Navsafety, uma ajuda na gestão do tráfego marítimo

Ciências ULisboa integrou consórcio do projeto, com a colaboração de cinco investigadores do IDL

vários barcos no mar
Hamish Kale [Unsplash]

Cinco docentes e investigadores do Instituto Dom Luiz (IDL) participaram no consórcio do projeto NAVSAFETY, cujo principal objetivo foi o desenvolvimento de uma plataforma digital de auxílio às entidades portuárias na gestão do tráfego marítimo. O projeto, coordenado pela Universidade de Aveiro (UA), e financiado pelo programa Fundo Azul, terminou no mês de setembro.

logotipo do projeto
Logotipo do projeto
Fonte IDL

NAVSAFETY – “Tecnologias emergentes de deteção remota no suporte em tempo real à segurança da navegação em zonas portuárias” foi levado a cabo por um consórcio entre o Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), polo da UA, a Ciências ULisboa, o Instituto Superior de Engenharia do Porto, a Simbiente, uma empresa de gestão de recursos naturais, a Direção Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos e a Administração do Porto da Figueira da Foz.

Os investigadores do IDL envolvidos no projeto foram Ana Nobre Silva, Bárbara Proença, Cristina Lira, César Andrade e Rui Taborda. O principal objetivo foi o desenvolvimento de uma ferramenta de monitorização, em tempo real, para auxílio nas operações de acesso a portos com problemas específicos relacionados com a forte dinâmica dos fundos marinhos.

O protótipo desenvolvido baseia-se na recolha de dados de vídeo-monitorização sobre a zona de acesso ao porto. Numa primeira fase, esta ferramenta fornece informação sobre a superfície do mar, nomeadamente sobre as ondas que se propagam na região adjacente ao porto. A partir do conhecimento da velocidade de propagação destas ondas obtêm-se indicações indiretas sobre a profundidade. A este processo de cálculo de profundidade a partir da velocidade de propagação das ondas dá-se o nome de “inversão batimétrica”, um dado que fornece indicadores de profundidade bastante úteis para a gestão de acesso aos portos.

vários ecras de telemovel com o prototipo da aplicação
Protótipo da plataforma
Fonte Navsafety

O caso de estudo escolhido para o projeto foi o porto da Figueira da Foz. Neste local, explica Bárbara Proença, existe uma necessidade constante de obter um conhecimento atualizado sobre o fundo do mar, devido à elevada dinâmica sedimentar que origina a formação de uma grande barra arenosa submarina. Quando a barra se desenvolve em frente ao canal de navegação, diminuindo a profundidade do canal de acesso ao porto, esta pode impedir a entrada das embarcações de maior calado (parte submersa do navio), existindo um risco acrescido de acidentes na entrada e saída do porto. Para certas condições de agitação marítima, e com a presença da barra submarina desenvolvida, podem ocorrer fenómenos de rebentação das ondas que colocam em risco a segurança da navegação.

Navsafety contou com um financiamento de cerca de 180 000 €. Arrancou em julho de 2019 e teve uma duração de três anos e três meses.

A 19 de julho o projeto foi apresentado a seis eurodeputados da Comissão das Pescas do Parlamento Europeu, que se encontravam de visita a Portugal para conhecer as con­di­ções operacionais de alguns por­tos nacionais, bem como so­luções tecnológicas disponíveis no mercado e algumas das tecnologias em desenvolvi­men­to nos centros de conhecimento, como é o caso deste projeto. O acontecimento teve destaque no Diário de Aveiro.

Para além da investigação científica e tecnológica inerente, os investigadores centraram-se na aplicação real e transferência de conhecimento sobre as características do fundo submarino, uma necessidade transversal a vários portos, em particular os mais suscetíveis a problemas de assoreamento. O desenvolvimento de ferramentas práticas irá permitir perceber em que locais existem problemas de assoreamento, possibilitando prever possíveis falhas na segurança da navegação.

O protótipo desenvolvido foi testado, com a realização de um exercício de previsão da batimetria na área de estudo, por ocasião de uma tempestade que colocou à prova o algoritmo desenvolvido. “Os resultados foram muito bons e colocaram em evidência o potencial, mas também a responsabilidade que a operacionalização de um sistema desta natureza apresenta”, partilha Bárbara Proença.

Para a investigadora, “o balanço é muito positivo, não só pelo trabalho que foi desenvolvido, através de colaborações e parcerias que se consolidaram, mas também pelas perspetivas de trabalho futuro”. Cumpridos os objetivos a que se propuseram, será agora necessário operacionalizar a ferramenta, que, diz Bárbara Proença, implica ainda “um longo e desafiante caminho a percorrer”

Está disponível no YouTube um webinar no qual foi apresentado o projeto.

GJ com IDL Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Joana S. Cristóvão e Cláudio M. Gomes

Joana S. Cristóvão estuda uma das mais abundantes proteínas do cérebro - a proteína S100B – com funções regulatórias associadas à resposta inflamatória, apresentando níveis elevados em pessoas com a doença de Alzheimer.

Cláudio M. Gomes

A ciência é global e colaborativa. Quem o diz é Cláudio M. Gomes, professor do DQB e investigador do BioISI. Recentemente, juntamente com outros cientistas descobriu um novo mecanismo bioquímico nas células nervosas, que retarda a formação dos depósitos de agregados de proteína no cérebro, causadores da doença de Alzheimer.

