Entrevista a Andreia Maia

“Para que a boa ciência tenha impacto é necessário saber comunicá-la”

FameLab Portugal

“Porque vemos estrelas quando batemos com a cabeça?”, foi o tema apresentando por Andreia Maia.

Andreia Maia

“O Malcolm Love é uma pessoa incrível e ensinou-nos muitas coisas, desde como agir numa entrevista, como contar uma história de forma fascinante, como controlar o nervosismo e principalmente como cativar o público quando falamos”, conta Andreia Maia, aluna do mestrado em Biologia Molecular e Genética, finalista do concurso FameLab Portugal 2017.

O que a levou a participar?

Andreia Mata (AM) - Decidi participar no FameLab porque adoro ciência, mas por vezes é difícil conseguir comunicá-la de forma correta e isto seria um desafio. Foi-nos pedido um vídeo de apenas três minutos a explicar um conceito/curiosidade científica e eu apenas enviei o meu vídeo um dia antes de terminarem as candidaturas, porque realmente é muito difícil fazer algo interessante em três minutos.

De que trata o tema que apresentou?

AM  - Optei por uma curiosidade que me acontece algumas vezes, mas que não sabia o porquê: “Porque vemos estrelas quando batemos com a cabeça?”. Achei ser um tema que se identifica com a maioria das pessoas e realmente poucas pensam porque isto acontece. Explicação: o nosso cérebro está rodeado pelo líquido cefalorradiano (LC), este líquido protege o nosso cérebro dos nossos movimentos, impedindo este choque contra o nosso crânio. Quando batemos violentamente com a cabeça, o nosso cérebro move-se e o LC não consegue impedir este choque contra o crânio. Quando o lobo occipital (parte de trás do cérebro) choca com o crânio, vemos estrelas, pois é no lobo occipital que está situado o córtex visual. Esta zona sofre um estímulo semelhante ao que recebemos quando vemos alguma coisa. Então a pancada engana o cérebro de modo que ele pensa que está a ver umas luzes brilhantes, que é o que nós chamamos estrelas.

Como se preparou para este desafio?

AM  - Depois da difícil decisão da escolha do tema, foi necessário muita pesquisa para me certificar que o que estava a dizer era cientificamente correto. Queria levar comigo algo que me ajudasse a cativar o público e, devido ao tema que tinha, queria ter estrelas à volta da minha cabeça enquanto estava no palco. Foi isso mesmo que fiz: uma bandolete com um motor e uma fonte de alimentação a pilhas com umas aplicações para colar às estrelas. E muito treino!

A Comunicação de Ciência é uma área do seu interesse e em que pretende continuar a adquirir competências? Que importância lhe atribui?

AM  - A ciência e a comunicação estão sempre juntas. Para que a boa ciência tenha impacto é necessário saber comunicá-la bem. O principal objetivo de fazer ciência é descobrir, resolver problemas e depois partilhar esse conhecimento com o mundo. A comunicação tem um papel fundamental nesta partilha. Por vezes, os cientistas acham que ao complicar a sua ciência isso a torna de alguma forma mais interessante, mas é exatamente o oposto. As pessoas gostam de ciência, e é ao simplificar a complexidade da ciência que as conseguimos fascinar.

O que foi mais gratificante, nesta participação?

AM  -  Ser um dos finalistas, foi muito gratificante. O FameLab deu-me a oportunidade de conhecer pessoas fantásticas e tão fanáticas como eu pela ciência.

E o que foi mais difícil?

AM  - O mais difícil é conseguir apresentar em apenas 3 minutos, sem suporte informático, algo suficientemente interessante e cientificamente correto de forma a que qualquer pessoa consiga entender. Esse é o maior desafio. Isto para não falar do nível do nervosismo, como conseguir andar até ao palco com os músculos completamente contraídos, cheios de medo da quantidade de olhares que estão focados em nós e mesmo assim ser capaz de transmitir segurança.

Que balanço faz da masterclass?

AM  -  Foi uma experiência inesquecível! O Malcolm Love é uma pessoa incrível e ensinou-nos muitas coisas, desde como agir numa entrevista, como contar uma história de forma fascinante, como controlar o nervosismo e principalmente como cativar o público quando falamos.

Raquel Salgueira Póvoas, Área de Comunicação e Imagem
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
4 pessoas com colete refletor

O Gabinete de Segurança, Saúde e Sustentabilidade da Ciências ULisboa promoveu a realização do primeiro simulacro no edifício do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente. O primeiro exercício na Faculdade ocorreu em dezembro de 2013. Até agora já foram realizados 19 simulacros.

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Logotipo da rubrica radar Tec Labs

Décima nona rubrica Radar Tec Labs, dedicada às atividades do Centro de Inovação da Faculdade.

Seringas

Ensaio da autoria dos professores Manuel Carmo Gomes e Carlos Antunes.

uvas com a doença oídio

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Maria Helena Carvalho de Sousa Andrade e Silva, professora aposentada da Ciências ULisboa, faleceu aos 94 anos, no passado dia 31 de outubro. A Faculdade apresenta sentidas condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

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Entre 12 e 17 de outubro de 2021 realiza-se a primeira edição do FIC.A - Festival Internacional de Ciência, no Palácio e Jardins do Marquês de Pombal, em Oeiras. Ciências ULisboa está representada neste evento com dezenas de atividades.

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Este ano assinala-se o centenário da criação da licenciatura em Engenharia Geográfica/Geoespacial. Para comemorar a efeméride realiza-se a 22 de outubro de 2021, pelas 15h00, no grande auditório da Ciências ULisboa, uma Sessão Solene Comemorativa, organizada pela Faculdade em parceria com a Ordem dos Engenheiros.

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Um estudo multidisciplinar, da autoria de vários cientistas europeus e norte-americanos, reconstrói as condições em que os Açores foram habitados pela primeira vez e o impacto da presença humana nos ecossistemas.

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