Espaço

Ismael Tereno escolhido para grupo de aconselhamento da missão Euclid

Ismael Tereno, professor de CIÊNCIAS

Ismael Tereno começou a trabalhar com a missão espacial Euclid em 2012

DCI-CIÊNCIAS

Ismael Tereno, professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS), acaba de ser escolhido para a Equipa de Ciência da Agência Espacial Europeia (ESA) que apoia a missão espacial Euclid. A Science Team, como é conhecida em inglês esta Equipa de Ciência da ESA, é um órgão consultivo que tem como missão monitorizar o cumprimento dos objetivos científicos da missão espacial Euclid. A escolha foi anunciada a 24 de julho e prevê um mandato de três anos na Equipa de Ciência da ESA para o acompanhamento da missão espacial Euclid.

“A Science Team da ESA faz a avaliação científica de acordo com os objetivos que a missão tem de cumprir a cada momento. Consoante essa avaliação, podemos dar conselhos no sentido de alterar e introduzir novos objetivos científicos, ou até de propor uma extensão da missão”, explica Ismael Tereno.

A escolha de Ismael Tereno assume contornos de pioneirismo junto da comunidade científica nacional e tem como fator distintivo o facto de envolver o acompanhamento de uma das principais missões espaciais da ESA. Desde 2012 que o professor convidado de CIÊNCIAS e investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IAstro) tem vindo a trabalhar nos grupos que constituem o Consórcio Euclid, com o propósito de desenvolver diferentes equipamentos e tecnologias que vão ser usados por esta missão espacial da ESA. São os membros destes grupos do Consórcio Euclid que fazem uma pré-seleção de candidatos que poderão ser escolhidos pela liderança da ESA para a Equipa de Ciência.

A escolha de Ismael Tereno surge depois de uma renovação de seis dos 12 membros da Equipa de Ciência da ESA. O investigador de CIÊNCIAS não só foi pré-selecionado entre os potenciais candidatos apresentados, numa primeira fase, por membros dos grupos do Consórcio Euclid, como acabou por ser escolhido pela ESA para assumir o cargo na Equipa de Ciência.

O Euclid é um telescópio espacial que foi lançado para o espaço em 2023 para se posicionar numa órbita em torno do Sol, a 1,5 milhões de quilómetros de distância da órbita do nosso planeta. A bordo, a missão espacial que homenageia o famoso matemático homónimo leva um espectroscópio de infravermelho próximo, e duas câmaras que captam a luz visível e a luz infra-vermelha, sendo que uma delas tem 600 megapíxeis. Com estas tecnologias, a missão Euclid pretende recolher dados relacionados com o denominado “desvio para o vermelho” e a deflexão da luz que tem origem nas forças gravitacionais dos diferentes corpos celestes e outros fatores, e está prevista pela Teoria da Relatividade Geral, de Albert Einstein.

Como o nome indica, a deflexão da luz é um efeito produzido pela passagem da luz nas imediações dos corpos celestes. Por seu turno, o “desvio para o vermelho” funciona como um indicador que ajuda a medir as distâncias de galáxias, com base no facto de a luz sofrer alterações que levam a aproximar-se do comprimento de onda associado à cor vermelha (na luz visível). Tendo em conta que o universo continua em expansão, a luz proveniente de galáxias mais distantes tende a registar maior "desvio para o vermelho".

Já o telescópio Euclid capta a luz proveniente das diferentes galáxias, e encaminha-a para um espectroscópio que ajuda a medir o “desvio para o vermelho” e para uma câmara que capta luz visível e infravermelho próximo e mede a deflexão da luz. “Com estas duas informações, vamos poder mapear uma grande área do universo e obter dados sobre a deflexão da luz e o ‘desvio para o vermelho’ de mais de mil milhões de galáxias”, informa Ismael Tereno.

Missão espacial Euclid
A mIssão espacial Euclid pode vir a revelar alguns dos mistérios sobre a matéria escura - Crédito: ESA

Na expectativa da ESA, a missão Euclid poderá ajudar a deslindar alguns dos maiores mistérios da cosmologia atual: a deteção da matéria escura dispersa pelo Universo e, igualmente importante, informação reveladora sobre a não menos misteriosa energia escura. “Com a missão Euclid, pretende-se fazer o mapeamento da matéria escura e com isso vamos conhecer também as propriedades da energia escura”, explica o Ismael Tereno.

Na astrofísica e na astronomia, a distância costuma ser usada como forma de inferir o tempo que um sinal de luz demora a percorrer um espaço até ser captado. E como não poderia deixar de ser, o mapeamento que vier a ser produzido a partir dos dados captados pelo Euclid poderá ser revelador não só do espaço que constitui o universo, como também das diferentes eras por que tem passado. “O universo tem expandido ao longo do tempo cósmico. Ao fazermos o mapeamento de galáxias mais distantes e galáxias mais próximas, estamos também a mapear os diferentes momentos do Universo”, conclui o investigador.

Hugo Séneca - DCI CIÊNCIAS
hugoseneca@ciencias.ulisboa.pt

O filme “O Primeiro Encontro” (“Arrival”) de Dennis Villeneuve (2016) aborda a hipótese de Sapir-Whorf, de 1939, que diz que “a linguagem pode influenciar os nossos pensamentos”. Hoje em dia, a validade desta ideia está assegurada, graças às neurociências, e é possível afirmar que aprender uma língua permite estabelecer imensas ligações no cérebro, alterando a sua estrutura, e influenciando o modo de olhar para o mundo, e ainda moldando a personalidade.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de fevereiro é com Ricardo Pereira, assistente técnico do Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia de Ciências.

