Artigo na npj Ocean Sustainability

Como promover um ordenamento do espaço marinho sustentável e inteligente?

Estudo internacional liderado por Catarina Frazão Santos, professora da Ciências ULisboa

imagem de uma tartaruga no oceano

O artigo publicado na npj Ocean Sustainability foi desenvolvido por cientistas e peritos de organizações internacionais e instituições académicas de Portugal, África do Sul, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Estados Unidos, Itália, e Reino Unido

Pexels - Jess Loiterton

Elementos-chave e caminhos operacionais

Os princípios chave necessários para suportar a tomada de ação correspondem à priorização da saúde do oceano como estratégia fundamental para a tomada de decisões no OEM; à promoção de uma visão sistémica e integrada, reconhecendo a complexidade, as interações e as dinâmicas existentes na área de gestão; à importância de integrar conhecimento social e questões de equidade no desenvolvimento colaborativo de planos de OEM; e ao alinhamento de políticas e estratégias de OEM e de alterações climáticas por forma a garantir uma coordenação e integração efetivas entra as duas áreas.

Os caminhos operacionais propostos para desenvolver os planos de OEM inteligentes do ponto de vista climático vão desde a integração de conhecimento climático (social e natural), até ao desenvolvimento de planos proativos que “olham” para o futuro; a promoção de um planeamento adaptativo e flexível; o alcançar de um equilíbrio entre flexibilidade e certeza jurídica; a identificação de soluções de adaptação e mitigação climáticas baseadas no oceano; e a construção de narrativas em conjunto com decisores políticos, o setor privado, a sociedade civil, bem como outros agentes interessados, por forma a alterar perceções sobre a importância da sustentabilidade do oceano e das alterações climáticas.

Um novo estudo internacional liderado por Catarina Frazão Santos, professora da Ciências ULisboa, identifica dez elementos-chave que promovem o desenvolvimento e a implementação de processos de planeamento do uso do oceano sustentáveis, equitativos e inteligentes do ponto de vista climático em todo o mundo.

O artigo científico publicado esta terça-feira, dia 12 de março, na revista do grupo Nature - npj Ocean Sustainability - foi desenvolvido por cientistas e peritos de organizações internacionais e instituições académicas de Portugal, África do Sul, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Estados Unidos, Itália e Reino Unido.

Os investigadores apresentam um conjunto de recomendações para apoiar as entidades responsáveis no processo de passar à ação no que respeita ao desenvolvimento de planos de ordenamento do espaço marinho (OEM), que integrem verdadeiramente as alterações climáticas. Os autores do estudo reconhecem que haverá casos em que alguns elementos serão mais prevalentes do que outros, já que estão dependentes do contexto social, económico, político e ambiental em que os planos se desenvolvem.

“Apesar de existirem processos de OEM a serem desenvolvidos em mais de 75 países em todo o mundo, até à data não há nenhum plano que tenha conseguido integrar as alterações climáticas de forma compreensiva. Com esta publicação, pretendemos identificar soluções para responder a este desafio. Pretendemos também que estes componentes funcionem como uma ‘lista de verificação’ para avaliar o nível de ‘inteligência climática’ dos processos de OEM, tanto existentes como futuros", diz Catarina Frazão Santos.

Estas recomendações surgem num momento oportuno. A UNESCO e a Comissão Europeia lançaram um roteiro global sobre OEM que identifica as alterações climáticas como uma área prioritária para o período 2022-2027. Várias outras instituições, tais como o Banco Mundial ou o United Nations Global Compact, destacaram também a necessidade de desenvolver planos inteligentes do ponto de vista climático. As entidades responsáveis pelo desenvolvimento de processos de OEM requerem, no entanto, recomendações práticas.

“Apesar de existirem processos de OEM a serem desenvolvidos em mais de 75 países em todo o mundo, até à data não há nenhum plano que tenha conseguido integrar as alterações climáticas de forma compreensiva."
Catarina Frazão Santos

 “Pretendemos que esta publicação fomente o debate sobre um tópico que é tanto recente como altamente relevante para o futuro do nosso oceano. É também o momento certo para debater estas recomendações a nível global, uma vez que se espera que a iniciativa MSP global da UNESCO e da Comissão Europeia desenvolva um guia sobre processos de OEM inteligentes do ponto de vista climático no final de 2024”, conclui Catarina Frazão Santos.

