Processo de compostagem em Ciências

Como está Ciências a melhorar a gestão dos resíduos orgânicos?

“Ao transformarmos o problema dos resíduos orgânicos, numa oportunidade para  melhorarmos o solo do campus de Ciências, ou seja, a matriz que suporta a vida, estamos a melhorar as plantas que aqui crescem com externalidades positivas para o ambiente”

ACI Ciencias

O compostor de Ciências surge integrado numa iniciativa que visa contribuir para a redução da pegada ecológica desta instituição. Como o faz? Pela melhoria na gestão dos seus resíduos orgânicos, valorizando-os através do processo de compostagem.

Pretende-se transformar o que atualmente é tido como resíduos dos jardins, bares e cantinas da Faculdade, num produto de alta qualidade, reduzindo assim o impacto atual de exportação de resíduos deste sistema para fora do campus e a consequente dependência de fontes externas de adubos.

O compostor é o elemento fundamental para transformar um processo linear, que termina em resíduos, num processo cíclico de nutrientes do campus, produzindo composto que melhora o solo.

Ao melhorarmos o solo do campus de Ciências, ou seja, a matriz que suporta a vida, estamos a melhorar as plantas que aqui crescem com externalidades positivas para o ambiente.

Deste projeto fazem parte as equipas de trabalho: Gabinete de Segurança, Saúde e Sustentabilidade; Gabinete de Obras, Manutenção e Espaços; Centro de investigação em Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais - CE3C; Projeto de Permacultura – HortaFCUL.

 

O que é o processo de compostagem?

Compostagem é o conjunto de técnicas aplicadas para controlar a decomposição de materiais orgânicos, com a finalidade de obter, no menor tempo possível, um material estável, rico em húmus e nutrientes minerais, com atributos físicos, químicos e biológicos superiores (sob o aspecto agronómico) àqueles encontrados nas matérias-primas. Para além de proteger o ambiente reduzindo o transporte e concentração de lixo orgânico, o processo de compostagem ainda permite obter um produto de grande valor – o composto – que se pode colocar em vasos e canteiros pois é um ótimo fertilizante natural.

Processo de Compostagem

1. Transporte e deposição de resíduos orgânicos de jardim

A empresa de jardinagem na sua atividade diária gere e mantém os jardins de Ciências efetuando podas de árvores e arbustos, que são cortados em grandes volumes de outubro a fevereiro. Depois, cortam os relvados de 15 em 15 dias (resultando cerca de 15 sacos por mês, 18m3/ano); e executam a limpeza e recolha de folhas secas todos os dias (com menor incidência de março a outubro), resultando em cerca de 16 sacos por mês (19,2 m3/ano)).

2. Receção e armazenamento temporário dos resíduos orgânicos

A equipa de jardinagem armazena as sobras de jardins na zona de receção e armazenamento de resíduos orgânicos, no sítio da compostagem, e separa-os consoante a sua tipologia previamente definida no Guia do Compostor FCUL elaborado para o efeito:

Resíduos verdes finos - resíduos de jardins frescos, geralmente húmidos e de cor verde como aparas frescas de relva, ervas, plantas verdes e flores.

Resíduos castanhos finos - resíduos de jardim secos como aparas secas de relva, restos de plantas (sem doenças e pesticidas), folhas e ramos finos secos, palha, aparas de madeira e caruma (pouca quantidade).

Resíduos grossos - resíduos grossos (de 1 a 4 cm de diâmetro) que irão precisar de ser triturados antes de irem para o compostor.

3. Triagem e pré-tratamento dos resíduos

Antes de se iniciar a pilha de compostagem, os resíduos sofrem um pré-tratamento que consiste na sua limpeza (filtragem de resíduos não compostáveis, como plásticos) e trituração do material grosso com o biotriturador. Este pré-tratamento é efetuado pelo guardião do compostor.

O compostor localiza-se no extremo norte do campus de Ciências, junto ao IBEB, parque das estufas, PermaLab e 2.ª circular. Este projeto resulta de uma parceria entre Gabinete de Segurança, Saúde e Sustentabilidade, Gabinete de Obras, Manutenção e Espaços, Centro de investigação em Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais - CE3C, Projeto de Permacultura – HortaFCUL.

