
O Grupo de Trabalho para o Restauro da Natureza (GT-RN) é um dos órgãos criados no âmbito do recém-aprovado Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu relativo ao restauro da natureza
Alice Nunes, investigadora do CE3C - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais de CIÊNCIAS e do Laboratório associado CHANGE – Instituto para as Alterações Globais e Sustentabilidade, foi convidada a integrar o Grupo de Trabalho para o Restauro da Natureza (GT-RN). A primeira reunião deste grupo, que preparará o Plano Nacional de Restauro da Natureza, ocorreu no dia 31 de janeiro, às 11h, na sede do Ministério do Ambiente e Energia, contando com a presença da Ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, e de outras entidades da Administração Pública.
O Grupo de Trabalho para o Restauro da Natureza (GT-RN) é um dos órgãos criados no âmbito do recém-aprovado Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu relativo ao restauro da natureza, que determina um conjunto de metas e de medidas para recuperação de habitats degradados e o combate à perda de biodiversidade no espaço europeu. Este grupo terá como função elaborar um projeto de Plano Nacional de Restauro da Natureza, documento que o Governo deve apresentar à Comissão Europeia até 18 de agosto de 2026.
Alice Nunes integra este grupo como representante da Rede de Conhecimento para o Restauro da Natureza, que reunirá membros de várias entidades com conhecimento científico e valências de investigação relacionadas com o restauro dos ecossistemas, como universidades, institutos politécnicos e centros de investigação, entre outros. Esta rede tem como objetivo contribuir para dotar o GT-RN de meios de decisão, partilhando conhecimento científico e emitindo pareceres ou recomendações de carácter científico no contexto do restauro de ecossistemas.
A União Europeia prevê que os Estados-Membros apliquem medidas de restauro com o objetivo de abranger, conjuntamente, pelo menos 20 % das áreas terrestres e de áreas marinhas até 2030, e todos os ecossistemas que necessitam de restauro até 2050. CIÊNCIAS tem realizado um vasto trabalho neste contexto, como são exemplo os projetos µRESTART, relacionado com o restauro de ecossistemas de sapal, e LandUnderPressure, dedicado ao combate à desertificação e restauro no montado.