Matemática

Entrevista com... Jocelyn Lochon

Pontos de interrogação
Octávio Pinto

Jocelyn Lochon, aluno de mestrado em Matemática na FCUL, iniciou o seu percurso académico em Conservação e Restauro, mas cedo percebeu que os números são a sua grande paixão profissional. Perseguiu o sonho e foi um dos vencedores do Programa de Estímulo à Investigação da FCG com o projeto “Supercaracteres e Caminhos Aleatórios em P-grupos”.

Conheça na entrevista os pormenores do seu trabalho, bem como o seu percurso académico.

FCUL - Gostaria de pedir que caracterizasse o seu percurso académico e científico.

Jocelyn Lochon (JL) - Fiz os dois primeiros anos da licenciatura em Matemática na Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL). Antes disso, estive um semestre em Conservação e Restauro, também na FCT-UNL. No entanto, o gosto pela Matemática sempre existiu e quando o curso de Conservação e Restauro deixou de me satisfazer, o professor da cadeira de Matemática I aconselhou-me a, se realmente gostava da área, segui-la. Assim foi!

O terceiro ano na FCT-UNL é muito virado para a Matemática aplicada, e o meu interesse é a Matemática pura. Por isso, fiz o terceiro ano na FCUL onde estou nesta altura a frequentar o mestrado em Matemática.

FCUL - Tendo em conta a mudança de percurso que fez, ao mudar de curso e, mais tarde, de faculdade, pergunto-lhe de que forma a FCUL contribuiu para o seu desenvolvimento profissional?

JL - No que toca à Matemática, existem muitos seminários nos vários centros de investigação ligados à FCUL, geralmente semanais. Os alunos de mestrado são convidados a frequentá-los, de modo a estarem em contacto com o que se faz nos centros em questão. Acho realmente importante que este tipo de informações, dinâmicas e não estáticas, contribuam para o aumento do conhecimento e consequente valorização profissional.

FCUL - Como surgiu a ideia de desenvolver o projeto “Supercaracteres e Caminhos Aleatórios em P-grupos” e, posteriormente, a decisão de se candidatar ao Programa de Estímulo à Investigação da FCG?

JL - No meu caso, a vontade de querer desenvolver um projeto é que fez com que me candidatasse. Aquando da candidatura, o projeto estava numa fase embrionária e foi o Programa de Estímulo à Investigação da FCG que deu força e motivação para avançar.

FCUL  - Gostaria de pedir que apresentasse abreviadamente o projeto pelo qual foi distinguido e que irá desenvolver.

JL - Trata-se de um problema prático e não teórico, já que é mais adequado ao meu nível de ensino. Essencialmente, recorrendo a ferramentas algébricas, através da Teoria dos Super-Caracteres, desenvolvida inicialmente pelo professor Carlos André do Departamento de Matemática da FCUL, pretendemos estimar o ritmo de convergência de um caminho aleatório em grupos finitos, onde são geralmente utilizadas técnicas mais analíticas. Estes caminhos aleatórios sobre grupos finitos têm muitas aplicações na Probabilidade e na Física.

FCUL - De que forma encarou a distinção feita ao seu trabalho pela FCG?

JL - Fiquei bastante satisfeito. Pelo que me constou fui o mais novo a receber a distinção e o único que não frequenta um projeto doutoral, pelo que demonstra realmente um interesse da parte da FCG no meu projeto!

FCUL - Que contributo considera que o seu projeto irá prestar para a área científica em que se insere?

JL - Tratando-se de um problema prático, o interesse é realmente ter uma estimativa da convergência de um caminho aleatório em grupos finitos, uma vez que têm aplicações noutras áreas. Um outro ponto de interesse é a interdisciplinaridade envolvida no tratamento do problema em causa.

FCUL - O que ambiciona fazer futuramente? Que etapas profissionais pretende alcançar?

JL - De momento é difícil fazer considerações a longo prazo, acredito que o melhor é dar um passo de cada vez. No entanto, o objetivo sempre foi seguir carreira de investigação.

FCUL - O que considera que pode mudar com este tipo de apoios, tendo em conta o período conturbado que o país atravessa?

JL - Considero que estas iniciativas são de extrema importância. O programa Novos Talentos da FCG, por exemplo, traz motivação e incentiva alunos que queiram navegar por áreas não necessariamente abordadas na licenciatura. Em estados mais avançados dos estudos é bom ter uma motivação e reconhecimento de projetos!

Raquel Póvoas, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura da FCUL
info.ciencias@fc.ul.pt

Em junho deste ano Alice Nunes terminou o programa doutoral em Biologia e Ecologia das Alterações Globais. Esta quinta-feira, durante o 16.º Encontro Nacional de Ecologia, a decorrer até amanhã no Salão Nobre da Reitoria da ULisboa, apresenta esse trabalho – “Plant functional trait response to climate in Mediterranean drylands: contribution to restoration and combat of desertification”, classificado em segundo lugar nesta primeira edição do Prémio da SPECO.

O prémio Nobel da Química foi atribuído em 2017, em partes iguais, a três investigadores, Jacques Dubochet (Universidade de Lausana, Suiça), Joachim Frank (Universidade de Columbia, Nova Iorque, EUA) e Richard Henderson (Laboratório MRC de Biologia Molecular, Cambridge, UK) pelo desenvolvimento da microscopia crioelectrónica que permite a resolução da estrutura de biomoléculas em solução com alta resolução.

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Em 2017 o Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia celebra dez anos. Para comemorar a efeméride, a unidade de I&D realiza no próximo dia 8 de novembro, a partir das 18h00, no anfiteatro da FCiências.ID, sito no edifício C1, piso 3, a primeira distinguished lecture com Jürgen Renn, prestigiado historiador das ciências e diretor do Max Planck Institute for the History of Science.

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Cerca de 39 alunos do BioSys participaram no segundo encontro de estudantes deste programa doutoral. O evento ocorreu em Beja este mês. Também em outubro terminam as candidaturas a 11 bolsas de doutoramento da próxima edição do BioSys.

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As alterações climáticas podem mudar a natureza do impacto do lagostim-vermelho-da-Louisiana (Procambarus clarkii) nos ecossistemas.

Recentemente, dois estudos sobre como pensamos, um do Instituto Max Planck (para a História da Ciência, Alemanha) e outro da Escola de Medicina de Harvard (EUA), de maio de 2017 (revista NeuroImage, de Elinor Amit e Evelina Fedorenko), clarificaram as diferenças que nós temos quando refletimos sobre alguma matéria, fazemos coisas, ou emulamos a realidade.

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Há cinco anos o biólogo marinho Pedro M. Lourenço encontrou microfibras em dejetos de aves. Foi nessa ocasião que surgiu a ideia de avaliar a abundância de microplásticos nos estuários, iniciando assim um estudo sobre a poluição por plásticos.

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O minhocário será usado para investigar o processo de vermicompostagem, numa experiência piloto em parceria com o Gabinete de Segurança, Saúde e Sustentabilidade da Área de Serviços Técnicos de Ciências e com o Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c).

Há um mineral peculiar que pode ajudar a desvendar o contributo do vulcanismo de Decão sobre a extinção em massa e a morte dos dinossauros: a akaganéite. Os resultados do estudo foram publicados na Nature Scientific Reports.

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Desde 1971 que a guerra está aberta, mas o combate tem sido difícil. Por um lado, não temos só uma doença, e o que já conhecemos não tem chegado para estarmos contentes.

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