“Os dias de formação são maravilhosos, com os melhores instrutores”

Joel Laia – Finalista do 3MT ULisboa 2025

Joel Laia

Joel Laia frequenta o programa de doutoramento em Biodiversidade, Genética e Evolução

DCI Ciências

Joel Laia é um dos finalistas de Ciências da competição “Três Minutos de Tese – Universidade de Lisboa” - 3MT ULisboa 2025, que se realiza a 22 de maio, pelas 18h00, no Pavilhão de Portugal. O jovem frequenta o programa de doutoramento em Biodiversidade, Genética e Evolução no Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (CE3C), sob a orientação dos professores Helena Trindade e Carlos Fernandes, na sua opinião, “os melhores orientadores deste planeta”.

Joel Laia é licenciado em Biologia Molecular e Genética pela Faculdade e durante o seu percurso académico e de voluntariado, integrou grupos de investigação maioritariamente dedicados à Imunologia e ao Desenvolvimento. A sua tese de doutoramento intitula-se "Genomic variation and adaptive phenotypic plasticity of terpene specialized metabolism in Thymus caespititius (Lamiaceae: Menthinae)".

"Estar na fase final do 3MT ULisboa é um orgulho e uma confirmação do meu valor e das minhas capacidades, tanto de comunicação como de trabalho."
Joel Laia

Como ficaste a conhecer a iniciativa 3MT ULisboa? 

Joel Laia (JL) - A minha mãe enviou-me a notícia publicada pelo Público, o que me levou logo a candidatar. Pouco tempo depois, recebi o email da faculdade sobre a iniciativa.

Já participaste noutras iniciativas de comunicação de ciência? 

JL - É a primeira vez que participo numa iniciativa de comunicação científica fora do meu círculo académico.

O que significa para ti chegar à final do 3MT ULisboa?

JL - O doutoramento pode ser, muitas vezes, um percurso marcado pela dúvida, insegurança, senso de instabilidade, baixa autoestima. Contudo, junto das pessoas corretas, percebi o meu valor. Estar na fase final do 3MT ULisboa é um orgulho e uma confirmação do meu valor e das minhas capacidades, tanto de comunicação como de trabalho.

O que destacas desta experiência até agora? Tens alguma curiosidade que gostasses de partilhar?

JL - Os dias de formação foram uma alegria! Pude fazer novas amizades entre os outros candidatos e aprender imenso com os instrutores. Diverti-me imenso na primeira fase. Entrei em modo de híper foco e escrevi o texto em duas horas e fiz o diapositivo numa tarde. Memorizei o texto a seguir a tê-lo escrito, com técnicas de teatro; apontei a lâmpada do terrário para mim, com a parede branca por trás, e gravei-me umas seis vezes até sair como eu queria. Sempre senti que ia ficar na final, e, agora que estou, é que sinto que é real.

Em que consiste a tua investigação, que problema estás a estudar no teu doutoramento?

JL – Existe um grupo de plantas muito usado nas casas, como os tomilhos e os orégãos. Estas plantas produzem compostos, chamados terpenóides, que conferem aroma, sabor e benefícios à saúde. Há moléculas, chamadas enzimas, que produzem estes compostos na planta, e são estas o foco do meu projeto de doutoramento. Usando ferramentas computacionais, estudo como a evolução capacitou estas enzimas para produzirem os vários tipos de terpenóides.

Que mensagem gostarias de deixar a outros estudantes de Ciências que estejam a ponderar participar no futuro no 3MT ULisboa?

JL - Recomendo esta experiência a todos os que puderem participar. Tenho encarado isto como uma brincadeira, uma diversão. Mas a verdade é que saio daqui mais rico. Vivo de tal modo dentro da minha bolha académica, que quando tenho de explicar os meus estudos para curiosos leigos, fico a entender a importância de adaptar o discurso, fazendo com que eu próprio fique mais confortável no raciocínio crítico do meu próprio projeto. Os dias de formação são maravilhosos, com os melhores instrutores, estando divididos pelos temas da comunicação corporal, visual e verbal. Ainda, conhece-se outros candidatos, de outras áreas, fora da nossa bolha!

João Silva, do Gabinete de Comunicação de Ciência e Ana Subtil Simões, do Gabinete de Imprensa da DCI Ciências
noticias@ciencias.ulisboa.pt

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Nos últimos anos, a UNESCO financiou o projeto internacional - "Complex Systems Digital Campus (UniTwin)" - recorrendo a uma plataforma de e-Meeting, e esse exercício mostrou o caminho certo (alternativo aos massive open online courses ou MOOC) para esta nova experiência pedagógica da informática na educação. Quer isto dizer que a tecnologia, quando bem explorada, pode ser mesmo benéfica.

Em junho deste ano Alice Nunes terminou o programa doutoral em Biologia e Ecologia das Alterações Globais. Esta quinta-feira, durante o 16.º Encontro Nacional de Ecologia, a decorrer até amanhã no Salão Nobre da Reitoria da ULisboa, apresenta esse trabalho – “Plant functional trait response to climate in Mediterranean drylands: contribution to restoration and combat of desertification”, classificado em segundo lugar nesta primeira edição do Prémio da SPECO.