4. Criação da pilha de compostagem

O ciclo de compostagem começa com a criação da pilha de compostagem que se inicia com uma camada de material solto que é colocado em baixo para manter o arejamento da pilha num nível harmonizado e ajudar na drenagem de excesso da água. De seguida, vão-se sobrepondo camadas de resíduos verdes e de resíduos castanhos, sendo que as camadas do material castanho devem ter o dobro da espessura do material verde para manter a razão C/N (carbono/azoto) adequada.

5. Manutenção das pilhas

O objetivo do compostor é manter os quatro principais determinantes da degradação nos níveis adequados para a compostagem acontecer: i) razão carbono/azoto (razão entre material castanho e verde), ii) temperatura (dimensão adequada da pilha e camada protetora para isolamento), iii) humidade (regar ou tapar, para evitar evaporação ou proteger da chuva em excesso) e iv) arejamento (revolver o composto e manter uma camada solta em baixo).

Para garantir o bom equilíbrio dos fatores determinantes, o ciclo começa com a criação da pilha de compostagem no contentor um, que é depois transferida para o contentor dois e subsequentemente para o contentor três.

Se o composto ficar demasiado húmido, convém colocar uma camada de material solto no chão antes de revolver o material lá dentro. O intervalo entre os revolvimentos deve ser inferior a um mês e superior a duas semanas. Depois de dois revolvimentos, o composto pode sair do compartimento três ou, caso não haja destino imediato, deixado nesse compartimento a maturar.

6. Composto

Como resultado do processo são produzidos o “composto” e “lixiviados”.
Os lixiviados do compostor serão encaminhados por um sistema de drenagem para uma bacia de drenagem onde serão devidamente tratados através da utilização, de forma otimizada, da estrutura e da dinâmica funcional de elementos biológicos de zonas húmidas naturais.
O composto, um material rico em nutrientes que pode ser utilizado como fertilizante orgânico nos jardins e hortas da FCUL.

7. Utilização do composto

O composto, ao ser aplicado (de volta) nos jardins e hortas de Ciências tem benefícios para o solo, as plantas e ambiente. No solo melhora o arejamento e a sua capacidade de retenção da água e dos adubos, torna-o fofo e aveludado por agregação das partículas suas constituintes. Relativamente às plantas, promove um maior crescimento das raízes, reduz a ocorrência de doenças, porque facilita o desenvolvimento de microrganismos benéficos, fornece um conjunto de nutrientes que as plantas necessitam, de forma equilibrada, libertando-os lentamente ao longo de um largo período de tempo. A sua aplicação ao solo, na fase de crescimento e formação das árvores ou arbustos, é responsável pelo aumento do diâmetro dos troncos e ramos e pelo maior desenvolvimento das plantas. Também a nível ambiental se podem referir vários benefícios começando pela redução da aplicação de adubos e pesticidas; redução da contaminação das águas subterrâneas e superficiais devido ao aumento da capacidade de retenção do solo para os constituintes dos adubos, herbicidas e pesticidas; prevenção da erosão do solo, uma vez que favorece a agregação das suas partículas constituintes; aumento da infiltração da água, pois combate a compactação nos solos.

David Avelar e Florian Ulm, Projeto de Permacultura – HortaFCUL
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

“Os ensinamentos adquiridos em Ciências estão na base das investigações que tenho desenvolvido, foi através deles que adquiri os conceitos e conhecimentos que me permitem desenvolver o estudo dos materiais. Por outro lado, a interação com diferentes áreas da Geologia permite absorver muita informação importante para a interpretação de muitos dos achados”, explica a investigadora Elisabete Malafaia.

Jean-Paul Montagner, Institut de Physique du Globe, Université Paris-Diderot, Paris, France

António Castelo, Aidnature

"Recordo-me sobretudo dos professores e da matéria que dava nas aulas. A minha pancada com evolução é forte e já nessa altura era. Ainda hoje nada me dá mais prazer do que aprender e compreender como funciona a vida na terra. Tive muito bons professores durante o curso e isso foi fundamental até quando, mais tarde, saí para fazer o mestrado em Inglaterra", conta o antigo aluno de Biologia de Ciências, António Castelo.

