Missão em Cabo Verde

João Mata
Cyntia Mourão

A erupção vulcânica na ilha do Fogo, em Cabo Verde, começou há 12 dias. O acontecimento não foi uma total surpresa. A atividade sísmica fazia prever uma erupção a qualquer momento, por isso a região da Caldeira do Fogo foi evacuada dois dias antes do início do fenómeno, a 21 de novembro. Passados uns dias, uma equipa de geólogos e geofísicos do Instituto Dom Luiz, um laboratório associado à Universidade de Lisboa, partiram em missão.

João Mata, professor do Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da ULisboa e um dos membros da missão, explica que “de um ponto de vista científico, esta deslocação possibilita o acompanhamento da evolução das características vulcanológicas da erupção, a amostragem de rochas para estudos geoquímicos e a recolha de dados magnéticos”.

Fonte: José Madeira
Legenda: Parte dos elementos da missão do IDL já haviam integrado a equipa que acompanhou a  erupção de 1995

Do grupo fazem parte ainda Pedro Silva e Mário Moreira, ambos professores do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa; Ricardo Ramalho, antigo aluno de Ciências da ULisboa, atualmente na Universidade de Bristol e José Madeira, professor do Departamento de Geologia de Ciências da ULisboa e um dos primeiros da equipa a chegar à ilha, no dia 27 de novembro e que entretanto regressou esta madrugada a Portugal.

Nesta primeira fase, cerca de duas semanas, os cientistas acompanham a erupção no local, para a obtenção dos dados e amostras. A fase seguinte e que corresponde ao tratamento dos dados recolhidos deve estender-se por alguns meses, seguindo-se a apresentação de resultados à comunidade científica internacional.

De acordo com João Mata, que está em Cabo Verde desde o início de dezembro, “estes estudos vão permitir compreender as causas da variação do estilo de atividade eruptiva e a variação composicional da fonte mantélica alimentadora do vulcão do Fogo, bem como a confrontação de modelos teóricos de variação secular do campo magnético terrestre com os dados experimentais obtidos pela equipa”.

Fonte: José Madeira
Legenda:  A apresentação dos resultados deste trabalho à comunidade científica deve ocorrer daqui a alguns meses

Desde que a ilha do Fogo foi descoberta, no século XV, ocorreram mais de 20 erupções, sendo que as últimas ocorreram em 1857, 1951 e 1995. Parte dos elementos da missão do IDL já haviam integrado a equipa que acompanhou a anterior erupção iniciada em abril de 1995.

A atual erupção, a primeira deste século, carateriza-se essencialmente por atividade havaiano-estromboliana. Os efeitos da destruição são diversos e têm sido noticiados pela comunicação social gerando uma “onda” de solidariedade no país e na diáspora.

Ao grupo do IDL cabe o propósito de estudar a matéria expelida pelo vulcão e cooperar com as autoridades cabo-verdianas na gestão da crise vulcânica, por isso foram estabelecidos acordos de colaboração e apoio mútuo com outras equipas no terreno, nomeadamente da Universidade de Cabo Verde e do ITER (Canárias).

Notícia atualizada em 10/12/2014

Ana Subtil Simões, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Gerhard Dorn, investigador da Universidade Técnica de Graz, veio à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS) explicar como é que o ensino da matemática pode mudar para produzir melhores resultados numa altura em que qualquer ferramenta de inteligência artificial ou plataforma de

Empresa sediada no Tec Labs vai fazer testes em modelos animais

Unite!Widening pretende promover as melhores práticas na gestão da ciência

Candidaturas para profissionais administrativos terminam a 21 de setembro 

Ilustração de buraco negro

Os dados do Quasar RACS J0320-35 abriram novas pistas teóricas

Feira dos Núcleos de Estudantes

Feira registou estreia de três novos núcleos de estudantes 

Fotografia de grupo dos estudantes

CIÊNCIAS recebeu este mês 115 alunos em mobilidade, que irão estudar na nossa faculdade no primeiro semestre do ano letivo 2025/2026.

Foto da Reitoria da ULisboa vista a partir da Alameda da Cidade Universitária.

A Universidade de Lisboa (ULisboa) consolidou a sua posição como a instituição portuguesa mais bem classificada no Performance Ranking of Scientific Papers for World Universities 2025 da National Taiwan University (NTU), figurando entre as 200 melhores do mundo.

Miguel Pinto, doutorando de CIÊNCIAS

Doutorando de CIÊNCIAS vai pôr à prova teoria alternativa durante passagem pelos EUA 

Luís Carriço, diretor de CIÊNCIAS

Luís Carriço, diretor de CIÊNCIAS, revela as expectativas para o novo ano letivo 

Bolsas de apoio a estudos e investigação variam entre €1000 e €1500

Grande auditório no arranque do ano letivo

Cerimónia juntou alunos no Grande Auditório para o início do novo ano

Manuel Martinho, vice-campeão europeu universitário de Taekwondo

Atleta de Taekwondo já aponta ao campeonato do mundo... e ao mestrado de Tecnologias da Informação!

Fachada de CIÊNCIAS

A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS) vai arrancar o novo ano letivo de 2025/2026 com uma reformulação nos departamentos.

Divulgação de temas científicos

Museu de História Natural e Jardim Botânico agregam maioria das atividades

Céu

CIÊNCIAS ULisboa lamenta o triste acontecimento e apresenta as condolências aos seus familiares, amigos, colegas e antigos estudantes.

Vista do cabo de São Vicente

Estudo internacional com participação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS) traz nova explicação para os grandes sismos que afetaram Lisboa em 1755 e 1969.  

Reitoria da ULisboa

A Universidade de Lisboa está entre as 300 melhores universidades do mundo, segundo o mais antigo, influente e conceituado ranking mundial

Sete cientistas dão sugestões de verão

Dos passadiços aos meteoros, passando por livros e geocaching, ninguém fica de fora

Afonso Ferreira, investigador de CIÊNCIAS e MARE

Jovem investigador de CIÊNCIAS distinguido por estudo sobre fitoplâncton da Antártida

Ismael Tereno, professor de CIÊNCIAS

Missão da ESA pode ajudar a revelar alguns dos mistérios do Universo

Atuns-rabilho do Atlântico são capturados numa pescaria

Estudo prevê mudanças significativas na distribuição das principais espécies de atum no Oceano Atlântico

Telescópio de 3,6 metros do Observatório de La Silla

Investigadores de CIÊNCIAS criaram dispositivo de correção de dispersão cromática

O Ser Cientista recebeu 75 jovens do Secundário

Programa Ser Cientista juntou 75 jovens à volta de 17 projetos laboratoriais

Colisão de Theia com a Terra

Artigo científico promete início de novo paradigma para o estudo do planeta 

Cláudio Fernandes e Duarte Almeida

Depois de três meses de trabalhos informais, a nova Comissão recebeu luz verde para a constituição formal, através de um despacho da direção de CIÊNCIAS, que foi lançado no início de julho. A primeira reunião oficial já teve lugar e o novo elenco já começou a preparar os desafios para os próximos dois anos de atividade.

Páginas