Crónicas em Ciências

XXII International Symposium on Homogeneous Catalysis (ISHC)

Participantes do simpósio no grande auditório da Faculdade

O primeiro Simpósio Internacional de Catálise Homogénea aconteceu nos EUA há 44 anos. A vigésima segunda edição ocorreu este ano na Ciências ULisboa e congregou mais de 250 delegados de 29 países. A próxima edição está marcada para 2024, em Itália

XXII ISHC
Três cientistas
Armando Pombeiro, chair; Kamran Mahmudov e M. Fátima Guedes da Silva, co-chairs do simpósio
Imagens cedidas pelos autores

O XXII ISHC decorreu entre 24 e 29 de julho passado de forma presencial na Ciências ULisboa, que facultou um local excelente para o efeito, após adiamentos desde 2020 devidos à pandemia COVID-19.

O XXII ISHC é o 22.o de uma prestigiosa série que se iniciou há 44 anos nos EUA e que desde então tem contribuído para o desenvolvimento da Catálise Homogénea nas suas diversas vertentes, designadamente transdisciplinares, centradas nas Ciências Químicas no âmbito dos objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas.

Na Catálise, a presença de uma espécie (catalisador) em reduzida quantidade acelera a obtenção seletiva dos produtos desejados em condições mais suaves. É através da Catálise que a Química contribui de modo mais relevante para a sustentabilidade, nomeadamente em termos de economia energética e de matérias primas. Estima-se que atualmente ca. 90 % dos produtos químicos industriais recorrem a catalisadores na sua manufatura.

O simpósio congregou mais de 250 delegados (seniores e jovens) de 29 países de todos os continentes, exceto a Antártida, apesar da adversidade das circunstâncias sociais e políticas atuais. Os países mais representados com dez ou mais delegados foram, por ordem, Portugal, Alemanha, Espanha, Reino Unido, França, Japão e Itália. Foram apresentadas 40 lições convidadas, 35 comunicações orais selecionadas e 130 comunicações em painel (48 associadas a breves apresentações orais, tipo flash). A participação de estudantes (doutorandos) foi bastante significativa, ca. 1/3 de todos os participantes, valor idêntico ao da representação feminina.

Foi cunhada uma medalha comemorativa em que no seu reverso estão gravados os nomes dos locais em que decorreram os ISHC e a representação simbólica da barreira energética (de significado em catálise) associada ao COVID-19 que foi necessário vencer nos dois últimos anos; a ponte Vasco da Gama serve de fundo. Na frente da medalha figura o logótipo deste simpósio, i.e., o círculo catalítico suportando duas sardinhas (peixe típico em Portugal) cruzadas.

Como reconhecido unanimemente pelos participantes, o simpósio revestiu-se do mais elevado sucesso científico e social, permitindo finalmente o convívio presencial de cientistas após um período superior a dois anos em que este formato não foi possível.  A próxima edição do ISHC decorrerá em Trieste, em Itália, em 2024.

Foi ainda acordada com a ChemistryEurope uma Special Virtual Collection celebratória do Simpósio, abrangendo todas as revistas daquela editora (os autores escolhem a mais adequada à publicação do seu trabalho) a qual conta já com ca. 55 artigos publicados. 

O programa social providenciou amplas oportunidades de interação e culturais: receção, jantar da conferência e excursão a Sintra ou à Arrábida, atuações da Tuna do Instituto Superior Técnico e do Coro Aesculapides da Faculdade de Medicina.

Flyer do simpósio
Flyer do simpósio

Armando Pombeiro, Kamran Mahmudov e M. Fátima Guedes da Silva, cientistas do Centro de Química Estrutural do Instituto Superior Técnico da ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

A origem dos raios cósmicos de elevada energia foi desvendada. O LIP, do qual Ciências faz parte, colaborou na obtenção dos resultados.

O minhocário será usado para investigar o processo de vermicompostagem, numa experiência piloto em parceria com o Gabinete de Segurança, Saúde e Sustentabilidade da Área de Serviços Técnicos de Ciências e com o Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c).