Expedição Aidnature

“Cada animal, cada comportamento é um desafio. O momento em que conseguimos a imagem de que estamos à espera e que imaginámos na nossa cabeça, é de uma adrenalina enorme, que contrasta com a paz que é estar horas no campo à espera”, declara António Castelo, antigo aluno do curso de Biologia de Ciências, agora biólogo na Aidnature.

 Nos dias 29 e 31 de outubro de 2014 realiza-se uma reunião em Heildelberg, na Alemanha, com o intuito de apresentar os 106 novos membros ao EMBO Council.

Ano Internacional da Cristalografia 2014

O Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa associa-se à comemoração do Ano Internacional da Cristalografia.

MATEMÁTICA E ENSINO

De acordo com o Despacho do Senhor Diretor da Faculdade, a eleição do Presidente do Departamento de Matemática terá lugar no próximo dia 30 de Maio.

Conferência no dia 16 de Maio, 11h30, anfiteatro 3.2.15, Edifício C3, FCUL, Campo Grande, Lisboa.

Marta Lourenço

Marta Lourenço, membro do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, da Secção Autónoma de História e Filosofia das Ciências e subdiretora do Museu Nacional de História Natural e da Ciência foi galardoada com a Medalha George Sarton pela Universidade de Gent.

Imagem de Octávio Pinto

O seminário integrado na disciplina de Agricultura e Florestas, do mestrado em Ecologia e Gestão Ambiental, realiza-se dia 7 de maio, pelas 11h15, no edifício C2, 2.º piso, sala 2.2.14.

Christoph Meyer

Christoph Meyer começou a trabalhar no Centro de Biologia Ambiental de Ciências, em fevereiro de 2009. A estadia em Ciências tem corrido bem.

Tectonics and Neotectonics of the western North America and Associated Hazards

Conferência no dia 29 de Maio, 12h00, sala 6.2.56, Edifício C6, FCUL, Campo Grande, Lisboa.

EuroGP2014

Stefano Ruberto, Leonardo Vanneschi, Mauro Castelli & Sara Silva foram distinguidos com o best paper award for EuroGP 2014, durante a "17th European Conference on Genetic Programming", ocorrida entre 23 e 25 de abril, em Granada, Espanha.

A Biblioteca do Conhecimento Online, celebra o seu 10.º Aniversário

“Nestas formações, ensina-se, entre outros aspetos, a detetar situações de paragem cardiorrespiratória precocemente, a saber ligar o 112 rapidamente, sabendo dizer o que é importante, e iniciar manobras básicas, como compressões torácicas para manter alguma circulação e oxigenação dos órgãos vitais até à chegada de ajuda”, explicou o formador do INEM, Rui Rebelo.

The biosphere-atmosphere interactions mediate the largest exchanges in the global carbon cycle. Understanding the role of climate and other environmental factors on the carbon cycle of terrestrial ecosystems is key for assessing vulnerabilities and future feedback into the climate system.

A reportagem multimédia “Sonhar com o futuro” inclui testemunhos de candidatos ao ensino superior e que participaram na edição do ano passado do Dia Aberto.

Carla Nunes, Maria M. M. Santos e Carlos Baleizão

Os desafios que os novos mecanismos de financiamento suscitam apelam à criação de equipas multidisciplinares e complementares que incrementem o impacto da investigação desenvolvida.

Com o objetivo de mostrar as funções, tarefas e responsabilidades do cientista, o Departamento de Química e Bioquímica, o Departamento de Biologia Vegetal  e o IBEB receberam nos seus laboratórios 12 alunos do 12.º ano do Colégio São João de Brito.

Imagem editada pelo DI

O project Lusica e a contribuição para a exposição Retro Computing no 

Pormenor do cartaz do Programa de Estímulo à Investigação 2013

Entre 1994 e 2013, a Fundação Calouste Gulbenkian atribuiu bolsas a 32 alunos da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa ao abrigo do Programa de Estímulo à Investigação. Na última edição Alexandra Symeonides e Sara Realista foram as felizes contempladas.

Alexandra Symeonides

“A Fundação Calouste Gulbenkian, com este incentivo, está a permitir-me começar uma atividade de investigação na área da análise estocástica mas, sobretudo, está a permitir-me ganhar bagagem para vir a explorar esta área em projetos a outros níveis”, reforça a investigadora do Grupo de Física Matemática da Universidade de Lisboa.

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