Cirac

Primeiro mapa de risco de cheias do País

Pedro Garret, Investigador de Ciências
cedida por PG

Baixa de Lisboa, baixa de Algés, baixa e zona sul da cidade de Coimbra e zona ribeirinha do rio Douro - Porto e Gaia -, são as áreas urbanas mais vulneráveis a cheias no País.

A conclusão é apresentada no projeto “Cartas de Inundações e de Risco em Cenários de Alterações Climáticas (Cirac)”, pedido pela Associação Portuguesa de Seguradores e desenvolvido em parceria com Ciências. Neste projeto participam dez profissionais da Universidade de Lisboa: oito deles pertencentes a Ciências, um ao Instituto Superior Técnico e um ao Instituto de Geografia e Ordenamento do Território.

“Identificar e mapear zonas vulneráveis a inundações, por forma a sensibilizar para a adoção de medidas de adaptação e de mitigação para minimizar os efeitos adversos das alterações climatéricas” e “prevenir o agravamento das suas consequências para a população e para a economia” são os objetivos do estudo desenvolvido ao longo de três anos e que cruza dados sobre a precipitação, as cheias e a localização dos edifícios.

Devido às suas características, Portugal está “muito exposto ao risco de cheias e inundações”, quem o diz é Pedro Garret, coordenador do estudo. O investigador do centro SIM de Ciências explica ainda que a tendência do número de dias de precipitação acumulada de 24 horas é superior a 50mm no norte e irá aumentar até 2100, assim como irá aumentar a frequência e intensidade de cheias de origem marítima, devido à subida do nível médio do mar provocada pelas alterações climáticas.

“Atualmente existe consenso científico de que as alterações climáticas, provocadas pela intensificação do efeito de estufa causada por atividades humanas, se vão agravar ao longo do século XXI pelo que urge adotar medidas de adaptação capazes de minimizar os efeitos adversos das alterações climáticas e evitar consequências catastróficas para as populações e as economias. [Este estudo] será do maior interesse não apenas para o setor segurador como para a sociedade portuguesa”, reforça Miguel Guimarães, membro da Associação Portuguesa de Seguradores.


Fonte: cedida por PG
Legenda: Vulnerabilidade nacional a inundações

As áreas de alta e muito alta vulnerabilidade a inundações cobrem cerca de 2% do território continental e são, na maioria, áreas urbanas com alta densidade populacional.
No total, pelo menos 3601 edifícios estão expostos a inundações, nas zonas de Coimbra (128 edifícios), no troço do Douro (1080 edifícios), na bacia da baixa de Lisboa (1001 edifícios) e na baixa de Algés (242 edifícios).

Sobre a importância deste estudo para a população portuguesa, Pedro Garret denota: “conhecer os diferentes tipos de riscos a que estamos sujeitos é imperativo pois têm consequências diretas no nosso estilo de vida”. Foi por esta razão que no decorrer do projeto foram envolvidas entidades como a Proteção Civil, a Agência Portuguesa do Ambiente, seguradoras e governos locais, “para que em conjunto suportem o processo de decisão e planeamento com base nos resultados [alcançados] ”.

O estudo teve por base uma equipa multidisciplinar. Ao longo do projeto foram desenvolvidos trabalhos de investigação na área da modelação hidrodinâmica, modelação e regionalização de extremos climáticos e mapeamento de vulnerabilidade e risco de inundações.

“O projeto CIRAC elevou a fasquia do conhecimento no que diz respeito à cartografia de risco e vulnerabilidade. Neste contexto, foi a primeira vez que este tipo de cartografia foi realizada em Portugal tendo em conta a sua escala e nível de detalhe. Adicionalmente, muito poucos são os estudos internacionais que incluíram na sua análise de risco o impacto das alterações climáticas de uma forma quantitativa”, acrescentou o investigador de Ciências.

A informação com possíveis cenários climáticos até ao final do século está disponível para consulta de autarquias, responsáveis por licenciamentos de obras, proprietários que queiram construir e autoridades de proteção civil em http://cirac.apseguradores.pt/.

