No Campus com Helder Coelho

Emprego na Informática

Helder Coelho

Sabemos que o emprego dos informáticos está de novo em alta, mas com salários mais baixos. Não sabemos por quanto tempo, pois a incerteza tem pairado sobre o planeta como uma sombra ameaçadora [caso do Médio Oriente, mudanças na China, e nos países emergentes (Brasil, Angola, Rússia), em dificuldades por causa do preço do petróleo]. Ao mergulharmos nesta nova (quarta) revolução industrial, caraterizada pela fusão de tecnologias vindas das esferas física, digital e biológica, e também pelas assimetrias com a quantidade de riqueza produzida, o que está em discussão (veja-se o Forum de Davos) é a sua distribuição justa e isso tem a ver com a natureza do trabalho e as competências dos trabalhadores.

Nos últimos anos a saída de quadros superiores seniores e de cientistas, de Portugal, acompanhou uma grande vaga de emigração, sobretudo para a Europa (Reino Unido, Alemanha e Luxemburgo, mas também Noruega e França). Ao mesmo tempo o sector das startups, nas TIC, ganhou espaço em toda a parte (veja-se a revista Wired UK), e também em Portugal, e alguns exemplos são já promissores: Talkdesk, Muzzley, Uniplaces, Farfetch, Veniam, Seedrs, Feedzai, Mobizy, Musikki, ou Zaask. Algumas foram adquiridas ou deslocadas para fora do país (MobiComp de Carlos Oliveira adquirida em 2008 pela Microsoft, Mint de Paulo Rodrigues em Barcelona), e outras desapareceram (Ydreams de António Câmara) por causa de dificuldades financeiras.

Cinco zonas, ao longo da costa atlântica, têm-se destacado (Braga, Porto, Aveiro, Coimbra e Lisboa), com as universidades a assumirem um papel na incubação de ideias (por exemplo no Tec Labs da FCUL, UniNova no Monte da Caparica), no acolhimento de grupos e no amparo inicial de projetos. Algumas empresas como a SISCOG, Novabase, Altitude e Critical (de Gonçalo Quadros) ganharam espaço e cresceram internacionalmente (o grupo Critical incluiu a Critical Manufacturing, a Watchful Software, a Critical Links, a Critical Health, a Critical Materials, a iTGrow e a Oncaring). Outras estabilizaram, organizaram-se melhor, fortaleceram-se e preparam-se para novos alvos.

A COTEC (o programa COHiTEC apoiou 151 projetos e gerou 26 startups de base tecnológica que atraíram 35 milhões de euros em investimentos) tem acompanhado este processo, estimulando a inovação. A FCT, após um trabalho meritório, durante a governação da Ciência pelo professor Mariano Gago, perdeu cerca de 20% do orçamento e reduziu a fatia do PIB de 1.6% para 1.3% nos últimos quatro anos, levando à quase destruição da massa crítica de muitos grupos e a um desânimo geral de toda a comunidade de TIC (a administração da FCT desinvestiu na Informática e investiu fortemente no sector da saúde). Essa mudança na política da ciência deve ser analisada com cuidado.

Como se faz uma empresa? Não existe nenhuma fórmula milagrosa, mas os casos de estudo apontam para a experimentação na universidade, nas unidades curriculares (pequenos projetos), nos trabalhos de mestrado ou mesmo de doutoramento como propícios para um estudante, ou um grupo, arriscar a montar as suas ideias como se fosse numa fase de pré-incubação, eventualmente, nas unidades de I&DE como o Lasige e o LabMAg (agora BioIsi grupo MAS).

Vejamos um exemplo norte-americano do MIT. Todd Zion, engenheiro químico abandonou o seu emprego na Eastman Kodak em 1999 e inscreveu-se no programa de doutoramento do MIT com a ideia de fazer um remédio inteligente (insulina autorregulável) para a diabetes. Em vez de seguir o velho processo do desenvolvimento orientado por objetivos, escolheu um método clássico, da Inteligência Artificial, conhecido por tentativa e erro e obteve melhores resultados. Adotou a engenharia molecular (nanoescala), e, ao fim de quatro anos, a sua insulina inteligente permitiu criar uma empresa SmartCells, e, através da persistência e do controle dos efeitos colaterais, foi descoberto pela gigante farmacêutica Merck, em 2010, que a comprou. No fim de 2014, o remédio estava a ser analisado do ponto de vista animal, fase prévia à sua aprovação nos EUA e consequente à entrada no circuito comercial.

Na FCUL alguns casos têm sido acarinhados como a Vectr Labs e a Science4You. Outros casos têm tido um progresso autónomo, como a GameWhizzes (de Alexandre Ribeiro e responsável pelo jogo Fangz, que esteve no top 1 da lista da Loja Apple), a etNos (de Henrique Vaz) e a Unbabel (de Vasco Pedro).

Que perfil deve ter um profissional no momento atual (e futuro), caraterizados pela falta de certeza nas mudanças e pelo trabalho globalizado e sujeito a pressões várias? Que vantagens competitivas podem construir? As competências digitais mais procuradas [Expresso Emprego de 16 de janeiro 2016: barómetro do momento (2015), segundo a Linkedin, das tendências de contratação] são: cloud and distributed computing, análise estatística e data mining, integração de software, mobile development, segurança de redes e de informação, gestão de sistemas de armazenamento, arquitetura web e desenvolvimento de redes, user interfaces design, e design de algoritmos. Mas será que um profissional se deve apenas preocupar com as formações tradicionais, baseadas em competências técnicas adquiridas nos cursos universitários? É claro que não, e as universidades vêm desde há algum tempo alertando os estudantes para as capacidades de agilidade intelectual, as competências emocionais e criativas (não existe inovação sem criatividade), que vejam as coisas de outros ângulos (pensar diferente, fora da caixa) e que fujam às rotinas.