"É o momento certo para debater estas recomendações a nível global, uma vez que se espera que a iniciativa MSP global da UNESCO e da Comissão Europeia desenvolva um guia sobre processos de OEM inteligentes do ponto de vista climático no final de 2024.”
Catarina Frazão Santos

figura do artigo com elementos-chave sobre ordenamento do espaço marinho
Dez elementos-chave de um ordenamento do espaço marinho  inteligente do ponto de vista climático
Fonte Julie Reimer

 

Gabinete de Jornalismo da DCI CIências ULisboa
noticias@ciencias.ulisboa.pt
grupo de alunos do programa

"Na Ciências ULisboa temo-nos esforçado ao longo dos anos para desenvolver um programa que trará uma semana inesquecível a estes jovens", escreve Ana Sofia Santos, monitora central do Verão na ULisboa, no artigo de opinião sobre o programa.

rapariga a rir

"A ideia de que o sentido de humor pode facilitar o ajustamento, a gestão e a regulação emocional parece ter bastante fundamento. Mas, como, onde e como entram os limites do humor nesta questão?", escreve Samuel Silva, psicólogo no GAPsi Ciências ULisboa.

Instalações do Quake

Os cientistas Susana Custódio e Luís Matias escrevem sobre o Centro do Terramoto de Lisboa, que nasceu de uma vontade de contar a fascinante história do sismo de 1755. A Faculdade e o IDL Ciências ULisboa são parceiros do Quake. 

mar

Novo artigo científico publicado na Frontiers in Marine Science alerta para a necessidade de uma visão global para o oceano no acordo internacional atualmente em elaboração no quadro das Nações Unidas. Artigo conta com a participação de dois professores e investigadores da Ciências ULisboa.

imagem ilustrativa do prémio

O Prémio DHFC 2021 foi atribuído a Daniele Molinini, investigador do CFCUL, membro do grupo de investigação Filosofia das Ciências Formais, Metodologia e Epistemologia.

Hugo Duminil-Copin

"Hugo Duminil-Copin é um físico-matemático que trabalha em teoria das probabilidades. Um daqueles que, durante os vinte últimos anos, regressou à fonte histórica de inspiração das matemáticas, a física teórica", escreve Jean-Claude Zambrini, professor do DM Ciências ULisboa, no ensaio dedicado ao matemático galardoado com a medalha Fields.

posters afixados

“Jovens investigadores” é o projeto da EBS Alfredo da Silva, no Barreiro, que permite aos alunos estabelecerem uma relação de proximidade com professores e investigadores do ensino superior, nomeadamente da Ciências ULisboa.

Pessoa a trabalhar na FCULresta

Já existem mais três miniflorestas plantadas na AML e muitas outras estão a germinar. “A FCULresta cumpre assim um outro objetivo, o de inspirar e apoiar a plantação de mais florestas urbanas biodiversas”, escrevem David Avelar, António Alexandre e Diogo Mendes.

June Huh

"O que motiva June Huh é a busca da beleza na Matemática, e a descoberta de ligações entre diferentes áreas desta disciplina", escreve Carlos A. A. Florentino, professor do DM Ciências ULisboa, no ensaio dedicado ao matemático galardoado com a medalha Fields.

Alina Shchepetkina com outra investigadora

A expedição South Atlantic Transect II (IODP 393) zarpou a 11 de junho de 2022 da Cidade do Cabo, na África do Sul, e tem uma duração de 61 dias. A equipa a bordo tem cientistas de várias partes do globo na expectativa de obter respostas para algumas questões apaixonantes e relacionadas com alterações nos ambientes da Terra durante os últimos 61 milhões de anos. Uma dessas cientistas é Alina Shchepetkina, investigadora do Instituto Dom Luiz da Ciências ULisboa.

Membros da direção da Faculdade, Conselho de Escola e Reitor da ULisboa

Luís Carriço, professor do Departamento de Informática e investigador do LASIGE, tomou posse como diretor da Ciências ULisboa, esta quarta-feira, dia 20 de julho, numa cerimónia que juntou vários membros da Faculdade e Universidade, na sala de atos, sita no edifício C6. A boa disposição imperou no ato solene, durante o qual os professores Margarida Santos-Reis, Hugo Miranda, Jorge Relvas, Maria João Gouveia e Pedro Almeida foram indigitados subdiretores da Faculdade.

ímanes moleculares

Nuno A. G. Bandeira, investigador do DQB e do BioISI Ciências ULisboa, escreve sobre um estudo, que constitui um marco na evolução do conhecimento e na busca de melhores materiais para aplicação na spintrónica e computação à escala quântica.

