Portugueses pelo mundo

À conversa com Carlos Rafael Borges Mendes

Carlos Rafael Borges Mendes
Imagens cedidas por Carlos Rafael Borges Mendes

Carlos Rafael Borges Mendes está a estudar a dinâmica dos florescimentos de fitoplâncton em regiões distintas do globo terrestre: Patagónia, Península Antárctica e regiões de upwelling da costa portuguesa.

A principal área de investigação do jovem pós-doutorado da Universidade Federal do Rio Grande, no Brasil e bolseiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico é a Ecologia dos ecossistemas marinhos e estuarinos, com ênfase no estudo das comunidades de microfitobentos e de fitoplâncton, e na sua relação com os parâmetros ambientais.

“Elas [comunidades de microfitobentos e de fitoplâncton] são os principais produtores primários, assemelham-se às florestas na Terra, são muito importantes”, diz o jovem investigador natural de Carvalhal de Aroeira, uma aldeia do concelho de Torres Novas, em Santarém.
Carlos Rafael Mendes num navio 
Carlos Rafael Borges Mendes introduziu uma nova tecnologia no grupo onde trabalha: determinação e identificação dos diversos pigmentos fotossintéticos existentes no sedimento (microfitobentos) e na coluna de água (fitoplâncton), utilizando técnicas de Cromatografia Líquida de Elevada Resolução.

O interesse pelas ciências e tecnologias surgiu ainda no liceu, tendo optado por prosseguir os estudos na área da Biologia, em parte por influência de duas professoras dessa disciplina. O investigador acredita que os jovens devem escolher um curso de que gostem e devem tentar diferenciar-se. “Devemos tentar ser o melhor possível naquilo que fazemos, sempre com o objetivo da excelência”, refere.

Após concluir a licenciatura em Biologia, pela Universidade de Aveiro, em 2002, concretizou na FCUL, quatro anos depois, o mestrado em Biologia e Gestão de Recursos Marinhos. O ano passado obteve o doutoramento em Biologia, especialidade Ecologia, pela Universidade de Lisboa em cotutela com a Universidade Federal do Rio Grande.
Carlos Rafael Mendes na Antártica
Sobre esta última etapa do seu percurso académico, refere que apesar de não ter encontrado resultados bombásticos, conseguiu reunir uma quantidade de conhecimento que ainda não existia, utilizando técnicas que ainda não tinham sido aplicadas nas regiões antárticas.

No âmbito da sua tese, Carlos Rafael Borges Mendes foi para o Brasil, em 2008, neste momento é onde quer estar: “Fiquei num grupo bastante forte, é um dos grupos mais fortes em termos de Oceanografia em toda a América do Sul”.

Normalmente visita Portugal duas vezes por ano. No início deste ano esteve em Portugal para receber o Prémio Científico Casa da América Latina/Santander Totta. Após regressar ao Brasil embarcou para a Antártica, uma experiência “dura e arriscada” - normalmente os investigadores trabalham entre 12 a 18 horas por dia.

Carlos Rafael Mendes na Antártica
Neste momento os seus planos não passam por Portugal. “Não tenho mercado de trabalho para dar o meu contributo para aquilo que estudei”, refere acrescentando que “se uma pessoa quiser fazer ciência de excelência não pode ficar fechado em Portugal”.

Quando questionado acerca dos pontos fortes da FCUL destaca a internacionalização da Faculdade e o dinamismo dos grupos de investigação. “Todos os meus colegas fizeram doutoramentos mistos, alguns nos EUA, outros em Inglaterra… Essa dinâmica foi uma das coisas que mais me interessou”, comenta. Por isso, para enfrentar a crise, o jovem cientista tem uma solução: “Não desistir nunca. O povo português é bom nisso, é um povo lutador”.

Curiosidades
Para Carlos Rafael Borges Mendes as pessoas devem procurar ser felizes, seja no plano pessoal ou profissional. O jovem investigador gosta e lê bastante. José Rodrigues dos Santos, José Saramago e Hermann Hesse são os seus autores preferidos. Também é muito importante praticar desporto: “Gosto muito de correr e jogar futebol”. Por isso mesmo quando ingressou na FCUL formou uma equipa de futsal. Ouve a música que passa na rádio, mas se tiver que destacar algum intérprete, as escolhas recaem sobre Rui Veloso e Mafalda Veiga. Quando está em Portugal adora comer peixe!

