Variantes anteriores de SARS-CoV-2 conferem proteção contra infeção por Omícron BA.5

ilustração SARS-CoV-2

Pormenor de ilustração SARS-CoV-2

Helena Pinheiro, iMM

Este trabalho foi realizado no iMM e no Centro de Estatística e Aplicações da ULisboa, da Ciências ULisboa, em colaboração com a DGS. Este trabalho foi financiado pelo programa Horizon 2020 Research and Innovation da União Europeia, pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT, Portugal) e pelo National Institute of Health.

As pessoas vacinadas que foram infetadas pelas primeiras subvariantes Omicron têm uma proteção quatro vezes superior do que à das pessoas vacinadas que não foram infetadas. Estes resultados constam de um estudo publicado na prestigiada revista científica New England Journal of Medicine.

O estudo agora publicado foi liderado por Luís Graça, investigador principal do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM) e professor catedrático da Faculdade de Medicina da ULisboa, e por Manuel Carmo Gomes, professor associado com agregação da Ciências ULisboa. Ambos os investigadores integram a Comissão Técnica de Vacinação contra a COVID-19 (CTVC) da Direção Geral de Saúde (DGS).

Este é um dos primeiros estudos a nível mundial que analisa, em pessoas vacinadas, a probabilidade de se infetarem com a subvariante atualmente em circulação, estimando o grau de proteção conferido por infeções com variantes anteriores e utilizando dados do mundo real.

“As pessoas vacinadas que foram infetadas pelas subvariantes Omicron BA.1 e BA.2 têm uma proteção contra a infeção com a subvariante BA.5, em circulação desde Junho, cerca de quatro vezes superior a pessoas vacinadas que não foram infetadas em nenhuma ocasião”, começa por explicar Luís Graça, colíder do estudo. “As infeções em 2020 e 2021, que ocorreram pela infeção com variantes anteriores do vírus SARS-CoV-2 (linhagem ancestral, variante Alfa e Delta) também conferem proteção contra a infeção para a variante Omicron mais recente, embora essa proteção não seja tão elevada quanto a dos indivíduos infetados com as variantes BA.1 e BA.2, no início de 2022”, reforça Luís Graça.

O artigo "Risk of BA.5 infection in individuals exposed to prior SARS-CoV-2 variants" é assinado ainda por Ruy M. RibeiroPedro Pinto LeitePedro Casaca
Eugénia Fernandes e Carlos Antunes.

“Estes resultados são muito importantes porque as vacinas adaptadas que estão em desenvolvimento clínico e avaliação são baseadas na subvariante BA.1, que foi dominante em janeiro e fevereiro de 2022. Até agora, não se sabia qual o grau de proteção que esta subvariante conferia contra a subvariante que está neste momento em circulação. Estes resultados mostram que a proteção é muito significativa e permitem antecipar o benefício das vacinas adaptadas”, acrescenta Luís Graça sobre a relevância do estudo.

“Na realização deste estudo usámos o registo nacional de casos de COVID-19 para obter a informação de todos os casos de infeções por SARS-CoV-2 na população com mais de 12 anos residente em Portugal. A variante do vírus de cada infeção foi determinada tendo em conta a data da infeção e a variante dominante nessa altura. Considerámos as infeções causadas pelas primeiras variantes de Omicron BA.1 e BA.2 em conjunto”, explica Manuel Carmo Gomes. “Com estes dados, analisámos a probabilidade de uma pessoa voltar a ser infetada pela variante atual, o que nos permitiu calcular a percentagem de proteção conferida pelas infeções prévias”, explica João Malato, estudante de doutoramento do grupo de Luís Graça e primeiro autor do estudo.

“Na realização deste estudo usámos o registo nacional de casos de COVID-19 para obter a informação de todos os casos de infeções por SARS-CoV-2 na população com mais de 12 anos residente em Portugal. A variante do vírus de cada infeção foi determinada tendo em conta a data da infeção e a variante dominante nessa altura. Considerámos as infeções causadas pelas primeiras variantes de Omicron BA.1 e BA.2 em conjunto.”
Manuel Carmo Gomes

“Este estudo demonstra, no período analisado, que a infeção prévia em pessoas vacinadas (a chamada imunidade híbrida) continua a conferir proteção para variantes que são conhecidas pela capacidade de evadir a resposta imunitária, como a atualmente dominante”, salienta Válter Fonseca, coautor deste estudo e coordenador da CTVC da DGS.