Raquel Salgueira Póvoas, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura
info.ciencias@fc.ul.pt
mural

Há um novo mural no campus da Faculdade, para apreciar junto à FCULresta, que celebra os dois anos corridos desde a primeira semente lançada. "Só em Portugal, inspirados também pela FCULresta, foram criados ou melhorados um total de 6 espaços verdes resilientes" escrevem os responsáveis pelo projeto, neste artigo de opinião sobre a minifloresta. 

ratinho ruivo

O ratinho-ruivo (Mus spretus) aprende a identificar que novos alimentos é seguro incluir na sua alimentação através do cheiro presente no hálito de outros ratinhos da sua espécie, segundo o artigo “Interaction time with conspecifics induces food preference or aversion in the wild Algerian mouse”, da autoria das cientistas Rita S. Andrade, Ana M. Cerveira, Maria da Luz Mathias e Susana A. M. Varela, publicado em agosto na revista Behavioural Processes.

vista de uma ilha para outra (Açores)

O Prémio Frederico Machado 2022-2023, o primeiro de índole científica a ser atribuído nos Açores, foi ganho pelas equipas lideradas por Mariana Andrade, aluna da Ciências ULisboa e investigadora do Instituto Dom Luiz (IDL), na área das Geociências, e por Pedro Afonso, investigador do Instituto de Investigação em Ciências do Mar da Universidade dos Açores (OKEANOS), na área das Ciências do Mar.

plantas com QR code do Relatório de Sustentabilidade

O primeiro Relatório de Sustentabilidade da Ciências ULisboa resulta da monitorização e análise de um conjunto de atividades enquadradas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), entre 2019 e 2021.

banner do evento

A EUPVSEC 2023 realiza-se de 18 a 22 de setembro de 2023, no Centro de Congressos de Lisboa. João Serra, professor do Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia da Ciências ULisboa, foi novamente convidado a ser o chairman da maior e mais importante conferência europeia dedicada à energia fotovoltaica. 

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Já são conhecidos os três vencedores da edição de 2023 do Prémio de Doutoramento em Ecologia Fundação Amadeu Dias, um prémio da Sociedade Portuguesa de Ecologia (SPECO) e da Fundação Amadeu Dias que procura valorizar o trabalho de recém doutorados ao longo do seu programa doutoral. No pódio estão duas alumnae da Ciências ULisboa.

apresentação do livro

Foi concluído recentemente o projeto “Aqua – O uso eficiente da água nos jardins da idade moderna”, um trabalho interdisciplinar que cruza as áreas da História da Ciência, a Engenharia Hidráulica e a Arquitetura Paisagista.

uma rapariga e um rapaz

Todos os anos a Faculdade atribui diplomas e prémios de mérito académico aos seus estudantes, com o apoio de várias entidades e empresas, que valorizam a missão da Faculdade e que passa por investigar, ensinar e estimular a transferência do conhecimento e da inovação e a abertura à sociedade civil.

Exoplaneta e núvens

A Agência Espacial Europeia validou o desenho dos instrumentos científicos da missão Ariel, que conta com a participação do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço. A missão vai observar a composição química de mil planetas em órbita de outras estrelas, e transformar a compreensão sobre como se formam e evoluem os sistemas planetários.

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No passado dia 26 de julho o Tec Labs - Centro de Inovação recebeu a visita de uma comitiva de representantes da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, Brasil, com o objetivo de conhecer em profundidade o ecossistema de empreendedorismo e inovação nacional e os seus principais stakeholders.

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Ciências ULisboa vai implementar no ano letivo de 2023/2024 o projeto “Ciências em Harmonia”. Comprometida com o bem-estar da sua comunidade estudantil e a promoção de competências individuais e sociais dos seus estudantes, a Faculdade vai procurar dar resposta a uma preocupação: a do bem-estar no ensino superior, envolvendo toda a comunidade académica na celebração da diversidade e promoção de inclusão. As atividades têm início já em setembro e vão prolongar-se durante todo o ano letivo.

logotipo do CWTS

ranking de Leiden, que avalia a produção científica de instituições de ensino superior a nível mundial, posicionou a ULisboa na liderança da Península Ibérica, colocando-a na 28.ª posição na Europa e no 131.º lugar a nível mundial.