Ana Subtil Simões, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura da FCUL
info.ciencias@fc.ul.pt

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências?

Bolhas de ar e películas líquidas são de grande importância em áreas tão diversas como as indústrias mineira, transformadora e alimentar e a segurança de materiais, tendo ainda aplicações potenciais em micro e nanotecnologias.

Os estágios irão ocorrer na Alemanha, Espanha, Estados Unidos da América, França, Moçambique e Suécia.

O “Contact Making Event - Farming With Young People" superou as expectativas que levávamos na bagagem. Para além das importantes ferramentas que descobrimos (Erasmus+, dinâmicas de grupo…) e dos novos contactos que fizemos, as éticas e os princípios da Permacultura foram partilhados com todos.

O Arquivo.pt é uma nova ferramenta de suporte à investigação em diversas áreas científicas, como a Sociologia, História ou Comunicação.

A iniciativa foi dinamizada pela professora Suzana Nápoles e contou com a presença de 22 alunos do ensino básico.

O sismo foi registado pelas estações sísmicas do Instituto Dom Luiz.

Anualmente são analisadas pelo Núcleo de Planeamento, Avaliação e Gestão da Qualidade cerca de 800 disciplinas, dos vários cursos da nossa Faculdade.

O mestrado em Microbiologia resulta de um consórcio entre quatro escolas da ULisboa.

Ana Bastos, pós-doutorada no Laboratoire des Science du Climat et de L’Environement, em França, começou a investigar este tema durante o doutoramento em Ciências ULisboa.

Os alunos recrutados são dos cursos de Bioinformática e Biologia Computacional, Engenharia Biomédica e Biofísica, Matemática Aplicada e Tecnologias da Informação e Comunicação.

Octávio Pinto

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências ULisboa?

Jonathan Félix Rio Veloso, estudante da licenciatura em Tecnologias de Informação com minor em Biologia, faleceu na noite de 10 de janeiro. O funeral do aluno realiza-se no dia 12 de janeiro, pelas 14h30, na aldeia de Nozelos, situada no concelho de Valpaços.

 "Com um simples azulejo” é uma iniciativa do DM dirigida a alunos dos 1.º e 2.º ciclos do ensino básico destinada a explorar transformações geométricas no plano.

Ciências ULisboa pretende continuar a colaborar na formação académica, bem como no desenvolvimento de programas de investigação comuns e no estabelecimento de equipas que possam concorrer a fundos internacionais.

Entre os dias 9 e 30 de janeiro de 2016 inclusivé, a biblioteca do C4 também está aberta aos sábados das 9h00 às 17h00.

A área que mais gosta são as alterações climáticas e os seus efeitos. Durante estes anos em Ciências ULisboa sente que cresceu como pessoa e cientista. Carlos da Camara e Ana Bastos orientaram o projeto de licenciatura e ficaram surpreendidos com o talento da jovem estudante.

Encontra-se aberto concurso para atribuição de uma bolsa de Gestão Ciência e Tecnologia para licenciados em Estatística ou Matemática.

“Ciência, Prestígio e Devoção: os Jesuítas e a Ciência em Portugal”, editado pela Lucerna, no início de 2015, é a primeira abordagem à história científica dos jesuítas em Portugal nos séculos XIX e XX.

Para Ismael Tereno, investigador do IA e de Ciências ULisboa, é possível rastrear mais de um terço do céu, obtendo dados astronómicos com a qualidade adequada ao sucesso dos objetivos científicos da missão Euclid.

O Piloto 2 veio acrescentar mais informação léxico-semântica aos sistemas de tradução automática para todas as línguas do projeto: português, alemão, checo, búlgaro, espanhol, basco, holandês e inglês.

A última sessão deste ano acontece esta sexta-feira, dia 18 de dezembro, a partir das 20h00, no Grande Auditório da Faculdade, sito no edifício C3, no Campo Grande.

Através da iniciativa os alunos de Ciências ULisboa ficam a conhecer o processo de recrutamento e seleção da Galp Energia.

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