O cE3c acaba de lançar o programa "Vamos Jogar aos Insetos em Ordem nas Escolas?", no âmbito do qual vai oferecer 200 exemplares do jogo "Insetos em Ordem" às primeiras 50 escolas públicas, que aderirem à iniciativa.

No total, desde há 57 anos, a Fundação Calouste Gulbenkian atribuiu 83 mil bolsas de estudo em diferentes áreas. Os estudantes de Ciências fazem parte destas contas.

O financiamento atribuído ao professor do Departamento de Informática e investigador do Laboratório de Sistemas Informáticos de Grande Escala (LaSIGE) de Ciências, relaciona-se com a sua participação no projeto Hyperledger da Linux Foundation, em que a IBM, a Intel e dezenas de outras empresas colaboram para construir tecnologias de blockchain para negócios.

Partilhar o fascínio da investigação em Astronomia com crianças dos 7 aos 12 anos é um dos objetivos da iniciativa IAstro Júnior, quatro sessões gratuitas, em Lisboa e no Porto, organizadas pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e pela revista Visão Júnior.

António Branco, professor do Departamento de Informática de Ciências, volta a coordenar uma nova investigação em tradução automática profunda, desta vez entre Chinês e Português, no domínio das transações de compra e venda online.

Quando falamos de um mecanismo o que queremos dizer de facto?

O Nutriageing é um projeto a pensar nos cidadãos que se interessam por temas como nutrição, partindo de argumentos científicos simples. O seu site é composto por vídeos, receitas, explicações e dicas nutricionais.

Um novo estudo genético demonstra que as populações de duas espécies de golfinhos (Tursiops aduncus e Sousa spp.) que habitam as águas da Baía de Bengala, no Bangladesh, são diferentes do ponto de vista genético quando comparados com populações de golfinhos das mesmas espécies que vivem em áreas vizinhas.

Teresa Graça Costa Antunes Pereira da Costa, professora aposentada do Departamento de Biologia Vegetal (DBV) e ex-membro do antigo Centro de Biologia Ambiental de Ciências, faleceu aos 69 anos, no dia 23 de janeiro de 2017. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

Novo estudo demonstra pela primeira vez que é possível integrar à escala global os resultados obtidos através dos dois métodos mais utilizados no mundo para avaliar a “saúde” dos ecossistemas a partir dos líquenes que neles se encontram.

A 7.ª cadeira funcionou pela primeira vez no ano letivo de 1840/1841, caracterizando-se pela abordagem histórico-natural das matérias lecionadas que pouco se modificaram ao longo dos anos.

O ESNF2017 é o primeiro simpósio europeu dedicado apenas ao tema nanofluidos. Os organizadores pretendem que este momento fomente a colaboração entre cientistas, engenheiros e empresas.

Está a nascer um laboratório vivo de permacultura (PermaLab) na FCUL, uma zona que convida a implementação de projetos propostos pela permacultura e sua monitorização com metodologias científicas.

Maria Isabel Cordeiro Sevinate Pinto Rebelo Lopes, professora aposentada do Departamento de Biologia Vegetal e ex-membro do antigo Centro de Biologia Ambiental de Ciências, faleceu aos 67 anos, no dia 12 de janeiro de 2017. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O primeiro Dictum et factum de 2017 é com Ânia Finuras, bolseira de gestão da Área de Comunicação e Imagem de Ciências.

Adaptar para a mudança. Este foi o lema do AdaptForChange, um projeto que teve início em abril de 2015 e que ao longo de quase dois anos contribuiu para um conhecimento profundo do estado das florestas do Alentejo e que culminou com o desenvolvimento do Plano de Adaptação de Mértola às Alterações Climáticas, a implementar nos próximos anos.

Cerca de 2783 árvores, arbustos e herbáceas vão ser plantados no Estádio Universitário, até ao próximo mês de março.

O recente falecimento abre mais uma lacuna na geração dos cientistas e professores que muito contribuíram para o desenvolvimento da Química em Portugal.

Maria Inês Correia Gonçalves Macias Marques, professora aposentada da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, faleceu aos 79 anos, no dia 1 de janeiro de 2017. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

Inseridos no Programa de Atividades Conjuntas, do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização , o IBEB e o BioISI de Ciências – em conjunto com outros grupos nacionais -, vão explorar o conhecimento acerca do cérebro.

O grupo de investigadores da Masaryk University, na República Checa; da Mykolas Romeris University, na Lituânia; das universidades Politécnica de Madrid e de Oviedo, em Espanha; do Centro de Estudos Geográficos do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território e do Instituto Dom Luiz analisaram a evolução da temperatura nas dez estações da Península Antártica desde o início da década de 1950 até 2015.

Através de trabalho de campo detalhado na ilha de Santa Maria, nos Açores, investigadores descobriram elementos importantes para a compreensão da origem e evolução de ilhas vulcânicas.

O projeto RESISTIR iniciou-se em abril deste ano e visa criar até abril de 2019 um sistema de informação - inovador, modular, inteligente e adaptável - para apoiar a tomada de decisão clínica no domínio da vigilância epidemiológica, resistência aos antimicrobianos, controlo de infeção e gestão hospitalar.

Páginas