Prémio Pfizer de Investigação Básica 2013

"... valeu a pena!"


Margraida D. Amaral
Fonte Nuno Branco/JAS Pharma 2011

Em entrevista, a cientista portuguesa, coordenadora do projeto vencedor e diretora do programa doutoral BioSys - Biological Systems - Functional and Integrative Genomics, comenta que “quando temos boas condições para trabalhar até produzimos como os melhores…!”.

O estudo agora premiado e que foi publicado em setembro na revista Cell, sob o título "High‐Content siRNA Screen Reveals Global ENaC Regulators and Potential Cystic Fibrosis Therapy Targets", procurou descobrir novos reguladores da ENaC usando uma abordagem inovadora de screening, combinando genética com microscopia automatizada.

Rainer PepperkoK, Karl Kunzelmann e Margarida D. Amaral projetaram a investigação básica e os financiamentos. Joana Almaça, Diana Faria, Marisa Sousa, Inna Ulyiakina, Lalida Sirianant, Luka A. Clarke, José Paulo Martins e Miguel J. Santos realizaram as experiências e geriram os dados. Por sua vez, a interpretação dos dados coube a Joana Almaça, Diana Faria, Marisa Sousa, Inna Ulyiakina, Lalida Sirianant, Luka A. Clarke, Jean-Karim Heriché, Christian Conrad, Wolfgang Huber e Rainer Schreiber. A redação do artigo é da responsabilidade de Joana Almaça, Karl Kunzelmann e Margarida D. Amaral, que contou com a revisão de Rainer Pepperkok, Karl Kunzelmann e Margarida D. Amaral, bem como a aprovação final de todos os membros do projeto. E assim se faz ciência...

FCUL - Em setembro submeteu a candidatura aos Prémios Pfizer, que são entregues desde 1956 e representam um dos mais importantes galardões em Investigação Biomédica em Portugal. O que simboliza para si e para os membros do projeto vencedor o reconhecimento concedido pela Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa?

Margarida D. Amaral (MDA) - Este prémio é o reconhecimento em Portugal por um trabalho de alta qualidade e isso para mim significa muito. Os dois principais investigadores que ajudaram a coordenar este estudo - Karl Kunzelmann e Rainer Pepperkok -, ambos alemães, também já foram informados e também ficaram muito agradados. Decidimos que este prémio (por ser dado por uma instituição portuguesa) vai na sua totalidade para a FCUL a fim de ajudar a financiar uma infraestrutura de microscopia semelhante à que usámos na Alemanha para realizar este trabalho.

FCUL - Este projeto vencedor é o resultado do trabalho de uma equipa constituída por 15 pessoas associadas a quatro instituições. Qual é o balanço da investigação que tem vindo a ser realizada por esta equipa?

 

Prémios Pfizer 2013

Os Prémios Pfizer 2013 são entregues a 12 de dezembro, pelas 18h00, na Aula Magna da FMUL. Esta edição distingue ex aequo dois projetos de investigação básica e um de investigação científica, reconhecendo o contributo dos seus investigadores, particularmente dos quatro cientistas que lideram estes trabalhos.

Qualquer dos estudos premiados nesta 57ª edição contribui para os avanços científicos na otimização das terapêuticas biológicas em doenças inflamatórias crónicas e incapacitantes, como é o caso da Artrite Reumatóide; no tratamento da Sepsis; e no combate à Fibrose Quística.

A iniciativa resulta de uma parceria entre os Laboratórios Pfizer e a Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa, que visa a dinamização da investigação em Ciências da Saúde em Portugal. De acordo com o comunicado de imprensa divulgado pelos organizadores do acontecimento, na edição deste ano, foram apresentados 65 trabalhos para avaliação do júri, correspondendo 31 candidaturas à área da investigação básica e 34 à área da investigação clínica. Desde que foram instituídos já foram entregues a mais de 550 investigadores, premiando mais de 200 trabalhos.

Prémios de investigação básica Pfizer 2013 – ex aequo
“Global ENaC Regulators and Potential Cystic Fibrosis Therapy Targets” - Margarida D. Amaral, da FCUL
“As antraciclinas iniciam uma resposta protetora na Sépsis grave por ativação de respostas reparadoras do DNA” - Luís Ferreira Moita e Nuno Figueiredo, do IMM-FMUL

Prémio de investigação clínica Pfizer 2013
“An Evidence-Based Approach to Optimize Therapeutic Decisions Involving Biological Drugs” - Sandra Garcês, do IGC

MDA - De facto foi um trabalho de equipe que resultou dum projeto financiado pela União Europeia – TargetScreen2 -, que eu coordenei. O balanço, como se vê, tem sido altamente positivo e demonstra que quando temos boas condições para trabalhar até produzimos como os melhores…!

FCUL - A 12 de setembro publicaram na revista Cell online o artigo “High-Content siRNA Screen Reveals Global ENaC Regulators and Potential Cystic Fibrosis Therapy Targets”. Têm recebido muitos comentários dos vossos pares?

MDA - Sim, tenho recebido muitas mensagens de parabéns por parte de vários colegas, ex alunos, etc. curiosamente, espalhados por esse mundo fora, com muitos dos quais não contactava há anos.

FCUL - Descobriram 739 genes que quando inibidos diminuem a atividade da ENaC. Os testes realizados em culturas de células de pulmão de pacientes com Fibrose Quística, mostram que a DGK-iota é um promissor alvo terapêutico. Quais são as próximas etapas do vosso trabalho?

MDA - Segue-se a descoberta de compostos químicos que inibam a DGKiota, à semelhança dos que usámos no estudo, mas que eram apenas reagentes de laboratório que não podem ser usados na clinica. Há já uma empresa inglesa (que também fazia parte do consórcio do TargetScreen 2) que está a avançar nesse sentido, com a nossa ajuda.

