Professores e Investigadores de CIÊNCIAS abordam tema das inundações torrenciais em Espanha

Professores e Investigadores de CIÊNCIAS
DCI

Na passada quarta-feira, a região de Valência, em Espanha, foi assolada por cheias devastadoras: em 8 horas choveu o equivalente a um ano, num fenómeno provocado por uma gota fria, ou DANA - depresión aislada en niveles altos, na sigla em espanhol.

Para ajudar a entender o que deu origem a estas inundações, vários docentes e investigadores de CIÊNCIAS marcaram presença em meios de comunicação social.

Miguel Miranda, investigador de CIÊNCIAS no Instituto Dom Luiz (IDL) e ex-presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), explica que numa gota fria “temos ar quente e húmido que sobe rapidamente na atmosfera, fica aprisionado numa depressão em altitude onde as temperaturas exteriores são negativas” e “como é um sistema que pode estar parado no espaço durante muito tempo, tem uma capacidade enorme de precipitação”.

Pedro Matos Soares, professor de CIÊNCIAS e investigador no IDL, falou ao Telejornal da RTP, onde explicou que este é um “fenómeno típico das latitudes médias e subtropicais”, podendo ocorrer em toda a Península Ibérica, mas que foi agravado por uma “confluência de fatores”, como o encontro da depressão de ar frio com o ar quente e húmido do Mediterrâneo.

Não sendo um fenómeno atmosférico raro, a sua intensidade pode ser influenciada por características específicas das regiões afetadas e ainda agravada pelos efeitos das alterações climáticas.

Pedro Miranda, professor de meteorologia em CIÊNCIAS e investigador no IDL, realça, em entrevista à Antena Aberta da RTP, que Portugal já observou sistemas destes, mas “o impacto que teve em Valência resulta de ingredientes mais locais”, como a temperatura do mar Mediterrâneo e a topografia da região afetada.

Segundo Filipe Duarte Santos, geofísico de CIÊNCIAS e ex vice-presidente do IPMA, em entrevista ao Jornal de Notícias, estes “são temporais que sempre se deram nessa região de Espanha, mas que agora estão-se a tornar mais violentos e mais frequentes, ou seja, a quantidade de água que cai é muito maior em pouco tempo”. Em entrevista à SIC Notícias, o investigador explica ainda que “o clima é em grande parte o resultado da interação entre o oceano e a atmosfera” e que “o que alimenta este tipo de tempestades é a temperatura do oceano”.

Em entrevista ao Público, Ricardo Trigo, professor de CIÊNCIAS e investigador no IDL, explica que “o ar mais quente tem maior capacidade de reter vapor de água, cerca de 6% a 7% em média por cada grau a mais”, fazendo com que o fenómeno de quarta-feira fosse muito intenso, mas “as alterações climáticas ainda o tornaram mais intenso”.

Em entrevista ao programa 3 às 15, da RTP3, Carlos da Camara, professor de CIÊNCIAS e também investigador no IDL, sublinha que “nos últimos dois anos temos visto o Atlântico e o Mediterrâneo com temperaturas muito elevadas, o que quer dizer que as alterações climáticas estão a proporcionar um cenário que favorece este tipo de fenómenos”.

 

Tânia Marques - Gabinete de Comunicação de Ciência - DCI CIÊNCIAS
trmarques@ciencias.ulisboa.pt

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Onde estou? Para onde vou? As células do lugar ajudam-nos a cartografar (guiar) as nossas viagens no mundo, e constituem uma espécie de andaime espaço/temporal/cerebral que suporta a memória autobiográfica. Como o cérebro computa? Não é com Java, mas com um outro tipo de linguagem ainda a descobrir. O caminho para a compreensão dos códigos neuronais da cognição está aberto, e o desafio está lançado simultaneamente à Biologia, à Ciência da Computação e à Filosofia.

capa do livro

A banda desenhada "Reportagem Especial - Adaptação às Alterações Climáticas em Portugal" é lançada em Ciências esta segunda-feira, 7 de novembro de 2016, pelas 17h00, no auditório da Fundação da Faculdade, sito edifício C1, piso 3.

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Pela primeira vez uma cientista portuguesa é a presidente eleita da European Society for the History of Science.

Na Science de 7 de outubro, no vol. 354, issue 6308, Pamela J. Hines explica como o cérebro se constrói, a mobilidade dos neurónios, das zonas onde proliferam para as localizações finais, e revela que qualquer problema que ocorra durante a migração pode afetar o desenvolvimento de uma criança, nos aspetos físicos e comportamentais.

A resistência aos antimicrobianos é um fenómeno inevitável, pelo que a vigilância, prevenção e controlo são fulcrais, mesmo que futuramente se desenvolvam novos antibióticos, pois será apenas uma questão de tempo até que a resistência a estes seja desenvolvida.

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O projeto RESISTIR coordenado por Ciências e pela Maxdata Software e cofinanciado pelo Portugal 2020 visa criar até abril de 2019 um sistema de informação - inovador, modular, inteligente e adaptável - para apoiar a tomada de decisão clínica no domínio da vigilância epidemiológica, resistência aos antimicrobianos, controlo de infeção e gestão hospitalar.

O “coração da cidade” foi invadido por uma “onda de ciência e tecnologia” em mais uma edição da Noite Europeia dos Investigadores. O tema deste ano foi a “Ciência no dia-a-dia”.

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"É curioso, constatar que todas as teorias da ciência não são sobre a forma, mas sim sobre a função. Isto é, são sobre como as coisas se desenvolvem e mudam. São acerca de processos."

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