Foto do instrumento NIRPS

O espectrógrafo NIRPS, a sigla inglesa para Near-Infrared high resolution spectrograph, ou espectrógrafo no infravermelho próximo de alta resolução, cujo desenvolvimento e construção contou com a participação do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), observa na banda do infravermelho, no Telescópio ESO de 3,6 metros do Observatório de La Silla, no Chile, complementando assim espectrógrafos como o HARPS e o ESPRESSO. 

fundo marinho

Novo artigo publicado na Nature Ecology and Evolution, por uma equipa de 30 investigadores de todo o mundo, da qual fazem parte dois investigadores portugueses com ligação à Ciências ULisboa, resulta da consulta prévia de cerca de 680 especialistas e outros profissionais ligados ao meio marinho.

Anfiteatro no C8 e paryicipantes do evento

"A Conferência Internacional Hi-Phi teve um sucesso muito para além do expectável e mostrou a vitalidade do diálogo entre a História e a Filosofia das Ciências", escrevem Ana Duarte Rodrigues e João L. Cordovil, coordenadores científicos respetivamente do CIUHCT e do CFCUL, na crónica sobre o importante acontecimento.

3 alunos no labotarório

Dois anos depois de um interregno, “Ser Cientista” está de volta de 25 a 29 de julho e propõe a jovens alunos que experimentem a “vida” de um investigador.

saída de campo da Geologia

A Faculdade tem um novo ciclo de estudos acreditado pela  Agência e Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), para substituição dos mestrados na área da Geologia com 90 ECTS. O novo mestrado em Geologia tem a duração de dois anos, com 120 ECTS.

Pedreira

O mestrado em Geologia tem como objetivo formar profissionais com uma formação sólida em áreas chave das Ciências da Terra e que possam responder aos desafios da sociedade do século XXI. Artigo de opinião do Departamento de Geologia a propósito deste novo plano de estudos.

Mesa com vários oradores no grande auditório da Faculdade

A sessão de abertura do 30th International Carbohydrate Symposium foi antecipada e presencial, tendo sido gravada em Ciências ULisboa, para ser apresentada internacionalmente a 10 de julho, primeiro dia do simpósio. A cientista Amélia Pilar Rauter, nesta crónica, descreve o que aconteceu nessa sessão, o antes e depois… O simpósio termina a 15 de julho e segundo a presidente da International Carbohydrate Organisation  serão apresentadas as invenções e descobertas mais recentes, muitas delas relevantes para a sociedade.

dois alunos no laboratório

Doze alunos do Clube Ciência Viva da Escola Secundária Padre António Vieira visitaram um dos laboratórios da Faculdade. A visita foi organizada pelo professor Octávio Paulo, orientada por dois alunos da Faculdade.

Imagem do palco do evento com oradores em destaque

“A iniciativa alcançou o sucesso científico desejado, prontamente reconhecido pela maioria dos seus participantes, (...) o que confirma o interesse crescente que os temas dos riscos urbanos têm vindo a suscitar, no seio da comunidade técnica e científica internacional”, escreve Paula Teves-Costa, presidente da Comissão Organizadora da ICUR2022.

evento da ECFS com pormenor para sigla da sociedade

Carlos M. Farinha, professor do Departamento de Química e Bioquímica da Ciências ULisboa e investigador do Grupo de Investigação em Fibrose Quística, incluído no Grupo de Genómica Funcional e Proteostase do BioISI, foi eleito membro do Conselho de Direção da Sociedade Europeia de Fibrose Quística (ECFS sigla em inglês).

Dua jovens observam espécies no campus da Faculdade

"O BioBlitz é uma metodologia para realizar uma avaliação rápida da biodiversidade de um local num determinado período de tempo", escrevem Patrícia Tiago e Sergio Chozas, coordenadores do +Biodiversidade @CIÊNCIAS. Há cerca de um mês dinamizaram um BioBlitz no campus da Faculdade. Leia a crónica dos cientistas sobre o assunto.

Imagem de satélite da erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai

Estudo publicado na Nature e liderado por investigadores do Instituto Dom Luiz da Ciências ULisboa e do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) explica o mecanismo por detrás da geração e propagação do tsunami incomum, ocorrido após a explosão colossal do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai, em Tonga.

Imagens relacionadas com o mestrado em Bioquímica e Biomedicina

"Há importantes mudanças no plano de estudos. Simplificámos o percurso formativo, abolindo áreas de especialidade, mas dando grande liberdade aos alunos para a escolha das optativas que mais lhes interessam e ampla escolha", escrevem Cláudio M. Gomes, Margarida Gama Carvalho e Carlos Cordeiro, membros da Comissão de Coordenação do Mestrado em Bioquímica e Biomedicina.

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