação espacial (ler a revista norte americana Communications Of the ACM, janeiro de 2016, páginas 72-81).

Joaquim Alves Gaspar, de 67 anos, investigador pós-doutoral do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, acaba de ser distinguido com uma Starting Grant do Conselho Europeu de Investigação, a primeira a ser atribuída a um membro da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Em entrevista a Ciências apresenta o projeto “The Medieval and Early Modern Nautical Chart: Birth, Evolution and Use” alvo desta distinção, no valor de 1,2 milhões de euros, bem como o homem que pretende causar um impacto significativo na História da Cartografia, demonstrando a eficácia das suas ferramentas e ajudando a criar uma nova geração de cientistas nesta área.

O Conselho Europeu de Investigação atribuiu uma Starting Grant, no valor de 1,2 milhões de euros, a Joaquim Alves Gaspar, membro integrado do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia (CIUHCT) e investigador principal do projeto “The Medieval and Early Modern Nautical Chart: Birth, Evolution and Use”.

"No momento atual o alerta de potencial erupção ainda não terminou uma vez que a atividade sísmica se mantém acima dos valores normais", escreve José Madeira em mais uma crónica de viagem.

"Comunicar significa tornar comum. E o que queremos tornar comum? Ciência. Esse é o objetivo", escreve em artigo de opinião Manuel Leite Valença.

César Garcia, curador convidado do Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa, investigador do cE3c e antigo aluno de Ciências, é o autor de uma das fotografias premiadas, escolha do editor, no âmbito da 4.ª edição do BMC Ecology Image Competition, uma iniciativa da BioMed Central.

A equipa da UNDAC (United Nations Disaster Assessment and Coordination)/ERCC (European Response Coordination Centre) da Comissão Europeia (CE) tem feito avaliação dos planos de emergência existentes e suas lacunas ou melhoramentos necessários, bem como reuniões com os principais agentes intervenientes a nível local em caso de catástrofe ou emergência.

Cerca de 60 alunos da EB1 S. João de Brito,  Agrupamento de Escolas de Alvalade, visitaram em julho passado o Departamento de Biologia Animal de Ciências.

Pages