Miguel Pinto (espeleólogo e secretário administrativo da SPE), Cristina Lopes (presidente da SPE), Luís Carriço (diretor de CIÊNCIAS), Cristina Máguas (subdiretora de CIÊNCIAS) e Ana Sofia Reboleira (professora de CIÊNCIAS e investigadora no CE3C).
A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa) e a Sociedade Portuguesa de Espeleologia (SPE) assinaram um protocolo de cooperação para a Espeleologia, o estudo das cavidades naturais. O acordo foi formalizado esta quarta-feira por Luís Carriço, diretor da Ciências ULisboa, e Cristina Lopes, presidente da SPE. O protocolo visa promover a investigação e a conservação dos ecossistemas subterrâneos, reconhecendo o valor científico e patrimonial das grutas nacionais, bem como estimular a formação académica na Espeleologia.
Ana Sofia Reboleira, especialista em Biologia Subterrânea, professora em CIÊNCIAS e líder do grupo de investigação em Ecologia Subterrânea no Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (CE3C) da Faculdade, sublinha que este protocolo “aproxima a academia da sociedade, através das instituições que se dedicam ao estudo, exploração e inventariação deste património – que alberga habitats fulcrais para o estudo da biodiversidade endémica de Portugal – enquadrando-se assim no âmbito da Cátedra da Faculdade em Ecossistemas Subterrâneos”.
Este acordo integra-se numa estratégia mais ampla da Ciências ULisboa para fortalecer a investigação e valorização do património natural subterrâneo, complementando os protocolos anteriormente firmados com os municípios de Alcanena e Loulé, integrando a área do Geoparque Algarvensis. Todos estes projetos convergem no compromisso com a conservação dos ecossistemas subterrâneos e na criação de pontes entre ciência, território e sustentabilidade.

Fonte DCI CIÊNCIAS
“As grutas são um cenário fundamental para o desenvolvimento da ciência e para a conservação da biodiversidade, há muito por conhecer escondido precisamente debaixo dos nossos pés”, destaca Ana Sofia Reboleira, lembrando que “as grutas são um património do domínio público, que é de todos e cabe-nos a responsabilidade de o conservar para as gerações vindouras. Aqui na Faculdade temos múltiplas valências em ciências e em diferentes áreas de estudo, para as quais o meio subterrâneo tem um papel decisivo na aquisição de dados para investigação científica e para a compreensão de fenómenos à escala global”.
O protocolo prevê ações conjuntas de formação, estágios e projetos de investigação, bem como a partilha de dados e infraestruturas que facilitem o desenvolvimento de trabalhos académicos neste campo.


























