Opinião

O poder da música

rapariga com vento no cabelo a ouvir música

A música tem uma capacidade única para aceder aos sistemas afetivos e motivacionais do cérebro

GAPsi Ciências ULisboa
Marta Esteves
Marta Esteves
Imagem cedida pela autora

 

A música pode ser descrita como a criação de emoções. Muitos, senão até todos nós, já ouvimos alguma música que nos levou às lágrimas, que nos fez rir, ou que nos fez erguer os punhos com vontade de partir alguma coisa. Ou, igualmente, pode acontecer algo mais simples, como relaxar ou embalar, sem que ocorra algo necessariamente expansivo. Também muitos de nós procuramos conforto na música, um refúgio onde nos sentimos compreendidos e vistos, ou onde podemos expressar aquilo que tanto tentamos esconder.

Que poder é este da música? Ela tem mesmo uma ligação com as emoções? Apesar de existirem posições contraditórias, a literatura aponta que a música é capaz de induzir emoções. É defendido que a música tem uma capacidade única para aceder aos sistemas afetivos e motivacionais do cérebro, através de vários mecanismos subjacentes. Isto significa que há algo poderoso nas propriedades da música, algo capaz de tocar nos nossos núcleos internos e emocionais, mexendo connosco e fazendo-nos vibrar.

Esta não é uma ideia recente, pois a relação entre a música e as emoções tem intrigado académicos das mais diversas áreas, tendo vindo a ser estudada desde a Grécia antiga. Podemos constatar que a expressão sonora parece ser uma das mais antigas e universais formas de comunicação humana, tendo ainda nos dias de hoje uma forte presença na nossa cultura. Esta presença expressa-se em diversas formas de utilização da música no nosso dia-a-dia, sendo comumente utilizada na libertação e regulação das emoções, para conforto e alívio do stress, para reviver experiências passadas ou para acompanhar a realização de tarefas no quotidiano.

Se a música está ligada às emoções, podendo induzi-las ou “mexer” com elas, será que pode também ajudar-nos a processá-las? Terá a música algum poder terapêutico?

Vamos recordar que, intuitivamente, utilizamos a música para nos confortar, transmitir mais confiança, alegrar ou ajudar a concentrar, entre tantas outras coisas. Se quisermos aprofundar e exponenciar o seu uso para obter uma experiência emocional com potencial transformador, sim, podemos também encontrar esse poder terapêutico na música.

Por exemplo, porque não tentarmos fazer uma experiência de conexão. Para tal, podemos começar por nos sentarmos e ouvir uma música, e deixarmo-nos transportar pelas emoções que esta desperta, o que pode revelar-se uma experiência dura, mas reveladora. Pode não despertar um sentimento muito intenso, mas relaxar, um sinal de que a música conectou com o nosso mundo interno. Em ambas as situações, já não estamos só com a música, estamos connosco próprios, a sentir a música e a “escutar” as emoções. Aqui estamos a permitir-nos conectar com o que surge, enquanto a música serve de nosso guia, a melodia levando-nos pelas emoções que vão surgindo, enquanto acompanhamos e vamos mais a fundo nesse percurso. Com este tipo de experiência, começamos a pensar não só que a música pode ser descrita como uma criação de emoções, como também pode ser uma transformação de emoções.

Por último, é importante referir que não há um estilo ou género de música correto para a realização deste percurso. Podem existir estilos ou géneros mais facilitadores, devido aos timbres, ritmos e melodias que estes oferecem. Também a letra de uma música pode facilitar em muito esta conexão emocional. No entanto, todos nós temos experiências muito pessoais e particulares com várias músicas, estilos ou géneros, logo, o que me emociona a mim, não significa necessariamente que irá emocionar a pessoa ao meu lado. Não há uma fórmula mágica ou uma receita. Sim, a música tem um poder universal, mas cabe-nos a nós conectar-nos, e perceber até onde esse poder nos pode levar.

Marta Esteves, Gabinete de Apoio Psicológico Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Depois de ter passado pela Austrália, África do Sul, EUA e Reino Unido, entre outros países, a EMAPI chega a Portugal.

Valiant acredita que a ciência da aprendizagem permanece apenas explorada parcialmente, e que o uso das previsões (via a Aprendizagem) no mundo atual, tão sujeito às mudanças e às surpresas, é particularmente interessante. Por exemplo, os sistemas biológicos são altamente adaptativos, e compreender o que eles fazem, passo a passo, e porquê tem êxito, levaram-no a considerá-los como tópicos ideais para uma teoria da aprendizagem e da ciência da computação.

O “5th International Tsunami Field Symposium” realiza-se de 3 a 7 de setembro de 2017, em Lisboa e no Algarve e reúne a elite mundial no estudo de depósitos de tsunami, destaque para os dois oradores convidados - Alastair Dawson e Raphael Paris.

