Estudo coordenado por Paulo N. Martinho é capa da Chemistry – A European Journal

Rumo à reciclagem de dióxido de carbono

Investigação realizada no CQB Ciências ULisboa, BioISI e CQE

Um grupo de investigadores da ULisboa está cada vez mais perto de conseguir criar um processo economicamente viável de reciclagem do dióxido de carbono responsável pelo efeito de estufa

O dióxido de carbono e o aumento da sua concentração na atmosfera, causado essencialmente pelo uso de combustíveis fósseis, originam o efeito de estufa e consequentes severas alterações climáticas, problemas que os cientistas são chamados a resolver

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Scripta manent. O que se escreve, fica, permanece.
Aceda ao clipping e ouça as entrevistas de Paulo N. Martinho e Sara Realista, à TSF e RFI.


Fotoreactor usado nas experiências de conversão de dióxido de carbono reportadas no artigo
Fonte Ciências ULisboa

Um grupo de investigadores da Faculdade de Ciências e do Instituto Superior Técnico (IST) da ULisboa está cada vez mais perto de conseguir criar um processo economicamente viável de reciclagem do dióxido de carbono responsável pelo efeito de estufa.

Paulo N. Martinho, investigador do Centro de Química e Bioquímica (CQB), do Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas (BioISI) e do Departamento de Química e Bioquímica (DQB) de Ciências ULisboa, coordenou este trabalho, que dada a relevância dos resultados obtidos foi capa recentemente de uma das edições da conceituada revista Chemistry – A European Journal.

O dióxido de carbono e o aumento da sua concentração na atmosfera, causado essencialmente pelo uso de combustíveis fósseis, originam o efeito de estufa e consequentes severas alterações climáticas, problemas que os cientistas são chamados a resolver. O artigo intitulado “CoII Cryptates Convert CO2 into CO and CH4 under Visible Light” é assinado por Sara Realista, Janaína C. Almeida, Sofia A. Milheiro, Nuno A. G. Bandeira, Luis G. Alves, Filipe Madeira, Maria José Calhorda e Paulo N. Martinho e decorre da investigação realizada no CQB, no BioISI e no CQE.

De acordo com o comunicado de imprensa emitido recentemente pela Faculdade, o estudo - iniciado em 2014 no âmbito da tese de doutoramento em Química Inorgânica, mais especificamente na área de síntese e catálise, da antiga aluna de Ciências ULisboa, Sara Realista, distinguida em 2013 com o Programa de Estímulo à Investigação da Fundação Calouste Gulbenkian, com o projeto "Smart polymer switches for green CO2 capture" [leia a entrevista publicada sobre o assunto] -, demonstra que as moléculas baseadas em cobalto, um dos metais mais abundantes na Terra, rodeado por espécies orgânicas, são capazes de converter dióxido de carbono em produtos com monóxido de carbono e metano.

No doutoramento, Sara Realista, atualmente investigadora do Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier e colaboradora do CQB Ciências Ulisboa, foi orientada pelos professores de Ciências ULisboa - Paulo N. Martinho e Maria José Calhorda – e por Ana Margarida Martins, docente do IST.

Questionado quanto ao feedback dos pares sobre os resultados apresentados na Chemistry – A European Journal, Paulo N. Martinho refere que “ainda é bastante prematuro para ter um impacto real”, de qualquer forma o facto de terem sido escolhidos para a capa da revista “revela a boa aceitação”, acrescentando também que o grupo tem outros resultados promissores, que complementam este primeiro estudo. Os próximo passos da equipa passam por continuar a estudar este e outros sistemas de modo a entender completamente o seu funcionamento e poder aplicar no desenvolvimento de materiais.

“Estes produtos podem ser usados de forma economicamente viável como alternativa a outros de origem fóssil.”
Paulo N. Martinho

Ana Subtil Simões, Área de Comunicação e Imagem de Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

O concurso de programação do Departamento de Informática recebeu 45 participantes, alunos do ensino secundário, na edição de 2017.

Hoje em dia quando se fala de imaginação (criatividade, inovação) queremos dizer, na maior parte dos casos, antecipação e surpresa. Um empresário, um investigador, um professor querem captar a atenção do outro, inventando e brincando com o possível ou o provável. Por isso, falamos frequentemente de criar imagens, ideias, ou mesmo histórias (veja-se o tópico criatividade computacional, e o grupo de Amílcar Cardoso da Universidade de Coimbra).

O Air4, um protótipo para medição de gases indicadores da qualidade do ar, associado a um modelo de análise de mapas e a uma aplicação mobile, ficou em 2.º lugar no 1.º Hackathon de Tra

No Dia da Criança Galopim de Carvalho lança “O Avô e os Netos Falam de Geologia”, editado pela Âncora Editora e apresentado durante a Feira do Livro de Lisboa.

Foi em setembro do ano passado que a HortaFCUL decidiu abraçar o projeto de ajudar a construir uma Horta Pedagógica na Escola Básica de Santo António em Alvalade, em parceria com Direção e Associação de Pais da Escola e apoiado pelo programa de estímulo à aprendizagem financiado pela Gulbenkian.

Miguel Centeno Brito, professor do DEGGE, foi um dos participantes das II Jornadas da Energia, que ocorreram em abril passado, tendo sido um dos convidados do programa da Rádio Renascença Insónia.

