International Earth Sciences Olympiads - IESO 2015

Portugal alcança medalhas de ouro e bronze

Portugal participou este ano pela primeira vez nas Olimpíadas Internacionais de Ciências da Terra e os alunos portugueses concorrentes obtiveram duas medalhas  - ouro e bronze -, entre outros diplomas.

O evento decorreu em setembro em Minas Gerais, no Brasil, e contou com a participação de 85 estudantes do ensino secundário, oriundos de 28 países.

Portugal foi representado por três alunos do ensino secundário – Carolina Esteves, da Escola Secundária de Bocage; José Pedro Carvalho, do Agrupamento de Escolas de Lousada; e Vasco Esteves, da Escola Secundária Damião de Goes -, e pelos mentores Jorge Relvas, professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e coordenador nacional da iniciativa, e Álvaro Pinto, diretor executivo do Centro Ciência Viva do Lousal – Mina de Ciência, e técnico superior desta faculdade.

Na entrevista que se segue, o coordenador nacional da iniciativa conta a experiência além-fronteiras e a importância da distinção para a área científica em que se insere.


Durante o evento, os estudantes do Ensino Secundário Português partiharam conhecimentos com alunos de diferentes nacionalidades
Fonte JR

Como surgiu a oportunidade da Faculdade orientar estes alunos?

Jorge Relvas (JR) - O envolvimento de Ciências neste contexto surge do convite que a Sociedade Geológica de Portugal (SGP) me dirigiu há quase dois anos para presidir a Comissão Nacional das Olimpíadas Portuguesas de Geologia (CNOG), uma iniciativa que a SGP resolveu abraçar, depois de há vários anos se sentir a necessidade de criar esse veículo de promoção educativa, ao nível do ensino secundário, também na área da Geologia (somando-se assim à Matemática, Física, Química, Biologia, Filosofia e várias outras áreas do conhecimento que têm já as suas olimpíadas firmadas no terreno há muito tempo). Aceitei o desafio e foi criada a CNOG, que conta com mais três elementos – Álvaro Pinto, José Carlos Kullberg, colega da Universidade Nova e vice-presidente da SGP, e Jorge Ferreira, colega do ensino secundário. Para além destes, outros elementos integram a CNOG, sem funções executivas.
Para a seleção dos três alunos representantes de Portugal nas IESO houve um longo caminho a percorrer: primeiro uma prova implementada em mais de 150 escolas secundárias do país, envolvendo mais de 2500 alunos; depois uma fase regional, com provas em quatro regiões, envolvendo cerca de 400 alunos e, finalmente, uma final nacional, envolvendo 25 alunos, na qual se apuraram os três finalistas que foram representar o país ao Brasil.

Em que consistiu o trabalho de equipa entre os professores de Ciências e estes alunos?

JR - Todo o processo anteriormente descrito foi dinamizado pela CNOG, o que significa que Ciências teve um papel preponderante em todas as fases da iniciativa e na sua conceção. Para além disso, após o apuramento dos finalistas, houve necessidade de lhes garantir "treino", isto é, formação complementar em áreas do conhecimento para as quais a sua preparação de base era mais deficitária ou inexistente, visto que as olimpíadas internacionais incluem muitas matérias que não estão cobertas pelos programas do nosso ensino secundário, designadamente Geofísica, Ciências Planetárias/Astronomia, Oceanografia, Ciências da Atmosfera. Assim, houve primeiro um estágio de uma semana no Centro Ciência Viva (CCV) de Estremoz, onde estes alunos tiveram contacto com Geologia de campo e beneficiaram de formação complementar prestada por colegas da Universidade de Évora e, finalmente, dois dias de formação final e esclarecimento de dúvidas, em Ciências e no Centro Ciência Viva do Lousal – Mina de Ciência, por colegas do Departamento de Geologia (Paulo Fonseca, Carlos Marques da Silva, Conceição Freitas, César Andrade, Álvaro Pinto e eu próprio, claro). Digamos que este trabalho de preparação, somado à excelência dos alunos finalistas, garantida pelo exigente processo de seleção nacional, foram as chaves do sucesso que estes viriam a alcançar nas provas internacionais, no Brasil.

Que desafios foram propostos aos alunos, no concurso?