O projeto “Caixa Sismológica”, do Agrupamento D. Maria II, com sede na Escola Básica e Secundária Gama Barros, no Cacém, venceu o concurso internacional “Ciência na Escola”, 1.º escalão – Educação Pré-escolar, promovido pela Fundação Ilídio Pinho. Neste escalão do concurso, participaram 48 projetos, dos quais só 12 chegaram à fase final, em Coimbra.

Após perto de dez anos de planeamento e construção, o espectrógrafo ESPRESSO vai ser instalado no Very Large Telescope, do ESO, no Chile. O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço é um dos membros do consórcio, pelo que terá acesso a 273 noites de observação com o VLT.

Cerca de 360 pessoas estiveram presentes na sessão Ignite IAstro e que integrou o programa do XXVII Encontro Nacional de Astronomia e Astrofísica. Em outubro a digressão ruma até à Ribeira Grande, nos Açores.

Os autores do artigo apresentam a história evolutiva de duas espécies de lagartos endémicos da Austrália - Carlia triacanth e Carlia johnstonei - revelando como se adaptaram a alterações climáticas do passado.

Com o fortalecimento da Aprendizagem (Machine Learning), a escola clássica da Inteligência Artificial ou IA (Good Old Fashion AI, GOFAI), apoiada em sistemas simbólicos, ficou entrincheirada. O livro mais recente do professor Hector Levesque, “Common Sense, the Turing Test, and the Quest for Real AI”, da MIT Press (2017), vem ajudar a não esquecermos o que a IA nos tem ensinado, ano após ano, acerca da mente, e, em particular, que o pensamento é um processo computacional. Como pode, então, a computação iluminar o pensamento?

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Investigadores de Ciências e do Instituto Universitário de Lisboa desenvolvem hardware capaz de resolver tarefas robóticas, em contexto real, em menos tempo do que o alcançado até então. Os resultados foram publicados na revista científica Royal Society.

Em 2017 os Prémios Científicos ULisboa/Caixa Geral de Depósitos foram atribuídos a Vladimir Konotop e Ricardo Trigo. O ano passado foi a vez de Henrique Cabral e Eric Font. Ainda não é conhecida a data da cerimónia pública de entrega das referidas distinções.

Na lista de artigos e livros notáveis da ACM Computing Reviews, a Best of Computing, encontram-se publicações de professores e investigadores do Departamento de Informática de Ciências.

grupo de participantes

Alunos do ensino secundário participaram em projetos de investigação na Faculdade de Ciências da ULisboa. O culminar da atividade deu-se com um Congresso Científico, onde os "novos cientistas" apresentaram os resultados do trabalho realizado.

A palestra "Por que não anda o tempo para trás?” acontece dia 29 de julho, pelas 21h30, no Planetário Calouste Gulbenkian, Centro Ciência Viva de Belém.

Durante duas semanas, estudantes do ensino básico e secundário conheceram o ambiente da Faculdade e os métodos de trabalho dos cursos aqui lecionados.

“Tina dos Tsunamis” ocorreu no passado dia 29 de junho, durante o campo de férias Exploradores, com um grupo de 25 crianças, entre os 7 e os 14 anos do bairro do 2.º Torrão, em Almada.

Para compreendermos as capacidades de cada um de nós é preciso entender como as células nervosas se comportam e como interatuam entre si, isto é, pode sempre existir uma outra hipótese que consiga explicar um pouco mais. E, existem sempre os factos e as interpretações.

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No próximo ano letivo Ciências apresenta três novos cursos: Biologia dos Recursos Vegetais, Cultura Científica e Divulgação das Ciências e Data Science.

Preparado para mineração nos fundos marinhos profundos? E para viver sem telemóvel? Venha visitar a exposição Mar Mineral e compreender a relação.

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O primeiro mestrado em Gestão e Governança Ambiental da Universidade Agostinho Neto foi frequentado por 24 alunos. Os primeiros dez estudantes apresentaram as teses em maio, numa cerimónia que contou com a presença de Maria de Fátima Jardim, ministra de Ambiente de Angola. As próximas defesas deverão ocorrer em outubro.

Em 2017, o Prémio Bronstein foi atribuído a Mercedes Martín-Benito, investigadora do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em reconhecimento pelo seu importante contributo para a Cosmologia Quântica em Loop.

Em 2017 a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa acolhe o IV Encontro Internacional da Casa das Ciências, que ocorre entre 10 e 12 de julho.

“Foi um tempo para ficar apaixonada pelo estudo, investigação, conhecimento e sua aplicação na nossa vida diária”, conta a antiga aluna de Ciências, professora de Biologia e Geologia na Escola na Escola Secundária de Raul Proença, em Caldas da Rainha, Maria de Matos.

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