Há um mineral peculiar que pode ajudar a desvendar o contributo do vulcanismo de Decão sobre a extinção em massa e a morte dos dinossauros: a akaganéite. Os resultados do estudo foram publicados na Nature Scientific Reports.

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O primeiro Dia Internacional do Microrganismo foi celebrado a 17 de setembro, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, numa iniciativa conjunta da Sociedade Portuguesa de Microbiologia, Ordem dos Biólogos, Ciência Viva e Comissão Nacional da UNESCO.

Desde 1971 que a guerra está aberta, mas o combate tem sido difícil. Por um lado, não temos só uma doença, e o que já conhecemos não tem chegado para estarmos contentes.

Um novo estudo liderado por Ciências encontrou grandes quantidades de fibras artificiais no estuário do Tejo e em zonas costeiras da África Ocidental, segundo comunicado de imprensa emitido pela Faculdade esta segunda-feira.

Falta pouco para a Faculdade voltar a ser homenageada com a atribuição de mais duas insígnias de professores eméritos a dois dos seus docentes aposentados.

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Agora que terminaste o ensino secundário e estás prestes a iniciar esta nova etapa, vários vão ser os desafios pessoais e académicos que vais enfrentar.

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No dia 14 de setembro, pelas 17h30, a arqueóloga Lídia Fernandes vai falar sobre o chão, no MUHNAC-ULisboa, em mais uma sessão de 60 Minutos de Ciência.

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As Olimpíadas Internacionais de Ciências da Terra ocorreram nos dias 29 e 30 de agosto, em Nice, na Côte d'Azur, em França. Pelo terceiro ano consecutivo, os estudantes do ensino secundário português voltaram a conquistar medalhas.

Depois de ter passado pela Austrália, África do Sul, EUA e Reino Unido, entre outros países, a EMAPI chega a Portugal.

Valiant acredita que a ciência da aprendizagem permanece apenas explorada parcialmente, e que o uso das previsões (via a Aprendizagem) no mundo atual, tão sujeito às mudanças e às surpresas, é particularmente interessante. Por exemplo, os sistemas biológicos são altamente adaptativos, e compreender o que eles fazem, passo a passo, e porquê tem êxito, levaram-no a considerá-los como tópicos ideais para uma teoria da aprendizagem e da ciência da computação.

O “5th International Tsunami Field Symposium” realiza-se de 3 a 7 de setembro de 2017, em Lisboa e no Algarve e reúne a elite mundial no estudo de depósitos de tsunami, destaque para os dois oradores convidados - Alastair Dawson e Raphael Paris.

O projeto “Caixa Sismológica”, do Agrupamento D. Maria II, com sede na Escola Básica e Secundária Gama Barros, no Cacém, venceu o concurso internacional “Ciência na Escola”, 1.º escalão – Educação Pré-escolar, promovido pela Fundação Ilídio Pinho. Neste escalão do concurso, participaram 48 projetos, dos quais só 12 chegaram à fase final, em Coimbra.

Após perto de dez anos de planeamento e construção, o espectrógrafo ESPRESSO vai ser instalado no Very Large Telescope, do ESO, no Chile. O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço é um dos membros do consórcio, pelo que terá acesso a 273 noites de observação com o VLT.

Cerca de 360 pessoas estiveram presentes na sessão Ignite IAstro e que integrou o programa do XXVII Encontro Nacional de Astronomia e Astrofísica. Em outubro a digressão ruma até à Ribeira Grande, nos Açores.

Os autores do artigo apresentam a história evolutiva de duas espécies de lagartos endémicos da Austrália - Carlia triacanth e Carlia johnstonei - revelando como se adaptaram a alterações climáticas do passado.

Com o fortalecimento da Aprendizagem (Machine Learning), a escola clássica da Inteligência Artificial ou IA (Good Old Fashion AI, GOFAI), apoiada em sistemas simbólicos, ficou entrincheirada. O livro mais recente do professor Hector Levesque, “Common Sense, the Turing Test, and the Quest for Real AI”, da MIT Press (2017), vem ajudar a não esquecermos o que a IA nos tem ensinado, ano após ano, acerca da mente, e, em particular, que o pensamento é um processo computacional. Como pode, então, a computação iluminar o pensamento?

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