João Pires da Silva

Nesta fotolegenda destacamos uma passagem da entrevista com João Pires da Silva, professor do Departamento de Química e Bioquímica que pode ser ouvida no canal YouTube e na área multimédia deste site.

Comunicar pelo telemóvel

Andreia Santos, psicóloga do Gapsi, menciona a importância de se resgatar a dimensão humana das relações, considerando um elemento muito importante para a sensação de descanso, especialmente em período de férias.

Assembleia Geral da EMS em Praga

Jorge Buescu, professor do Departamento de Matemática de Ciências e presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, foi eleito membro da Comissão Executiva da European Mathematical Society.

Terreiro do Paço em Lisboa

A primeira iniciativa do ciclo Alterações Climáticas: Impactos Biológicos e Socioeconómicos é organizada por Ciências. O próximo evento desta rede ocorre em julho e está a ser preparado pelo Instituto Superior de Agronomia.

Centro Cultural de Montargil, Ponte de Sor

O Centro Ciência Viva do Lousal (CCVL) – Mina de Ciência recebeu o prémio Melhor Projeto Público 2017. A Faculdade é membro associado e fundador da Associação CCVL garantindo a atualização e o rigor dos conteúdos comunicados.

Marta Aido junto ao globo terrestre

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de junho é com Marta Aido, que trabalha no Instituto Dom Luiz.

Novos mapas de risco de incêndios florestais para 2018 resultam de um trabalho conjunto entre engenheiros florestais, estatísticos e climatólogos.

Fotografia do setup experimental

O professor do Departamento de Biologia Vegetal e membro da COST Action FA1306, que chegou agora ao fim, faz um balanço da rede transeuropeia e dá-nos a conhecer o projeto INTERPHENO e que poderá ser o primeiro passo para a constituição de uma rede nacional de fenotipagem.

Torre de pedras

"Associada à ideia de perfeccionismo surge a luta por objetivos elevados e irrealistas". Mais uma rubrica da psicóloga Andreia Santos.

Margarida Amaral

Nesta fotolegenda destacamos uma passagem da entrevista com Margarida Amaral, professora do DQB e coordenadora do BioISI e que pode ser ouvida no canal YouTube e na área multimédia deste site.

“The Medieval and Early Modern Nautical Chart: Birth, Evolution and Use”

Joaquim Alves Gaspar, distinguido em 2016 com uma starting grant, a primeira a ser atribuída a um membro de Ciências, volta a “encantar” o Conselho Europeu de Investigação.

Uma mão com enguias

Ciências organiza a primeira reunião do projeto europeu, na qual participam mais de 50 especialistas portugueses, espanhóis e franceses, com o objetivo de debater formas de recuperação da enguia-europeia.

José Avelino Pais Lima de Faria,o proeminente cientista de 92 anos, antigo aluno de Ciências - licenciou-se em Ciências Físico-Químicas em 1950 - volta colaborar com a Faculdade, com um artigo sobre a atividade científica, selecionando para o efeito um conjunto de eminentes personalidades. Dois dias após a publicação deste artigo, J. Lima-de-Faria faleceu. A Faculdade lamenta o triste acontecimento e apresenta as condolências aos familiares, amigos e colegas.

Oradores do Ignite IAstro na Assembleia da República

No âmbito da efeméride ocorreu uma sessão do Ignite IAstro na Assembleia da República. O Dia Nacional dos Cientistas é celebrado desde 2016.

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A nova direção de Ciências para os próximos quatro anos tomou posse a 15 de maio de 2018. Luís Carriço é o novo diretor e a sua equipa conta com cinco subdiretores: Margarida Santos Reis, Fernanda Oliveira, Jorge Maia Alves, Hugo Miranda e Pedro Almeida.

Logotipo

A final nacional da 14.ª edição das Olimpíadas de Química Júnior ocorreu a 12 de maio no Departamento de Química e Bioquímica de Ciências. Os melhores classificados podem vir a integrar a equipa portuguesa que participará na European Science Olympiad, em 2019.

Pint

O Pint of Science traz para bares portugueses e internacionais assuntos científicos de forma descomplicada.

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Investigadores de Ciências identificaram um novo ciclo global de marés que ocorre ao longo de grandes escalas de tempo geológico.

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Sara Silva, investigadora do Departamento de Informática, do BioISI – Instituto de Biosistemas e Ciências Integrativas e investigadora convidada da Universidade de Coimbra, ganhou o EvoStar Award 2018, um galardão que reconhece a qualidade e o impacto mundial do trabalho desenvolvido ao longo da sua carreira na área da computação evolucionária.

Pedro Castro

Nesta fotolegenda destacamos uma passagem da entrevista com o engenheiro químico Pedro Castro e que pode ser ouvida no canal YouTube e na área multimédia deste site.

Alunos no Campus de Ciências

"É necessário um equilíbrio entre aquilo que eu e o outro precisamos", explica a psicóloga Andreia Santos, na sua rubrica habitual.

CAP

A 8.ª conferência Communicating Astronomy with the Public, ocorrida em março, no Japão, juntou mais de 450 comunicadores de ciência, de 53 países. João Retrê, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço foi um deles.

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