Nova tecnologia do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço mais perto de entrar em órbita

Conceção artística do telescópio de raios X Athena.

Conceção artística do telescópio de raios X Athena, com o enxame de galáxias MACS J0717, a 5,4 mil milhões de anos-luz, em fundo. As regiões a azul na imagem de fundo representam observações do telescópio espacial Chandra, da NASA, nos raios X.

DB/X-IFU Consortium (Athena), e NASA, ESA, CXC, NRAO/AUI/NSF, STScI, and R. van Weeren (fundo).

A Agência Espacial Europeia aprovou o primeiro protótipo de um sistema de precisão para o maior telescópio nos raios X, desenvolvido por uma equipa liderada pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.

Alguns dos fenómenos mais energéticos no Universo produzem potentes emissões nos raios X. Para compreender a origem e impacto dessas torrentes de energia, está a ser construído o maior telescópio espacial de sempre nos raios X, e uma equipa portuguesa esteve a contribuir para a alta qualidade das suas futuras imagens.

No final de novembro, perante os especialistas da missão Advanced Telescope for High Energy Astrophysics (Telescópio Avançado para Astrofísica de Alta Energia), ou Athena, da Agência Espacial Europeia (ESA), os resultados do projeto de um sistema de metrologia ótica foram apresentados com sucesso pela equipa do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), liderada por Manuel Abreu, do IA e de CIÊNCIAS.

O grupo de Instrumentação e Sistemas do IA concebeu e implementou o Athena On-Board Metrology System (OBM), que irá monitorizar, com uma precisão inferior à centésima do milímetro, o alinhamento do espelho do telescópio com os sensores dos instrumentos, colocados a 12 metros do espelho. O trabalho passou por todas as fases, desde o desenho da solução aos testes de verificação do sistema.

“Como analogia para entender o desafio deste projeto, podemos pensar que a câmara deste sistema seria capaz de contar os cabelos do guarda-redes na baliza contrária, à distância de todo o comprimento de um campo de futebol de onze”, diz Manuel Abreu, o coordenador do projeto. “Isto é possível através do desenho rigoroso do sistema óptico e de técnicas específicas de processamento de imagem. E muito, muito trabalho de laboratório.”

Protótipo do Athena On-Board Metrology System desenvolvido pelo IA nos laboratórios de CIÊNCIAS.
Protótipo do Athena On-Board Metrology System desenvolvido pelo IA nos laboratórios de CIÊNCIAS. Fonte  IA

Para a implementação, a equipa contou com três empresas do sector industrial membros do consórcio, duas delas portuguesas. A FHP desenhou e modelou todas as partes mecânicas, incluindo a cabeça ótica. A Evoleo teve a seu cargo os subsistemas eletrónicos, o que incluiu um sistema para controlar o sensor de imagem, desenhado especialmente para suportar o ambiente no espaço. A Thales Alenia Space, em Itália, foi responsável pelas definições de sistema e de integração com o instrumento Athena e pela definição dos testes de verificação.

Os resultados justificaram já o interesse da ESA pela possível continuação do projeto do IA em 2025.

“Foi considerada a possibilidade de desenvolvermos também um protótipo mais avançado”, diz Manuel Abreu. “Neste momento temos um protótipo de demonstração que já verifica muitos dos requisitos necessários, mas ainda não foram incluídos alguns materiais que dependem de factores como a temperatura, o vácuo e as vibrações durante o lançamento, e que são determinantes para que o sistema seja capaz de suportar o ambiente no Espaço. Isto faz parte do processo normal de desenvolvimento de protótipos de complexidade incremental até ao instrumento final que vai integrar a missão.”

Conceção artística do interior do telescópio de raios X Athena. Em fundo, imagem nos raios X da atividade de um núcleo galáctico ativo nos primórdios do Universo.
Conceção artística do interior do telescópio de raios X Athena. Em fundo, imagem nos raios X da atividade de um núcleo galáctico ativo nos primórdios do Universo.
Fonte  DB/X-IFU Consortium (Athena), e NASA/CXC/U.Hawaii/E.Treister et al (fundo).

