CEAUL participa em projeto de identificação e caraterização de cetáceos

Monitorização em Portugal

Golfinhos

Uma equipa multidisciplinar, que inclui membros do CEAUL, vai monitorizar comunidades de baleias e golfinhos ao longo da costa portuguesa

cedida por PF

Que espécies de cetáceos existem nas águas costeiras de Portugal continental? Onde vivem? Como se comportam? Como é possível protegê-las? Estas são algumas das questões a que um grupo de investigadores vai dar reposta no estudo “Monitorização de Cetáceos em Portugal”.

A equipa que leva a cabo o estudo é composta por elementos do Centro de Estudos Oceanográficos do Atlântico Norte (CEOAN), do Centro de Investigação Oceanográfico de Sagres (CIOS), do Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa (CEAUL), do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), com o apoio do município de Esposende e da Galp.

“O CEAUL vai estar envolvido no delineamento amostral, o que permite garantir que quando for a altura de analisar os dados estes foram recolhidos de forma a que as inferências a realizar sejam válidas, face aos objetivos propostos. Depois de recolhidos os dados, o CEAUL estará também envolvido na coordenação da análise dos dados, de forma a transformar em informação útil e que possa ser tida em conta nos processos de decisão os dados que vão ser recolhidos durante o projeto”, explica Tiago Marques, investigador do CEAUL.

Caso o projeto seja financiado, Bárbara Matos, que participa no programa doutoral em Biodiversidade, Genética e Evolução (BIODIV), vai dar apoio ao projeto no campo, assim como na análise de dados e posterior escrita de artigos para jornais científicos, entre outros.

De acordo com o biólogo marinho Pedro Finamore, responsável pelo projeto, CEOAN, “os estudos relacionados com a diversidade e abundância de cetáceos são escassos”, alertando ainda para  “as dificuldades logísticas e falta de recursos e especialistas”, o que torna difícil a a efetivação de medidas de conservação. É por isso que, como explica, é necessário questionar “se a extensão atual das áreas protegidas em Portugal continental satisfaz as necessidades das comunidades de cetáceos presentes nestas águas e se a utilização preferencial do espaço por parte destes animais está contemplada na delimitação das zonas de proteção especial”.

Há, por isso, a necessidade de desenvolver um estudo de monitorização de cetáceos ao longo da toda a costa portuguesa continental até 25 milhas ao largo.

“A monitorização das comunidades de cetáceos ao longo da costa de Portugal permitirá a recolha de dados de base de forma a poder determinar as regiões chave presentes na nossa costa para as respetivas espécies e assim ter os alicerces para propor e validar a implementação de áreas marinhas protegidas.” Pedro Finamore

O projeto permitirá desenvolver equipamentos de monitorização acústica passiva; fazer uma estimativa da diversidade, distribuição e abundância de cetáceos nas águas costeiras de Portugal continental (mediante a edição de um atlas e de um catálogo de fotos), treinar e formar biólogos marinhos. Tudo isto está previsto acontecer nos próximos dois anos.

Para os estudos efetuados no mar, estão previstas embarcações à vela para as viagens, dando o exemplo de boas práticas de exploração do meio ambiente.

O projeto candidatou-se em março de 2018 a um apoio do Fundo Azul, integrado no Portugal 2020, que tem por finalidade “o desenvolvimento da Economia do Mar, a investigação científica e tecnológica, a proteção e monitorização do meio marinho e a segurança marítima, através da criação ou do reforço de mecanismos de financiamento de entidades, atividades ou projetos que cumpram os diversos objetivos”. Mas mesmo que a candidatura não seja aprovada, a equipa está a trabalhar para viabilizar o programa de monitorização fora desse âmbito. A par desta candidatura, foi ainda submetida uma candidatura ao Fundo para a Conservação dos Oceanos, da Fundação Oceano Azul, com o intuito de complementar o projeto com mais ações de divulgação, como por exemplo, uma exposição de mamíferos marinhos.

Raquel Salgueira Póvoas, Área de Comunicação e Imagem de Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

O ano passado “The Sphere of the Earth” integrou a exposição “Formas & Fórmulas”, patente no Museu Nacional de História Natural e da Ciência. De lá para cá e por sugestão de José Francisco Rodrigues, um dos comissários desta mostra, Daniel Ramos começou a atualizar o referido programa tornando-o ainda mais rico em termos de funcionalidades e design, com uma multitude de visualizações cartográficas e da geometria da esfera e pela primeira vez em Português. Assim surgiu Mappae Mundi.

As plantas estão por todo o lado, são-nos indispensáveis de diversas formas, mas a nossa consciência, individual e coletiva, da sua importância, é ainda muito limitada.

“Não só quero continuar a adquirir competências, como quero passar a mensagem de que a Comunicação de Ciência é essencial para que a ciência seja compreendida e bem sucedida. É nosso dever informarmos a sociedade dos progressos científicos que vão sendo alcançados”, declara Rúben Oliveira, aluno do mestrado em Biologia da Conservação, finalista do concurso FameLab Portugal.

“O que realmente me aqueceu o coração foi o facto de que, depois da apresentação, algumas pessoas dedicaram tempo a dirigirem-se a mim para discutir o tema em mais profundidade, explicar-me os seus pontos de vista e opiniões”, declara Helena Calhau, aluna do 2.º ano da licenciatura em Física.