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No dia 26 julho, pelas 16h00, decorrerá na Ciências ULisboa a sessão de encerramento do projeto “Livro Vermelho e Sistema Nacional de Informação dos Peixes Dulciaquícolas e Diádromos de Portugal Continental”. O novo Livro Vermelho revela que os peixes de água doce e migradores diádromos se encontram numa situação preocupante.

3 raparigas a apontarem para um ecrã num laboratório

Acontece este ano mais uma edição do “Ser Cientista”. A 8.ª edição do programa, que decorre entre os próximos dias 24 e 28 de julho, visa proporcionar aos alunos do ensino secundário uma aproximação à realidade da investigação científica, pela integração no dia-a-dia dos cientistas de diferentes áreas de Ciências.

António Costa, Elvira Fortunato e Salomé Pais

Salomé Pais foi galardoada com a Medalha de Mérito Científico 2023, durante o Encontro com a Ciência e a Tecnologia em Portugal, decorrido no início de julho em Aveiro. Para a professora catedrática aposentada do Departamento de Biologia Vegetal da Ciências ULisboa esta distinção “simboliza o reconhecimento de uma vida dedicada à ciência”.

imagem de divulgação da exposição Mirabilia

É hoje inaugurada a exposição Mirabilia “Coisas Admiráveis”, que decorre no âmbito das comemorações dos 10 anos da ULisboa e do Dia da Universidade de Lisboa. A exposição integra objetos “admiráveis” das 18 escolas da ULisboa, entre eles um telescópio utilizado por um equipa da Ciências ULisboa na campanha internacional de observação “Venus Twilight Experiment”.

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Carlos Antunes, foi nomeado vogal de reconhecido mérito da Comissão de Domínio Público Marítimo, um órgão consultivo da Autoridade Marítima Nacional que estuda e emite pareceres sobre os assuntos relativos à utilização, manutenção e defesa do domínio público marítimo.

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Šima Krtalić, aluna de doutoramento da Ciências ULisboa, afiliada ao projeto Medea-Chart, ganhou recentemente a décima edição do prémio "Imago Mundi" 2023 da referida revista académica, destinado a homenagear o melhor artigo em História da Cartografia.

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Ciências ULisboa participou na 3.ª edição do roadshow EA-IDEIA - Estrutura de Acompanhamento da Investigação, Desenvolvimento, Experimentação e Inovação da Armada, organizado pela Marinha Portuguesa.

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Pedro Machado, investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e professor da Ciências ULisboa, foi homenageado pelo Grupo de Trabalho para a Nomenclatura de Pequenos Corpos (WGSBN) da União Astronómica Internacional (IAU), com a atribuição do seu nome a um asteroide, que tem quase três quilómetros de diâmetro e demora quatro anos e meio a dar uma volta ao Sol.

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Um novo estudo internacional sobre a análise do risco de exposição ao plástico por aves marinhas identifica o Mediterrâneo como a região de maior risco a nível global. O artigo foi publicado na revista científica Nature Communications e conta com 18 cientistas portugueses, entre eles quatro investigadores da Ciências ULisboa.

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Filipa Rocha, estudante de doutoramento na Ciências ULisboa, alcançou o 2.º lugar do Prémio Jovens Inventores 2023, atribuído pelo Instituto Europeu de Patentes. O prémio corresponde a um valor pecuniário de dez mil euros. A cerimónia de entrega de prémios decorreu esta manhã, em Valência, Espanha.

fotografia de grupo

Foi assinado um protocolo de cooperação entre Ciências ULisboa, a FCiências.ID, o cE3c e a empresa dinamarquesa Copenhagen Infrastructure Partners, que visa a investigação e mitigação dos impactos da exploração eólica offshore ao largo da Figueira da Foz.

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Cristina Branquinho e Isabel Trigo foram eleitas em 2023 respetivamente sócias correspondentes nacionais da Classe de Ciências -  Ciências Biológicas e Ciências da Terra e do Espaço – da Academia das Ciências de Lisboa (ACL).

O projeto EDUCOAST, promovido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, desenvolve programas educacionais para diversos níveis de ensino e para profissionais, na área das geociências costeiras e marinhas, tendo como base o trabalho de campo e as práticas experimentais.

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