A atual data prevista para o lançamento do Athena é 2037, e será colocado numa órbita solar, na região do ponto de Lagrange L1, entre a Terra e o Sol. A equipa do IA participa nesta missão espacial desde julho de 2019. É constituída por 18 investigadores e técnicos, tanto na parte tecnológica, através deste sistema de metrologia, como na parte científica, tendo contribuído para os requisitos científicos de um dos instrumentos.

Grupo de Comunicação de Ciência do IA, com DCI CIÊNCIAS
dci@ciencias.ulisboa.pt

Durante o Green Day ocorrido esta segunda-feira no campus de Ciências foi apresentado o Ecokart Twin, o primeiro kart elétrico português de dois lugares.

“Pequenas ações fazem a diferença, não tenham medo de sair da zona de conforto”. João Paulo Silva, um dos membros do projeto Movetech Telemetry, “apaixonado pela natureza”, dedicado ao estudo da ecologia das aves dos meios agrícolas, nomeadamente em projetos de seguimento remoto de vida selvagem como o Lince ou a Águia Imperial, deixa este conselho aos jovens que se interessam por esta área da Biologia. Saiba mais sobre este cientista, antigo aluno de Ciências e coordenador da componente científica e de desenvolvimento de software do Movetech Telemetry.

João Paulo Silva, doutorado em Ecologia por Ciências, investigador do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos e do cE3c, é um dos membros da equipa do Movetech Telemetry, no âmbito do qual estão a ser desenvolvidos equipamentos ultraleves e de grande autonomia para monitorização eficaz da vida selvagem.

O mercado do processamento da língua natural (PLN), segmentado em codificação automatizada, análise de textos, reconhecimento de carateres óticos, resposta interativa em voz, reconhecimento de padrões e imagens, e analítica da voz, tenderá a aumentar muito nos próximos dez anos.

O “XV Encontro de Jovens Investigadores em Paleontologia (EJIP)” realiza-se de 19 a 22 de abril de 2017, na cidade de Pombal, um concelho cuja riqueza paleontológica é salientada pela comissão organizadora desta 15.ª edição. Carlos Marques da Silva e Mário Cachão, professores do Departamento de Geologia e investigadores do Instituto Dom Luiz, são oradores convidados do encontro, cujas inscrições decorrem até ao final de março.

“Este programa dá-nos acesso a artigos, livros e outros materiais propostos pelos nossos tutores que nos dão uma grande ajuda a compreender melhor o gigante mundo que é a Matemática”, diz Rodrigo Duarte, estudante de Ciências, galardoado com uma bolsa Novos Talentos em Matemática 2016/2017.

Anny Caroline Muniz, aluna do mestrado em Bioestatística de Ciências, participou no estudo “Perfil Tabágico dos Estudantes dos 2.º e 3.º ciclos das Escolas do ACES Arco Ribeirinho”, dos concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita e Montijo, desenvolvendo igualmente um modelo matemático para a previsão do adolescente/tipo com maior probabilidade de começar a fumar precocemente.

Qual o principal fator que provocou o crescimento das regiões exteriores das galáxias elípticas na época mais recente do Universo? Esta pergunta motivou a investigação liderada por Fernando Buitrago, investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e professor convidado do Departamento de Física de Ciências, dando origem ao mais detalhado estudo publicado online em janeiro na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Jardim

O inquérito desenvolvido pelo cE3c - no âmbito do projeto europeu “Green Surge - Green Infrastructure and Urban Biodiversity for Sustainable Urban Development and the Green Economy” -, pode ser respondido até 15 de abril de 2017.