O prémio Nobel da Química foi atribuído em 2017, em partes iguais, a três investigadores, Jacques Dubochet (Universidade de Lausana, Suiça), Joachim Frank (Universidade de Columbia, Nova Iorque, EUA) e Richard Henderson (Laboratório MRC de Biologia Molecular, Cambridge, UK) pelo desenvolvimento da microscopia crioelectrónica que permite a resolução da estrutura de biomoléculas em solução com alta resolução.

Em 2017 a “Medalha Dr. Janusz Pawliszyn” foi atribuída a José Manuel Florêncio Nogueira, professor do Departamento de Química e Bioquímica, coordenador do grupo de Ciência e Tecnologia de Separação do Centro de Química e Bioquímica de Ciências e representante português na European Society for Separation Science.

Em 2017 o Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia celebra dez anos. Para comemorar a efeméride, a unidade de I&D realiza no próximo dia 8 de novembro, a partir das 18h00, no anfiteatro da FCiências.ID, sito no edifício C1, piso 3, a primeira distinguished lecture com Jürgen Renn, prestigiado historiador das ciências e diretor do Max Planck Institute for the History of Science.

A representação do campus da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em 3D utilizando tecnologias inovadoras fornece dados de apoio à gestão e utilização de recursos.

“Nos meus projetos lido diariamente com a Biologia, a que aprendi na faculdade e ao longo da minha vida, e com o desenho que me acompanha como forma de olhar, entender e comunicar”, declara o ilustrador científico Pedro Salgado, antigo aluno de Ciências.

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Cerca de 39 alunos do BioSys participaram no segundo encontro de estudantes deste programa doutoral. O evento ocorreu em Beja este mês. Também em outubro terminam as candidaturas a 11 bolsas de doutoramento da próxima edição do BioSys.

Uma vez mais Ciências participou na Maratona Interuniversitária de Programação (MIUP), este ano organizada pela Universidade do Minho. A equipa de Ciências - Caracóis Hipocondríacos -, composta pelos alunos Nuno Burnay, Robin Vassantlal e Guilherme Espada, ficou em 3.º lugar, ao resolver quatro dos nove problemas da competição.

Imagina que tens um jarro vazio e um conjunto de pedras grandes, seixos, gravilha e areia. Agora, imagina que para encher o jarro, vais colocando primeiro a areia e a gravilha e só no fim, as pedras maiores... O que achas que acontece? Será que vai caber tudo e de que forma?... E se colocássemos as pedras grandes primeiro?

As alterações climáticas podem mudar a natureza do impacto do lagostim-vermelho-da-Louisiana (Procambarus clarkii) nos ecossistemas.

Recentemente, dois estudos sobre como pensamos, um do Instituto Max Planck (para a História da Ciência, Alemanha) e outro da Escola de Medicina de Harvard (EUA), de maio de 2017 (revista NeuroImage, de Elinor Amit e Evelina Fedorenko), clarificaram as diferenças que nós temos quando refletimos sobre alguma matéria, fazemos coisas, ou emulamos a realidade.

Ciências participa na KIC EIT Health que visa promover o empreendedorismo para o desenvolvimento de uma vida saudável e de um envelhecimento ativo. Os alunos podem inscrever-se na unidade curricular que lhes permite participar no projeto, sendo que uma parte é feita na Dinamarca.

A experiência ATLAS acontece há 25 anos e a data será celebrada com palestras, bem como com uma homenagem à responsável pela participação portuguesa na experiência, a cientista Amélia Maio.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de outubro é com Francisco Oliveira, assistente técnico do Núcleo de Manutenção do Gabinete de Obras, Manutenção e Espaços da Área de Serviços Técnicos de Ciências.

O Prémio Nobel da Física de 2017 foi atribuído a Rainer Weiss, Barry Barish e Kip Thorne. Francisco Lobo, investigador do Departamento de Física de Ciências e do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, comenta o tema.

Há cinco anos o biólogo marinho Pedro M. Lourenço encontrou microfibras em dejetos de aves. Foi nessa ocasião que surgiu a ideia de avaliar a abundância de microplásticos nos estuários, iniciando assim um estudo sobre a poluição por plásticos.

“Para além da importância no contexto científico, este trabalho também tem uma forte importância no contexto industrial, pois permite otimizar os gastos de energia domésticos e industriais”, explica o investigador do Centro de Química Estrutural de Ciências, Francisco Bioucas.

Mais de 100 cientistas reúnem-se em Lisboa, na Faculdade de Ciências, para abordar a temática dos nanofluidos.

A origem dos raios cósmicos de elevada energia foi desvendada. O LIP, do qual Ciências faz parte, colaborou na obtenção dos resultados.

O minhocário será usado para investigar o processo de vermicompostagem, numa experiência piloto em parceria com o Gabinete de Segurança, Saúde e Sustentabilidade da Área de Serviços Técnicos de Ciências e com o Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c).

Há um mineral peculiar que pode ajudar a desvendar o contributo do vulcanismo de Decão sobre a extinção em massa e a morte dos dinossauros: a akaganéite. Os resultados do estudo foram publicados na Nature Scientific Reports.

Ciências participa com mais de 30 de atividades de divulgação de ciência, espalhadas por Lisboa, Lousal e até na ilha Terceira.

O primeiro Dia Internacional do Microrganismo foi celebrado a 17 de setembro, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, numa iniciativa conjunta da Sociedade Portuguesa de Microbiologia, Ordem dos Biólogos, Ciência Viva e Comissão Nacional da UNESCO.

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