JR - A competição a nível internacional é muitíssimo exigente, visto que os 85 alunos, de 28 países concorrentes, são todos excecionais e não só em Ciências da Terra. Vê-los e viver uma semana com eles é uma fantástica experiência, recheada de surpresas e momentos mágicos, como aquele em que um grupo de três alunos de diferentes nacionalidades começa do nada, no átrio do hotel onde havia um piano de cauda, a apresentar os outros com um concerto para piano, violino e flauta transversal, ou quando uma aluna executa na perfeição uma peça de Rachmaninoff, ou outro aluno nos mostra por que é um dos recordistas mundiais de cubo de Rubik.

As olimpíadas incluíram uma prova teórica de escolha múltipla com cerca de 70 questões, muitas com cotações negativas nas respostas erradas, e cinco provas práticas (e.g., Geologia, Geodinâmica, Hidrologia, Astronomia). A classificação final correspondeu a uma média ponderada dessas provas. O estudante Vasco Esteves, da Escola Secundária Damião de Goes, em Alenquer, obteve uma medalha de ouro, e o estudante José Pedro Carvalho, do Agrupamento de Escolas de Lousada, obteve uma medalha de bronze.

Para além das olimpíadas, que são uma competição individual, todos os alunos participaram também em duas outras competições paralelas de carácter coletivo, integrando cada um equipas constituídas por oito elementos, todos de países diferentes. Esses desafios chamaram-se ITFI - International Team Field Investigation e ESP - Earth Science Project. A estudante portuguesa Carolina Esteves, da Escola Secundária Barbosa de Bocage, em Setúbal, integrou duas equipas [nessas provas] que obtiveram, cada uma, um diploma de bronze.

Que importância consideram que este acontecimento tem para a área científica, bem como para os estudantes de Ciências do ensino secundário?

JR - Este acontecimento foi evidentemente muito importante para os estudantes finalistas, pela experiência que puderam vivenciar e pelo reconhecimento do seu mérito a nível internacional. Contudo, na minha opinião, por mais relevante que seja o resultado para estes três brilhantes jovens, a motivação primeira para a realização destas Olimpíadas no nosso país é o envolvimento de milhares de estudantes e dos seus professores numa atividade e numa dinâmica que promove e valoriza no nosso país o ensino/aprendizagem das Ciências da Terra, e da Geologia em particular. As provas escolares, regionais e finais utilizadas nas OPG 2015 foram depois adotadas por muitas centenas de professores como instrumento de motivação e ensino em sala de aula, de norte a sul do país. Isso para nós não tem preço. Agitar, promover, valorizar, beneficiar o ensino da Geologia em Portugal, captar vocações, atrair mais e melhores estudantes para esta área do conhecimento são os objetivos últimos deste nosso envolvimento. As medalhas são um prémio e um instrumento, não um fim em si.

Uma mensagem motivadora para os alunos do ensino secundário…

JR - O que podemos dizer a todos os alunos do ensino secundário interessados em participar na próxima edição das Olimpíadas Portuguesas de Geologia é que, independentemente do resultado, a sua participação será seguramente uma aventura com muito retorno, quer em termos escolares, quer como experiência pessoal. A competição a nível escolar é, já de si, altamente motivadora e uma forma muito efetiva de se estudar e progredir na disciplina para resultados escolares de bom nível. Depois, os que passam à fase regional, para além da motivação suplementar, têm também oportunidade de viajar em grupo, conhecer novos espaços e novos colegas participantes, fazendo amizades e aprofundando experiências. Os 25 alunos que disputam a fase final, esses então, nunca mais esquecem a experiência de ficar uma semana em convívio no CCV Estremoz, com desafios e aventuras diárias e amizades para a vida. Finalmente, os alunos apurados para as IESO, têm uma oportunidade única de viajar, conhecer novos países e contactar na primeira pessoa com uma experiência de multiculturalidade verdadeiramente mágica. No próximo ano, as IESO 2016 serão no Japão.

Para além das medalhas, houve algum prémio atribuído aos alunos e/ou professores?

JR - Para além das medalhas nas IESO, existiram diplomas que premiaram as equipas vencedoras das competições coletivas ITFI e ESP. O estudante português José Pedro Carvalho foi também um dos alunos premiados com o diploma do aluno mais carismático no contexto do trabalho colaborativo com os restantes participantes. Mas o melhor prémio que estudantes e professores/mentores trouxeram do Brasil foi a experiência única que pudemos viver, as memórias que construímos, a alegria que partilhámos e os amigos que fizemos.