O Lisbon Green Hackathon 2017 acontece nos dias 11 e 12 de março. As inscrições terminam a 1 de março. No âmbito do evento estão previstas outras atividades, nomeadamente um ciclo de workshops, sessões de networking, debates e apresentações de startups.

O Tec Labs abriu portas ao ecossistema de inovação e empreendedorismo de Lisboa. O dia foi marcado pela apresentação de novidades para 2017, pelo networking entre os convidados e pela partilha de eventuais projetos e parcerias futuras.

O “Dr. Celestino” era não só um petrólogo excecional e um geólogo de campo incansável, como, e acima de tudo, uma pessoa encantadora pela sua delicadeza de trato. Os colegas do Departamento de Geologia e os ex-colegas do IICT sentirão certamente a falta da sua presença assídua e das interessantes e interessadas conversas sobre a Geologia de Cabo Verde.

Em fevereiro o Tec Labs – Centro de Inovação de Ciências abre as portas aos parceiros do ecossistema empreendedor nacional.

Seguramente já terá ouvido falar em dados geográficos. Pelo nome, deduz-se que estejam relacionados com mapas e lugares. No entanto, estes dados vão muito para além das coordenadas geográficas, representando, entre outros, redes de transporte, águas subterrâneas, populações, temperatura e recursos energéticos.

O filme “O Primeiro Encontro” (“Arrival”) de Dennis Villeneuve (2016) aborda a hipótese de Sapir-Whorf, de 1939, que diz que “a linguagem pode influenciar os nossos pensamentos”. Hoje em dia, a validade desta ideia está assegurada, graças às neurociências, e é possível afirmar que aprender uma língua permite estabelecer imensas ligações no cérebro, alterando a sua estrutura, e influenciando o modo de olhar para o mundo, e ainda moldando a personalidade.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de fevereiro é com Ricardo Pereira, assistente técnico do Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia de Ciências.

O cE3c acaba de lançar o programa "Vamos Jogar aos Insetos em Ordem nas Escolas?", no âmbito do qual vai oferecer 200 exemplares do jogo "Insetos em Ordem" às primeiras 50 escolas públicas, que aderirem à iniciativa.

No total, desde há 57 anos, a Fundação Calouste Gulbenkian atribuiu 83 mil bolsas de estudo em diferentes áreas. Os estudantes de Ciências fazem parte destas contas.

O financiamento atribuído ao professor do Departamento de Informática e investigador do Laboratório de Sistemas Informáticos de Grande Escala (LaSIGE) de Ciências, relaciona-se com a sua participação no projeto Hyperledger da Linux Foundation, em que a IBM, a Intel e dezenas de outras empresas colaboram para construir tecnologias de blockchain para negócios.

Partilhar o fascínio da investigação em Astronomia com crianças dos 7 aos 12 anos é um dos objetivos da iniciativa IAstro Júnior, quatro sessões gratuitas, em Lisboa e no Porto, organizadas pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e pela revista Visão Júnior.

António Branco, professor do Departamento de Informática de Ciências, volta a coordenar uma nova investigação em tradução automática profunda, desta vez entre Chinês e Português, no domínio das transações de compra e venda online.

Quando falamos de um mecanismo o que queremos dizer de facto?

O Nutriageing é um projeto a pensar nos cidadãos que se interessam por temas como nutrição, partindo de argumentos científicos simples. O seu site é composto por vídeos, receitas, explicações e dicas nutricionais.

Um novo estudo genético demonstra que as populações de duas espécies de golfinhos (Tursiops aduncus e Sousa spp.) que habitam as águas da Baía de Bengala, no Bangladesh, são diferentes do ponto de vista genético quando comparados com populações de golfinhos das mesmas espécies que vivem em áreas vizinhas.

Teresa Graça Costa Antunes Pereira da Costa, professora aposentada do Departamento de Biologia Vegetal (DBV) e ex-membro do antigo Centro de Biologia Ambiental de Ciências, faleceu aos 69 anos, no dia 23 de janeiro de 2017. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

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