O prémio científico foi entregue durante uma cerimónia pública, no Salão Nobre da Reitoria da ULisboa
Ricardo Trigo é professor no Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia e investigador no Instituto Dom Luiz, no RG1 – Climate change, atmosphere-land-ocean processes and extremes. Este ano foi distinguido, pela segunda vez, pela ULisboa e pela Caixa Geral da Depósitos (CGD) com um prémio científico, na área das Ciências da Terra e Geofísica. O primeiro prémio científico atribuído pela ULisboa e CGD ao cientista ocorreu em 2017. A entrega deste segundo prémio decorreu no Salão Nobre da Reitoria da ULisboa, no dia 23 de novembro passado.
"Aproveito esta oportunidade para agradecer a contribuição decisiva para a obtenção deste prémio de tantos colaboradores nacionais e internacionais ao longo dos últimos anos, incluindo os meus estudantes de mestrado e de doutoramento."
Ricardo Trigo
O que representa para si esta distinção?
Ricardo Trigo (RT) - Foi com natural satisfação que recebi a notícia do Prémio Científico ULisboa/CGD na área das Ciências da Terra. Estes prémios ajudam a dar maior visibilidade à produção científica de qualidade e com impacto internacional realizada na ULisboa. Gostava de salientar que este prémio resulta em grande medida de um enorme esforço coletivo. Assim aproveito esta oportunidade para agradecer a contribuição decisiva para a obtenção deste prémio de tantos colaboradores nacionais e internacionais ao longo dos últimos anos, incluindo os meus estudantes de mestrado e de doutoramento.
Em que consiste a sua investigação?
RT - A minha investigação é centrada na análise da variabilidade da circulação atmosférica em diferentes escalas temporais e espaciais e de como esta variabilidade é determinante para explicar a forte inconstância do clima regional do Mediterrâneo e do Brasil. Na última década tenho prestado particular atenção ao impacto das alterações climáticas na frequência e intensidade de vários fenómenos meteorológicos/climáticos extremos, incluindo episódios de secas, ondas de calor e incêndios florestais no verão, mas também extremos de precipitação e cheias associadas a tempestades de inverno.
“A minha investigação é centrada na análise da variabilidade da circulação atmosférica em diferentes escalas temporais e espaciais e de como esta variabilidade é determinante para explicar a forte inconstância do clima regional do Mediterrâneo e do Brasil.”
Ricardo Trigo