Raquel Salgueira Póvoas, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

A Unidade de Informática informa que desde hoje, dia 13 de Novembro de 2012 às 9h00, o Portal da FCUL está em IPv6.

Estão a ser enviadas, desde o passado fim de semana (3/11), mensagens de correio eletrónico para alguns utilizadores de contas fc.ul.pt com solicitação de preenchimento de formulários web ou respostas via mail com dados pessoais dos utilizadores.

Devido ao numero excessivo de mensagens falsas que nos últimos tempos têm chegado às caixas de correio dos utilizadores da FCUL, algumas delas dando a entender que são enviadas de endereços internos, fomos obrigados a tomar medidas mais restritivas em relaç

Boletim da Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) integra Portal RCAAP

Alunos brasileiros

A Faculdade de Ciências recebeu cerca de 70 alunos de mobilidade, vindos do Brasil.

Aula aberta - Mestrado em Biologia Molecular e Genética

7 de Novembro, 11:00, sala 2.4.16

 

INFORMAÇÃO

Recent years have witnessed the emergence of new sequencing technologies that are revolutionizing the approach to public health problems.

Na FCUL existe uma unidade curricular designada Projeto Empresarial. Esta “cadeira”, comum ao ISCTE-IUL, prepara os alunos para a realidade empresarial e tecnológica. No total, cerca de 300 alunos já a frequentaram.

Carlos Rafael Mendes

A tese do antigo aluno da FCUL, Carlos Rafael Borges Mendes e recentemente premiada, contou com a orientação conjunta das professoras Vanda Brotas e Virginia M. Tavano.

Web of Science Book Citation Index - Trial para todos os membros b-on

Estão abertas as inscrições para a disciplina que promove o empreendedorismo - Projeto Empresarial. Todos os alunos de mestrado ou nos dois últimos anos de mestrado integrado podem candidatar-se até dia 16 de novembro.

A FCUL, bem como toda a Universidade de Lisboa está sem acesso à Internet desde cerca das 11:45 da manhã.

Professora Olga Pombo, autora do livro "O Círculo dos Saberes"

“Estou convencida que a imagem do círculo constitui um arquétipo, uma determinação conceptual prévia a toda a investigação”, defende Olga Pombo, docente na FCUL e autora do livro “O Círculo dos Saberes”.

Imagem ilustrativa do livro "O Círculo dos Saberes"

“A apresentação do livro seguirá um formato sério e discreto. O professor Shahid Rahman fará uma apresentação e apreciação do livro e eu agradecerei todas as suas palavras, sejam elas elogiosas, sejam críticas", afirma a autora Olga Pombo.

Trial para todos os Membros da b-on.

Pessoas a correr junto ao Marquês de Pombal

A primeira Corrida da Ciência aconteceu o ano passado por ocasião das celebrações dos 100 anos da FCUL. A edição deste ano integra-se na 2.ª Edição do AmbientALL – Universidade em Movimento.

O concurso de programação destina-se a alunos universitários e este ano junta 16 equipas, oriundas de oito instituições universitárias portuguesas. A equipa da FCUL chama-se BigO(1).

Imagem da professora Maria José Boavida

“Colega amiga”, “orientadora empenhada e humanista” e “investigadora solidária”, assim se recorda Maria José Boavida (1948 – 2012).

Desenho do campus da FCUL

As tabelas e notas científicas, assim como as regras elementares de segurança em laboratórios são algumas das mais-valias deste “livro”.

A fim de cumprir com o estabelecido no Regulamento Eleitoral, o Caderno Eleitoral para a eleição do Presidente do Departamento de Estatística e Investigação Operacional está disponível para consulta.

 O projecto CAMPUS UL realizado pelos alunos de mestrado em Engenharia Geográfica no âmbito das disciplinas de Fotogrametria Analítica e de Produção Cartográfica ganhou o segundo prémio no concurso internacional de projectos com fins educativos

lâmpada

"Criar, transferir e valorizar economicamente o conhecimento científico" é a causa primária do renovado centro de inovação, situado no campus da FCUL.

Hoje, quarta-feira, dia 10 de Outubro de 2012, registou-se uma quebra no acesso à Internet pelas 17h00 por cerca de 5 minutos.

A causa foi externa à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e ainda não fomos informados das suas causas.

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