Ao serviço de quem está a ciência e a tecnologia? Devemos ter medo das suas utilizações? Há mesmo o perigo de uma superinteligência fazer-nos mal? Em 2014 e 2015, um conjunto de personalidades pôs em causa o controlo (ou a sua falta) da disciplina da Inteligência Artificial (IA) e abriu o debate com os temas da superinteligência e do domínio dos humanos por máquinas mais inteligentes. Graças a Elan Musk, Bill Gates, Stephen Hawking, Nick Bostrom e Noam Chomsky podemos estar mais descansados com o alerta (na singularidade defende-se que a Inteligência Artificial ultrapassará a humana para criar uma IA geral ou forte), mas mesmo assim cuidado.

“Sempre achei as áreas da educação e comunicação bastante interessantes, sonho desde jovem em incorporar um pouco destas duas áreas na minha carreira científica”, declara Hugo Bettencourt, aluno do mestrado integrado em Engenharia Biomédica e Biofísica.

“O Malcolm Love é uma pessoa incrível e ensinou-nos muitas coisas, desde como agir numa entrevista, como contar uma história de forma fascinante, como controlar o nervosismo e principalmente como cativar o público quando falamos”, conta Andreia Maia, aluna do mestrado em Biologia Molecular e Genética, finalista do concurso FameLab Portugal.

A que cheira a sardinha? Cheira bem, cheira a Portugal. Na próxima quinta-feira, 18 de maio, junte-se a Miguel Santos e a Susana Garrido, dois investigadores do IPMA envolvidos no processo de avaliação do estado dos recursos da pesca em águas nacionais e internacionais para mais uma sessão de 60 Minutos de Ciência, desta vez no Edifício Caleidoscópio.

Cristina Branquinho e Paula Matos propõem utilização dos líquenes como um novo indicador ecológico global.

Mais de mil alunos do ensino secundário visitaram o campus de Ciências no dia 3 de maio.

Assunção Bispo

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de maio é com Assunção Bispo, assistente técnica do Departamento de História e Filosofia das Ciências.

Andreia Maia, Helena Calhau, Hugo Bettencourt e Rúben Oliveira são os alunos de Ciências que apresentam assuntos científicos de forma simples e descomplicada em três minutos, na edição 2017 do FameLab Portugal.

Pela 13ª vez, realizou-se em Ciências a fase de semifinal das Olimpíadas de Química Júnior. 67 alunos dos 8.º e 9.º anos conheceram a Faculdade, o Departamento de Química e Bioquímica e testaram conhecimentos de Química, em provas escritas e experimentais.

A 8.ª edição da feira anual de emprego de Ciências aconteceu em abril. Esclarecimento de dúvidas através do contacto pessoal com empresas, workshops, treino de entrevistas de emprego e análises de currículos foram algumas das atividades que marcaram os dois dias.

“Alargar horizontes, mudar atitudes” é o lema do “Girls in ICT @CienciasULisboa” que acontece este sábado, dia 6 de maio de 2017, em Ciências.

A pergunta “Pode uma máquina pensar?” abre a busca por agentes inteligentes capazes de interatuarem com os seres humanos através de linguagens (a proposta do jogo de imitação como teste de inteligência), e sobretudo de serem autónomos em ambientes sofisticados.

Realiza-se este mês a 7th International Conference on Risk Analysis, em Chicago. Nela, a professora de Ciências Maria Ivette Gomes é homenageada pelo seu trabalho na área da Análise de Risco.

Faltam poucos dias para o Dia Aberto. A Faculdade volta a abrir portas aos alunos do ensino secundário no próximo dia 3 de maio.

Nos dias 27 e 28 de abril de 2017 realiza-se a 8.ª edição da feira anual de emprego da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

sistema ótico

A componente tecnológica do espectrógrafo ESPRESSO que irá conduzir a luz dos telescópios do VLT para o instrumento, o coudé train, a ser instalado no ESO, é feita por uma equipa portuguesa da qual fazem parte professores e investigadores de Ciências. Neste artigo, fique a conhecer o trabalho realizado pelo grupo.

No mesmo espaço, associações de voluntariado, voluntários e estudantes de Ciências com interesse na disciplina de Voluntariado Curricular reuniram-se. O objetivo foi dar a conhecer o trabalho feito na disciplina de Voluntariado Curricular, através da partilha de histórias e experiências.

O Núcleo de Física e Engenharia Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa foi fundado no dia 19 de maio de 2016, curiosamente no dia do Físico, com o intuito de representar os estudantes de Física e Engenharia Física.Uma das atividades organizadas com o intuito de alargar a perspetiva profissional destes alunos foi a Conferência Física Fora da Academia.

A distribuição geográfica atual dos tojos do género Stauracanthus - arbustos espinhosos que ocorrem nas dunas interiores das praias portuguesas - deve-se a acontecimentos geológicos de grande escala ocorridos no Mar Mediterrâneo há cerca de cinco milhões de anos.

O planeta Terra está em constante mudança. Pegue em qualquer livro de Geologia e uma das primeiras frases que vai encontrar será esta ou uma muito parecida. Se continuar a ler, ficará a saber que a Terra tem mais de 4500 milhões de anos e que nem sempre foi como a conhecemos. Antes, existiam supercontinentes rodeados por vastos oceanos que, ao longo de milhões de anos, se fragmentaram e relocalizaram dando forma aos seis continentes e cinco oceanos que compõem atualmente o planeta azul.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de abril é com Ana Pereira, técnica superior do Gabinete de Empregabilidade da Área de Mobilidade e de Apoio ao Aluno de Ciências.

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