Comunicação iMM com GJ Ciências ULisboa e Divisão de Comunicação e Relações Públicas da DGS
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
imagem científica

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Cientistas a bordo do RV Sarmiento de Gamboa

Catarina Guerreiro, investigadora da Faculdade de Ciências e do projeto CHASE, integrou uma expedição, no âmbito do projeto Ocean ICU, com a missão de avaliar o papel da variabilidade regional no Atlântico Oriental na formação das complexas bombas de carbono do oceano.

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No Dia de Ciências 2025 a Direção da Faculdade de Ciências homenageou o investigador José Manuel Rebordão reconhecendo o seu impacto na Comunidade de Ciências 2024, e anunciando a nova designação da sala 01.03.23 da FCiências.ID como Auditório José Manuel Rebordão.

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A Faculdade de Ciências dá início a uma nova fase do projeto GrowLIFE com o lançamento das Rotas para a Sustentabilidade, uma iniciativa que visa fortalecer práticas alimentares sustentáveis e promover cadeias curtas de abastecimento em Portugal.

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O Dia Mundial da Reciclagem celebra-se a 17 de maio, uma data instituída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) para relembrar a importância de reduzir, reutilizar e reciclar os resíduos. Na Faculdade de Ciências acreditamos que cada ação conta. A reciclagem é mais que um hábito, é um compromisso com o futuro. É a prova de que pequenas escolhas, ajudam a transformar o presente num futuro mais sustentável.

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Acaba de ser publicado na revista npj Ocean Sustainability do grupo Nature um artigo liderado por Catarina Frazão Santos, professora da Ciências, que estabelece um novo rumo para a proteção dos oceanos.

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Esta é já a 3.ª edição que a ULisboa promove e Ciências esteve envolvida desde o início, com estudantes finalistas e premiados em todas as edições.

Atividades do Dia Aberto

A 24.ª edição do Dia Aberto juntou mais de 2500 alunos dos ensinos básico e secundário de cerca de 350 escolas de norte a sul do País e dos Açores. O programa incluiu cerca de 150 atividades. Leia os testemunhos de quem participou no evento e consulte a fotogaleria.

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Conceição Freitas, professora da Faculdade, tomou posse como presidente do Conselho Científico (CC) da CIÊNCIAS, no passado dia 7 de maio, na Reitoria da ULisboa. Este é o segundo mandato de Conceição Freitas como presidente do CC.

Jorge Relvas e Rui Agostinho

No Dia de Ciências 2025 a Direção da Faculdade de Ciências homenageou o professor aposentado Rui Agostinho reconhecendo o seu impacto na sociedade 2024. A apresentação da distinção coube a Jorge Relvas, subdiretor da Faculdade. Leia o discurso de agradecimento de Rui Agostinho na notícia.

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A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (ULisboa) integra o top 10 do estudo “RepScore™ 2025 - Reputação das marcas em Portugal”, na categoria ensino superior, da consultora OnStrategy.

Ana Cachudo

Ana Cachudo, de 34 anos, natural de Lisboa, é licenciada em Química, pela Faculdade. Este ano letivo, começou a dar aulas de Físico-Química, Física e Química no Colégio Vasco da Gama. Ana Cachudo assistiu à palestra da Faculdade com entusiamo durante o Futura-te, uma atividade do Colégio. Enquanto aluna foi monitora do Dia Aberto. Agora pensa trazer os alunos à Faculdade porque se trata de uma atividade interessante.

Foto do átrio do edifício C3

A Faculdade de Ciências comemorou no dia 29 de abril o seu 114.º aniversário com a celebração do Dia de Ciências. A cerimónia decorreu ao longo da tarde e foi marcada pelo reconhecimento da excelência, reflexão sobre os desafios futuros e pela valorização da comunidade de Ciências.

Cassilda Paz junto ao quadro

Cassilda Paz, de 59 anos, natural de Almancil, em Faro, licenciada em Matemática, nesta faculdade, é professora de Matemática na Escola Secundária de Camões, em Lisboa, desde 2013. Antes, esteve 20 anos na Escola Artística António Arroio e um ano na Escola Filipa de Lencastre. A sua profissão ajuda a definir gerações.

Fotografias das Professoras Teresa Chambel, Ana Respício, Ana Paula Afonso e Cátia Pesquita

Quatro professoras do Departamento de Informática de CIÊNCIAS assinaram um artigo de opinião para assinalar o Girls in ICT Day.

Sessão da DGES no Dia Aberto de Ciências vai esclarecer tudo sobre o acesso ao ensino superior

No próximo dia 7 de maio, a Faculdade de Ciências abre portas a milhares de estudantes do ensino secundário no Dia Aberto 2025.

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José Carvalho SoaresÉ com profundo pesar que a Faculdade de Ciências comunica o falecimento de José Carvalho Soares, professor aposentado do Departamento de Física, o

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