Certos caça-talentos vão ainda mais longe e aconselham a feitura de um plano de marketing pessoal (criar uma imagem de si próprio), uma rede de contactos, e, ainda, ser estratégico (construir a carreira com marcas que sejam boas para, mais à frente, poderem ajudar e beneficiar o candidato a ter êxito). Isto quer dizer que o espaço universitário precisa de agentes mais interventores. Pensem um pouco sobre o que isto quer dizer.

Helder Coelho, professor do Departamento de Informática de Ciências
Pontos de interrogação

"Aquando da candidatura, o projeto estava numa fase embrionária e foi o Programa de Estímulo à Investigação da FCG que deu força e motivação para avançar”, diz Jocelyn Lochon, um dos vencedores da edição 2011 do Programa de Estímulo à Investigação.

Aluna entrevistada, sentada numa rocha

“O mais importante é saber gerir o tempo, ter alguma disciplina, definir os objetivos a alcançar e não dispersar”. A declaração pertence a Ana Bastos, jovem investigadora da FCUL e uma das vencedoras em 2011 do Programa de Estímulo à Investigação da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG).

Cara do aluno entrevistado

“Acredito que o meu projeto vá ter efeitos na área da Saúde Pública. Ainda que não seja já nesta fase, espero poder contribuir para evoluções, por exemplo, ao nível da vacinação”, refere Tomás Aquino, um dos vencedores da edição de 2011 do Programa de Estímulo à Investigação.

A Bial, procura um Bioestatista para a oportunidade de emprego que pode ser visualisada em maior detalhe na página através do link:

Information dissemination in unknown radio networks with large labels

Professor Shailesh Vaya,
Xerox Research Centre, India,

July 20 at 10h00 on room 6.3.38

Estudantes sentados, junto a uma mesa

O pedido de apoio à formação pós-graduada na área da Geologia do Petróleo deve ser apresentado até 15 dias úteis, após o último dia do prazo de inscrição no respetivo curso.

Já é possível solicitar a criação de Unidades Curriculares na plataforma Moodle para o ano letivo 2012/2013.

Os pedidos podem ser realizados no Portal da FCUL, após inicio de sessão.

O Centro de Informática terminou, no passado dia 12 de Julho, a migração de um equipamento central na rede da FCUL.

A excelência de sempre na construção do futuro. Escolhe um dos nossos cursos de Física, Astronomia e Astrofísica, Engenharia Física, ou Engenharia Biomédica e Biofísica. [ + ]

Alunos da FCUL no pátio do C6

O “6th SPJ-OCS” realiza-se pela primeira vez em Portugal. Os organizadores do evento acreditam que “este congresso contribui para dar uma imagem do potencial científico de Portugal” nesta área.

Chieko Asakawa and Hironobu Takagi

17 Julho 2012 - 10h30
Anfiteatro da Fundação da FCUL

Chieko Asakawa and Hironobu Takagi

17 Julho 2012 - 10h30
Anfiteatro da Fundação da FCUL

Pormenor de obra artística

Os promotores do FP7 acreditam que “centenas de instituições científicas de toda a União Europeia irão apresentar propostas” e esperam captar novos participantes, nomeadamente pequenas e médias empresas, incrementando dessa forma a competitividade europeia.

Carlos Miguel Farinha, bioquímico docente do DQB e investigador do BioFIG , foi premiado em junho com o Romain Pauwels Research Award, atribuído pela European Respiratory Society.

 

2ª fase de candidaturas:  15 a 22 de Julho.

O mestrado em Matemática para Professores é uma excelente oportunidade para consolidar,  recordar e aprender muitos temas relacionados com a matemática escolar.

No dia 12 de Julho foram feitas as apresentações de quatro trabalhos feitos no âmbito da disciplina de Projecto em Matemática para o Ensino do Mestrado em Matemática para Professores.

A Universidade de Lisboa e a Fundação Amadeu Dias estão a atribuir bolsas aos alunos de 1º Ciclo de qualquer área do saber, leccionado na Universidade de Lisboa e que já tenham concluído o 1.º ano curricular, ou alunos que frequentem&n

Em 18 anos, o Programa de Estímulo à Investigação premiou 34 jovens investigadores e 19 instituições da Universidade de Lisboa. Na última edição, dos oito premiados, três são jovens cientistas da FCUL. As candidaturas à próxima edição decorrem até 21 de setembro.

Cartaz do Seminário

No dia dia 16 de Julho, pelas 11H00, na sala 6.4.30, realizar-se-á um Seminário organizado pelo Centro de Investigação Operacional com o título 'Lagrangian-Based Branch-and-Bound for Two-Echelon Uncapacitated Facility Location with Single Assignment Cons

Os resultados das experiências ATLAS e CMS divulgados recentemente pelo CERN, também foram apresentados publicamente na FCUL, numa sessão organizada pela professora do Departamento de Física Amélia Maio, a responsável pela participação portuguesa na experiência ATLAS.

Apresentações dos Projectos de Física dia 19 de Julho, às 10h, na sala 8.2.17:

O que faz o profissional que passa os seus dias no laboratório? E quem se dedica a resolver equações ou a estudar animais e plantas? Cinquenta alunos da associação EPIS descobriram as respostas a estas e a outras questões.

Servidor da FCUL

O projeto de reestruturação do Centro de Dados da FCUL, iniciado em junho, deverá estar concluído no próximo mês de setembro.

Duas pessoas fazem uma experiência no laboratório

A Faculdade de Ciências abre as portas dos seus laboratórios a 50 jovens, vindos de diferentes pontos do País, para mais uma edição da “Rota das Vocações de Futuro” da EPIS.

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