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“A estatística é uma mais-valia para quem estuda ou trabalha em ciências naturais”

Foto de Tiago Marques

Tiagos A. Marques recorda que a estatística pode abrir as portas do mercado de trabalho

DCI-CIÊNCIAS

Seja no estudo de plantas, organismos marinhos, bactérias ou invertebrados, o biólogo já sabe que vai ter de tratar dados. E foi precisamente essa a razão que levou Tiago A. Marques, professor do Departamento de Biologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa) a juntar esforços com William Kay, da Universidade de Cardiff, e Chris Sutherland, da Universidade de St Andrews, em torno de um novo artigo sobre os benefícios do uso da estatística nas ciências naturais. No final, o esforço compensou: o trio de investigadores acaba de receber uma distinção de melhor artigo proposto para publicação na revista oficial da Wildlife Society, dos Estados Unidos da América, em 2024.

“A estatística faz a diferença na biologia, apesar de os alunos nem sempre terem essa noção”, responde Tiago A. Marques. “É uma área do saber que ajuda a abrir as portas do mercado de trabalho para quem estuda biologia ou ecologia”, acrescenta o professor de Ciências ULisboa, que é também investigador do Centro de Estatística e Aplicações (CEAUL) e Investigador da Universidade de St Andrews, na Escócia.

O artigo premiado surgiu, no final de 2024, na publicação periódica The Wildlife Professional, com o título de “Training Statistics-Savvy Ecologists: A Call to Action for Improved Statistical Education in Ecology”. De acordo com os autores, o artigo começou a ser preparado na sequência de várias conversas informais com investigadores de ciências naturais e da área da estatística e tem como destinatários privilegiados professores e cientistas da área biologia que precisam de fazer o tratamento de dados para descrever ou prever uma realidade.

Artigo da Wildlife Society
Página do artigo sobre os benefícios da estatística na área da biologia que mereceu o prémio da Wildlife Society

“Ao empregarem um estilo de escrita acessível e envolvente, os autores conseguiram descrever os desafios que muitas pessoas da nossa área (da biologia) enfrentam quando avançam para soluções e oportunidades de colaboração dentro da profissão”, considera Samara Trusso, líder do Grupo de Aconselhamento Editorial da revista The Wildlife Professional, que é publicada pela Wildlife Society.

Das estimativas sobre a população total de uma espécie às taxas de sobrevivência dessa mesma espécie perante alterações climáticas, não faltam exemplos que atestam as vantagens que a literacia estatística tem para as várias dimensões da ecologia e da biologia. Mais do que o simples domínio de ferramentas que apresentam resultados ou estimativas, é importante conhecer os conceitos que fazem parte da estatística, sublinha Tiago A. Marques. Variabilidade, aleatoriedade, confundimento ou independência são apenas alguns dos exemplos de conceitos da estatística que ajudam a responder a múltiplas questões nas ciências naturais, recorda Tiago A. Marques.

“É por isso que este artigo recomenda a integração da estatística em todas as disciplinas das licenciaturas de biologia. Todas as cadeiras dos cursos de biologia lidam com informação quantitativa. Para tratar e sistematizar essa informação, precisamos de estatística”, sublinha o investigador de Ciências ULisboa. É tempo de os números falarem por si.

Hugo Séneca
hugoseneca@ciencias.ulisboa.pt

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Mafalda Carapuço continua a falar sobre a onda da Nazaré. Em maio passado esteve na Biblioteca São Francisco Xavier, com uma turma do 2.º ano da Escola Moinhos do Restelo. Este mês participou no colóquio "Nazaré e o Mar", ocorrido na Biblioteca Municipal da Nazaré.

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