Fuinha
“A poor international standard for trap selectivity threatens carnivore conservation” - um estudo publicado online a 2 de maio de 2016 na revista “Biodiversity and Conservation” - revela falhas graves nas normas que regulam a legalidade de armadilhas para captura de carnívoros.
“A revisão das normas International Organization for Standardization (Iso) é essencial e urgente”, diz Margarida Santos-Reis, uma das autoras do estudo, investigadora do cE3c e professora do Departamento de Biologia Animal de Ciências.
Os autores deste trabalho - Emilio Virgós, Jorge Lozano, Sara Cabezas-Díaz, David W. Macdonald, Andrzej Zalewski, Juan Carlos Atienza, Gilbert Proulx, William J. Ripple, Luis M. Rosalino, Margarida Santos-Reis, Paul J. Johnson, Aurelio F. Malo, Sandra E. Baker – demonstraram a existência de falhas graves nas normas que determinam a legalidade de armadilhas para captura de carnívoros a nível mundial, facto que constitui uma ameaça para a conservação de espécies ameaçadas e por consequência para a conservação da biodiversidade.
Scripta manent. O que se escreve, fica, permanece.
+ Recortes de imprensa
De acordo com o comunicado de imprensa emitido pelo Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c), sediado em Ciências, os investigadores compararam a norma de seletividade da Iso com o índice de Savage (índice de seletividade comum em aplicações ecológicas relacionadas com a seleção de recursos) em cinco cenários hipotéticos, tendo sido consideradas quatro espécies de mamíferos carnívoros comuns em ambientes mediterrâneos. Os resultados obtidos demonstraram que o índice de seletividade da ISO conduz a resultados incorretos face ao índice de Savage, e que é fundamental ter informação de qualidade sobre a ocorrência das espécies e a sua abundância relativa para determinar a seletividade de uma armadilha.