Este ano as Jornadas celebraram a efeméride dos 35 anos da criação da licenciatura em Química Tecnológica.

 É necessário estabelecer redes de monitorização mais robustas e de larga escala para avaliar o impacto das alterações climáticas e da poluição atmosférica na Bacia do Mediterrâneo, refere comunicado de imprensa do cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

A primeira abordagem a uma reconstituição tridimensional da circulação atmosférica de Vénus pode ser lida no artigo “Venus's winds and temperatures during the MESSENGER's flyby: An approximation to a three-dimensional instantaneous state of the atmosphere”, publicado na Geophysical Research Letters.

O ano passado “The Sphere of the Earth” integrou a exposição “Formas & Fórmulas”, patente no Museu Nacional de História Natural e da Ciência. De lá para cá e por sugestão de José Francisco Rodrigues, um dos comissários desta mostra, Daniel Ramos começou a atualizar o referido programa tornando-o ainda mais rico em termos de funcionalidades e design, com uma multitude de visualizações cartográficas e da geometria da esfera e pela primeira vez em Português. Assim surgiu Mappae Mundi.

As plantas estão por todo o lado, são-nos indispensáveis de diversas formas, mas a nossa consciência, individual e coletiva, da sua importância, é ainda muito limitada.

“Não só quero continuar a adquirir competências, como quero passar a mensagem de que a Comunicação de Ciência é essencial para que a ciência seja compreendida e bem sucedida. É nosso dever informarmos a sociedade dos progressos científicos que vão sendo alcançados”, declara Rúben Oliveira, aluno do mestrado em Biologia da Conservação, finalista do concurso FameLab Portugal.

“O que realmente me aqueceu o coração foi o facto de que, depois da apresentação, algumas pessoas dedicaram tempo a dirigirem-se a mim para discutir o tema em mais profundidade, explicar-me os seus pontos de vista e opiniões”, declara Helena Calhau, aluna do 2.º ano da licenciatura em Física.

Ao serviço de quem está a ciência e a tecnologia? Devemos ter medo das suas utilizações? Há mesmo o perigo de uma superinteligência fazer-nos mal? Em 2014 e 2015, um conjunto de personalidades pôs em causa o controlo (ou a sua falta) da disciplina da Inteligência Artificial (IA) e abriu o debate com os temas da superinteligência e do domínio dos humanos por máquinas mais inteligentes. Graças a Elan Musk, Bill Gates, Stephen Hawking, Nick Bostrom e Noam Chomsky podemos estar mais descansados com o alerta (na singularidade defende-se que a Inteligência Artificial ultrapassará a humana para criar uma IA geral ou forte), mas mesmo assim cuidado.

“Sempre achei as áreas da educação e comunicação bastante interessantes, sonho desde jovem em incorporar um pouco destas duas áreas na minha carreira científica”, declara Hugo Bettencourt, aluno do mestrado integrado em Engenharia Biomédica e Biofísica.

“O Malcolm Love é uma pessoa incrível e ensinou-nos muitas coisas, desde como agir numa entrevista, como contar uma história de forma fascinante, como controlar o nervosismo e principalmente como cativar o público quando falamos”, conta Andreia Maia, aluna do mestrado em Biologia Molecular e Genética, finalista do concurso FameLab Portugal.

A que cheira a sardinha? Cheira bem, cheira a Portugal. Na próxima quinta-feira, 18 de maio, junte-se a Miguel Santos e a Susana Garrido, dois investigadores do IPMA envolvidos no processo de avaliação do estado dos recursos da pesca em águas nacionais e internacionais para mais uma sessão de 60 Minutos de Ciência, desta vez no Edifício Caleidoscópio.

Cristina Branquinho e Paula Matos propõem utilização dos líquenes como um novo indicador ecológico global.

Mais de mil alunos do ensino secundário visitaram o campus de Ciências no dia 3 de maio.

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O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de maio é com Assunção Bispo, assistente técnica do Departamento de História e Filosofia das Ciências.

Andreia Maia, Helena Calhau, Hugo Bettencourt e Rúben Oliveira são os alunos de Ciências que apresentam assuntos científicos de forma simples e descomplicada em três minutos, na edição 2017 do FameLab Portugal.

Pela 13ª vez, realizou-se em Ciências a fase de semifinal das Olimpíadas de Química Júnior. 67 alunos dos 8.º e 9.º anos conheceram a Faculdade, o Departamento de Química e Bioquímica e testaram conhecimentos de Química, em provas escritas e experimentais.

A 8.ª edição da feira anual de emprego de Ciências aconteceu em abril. Esclarecimento de dúvidas através do contacto pessoal com empresas, workshops, treino de entrevistas de emprego e análises de currículos foram algumas das atividades que marcaram os dois dias.

“Alargar horizontes, mudar atitudes” é o lema do “Girls in ICT @CienciasULisboa” que acontece este sábado, dia 6 de maio de 2017, em Ciências.

A pergunta “Pode uma máquina pensar?” abre a busca por agentes inteligentes capazes de interatuarem com os seres humanos através de linguagens (a proposta do jogo de imitação como teste de inteligência), e sobretudo de serem autónomos em ambientes sofisticados.

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