Cristina Manessiez
O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de agosto é com Cristina Manessiez, técnica superior da Biblioteca de Ciências.
Quando era criança já sabia que profissão gostaria de ter no futuro?
Cristina Manessiez (CM) - Tal como imensas miúdas na altura, queria ser hospedeira de bordo, provavelmente porque o meu pai trabalhava na TAP e eu adorava andar de avião.
Como surgiu a hipótese de trabalhar em Ciências?
CM - Vim trabalhar para Ciências através de um concurso público para técnico superior para a Área de Documentação e Arquivo – Biblioteca. Na altura já trabalhava nesta área, sendo responsável por uma das bibliotecas do Politécnico de Setúbal, mas aproveitei a oportunidade para vir trabalhar para Lisboa e para uma instituição com outra dimensão.
Foi o 1.º emprego?
CM - Antes de vir para Ciências o meu percurso profissional esteve ligado essencialmente ao ensino. Fui professora de História durante 14 anos. Mas depois de 14 contratos e 12 escolas diferentes, fiz uma pós-graduação em Ciências Documentais (Biblioteca) e aos 40 anos mudei de profissão.
Há quantos anos trabalha em Ciências?
CM -Trabalho em Ciências há quatro anos, desde 11 de junho de 2013.
O que começou por fazer quando aqui chegou?
CM - Comecei logo a trabalhar na Biblioteca do C4 e com o apoio das minhas colegas fui-me familiarizando com os procedimentos do serviço. As tarefas eram e são variadas, até porque se pretende alguma polivalência em termos de funções. Desde atendimento dos utilizadores, tratamento documental, formação de utilizadores e criação de novos serviços e produtos.
E agora como é o seu dia-a-dia?
CM - As minhas tarefas fundamentais mantêm-se, estando também encarregue de organizar o processo de aquisição de livros e material, bem como manter a página de Facebook da Biblioteca. Participo ainda em novos projetos em que a equipa da Biblioteca está envolvida, nomeadamente na organização de exposições e recolha da produção científica de antigos professores de Ciências.
O que é que mais gosta de fazer na unidade onde está inserida?
CM - Provavelmente por ter sido professora durante tanto tempo, gosto especialmente de ensinar os nossos utilizadores a desenvolver competências que lhes permitam explorar melhor os recursos disponíveis. É muito interessante contribuir para alterar o modo como a Biblioteca e os seus serviços são encarados. Para além disso, a Biblioteca tem um bom ambiente de trabalho, havendo bastante cooperação entre a equipa, o que facilita muito as tarefas.
Há alguma coisa que não aprecia na sua rotina profissional?
CM - É desgastante ter de lidar com alguns comportamentos recorrentes e menos apropriados na sala de leitura da Biblioteca.
Na sua opinião o melhor da Faculdade é…?
CM - O melhor da Faculdade é o seu ambiente jovem e descontraído.
E o melhor da Administração Pública, o que é?
CM - O melhor da Administração Pública é o serviço público e o esforço que as pessoas fazem para dar o melhor em condições que nem sempre são as ideais.
Se tivesse que escolher um adjetivo para se descrever, qual seria a palavra escolhida?
CM - Responsável.
Porquê?
CM - Gosto de trabalhar, e de forma organizada e objetiva.