FCUL - A Fibrose Quística é a doença genética fatal mais frequente na União Europeia. Desde sempre que o seu percurso está ligado a esta doença. Qual é a sua missão enquanto cientista?

MDA - Estou muito empenhada em encontrar soluções terapêuticas que verdadeiramente ajudem a tratar esta doença na sua “raiz”, ou seja, que vão ao nível molecular e que por isso façam a diferença na qualidade e na esperança de vida dos pacientes com Fibrose Quística. Se o nosso trabalho ajudar a chegar a esse ponto, acho que tudo valeu a pena!

Ana Subtil Simões, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura da FCUL
info.ciencias@fc.ul.pt

A iniciativa do Departamento de Informática de Ciências - organizada no âmbito do Girls in ICT Day - visa promover uma reflexão sobre as potencialidades das Tecnologias da Informação e Comunicação junto de jovens raparigas, pais e professores. 

logotipo da iniciativa

A inscrição no Dia Aberto é gratuita, obrigatória e não tem data limite. Os visitantes a 27 de abril de 2016 podem conhecer a faculdade sozinhos ou acompanhados, em 30 minutos ou o dia inteiro.

O plano de atividades deve ser um ato participado, de modo a congregar os esforços que as partes estão dispostas a investir no todo. As unidades de serviços souberam dar este passo importante, estabelecendo objetivos anuais e metas de concretização para as atividades previstas.

Daniel Kahneman, um psicólogo que obteve o prémio Nobel da Economia em 2002, escreveu o livro “Thinking Fast and Slow” (2011) para nos ensinar que a inteligência precisa da intuição, e isso explica aqueles modos de pensar, com duas velocidades.

Paul Schmit, embaixador do Grão-Ducado do Luxemburgo em Portugal visita a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa no âmbito da receção de boas-vindas aos alunos do “2nd Intensive Study Programme (ISP)”, um curso avançado em Segurança Informática, destinado a alunos de mestrado

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O quarto Dictum et factum é com Ricardo Ferreira, bolseiro da Segurança do Trabalho.

Os estudantes da Escola Técnica e Liceal Salesiana de Santo António e do Colégio dos Plátanos venceram as semifinais das Olimpíadas de Química Júnior 2016 ocorridas em Ciências este sábado, dia 9 de abril.

A mostra itinerante “A ULisboa é para todos”- inaugurada esta segunda-feira - está em exibição até 15 de abril, no átrio do edifício C3, no campus de Ciências.

Quando Ana Henriques Pato terminou em 2002 o ensino secundário, na Escola Secundária Fernão Mendes Pinto, em Almada, com a média de 18 valores, escolheu Ciências. A sua ligação à Faculdade não ficou por aí.

O Departamento de Química e Bioquímica de Ciências volta uma vez mais a aderir a este concurso com 13 anos e que este ano conta com cerca de 266 escolas inscritas, segundo dados disponibilizados pela Sociedade Portuguesa de Química.

Os estudantes de Ciências elegem no dia 28 de abril os três alunos representantes do Conselho de Escola para os próximos dois anos.

O Instituto Dom Luiz organiza a conferência “COP 21 - Desafios para Portugal depois da Conferência de Paris”, no próximo dia 22 de abril de 2016, no edifício C8, no anfiteatro 8.2.30, sito na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Nove em cada dez dos inquiridos têm conhecimento do projeto HortaFCUL.

Arquitetos, filósofos, advogados, Maria João Collares Pereira refere que os formandos eram sobretudo das humanidades, por isso “para ensinar coisas complicadas a pessoas com esta formação é preciso saber divulgar ciência”.

O quadrado design-ideias-tecnologia-negócios tem vindo a marcar os últimos anos das start-ups, as suas perspetivas e novas possibilidades, com uma inovação extraordinária que atrai os consumidores e faz crescer o valor de uma empresa.

“Todos chegaram ao final com um projeto, um protótipo como se pretendia e com algumas ideias bem interessantes!”, comenta Bernardo Tavares, um dos organizadores do primeiro Lisbon Green Hacakthon.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências ULisboa?

Ciências participa no dia 19 de março de 2016 nas Masterclasses Internacionais em Física de Partículas.

Oficina das Energias - um grupo de alunos do mestrado integrado de Engenharia da Energia e do Ambiente Ciências - organiza pela primeira vez em Portugal o Lisbon Green Hackathon.

Jorge Relvas, professor do Departamento de Geologia de Ciências, é o novo presidente da Society for Geology Applied to Mineral Deposits. 

A HortaFCUL, como projeto que tenta procurar e experimentar soluções para os atuais problemas socioeconómicos, tem vindo a incorporar nas suas práticas a Economia da Dádiva.

O livro "Mulheres na Ciência" editado pela Ciência Viva reúne mais de uma centena de retratos de investigadoras portuguesas, algumas delas de Ciências.

Resolver os problemas organizacionais e sociais pode ser estimulante, e mais interessante do que se pensava, sobretudo se isso facilitar depois a atração de criativos e inovadores!

No dia 7 de março de 2016, a partir das 16h00, realiza-se no edifício C6, na sala 6.2.56, a Sessão de Apresentação dos Trabalhos dos alunos do Curso Livre de Ciências “Entender o Mundo no Século XXI”, que terminará com a entrega de diplomas e um jantar convívio.

A partir de abril, o espaço que até agora tinha sido ocupado pelo restaurante O Mocho será transformado num restaurante da cadeia 100 Montaditos, um conceito de restauração original, inspirado nas tradicionais tabernas espanholas e

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